V
RESUMO
O adenocarcinoma de estômago foi a principal causa de morte por neoplasia
maligna no mundo durante grande parte do século XX e atualmente é superado somente
pelas neoplasias epiteliais malignas de pulmão. Cerca de 750.000 novos casos são
diagnosticados anualmente. Apresenta grande variação geográfica, sendo suas maiores
incidências encontradas no Japão, América do Sul, Europa Oriental e Oriente Médio. É
duas vezes mais freqüente em homens do que em mulheres; é pouco comum antes dos
40 anos e atinge sua maior incidência por volta da sétima década de vida. No Brasil as
estimativas para o ano de 2005 apontavam para aproximadamente 23 mil casos novos e
11 mil óbitos. O único tratamento potencialmente curativo é a ressecção completa,
macro e microscópica, de toda neoplasia. Mesmo após gastrectomia curativa, a recidiva,
regional ou à distância, pode ocorrer em 80% dos casos. Esforços para melhorar estes
resultados têm se focalizado no desenvolvimento de terapias pré e pós-operatórias mais
efetivas. O oncogene p16 é conhecido por estar implicado na patogênese de muitos
tumores humanos e também na regulação do crescimento celular normal, juntamente
com as ciclinas, os complexos tirosinoquinases e os fatores de crescimento e
transformação tumoral, entre eles o TGF-alfa e beta e os fatores de crescimento
derivados de plaquetas (PDGF) e seus receptores (PDGFR alfa e beta). A perda de
expressão do p16 no adenocarcinoma gástrico tem sido amplamente estudada. O
PDGFR tem sido encontrado ativado e mutado nos tumores gástricos estromais em que
o c-KIT, o marcador mais comumente encontrado, está em sua forma selvagem. Os
receptores PDGF atuam sobre células de origem estromal e não se expressam em
células epiteliais em condições fisiológicas normais. . Isoladamente, o PGDF-beta e o
seu receptor ainda não foram objetivamente estudados nem quanto à expressão nem
quanto à resposta aos inibidores do crescimento celular no tecido gástrico tumoral que