LECTRA - RAPPORT ANNUEL 2003 R APPORT 30 ANS DE DÉFIS ET D ’ INNOVATIONS ANNUEL 2003 PLUS DE 10 000 CLIENTS DANS 100 PAYS FONT CONFIANCE À LECTRA TEXTILE - A M E R I C A N P H I L T E X T I L E S (CHINE), A R C O T Ê X T E I S (PORTUGAL), A R G O PA N T E S (INDONÉSIE), B O U S S A C (FRANCE), C A R D O N T R A D I L I N G E (F R A N C E ), E M M A N U E L L A N G (F R A N C E ), F Á B R I C A T Ê X T I L R I O P E L E (P O RT U G A L), F L E X I T E X (P O RT U G A L), F O N TA N E L (F R A N C E ), G U I L L A U M O N D (F R A N C E ), H E N I T E X I N T E R N AT I O N A L (F R A N C E ), J . 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P. 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T C O M PA G N Y B & S ( E S PA G N E ) , T R A D E W I N D S G R O U P ( É TAT S - U N I S - C H I N E ) , T W U H U O L O N G ( C H I N E ) , U C H I D A S E I K A ( J A P O N ) , V U L C A B R A S ( B R É S I L ) , W A L - M A R T ( É TAT S - U N I S ) , Y O U N G O N E ( C O R É E D U S U D ) , Z C R E AT E ( J A P O N ) … A U T O M O B I L E , A É R O N A U T I Q U E , I N D U S T R I E S N A U T I Q U E S , T I S S U S I N D U S T R I E L S A E R A Z U R ( F R A N C E ) , A E R M A C C H I ( I TA L I E ) , A I R C R U I S E R S ( G R O U P E Z O D I A C ) ( É TAT S - U N I S ) , A L B A N Y I N T E R N AT I O N A L ( A U S T R A L I E ) , A R A C O ( J A P O N ) , A S T R A M O T O R S ( I N D O N É S I E ) , A U T O L I V ( É TAT S - U N I S ) , A Z I M U T ( I TA L I E ) , B A R ( R O YA U M E U N I ) , B E R C E L L A ( I TA L I E ) , B E S T- H A L L O Y ( F I N L A N D E ) , B O E I N G ( É TAT S - U N I S ) , B R O O K H O U S E PA X F O R D ( R O YA U M E U N I ) , B S T ( A L L E M A G N E ) , C E S S N A A I R C R A F T (ÉTATS-UNIS), C O AT E X (BELGIQUE), C O I N D U (PORTUGAL), C O N T E Y O R M U LT I B A G (BELGIQUE), C R A N C H I (ITALIE), D O R O (FRANCE), A P M M O T O R S ( I N D O N É S I E ) , D E L P H I ( É TAT S - U N I S ) , D O R O ( F R A N C E ) , E A D S S O C ATA ( F R A N C E ) , E D S C H A ( A L L E M A G N E ) , E L A N M A R I N E ( I TA L I E ) , E L C O ( B E L G I Q U E ) , E M B R A E R ( B R É S I L ) , E R A B E S C H I C H T U N G ( A L L E M A G N E ) , E U R O C O P T E R ( F R A N C E ) , E U R O M A N C H E T T E N ( PAY S - B A S ) , E V O B U S ( A L L E M A G N E ) , FA C C ( A U T R I C H E ) , FA P O M E D ( P O R T U G A L ) , FA U R E C I A ( F R A N C E ) , F E R R E T T I P E R S H I N G ( A C T G R O U P ) ( I TA L I E ) , F LY N T A M T E X ( É TAT S - U N I S ) , F U K U S H I M A G O M U ( J A P O N ) , G E N M A R ( É TAT S - U N I S ) , G K N ( É TAT S - U N I S ) , G O O D B A B Y ( C H I N E ) , G R O U P E Z O D I A C ( F R A N C E ) , I S R A Ë L A I R C R A F T I N D U S T R I E S ( I S R A Ë L ) , J O H N S O N C O N T R O L S ( É TAT S - U N I S ) , J U N K E R F I LT E R ( A L L E M A G N E ) , L A N D R O V E R ( R O YA U M E U N I ) , L E A R C O R P O R AT I O N ( É TAT S - U N I S ) , L I M B U R G S I S O L E E R B E D R I J F ( PAY S - B A S ) , L M G L A S F I B E R ( D A N E M A R K ) , L O C K H E E D ( É TAT S U N I S ) , L O L A I N T E R N AT I O N A L ( R O YA U M E U N I ) , M A G N A I N T E R I O R S Y S T E M S ( É TAT S - U N I S ) , M A N U T E X ( F R A N C E ) , M I L L I K E N / A M E R I C A N B A G ( É TAT S - U N I S ) , M O A S A ( E S PA G N E ) , O G M A ( P O R T U G A L ) , P E U G E O T ( F R A N C E ) , P H I L I P P I N E C A R P E T S ( P H I L I P P I N E S ) , P I L O T E ( F R