ALTERAÇÕES MORFOMÉTRICAS DA MUCOSA DUODENAL DE RATOS TRATADOS COM LEITE LONGA VIDA Marina de Souza Vencato1, Maria Izabel de Ugalde Marques da Rocha2 1Bolsista de iniciação científica; 2Orientadora Professora Doutora Laboratório de Morfofisiologia Experimental – Departamento de Morfologia - Centro de Ciências da Saúde – UFSM LEITE LONGA VIDA Indutoras do IGF1*, ativação do sistema de sinalização endócrino PROTEÍNAS de elevado valor nutricional Elevado índice de reações alérgicas Desequilíbrio do eixo insulina-IGF1-GH * Distúrbios gastrointestinais inflamatórios ligados a IgE -Ampliação de respostas mitogênicas (câncer) -Resistência à insulina -Doenças crônicas não-transmissíveis Alterações da microflora entérica *IGF1= fator de crescimento semelhante à insulina/ GH= hormônio de crescimento Este trabalho teve por objetivo avaliar, sob parâmetros microestruturais das vilosidades duodenais, os efeitos do leite longa vida sobre a mucosa intestinal. Ratos fêmeas da raça Wistar, recém desmamadas (21 dias), peso médio de 45 gramas, após período de adaptação de cinco dias, foram divididos em 2 grupos tratados um com água destilada e o outro com leite longa vida, uma vez ao dia por gavagem na dose de 1ml por 200g de peso, durante 45 dias. Os animais tiveram livre acesso a ração e água, e foram mantidos em ambiente com temperatura entre 23 e 25ºC, umidade de 65% e ciclo claro escuro de 12/12h. 12 fêmeas Wistar Grupo controle (n=6) : água destilada Grupo tratado com leite longa vida (n=6) Cortes (6 µm de espessura) corados pelo método da hematoxilina-eosina ANÁLISE Quantitativa Coleta de material para análise histopatológica Integridade das vilosidades Altura das vilosidades Tratado: vilosidades mais longas Controle: maior proporção de vilosidades preservadas Tratado: elevado grau de vilosidades degeneradas Tabela 2 Influência do leite longa vida sobre a altura das vilosidades intestinais. ALTURA MÉDIA ERRRO GRUPO DO VILO PADRÃO Controle Leite longa vida 260 290 ±7,3 ± 8,1 Possível ação do leite sobre a estimulação de fatores de crescimento Figura 1 Quanto à integridade das vilosidades, percebe-se maior grau de degeneração da mucosa no grupo tratado com leite. Tratamento histológico de rotina Quanto aos demais parâmetros analisados não obtiveram-se diferenças estatisticamente significativas (p<0,05). Altura do vilo Largura do vilo no ponto médio Altura da base do vilo à serosa Espessura do epitélio Área do vilo Qualitativa Tabela 1 Relação entre os parâmetros avaliados na análise e os critérios estabelecidos para a mesma. PARÂMETRO Integridade do vilo Infiltrado inflamatório CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO Preservado- Pouco preservadoDegenerado Ausente-Pouco-Muito . Figura 2 Vilosidades íntegras do grupo controle ao lado de vilosidades degeneradas do grupo que recebeu leite. BU, G. et al. Milk processing as a tool to reduce cow's milk allergenicity: a mini-review. Dairy science & technology, Zhengzhou, v. 93, n.3, p. 211-223, 2013. CANANI, R. B.; COSTANZO, M. Gut microbiota as potential therapeutic target for the treatment of cow’s milk allergy. Nutrients, Naples, v. 5, n. 3, p. 651-662, 2013. FIOCCHI, A. et al. World Allergy Organization (WAO) Diagnosis and Rationale for Action against Cow's Milk Allergy (DRACMA) Guidelines. Pediatric Allergy and Immunology, Milão, v. 21, Suppl. 21, p. 1-125, 2010. LAWLOR, D. A. et al. Avoiding milk is associated with a reduced risk of insulin resistance and the metabolic syndrome: findings from the British Women's Heart and Health Study. Diabetic Medicine, Bristol, v. 22, n 6, p. 808-11, 2005. MELNIK, B. C. et al. The impact of cow's milk-mediated mTORC1- signaling in the initiation and progression of prostate cancer. Nutrition & Metabolism, Osnabrück, v. 9, n.1, 43-74, 2012. MELNIK, B. C. Milk-the promoter of chronic Western diseases. Medical hypotheses, Osnabrück, v. 72, n. 6, p. 631-9, 2009. PEPE, G. et al. Potential anticarcinogenic peptides from bovine milk. Journal of amino acids, Fisciano, 2013. No prelo. TORFADOTTIR, J. E. et al. Milk intake in early life and risk of advanced prostate cancer. American Journal of Epidemiology, Reykjavik, v. 175, n. 2, p. 144-53, 2012.