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Introdução
A neoplasia maligna da próstata apresenta elevada incidência na população
brasileira. Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Cancer), estima-se que serão
diagnosticados aproximadamente cerca de 52.000 novos casos de câncer de próstata
durante o ano de 2010 no Brasil. Nos Estados Unidos a incidência estimada para o ano
de 2009 foi de mais de 192.000 novos casos (American câncer society 2009).
O câncer prostático é o segundo tumor mais prevalente na população, ficando
atrás somente dos tumores de pele não-melanoma. O incremento de técnicas
diagnósticas e de tratamento ao longo dos anos modificaram o perfil dos pacientes
acometidos por esta doença. Há algumas décadas o diagnóstico do câncer de próstata
era realizado em sua maioria quando a doença já se apresentava em estagio avançado.
No final da década de 80 e início da década de 90, com a aprovação do FDA
para o uso do psa (antígeno prostático especifico) no rastreamento do câncer de próstata
associado ao exame de toque retal houve um aumento crescente no diagnóstico da
doença. (1)
O antígeno prostático especifico é uma proteína produzida pelas células
prostáticas e que se apresenta elevado quando medido no sangue na presença de
doenças da próstata. Como o nome indica é prostático especifico e não câncer
especifico, podendo apresentar níveis elevados em casos de hiperplasia da próstata e
prostatites.
Inicialmente foi estabelecido que níveis acima de 4.0 ng/ml de psa associados ou
não a alterações no exame de toque retal indicariam a necessidade da realização de