A N C E ) , R E C A R O ( J A P O N ) , R E F R A S C H I N I ( I TA L I E ) , R E N A U LT F 1 ( R O YA U M E U N I ) , S E A R AY B O AT S ( É TAT S - U N I S ) , S E I R E N A U C U S ( J A P O N ) , S I D I J K L U C H T K U S S E N FA B R I E K & T E N T M A K E R I J ( PAY S - B A S ) , S I O E N N O R D I FA ( B E L G I Q U E ) , S O N A C A ( B E L G I Q U E ) , S PA R C O ( I TA L I E ) , S T O R K F O K K E R ( PAY S - B A S ) , S V E N S K A I R B A G ( S U È D E ) , TA K ATA ( P H I L I P P I N E S ) , U N I O N A U T O PA R T S ( TA Ï W A N ) , V E S TA S ( D A N E M A R K ) … A M E U B L E M E N T - A D R I A N A ( P O L O G N E ) , A R K E T I P O ( I TA L I E ) , A S H L E Y F U R N I T U R E ( É TAT S - U N I S ) , B & B ( I TA L I E ) , B . M A R LY ( F R A N C E ) , B A R C A L O U N G E R ( É TAT S - U N I S ) , C A P D E V I E L L E ( F R A N C E ) , C A S S I N A ( I TA L I E ) , C E N T U R Y F U R N I T U R E ( É TAT S - U N I S ) , C H R I S T I E T Y L E R C O N T I N E N TA L ( R O YA U M E U N I ) , C O R S I T Z M Ö B E L ( A L L E M A G N E ) , C R A F T M A S T E R ( É TAT S - U N I S ) , D E C O R O ( C H I N E ) , D E S E D E ( S U I S S E ) , D F M (POLOGNE), D U M E S T E (FRANCE), E C H E V E R R I A (FRANCE), E B I S U K A S E I (JAPON), E S T O F O S A Q U I N O S (PORTUGAL), E U R O L I N E (POLOGNE), E U R O P O L / P O L I P O L ( A L L E M A G N E / P O L O G N E ) , F U R N I T U R E B R A N D S I N T E R N AT I O N A L ( H E N R E D O N , H I C K O R Y C H A I R , P E A R S O N ) ( É TAT S UNIS), H I M O L L A (ALLEMAGNE), I K E A (SUÈDE), I S T I K B A L G R O U P (TURQUIE), K I N N A R P S S K I L L I N G A RY (SUÈDE), K R A M E X (POLOGNE), L A - Z - B O Y ( A L E X V A L E P E N N S Y LV A N I A H O U S E , C L AY T O N M A R C U S , A M E R I C A N O F M A R T I N S V I L L E , S A M M O O R E , E N G L A N D C O R S A I R ) ( É TAT S - U N I S ) , L E E I N D U S T R I E S ( É TAT S - U N I S ) , L E L E U B U R O V ( F R A N C E ) , L I F E S T Y L E - F U R N I S H I N G S ( L E X I N G T O N ) ( É TAT S - U N I S ) , L I N D S M Ö B L E R ( D A N E M A R K ) , M A N - W A H ( C H I N E ) , M A N N E S ( B R É S I L ) , M E U B I T R E N D ( PAY S - B A S ) , N O R W A L K ( É TAT S - U N I S ) , PA R K E R K N O L L ( R O YA U M E U N I ) , P O LT R O N E S O F À ( I TA L I E ) , R O L F B E N Z ( A L L E M A G N E ) , R O W E F U R N I T U R E ( M I T C H E L L G O L D ) ( É TAT S - U N I S ) , S H E L B Y W I L L I A M S ( É TAT S - U N I S ) , S I È G E S C O N T E M P O R A I N S D U V I V I E R ( F R A N C E ) , TA P I Z A D O S FA M A ( E S PA G N E ) , W I E S N E R H A G E R ( A U T R I C H E ) . . . LECTRA - RAPPORT ANNUEL 2003 R APPORT 30 ANS DE DÉFIS ET D ’ INNOVATIONS ANNUEL 2003 PLUS DE 10 000 CLIENTS DANS 100 PAYS FONT CONFIANCE À LECTRA TEXTILE - A M E R I C A N P H I L T E X T I L E S (CHINE), A R C O T Ê X T E I S (PORTUGAL), A R G O PA N T E S (INDONÉSIE), B O U S S A C (FRANCE), C A R D O N T R A D I L I N G E (F R A N C E ), E M M A N U E L L A N G (F R A N C E ), F Á B R I C A T Ê X T I L R I O P E L E (P O RT U G A L), F L E X I T E X (P O RT U G A L), F O N TA N E L (F R A N C E ), G U I L L A U M O N D (F R A N C E ), H E N I T E X I N T E R N AT I O N A L (F R A N C E ), J . P E R E I R A F E R N A N D E S (P O RT U G A L), L A M E I R I N H O (P O RT U G A L), M I N TAY (TURQUIE) , M U L L I E Z (F R A N C E ), P E T T E N AT I (B R É S IL), S A N T I S TA T Ê X T I L (B R É S IL), S I AT (F R A N C E ), S