Revue morbidité-mortalité.Exemple du CHU de Rennes

EPP : Organisation d’une Revue de Morbi-Mortalité (R.M.M.)
Deramoudt V.*, Chatellier-Miras A.*, Ballay J.L.*, Minard S.*, Mallédant Y.*,
(* S.A.R. I - Pr Y. Mallédant – C.H.U. de Rennes)
Introduction
Le nombre de risques potentiels dans tout système et particulièrement dans un système hospitalier est
très élevé. En France, une enquête Nationale, l’E.N.E.I.S. [5,8] a mont la fréquence et la gravité des
accidents liés aux soins, sans qu’aucune spécialité ne soit épargnée. Or 45 % de ces accidents seraient
partiellement évitables. Il est donc nécessaire de mettre en place une démarche qualité comportant une
gestion de ces risques. Dans le cadre de l’évaluation des pratiques professionnelles (E.P.P.), la revue de
mortalité-morbidité (R.M.M.) est l’un des outils de gestion des risques utilisé en démarche qualité dans
le but d’améliorer la sécurité du patient.
1. La gestion des risques
Une démarche visant à réduire les risques doit comporter :
- l’identification ;
- l’analyse ;
- le traitement des risques.
L’identification des risques peut se faire a priori ou a posteriori. La revue de mortalité-morbidité et l’une des
méthodes utilisées pour identifier les risques a posteriori.
Une identification des risques a posteriori consiste à prendre en compte les évènements (incidents ou accidents)
qui témoignent d’un risque. Ces événements, que l’on appelle « évènements indésirables », sont classés selon une
échelle de gravité habituellement représentée sous la forme d’une pyramide (cf schéma 1) [1]. Ce sont, par ordre
de gravité décroissante :
- Les accidents et catastrophes :
oLes accidents sont des risques patents, ils doivent être distingués des complications non évitables.
oLes catastrophes sont des accidents touchant plusieurs patients (épidémie par exemple).
- Les presque accidents (« near miss »), les précurseurs et les évènements sentinelles :
oLe presque accident est une situation qui aurait conduit à l’accident si des conditions favorables navaient
permis de l’éviter.
oLe précurseur est un événement pouvant conduire à l’accident avec une probabilité importante.
oL’événement sentinelle est un événement défavorable qui sert de signal d’alerte et doit déclencher une
investigation et une analyse poussée.
- les incidents et les dysfonctionnements :
oLes incidents sont des évènements fortuits, peu importants et sans conséquence.
oOn parle de dysfonctionnement lorsque le fonctionnement normal est pris à défaut.
En ce qui concerne les soins, plus de la moitié des évènements indésirables entraîne un dommage, avec par ordre
de gravité croissante :
- une prolongation de la durée de séjour,
- un handicap permanent,
- le décès du patient.
8
2. La revue de mortalité-morbidité dans le contexte législatif
La réduction de la iatrogénie est un objectif des lois de Santé Publique
de 2004 avec plusieurs démarches prévues par les textes dont :
-L’obligation de formation médicale continue (FMC) (Loi du 9 août 2004)
-L’EPP (Article 14, Loi du 13 août 2004)
L’EPP consiste en l’analyse de la pratique professionnelle en référence à des recommandations et selon
une méthode validée comportant la mise en œuvre et le suivi d’actions d’amélioration des pratiques
(Décret n° 2005-346 du 14 avril 2005).
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