Mística cristã e gnose oriental

Universidade de Lisboa
Faculdade de Letras
Departamento de Filosofia
Filosofia no Oriente
Mística cristã e gnose oriental
2011-2012
Paulo Borges (org.)
Carlos H. do C. Silva
Bruno Béu de Carvalho
Tópicos Programáticos
I.
Questões gerais
1. Mística e gnose: Génese e polissemia das palavras e dos conceitos.
2. Porquê “Mística cristã e gnose oriental”? Problematicidade da designação.
3. Fenomenologia da experiência mística, gnóstica e gnóstico-mística.
4. O discurso e pensamento da experiência: ‘lógica’ da inefabilidade e ireferencialidade. Questões
metodológicas.
II.
Hinduísmo
Os Vedas e o Vedanta. A identidade Brahman-Ātman. Ātman e jñāna. As três vias do Yoga – karma
(acção), bhakti (devoção amorosa) e jñana (conhecimento) - e a Libertação (mokṣa). Os
Upanishades, o Bhagavad Gita e os comentários não-dualistas de Śaṅkara. Atmani atmānam atmāna:
em si, a si, por si. Patañjali e os Yoga Sutras.
III.
Daoísmo
O Dao, o não-agir e o regresso à Origem em Laozi. Dao e inefabilidade: irrepresentabilidade e
irreferencialidade do silêncio do discurso, do silêncio do pensamento, e do silêncio da acção.
IV.
Budismo
Buda histórico e Natureza de Buda. As quatro nobres verdades, os três/quatro selos e os doze elos
da produção interdependente. Sabedoria e compaixão: as duas verdades, absoluta e relativa. A
meditação: shamata, vipassana e prajña. Nāgārjuna: vacuidade e “pacificação [...] das palavras e das
coisas”. Longchenpa: liberdade natural, consciência desperta e Grande Perfeição.
V.
Cristianismo
O Prólogo do Evangelho segundo São João, a pré-existência de todas as coisas no Verbo, a
incarnação e a oração de Jesus. A influência da metafísica e espiritualidade neoplatónicas. Teologia
afirmativa, negativa e mística: “cessação total da palavra e do pensamento” e união plena “ao
Inefável” no Pseudo-Dionísio, o Areopagita. Mística da essência e mística nupcial. Mestre Eckhart: o
fundo (Grund) abissal de Deus e da alma, trespasse (Durchbruch) e nascimento de Deus na alma, ser
(em) Deus livre de Deus. S. João da Cruz: “esvaziamento de si e de todas as coisas” e “divina
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