O C I E D A D E T Ê X T I L A F L O R D O C A M P O ( P O RT U G A L ) , S O U L E I A D O ( F R A N C E ) , TA I A N A ( I TA L I E ) , T I S S A G E T E X T I L E D E P I C A R D I E ( F R A N C E ) , T I S S A G E S B O N VA L L E T ( F R A N C E ) , T Ê X T E I S P E N E D O (P O RT U G A L), T M G FA B R I C S (P O RT U G A L), T R O U I L L E T (F R A N C E ), VA N D E R S C H O O T E N (F R A N C E ), W I T TA M E R - H E N R I S T ( B E L G I Q U E ) … M O D E , H A B I L L E M E N T, D I S T R I B U T I O N - A C E S T Y L E ( C H I N E ) , A L B E R TA F E R R E T T I ( A E F F E ) ( I TA L I E ) , A L L A S I A ( C H I N E ) , A L L E G R I ( D I S M I 9 2 ) (ITA LIE ), A M B I A N C E B E L G I Q U E (B E LG IQ U E ), A M M A (P O RT U G A L), A N I M A L E (IN D O N É S IE ), A RT H A G L O RY (IN D O N É S IE ), AV E N T (S LO VA Q U IE ), B E R C E L (P O RT U G A L), B E R M O FA S H I O N (PAY S - B A S ) , B E T I (S LO V É N IE ), B E T S E Y J O H N S O N (É TAT S - U N IS ), B I N B I N K N I T T I N G (M A LA IS IE ) , B O RT E X (M A LT E ) , B O S S I N I (C H IN E ), B R A I C O N F (R O U M A N IE ), B R I N K M A N N G R U P P E (A LLE M A G N E ) , C A L I D A (S U IS S E ) , C A LV I N K L E I N (É TAT S - U N IS ), C A L Z E D O N I A (ITA LIE ), C A N D E R FA S H I O N (C H IN E ), C A R A M E L O (E S PA G N E ), C A RT E R H A R R I S (A F R IQ U E D U S U D ), C A R V I T E X (P O RT U G A L), C AT I M I N I (F R A N C E ), C H A N C H O O S I N G (M A LA IS IE ) , C H A N T E L L E (F R A N C E ), C H I C C O ( A RT S A N A ) (ITA LIE ), C H R I S T I A N D I O R (F R A N C E ), C H R I S T I A N L A C R O I X (F R A N C E ), C H R I S T I N A A M E R I C A (C A N A D A ) , C M T (ILE M A U R IC E ), C L I P S ( WA N D A M O D E ) (ITA LIE ), C O L U M B I A S P O RT S W E A R (É TAT S - U N IS ), C O M P L I C E S (F R A N C E ), C O R I (B R É S IL), C O R N E L I A N I (ITA LIE ), C . P. C O M PA N Y (ITA LIE ), C R I S M I N A G A R M E N T S (P H ILIP P IN E S ) , C RY S TA L G R O U P (C H IN E ), D A I N E S E (ITA LIE ), D A N I E R L E AT H E R (C A N A D A ) , D E LTA (IS R A Ë L) , D E VA N L AY L A C O S T E (F R A N C E ), D E V E R N O I S (F R A N C E ), D I E S E L (ITA LIE ), D I N I Z & C R U Z (P O RT U G A L), D U G U Y (F R A N C E ), D U R B A N C L O T H I N G (A F R IQ U E D U S U D ), E C C E (F R A N C E ), E D D I E B A U E R (É TAT S - U N IS ), E L E G A N C E I N D U S T R I A L (C H IN E ), E M I N E N C E (F R A N C E ), E S P R I T (A LLE M A G N E ) , E U R O B R O O K S ( PAY S B A S ) , E V E R G L O RY G R O U P (C H IN E ), E Y B L (A U T R IC H E ), FA M O RY G R O U P (C H IN E ), F L O R D A M O D A (P O RT U G A L), F O R U M (B R É S IL), F O R M O S TA R G A R M E N T (P H ILIP P IN E S ) , F O S P (F É D É R AT IO N D E R U S S IE ), F R U I T O F T H E L O O M (É TAT S - U N IS ), G A L E R I E S L A FAY E T T E (F R A N C E ), G A P I N C . 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(É TAT S - U N IS ), S E C U I A N A ( R O U M A N I E ) , S E L M A R K ( E S PA G N E ) , S E R G I O TA C C H I N I ( I TA L I E ) , S H I VA M ( I N D E ) , S I C O L ( T U N I S I E ) , S I D I ( P O RT U G A L ) , S I L S A C O N F E C Ç Õ E S (P O RT U G A L), S I M O N E P É R È L E (F R A N C E ), S I M O R R A (E S PA G N E ) , M O S C H I N O J E A N S ( S I N V S PA ) (ITA LIE ), S O N I A RY K I E L (F R A N C E ), SOPORCOL - SOCIEDADE PORTUGUESA DE CONFECÇÕES (P O RT U G A L), S O R S T E (R O U M A N IE ), S O S A K U YA (JA P O N ) , S O V I E T ( A F R I Q U E D U S U D ) , S P E E D O ( A F R I Q U E D U S U D ) , S P O R TA L M (A U T R IC H E ), S P O RT M A S K A (C A N A D A ) , S T. J O H N K N I T S (ÉTAT SU N I S ) , S TA E L S B O R C O ( B E L G I Q U E ) , S T R E L L S O N ( S U I S S E ) , S U N H I N G S H I N G (C H IN E ), TA RT I N E E T C H O C O L AT (F R A N C E ), T H E C H I L D R E N ’ S P L A C E ( É TAT S - U N I S ) , T H I E R R Y M U G L E R ( F R A N C E ) , T H R E E L A D I E S C O M PA N Y ( B E L G I Q U E ) , T O K Y O TRIAL (PORTUGAL), TRUMPF (ALLEMAGNE), TYPHONTEX C L O T H I N G (JAPON), T O R P O (POLOGNE), T O R R E (PORTUGAL), (INDONÉSIE), U N I C O N (HONGRIE), VA L I N D O (PORTUGAL), VA L I S È R E (B R É S IL), VA N W I J N S B E R G H E FA S H I O N (BELGIQUE) , VAN WINKEL FASHION (PAYS-BAS), VARELA & MACEDO (PORTUGAL), VA RT E K S ( C R O AT I E ) , V E G O T E X I N T E R N AT I O N A L ( B E L G I Q U E ) , V E R C AT E X ( B E L G I Q U E ) , V E R S A C E ( A L I A S ) ( I TA L I E ) , V I C T O R I A’ S S E C R E T ( É TAT S - U N I S ) , V I L A R O M A N A ( B R É S I L ) , V I VA R T E ( F R A N C E ) , V T L ( T U N I S I E ) , W A L - M A R T ( É TAT S - U N I S ) , W E I L L (FRANCE), WINALL (CHINE), WINDSOR (ALLEMAGNE), W I T TA M E R - H E N R I S T D E R E N A I X ( B E L G I Q U E ) , W O L F F ( A U T R I C H E ) , YA G I C R E AT I O N ( J A P O N ) , YA R G I C I ( T U R Q U I E ) , Y O U N G O N E ( C O R É E D U SUD), YOUNGOR GROUP (CHINE), YVES SAINT LAURENT (FRANCE), ZINS (FRANCE)… CHAUSSURE, BAGAGE, MAROQUINERIE - AÉROSOL ( K A & K A ) ( I TA L I E ) , A I G L E ( F R A N C E ) , A K U ( I TA L I E ) , A L B E R T O P I E L ( E S PA G N E ) , A L PA R G ATA S ( B R É S I L ) , A S I C S ( J A P O N ) , B A L LY ( S U I S S E ) , B ATA ( PAY S - B A S ) , B I D E G A I N ( F R A N C E ) , B R I C ' S ( I TA L I E ) , C H A R L E S J O U R D A N ( F R A N C E ) , C O C C I N E L L E ( I TA L I E ) , D E S I G N E R L E O N O V I ( I TA L I E ) , D I V E R ( I TA L I E ) , D U C C I O D E L D U C A ( O R E G O N ) ( I TA L I E ) , E A G L E C R E E K ( É TAT S - U N I S ) , E L C O ( B E L G I Q U E ) , E V E R I T E ( TA Ï WA N ) , F E L I X F O R M A S ( B R É S I L ) , F E N D I ( I TA L I E ) , F E N TAY ( TA Ï WA N ) , F E R R A G A M O ( I TA L I E ) , F R A U ( I TA L I E ) , G O L D E N C H A N G ( C H I N E ) , H E N R I C H ( B R É S I L ) , I B I Z A ( J A P O N ) , I N D O E LY S A B E T H ( I N D O N É S I E ) , I R I S ( I TA L I E ) , J O N E S & V I N I N G ( É TAT S - U N I S ) , K 2 K O R E A ( C O R É E D U S U D ) , L O E W E ( E S PA G N E ) , L O U I S V U I T T O N ( F R A N C E ) , M A I D E ( B R É S I L ) , M A R Q U E T ( F R A N C E ) , M E P H I S T O ( F R A N C E ) , M E R A M E C ( É TAT S - U N I S ) , M I T S U S H I B A I N T E R N AT I O N A L ( TA Ï WA N ) , M U L B E R R Y ( R O YA U M E U N I ) , N E W B A L A N C E AT H L E T I C S H O E S ( É TAT S - U N I S ) , N I K E ( É TAT S - U N I S ) , R E D W I N G S H O E S ( É TAT S - U N I S ) , R E G A L C O R P O R AT I O N ( J A P O N ) , R E N AT O C O R T I ( I TA L I E ) , R O S S I M O D A ( I TA L I E ) , S A M S O N I T E ( B E L G I Q U E ) , S E V E N I N D U S T R I E S ( I TA L I E ) , S H A M I O R ( J A P O N ) , S O L I D E A ( I TA L I E ) , T E X I E R ( F R A N C E ) , T H E A . 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T C O M PA G N Y B & S ( E S PA G N E ) , T R A D E W I N D S G R O U P ( É TAT S - U N I S - C H I N E ) , T W U H U O L O N G ( C H I N E ) , U C H I D A S E I K A ( J A P O N ) , V U L C A B R A S ( B R É S I L ) , W A L - M A R T ( É TAT S - U N I S ) , Y O U N G O N E ( C O R É E D U S U D ) , Z C R E AT E ( J A P O N ) … A U T O M O B I L E , A É R O N A U T I Q U E , I N D U S T R I E S N A U T I Q U E S , T I S S U S I N D U S T R I E L S A E R A Z U R ( F R A N C E ) , A E R M A C C H I ( I TA L I E ) , A I R C R U I S E R S ( G R O U P E Z O D I A C ) ( É TAT S - U N I S ) , A L B A N Y I N T E R N AT I O N A L ( A U S T R A L I E ) , A R A C O ( J A P O N ) , A S T R A M O T O R S ( I N D O N É S I E ) , A U T O L I V ( É TAT S - U N I S ) , A Z I M U T ( I TA L I E ) , B A R ( R O YA U M E U N I ) , B E R C E L L A ( I TA L I E ) , B E S T- H A L L O Y ( F I N L A N D E ) , B O E I N G ( É TAT S - U N I S ) , B R O O K H O U S E PA X F O R D ( R O YA U M E U N I ) , B S T ( A L L E M A G N E ) , C E S S N A A I R C R A F T (ÉTATS-UNIS), C O AT E X (BELGIQUE), C O I N D U (PORTUGAL), C O N T E Y O R M U LT I B A G (BELGIQUE), C R A N C H I (ITALIE), D O R O (FRANCE), A P M M O T O R S ( I N D O N É S I E ) , D E L P H I ( É TAT S - U N I S ) , D O R O ( F R A N C E ) , E A D S S O C ATA ( F R A N C E ) , E D S C H A ( A L L E M A G N E ) , E L A N M A R I N E ( I TA L I E ) , E L C O ( B E L G I Q U E ) , E M B R A E R ( B R É S I L ) , E R A B E S C H I C H T U N G ( A L L E M A G N E ) , E U R O C O P T E R ( F R A N C E ) , E U R O M A N C H E T T E N ( PAY S - B A S ) , E V O B U S ( A L L E M A G N E ) , FA C C ( A U T R I C H E ) , FA P O M E D ( P O R T U G A L ) , FA U R E C I A ( F R A N C E ) , F E R R E T T I P E R S H I N G ( A C T G R O U P ) ( I TA L I E ) , F LY N T A M T E X ( É TAT S - U N I S ) , F U K U S H I M A G O M U ( J A P O N ) , G E N M A R ( É TAT S - U N I S ) , G K N ( É TAT S - U N I S ) , G O O D B A B Y ( C H I N E ) , G R O U P E Z O D I A C ( F R A N C E ) , I S R A Ë L A I R C R A F T I N D U S T R I E S ( I S R A Ë L ) , J O H N S O N C O N T R O L S ( É TAT S - U N I S ) , J U N K E R F I LT E R ( A L L E M A G N E ) , L A N D R O V E R ( R O YA U M E U N I ) , L E A R C O R P O R AT I O N ( É TAT S - U N I S ) , L I M B U R G S I S O L E E R B E D R I J F ( PAY S - B A S ) , L M G L A S F I B E R ( D A N E M A R K ) , L O C K H E E D ( É TAT S U N I S ) , L O L A I N T E R N AT I O N A L ( R O YA U M E U N I ) , M A G N A I N T E R I O R S Y S T E M S ( É TAT S - U N I S ) , M A N U T E X ( F R A N C E ) , M I L L I K E N / A M E R I C A N B A G ( É TAT S - U N I S ) , M O A S A ( E S PA G N E ) , O G M A ( P O R T U G A L ) , P E U G E O T ( F R A N C E ) , P H I L I P P I N E C A R P E T S ( P H I L I P P I N E S ) , P I L O T E ( F R A N C E ) , R E C A R O ( J A P O N ) , R E F R A S C H I N I ( I TA L I E ) , R E N A U LT F 1 ( R O YA U M E U N I ) , S E A R AY B O AT S ( É TAT S - U N I S ) , S E I R E N A U C U S ( J A P O N ) , S I D I J K L U C H T K U S S E N FA B R I E K & T E N T M A K E R I J ( PAY S - B A S ) , S I O E N N O R D I FA ( B E L G I Q U E ) , S O N A C A ( B E L G I Q U E ) , S PA R C O ( I TA L I E ) , S T O R K F O K K E R ( PAY S - B A S ) , S V E N S K A I R B A G ( S U È D E ) , TA K ATA ( P H I L I P P I N E S ) , U N I O N A U T O PA R T S ( TA Ï W A N ) , V E S TA S ( D A N E M A R K ) … A M E U B L E M E N T - A D R I A N A ( P O L O G N E ) , A R K E T I P O ( I TA L I E ) , A S H L E Y F U R N I T U R E ( É TAT S - U N I S ) , B & B ( I TA L I E ) , B . M A R LY ( F R A N C E ) , B A R C A L O U N G E R ( É TAT S - U N I S ) , C A P D E V I E L L E ( F R A N C E ) , C A S S I N A ( I TA L I E ) , C E N T U R Y F U R N I T U R E ( É TAT S - U N I S ) , C H R I S T I E T Y L E R C O N T I N E N TA L ( R O YA U M E U N I ) , C O R S I T Z M Ö B E L ( A L L E M A G N E ) , C R A F T M A S T E R ( É TAT S - U N I S ) , D E C O R O ( C H I N E ) , D E S E D E ( S U I S S E ) , D F M (POLOGNE), D U M E S T E (FRANCE), E C H E V E R R I A (FRANCE), E B I S U K A S E I (JAPON), E S T O F O S A Q U I N O S (PORTUGAL), E U R O L I N E (POLOGNE), E U R O P O L / P O L I P O L ( A L L E M A G N E / P O L O G N E ) , F U R N I T U R E B R A N D S I N T E R N AT I O N A L ( H E N R E D O N , H I C K O R Y C H A I R , P E A R S O N ) ( É TAT S UNIS), H I M O L L A (ALLEMAGNE), I K E A (SUÈDE), I S T I K B A L G R O U P (TURQUIE), K I N N A R P S S K I L L I N G A RY (SUÈDE), K R A M E X (POLOGNE), L A - Z - B O Y ( A L E X V A L E P E N N S Y LV A N I A H O U S E , C L AY T O N M A R C U S , A M E R I C A N O F M A R T I N S V I L L E , S A M M O O R E , E N G L A N D C O R S A I R ) ( É TAT S - U N I S ) , L E E I N D U S T R I E S ( É TAT S - U N I S ) , L E L E U B U R O V ( F R A N C E ) , L I F E S T Y L E - F U R N I S H I N G S ( L E X I N G T O N ) ( É TAT S - U N I S ) , L I N D S M Ö B L E R ( D A N E M A R K ) , M A N - W A H ( C H I N E ) , M A N N E S ( B R É S I L ) , M E U B I T R E N D ( PAY S - B A S ) , N O R W A L K ( É TAT S - U N I S ) , PA R K E R K N O L L ( R O YA U M E U N I ) , P O LT R O N E S O F À ( I TA L I E ) , R O L F B E N Z ( A L L E M A G N E ) , R O W E F U R N I T U R E ( M I T C H E L L G O L D ) ( É TAT S - U N I S ) , S H E L B Y W I L L I A M S ( É TAT S - U N I S ) , S I È G E S C O N T E M P O R A I N S D U V I V I E R ( F R A N C E ) , TA P I Z A D O S FA M A ( E S PA G N E ) , W I E S N E R H A G E R ( A U T R I C H E ) . . . Cotation Répartition du chiffre d’affaires P A R Un Services Équipements de CFAO Logiciels PC et périphériques métier P A R A C T I V I T É 32 36 30 2 % % % % P A R R É G I O N Europe Amérique du Nord Asie-Pacifique Autres pays 51 22 20 7 % % % % M A R C H É Lectra est cotée au Second Marché d’Euronext Paris (segment NextEconomy). S E C T O R I E L Habillement, textile, distribution Automobile, aéronautique, nautique Ameublement Chaussure, bagage, maroquinerie 58 25 12 5 L’action Lectra fait partie des valeurs européennes composant l’indice Next 150 d’Euronext, et des valeurs françaises composant les indices SBF 250, Midcac et du Second Marché d’Euronext Paris. % % % % Classification FTSE : secteur 977 Technologies de l’information – Logiciels Code ISIN : FR 00000 65484 Contrat d'apporteur de liquidité : SG Securities (Société Générale) et une expertise Information financière uniques Lectra établit ses comptes selon les normes comptables IAS/IFRS et publie ses résultats trimestriellement. Le rapport annuel de la société ainsi que toutes ses publications financières sont également disponibles en anglais. Numéro un mondial, Lectra conçoit, produit et distribue des logiciels et des équipements dédiés aux industries fortement utilisatrices de textiles, cuir et matériaux souples. Cette offre technologique est complétée par un ensemble de services associés et se décline en solutions globales, permettant de concevoir le design d’un produit, de le fabriquer et de le distribuer. Chiffres-clés consolidés en millions d’euros (1) 2003 Chiffre d’affaires 2002 2001 2000 1999 184,7 185,1 194,5 228,7 200,5 Résultat d’exploitation 11,1 7,2 (0,7) 22,8 18,7 Résultat avant impôts 10,4 5,8 (2,9) 17,5 15,9 7,4 3,6 (3,2) 14,1 14,1 • Capital de base 0,21 0,10 (0,09) 0,42 0,48 • Capital dilué 0,21 0,10 (0,09) 0,37 0,39 Cash flow libre 13,4 20,3 0,4 9,7 9,4 82,7 73,0 76,5 80,3 58,5 52,4 35,2 19,6 22,8 7,8 14,0 13,8 16,4 16,6 13,9 3,4 3,1 6,6 5,1 8,7 1 295 1 356 1 425 1 517 1 502 Résultat net Résultat net par action Capitaux propres Trésorerie nette (2) (2) Recherche et développement Investissements Effectifs totaux (1) (2) (2) sauf pour le résultat par action, qui figure en euros au 31 décembre Des solutions pour un ensemble de grands marchés Une offre technologique et de services globale Une culture d’entreprise riche et fédératrice Les solutions déployées par Lectra répondent aux besoins d’un ensemble de grands marchés mondiaux : mode, habillement et distribution ; maroquinerie et bagage ; chaussure ; ameublement ; transport (automobile, aéronautique, nautique) ; autres industries traitant les tissus industriels et les matériaux composites. Depuis 30 ans, l’offre de logiciels et d’équipements de CFAO est le cœur du métier de l’entreprise. En constante évolution, cette offre allie les technologies les plus avancées. Elle s’est enrichie des technologies du virtuel, notamment de la 3D, d’Internet et de nouvelles applications. La plate-forme Internet LectraOnline Exchange permet l’échange sécurisé de données. Quant aux services, ils s’étendent de l’assistance et la maintenance des équipements sur site ou à distance, par télé-intervention, à la formation et au conseil. Les clients de Lectra bénéficient des compétences et de l’expérience de ses 1 300 collaborateurs, dont près de 60 % hors de France. Ces équipes de recherche, techniques ou commerciales, sont expertes des métiers de leurs clients. Elles partagent, partout dans le monde, la même culture d’entreprise, guidée par cinq valeurs-clés : leadership, entrepreneurship, excellence, innovation, customer care. Une vocation : permettre à chaque client de résoudre ses challenges stratégiques Avec chacun de ses 10 000 clients dans le monde, Lectra construit de véritables partenariats. Groupes internationaux, moyennes ou petites entreprises, ces clients créent, fabriquent, sous-traitent ou distribuent. Lectra contribue à leur succès dans l’atteinte de leurs enjeux stratégiques : réduire les coûts, améliorer la productivité, et développer la qualité, faire face à la mondialisation, développer et sécuriser les échanges d’informations électroniques, diminuer le time-to-market, répondre à la demande croissante de mass customisation, maîtriser et promouvoir l’image et les marques... Une implantation mondiale Lectra est une entreprise mondiale, présente dans 100 pays : près de 90 % de son chiffre d’affaires sont réalisés hors de France. Son propre réseau de filiales commerciales et de service contribue à hauteur de 93 % du chiffre d’affaires – une organisation unique, complétée par des agents et distributeurs dans certains pays. Trois Call Centers couvrent l’Europe, les États-Unis et l’Asie. Forte de près de 800 spécialistes du marketing, de la vente et des services, Lectra offre à chaque client, partout dans le monde, les avantages d’une proximité optimale. Une structure du capital simple, des fondamentaux financiers solides 29 % du capital sont détenus directement par les deux principaux dirigeants de la société, André et Daniel Harari. Le flottant est de 71 %. Avec des capitaux propres de € 82,7 millions et une trésorerie nette de € 52,4 millions, Lectra dispose de fondamentaux financiers solides. Ceux-ci lui permettent de poursuivre le financement d’une croissance organique soutenue et durable, et de saisir toute opportunité de croissance externe. L’action Lectra est cotée au Second Marché d’Euronext Paris. Ces données n’intègrent pas la société Investronica Sistemas acquise début 2004. 2 1973-2003 : 30 ans de défis et d’inovations pour Lectra 6 Stratégie 1 1 1 Va l e u r s c l é s 1 2 C h i ff re s - c l é s 1 1 14 Lectra dans le monde 1 6 M a rc h é s , s o l u t i o n s , services 30 Bourse 31 Rapport financier 9 4 D i re c t i o n Les comptes de la société mère de l'exercice 2003 et leur annexe, le texte intégral du rapport de gestion du Conseil d'Administration à l'Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004, le rapport spécial du Conseil d’Administration sur les options de souscription d’actions consenties ou levées en 2003, le rapport du Conseil d’Administration à l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, les rapports général et spécial des Commissaires aux comptes sur les comptes sociaux, les rapport spéciaux des Commissaires aux comptes à l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, et les résolutions soumises à ces deux assemblées figurent dans un document séparé. La note d’information relative au programme de rachat d’actions soumis à l’Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004 a reçu de l’Autorité des Marchés Financiers (AMF) le visa n° 04-258 en date du 7 avril 2004. Ces documents ainsi que toute l’information financière de la société peuvent être consultés sur le site Internet www.lectra.com, ou obtenus sur simple demande auprès du service Relations investisseurs. Calendrier financier 2004 Communication des résultats trimestriels et annuels (après la clôture d’Euronext Paris) Résultats du 1er trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 avril 2004 Résultats du 2ème trimestre2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 juillet 2004 Résultats du 3ème trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 octobre 2004 Résultats annuels 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 février 2005 ● Assemblée Générale - Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 avril 2004 ● Réunions d'analystes Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 février 2004 Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 septembre 2004 ● Ce calendrier est tenu à jour sur www.lectra.com Suivi de la valeur Les départements d'analyse des établissements financiers suivants assurent un suivi de la valeur : CDC IXIS-LCF Rothschild Midcaps, Crédit Agricole Indosuez Cheuvreux, Exane, Gilbert Dupont, HSBC CCF Securities, Oddo Securities, SG Securities (Société Générale). Relations investisseurs Lectra, 16-18, rue Chalgrin - 75016 Paris - France Tél. : + 33 (0) 1 53 64 42 00 - Fax : + 33 (0) 1 53 64 43 12 e-mail : [email protected] Lectra, société anonyme au capital de 56 198 547 euros RCS Bordeaux B 300 702 305 Siège social : 23, chemin de Marticot - 33610 Cestas - France Tél. : +33 (0) 5 57 97 80 00 - Fax : +33 (0) 5 57 97 82 00 www.lectra.com Cotation Répartition du chiffre d’affaires P A R Un Services Équipements de CFAO Logiciels PC et périphériques métier P A R A C T I V I T É 32 36 30 2 % % % % P A R R É G I O N Europe Amérique du Nord Asie-Pacifique Autres pays 51 22 20 7 % % % % M A R C H É Lectra est cotée au Second Marché d’Euronext Paris (segment NextEconomy). S E C T O R I E L Habillement, textile, distribution Automobile, aéronautique, nautique Ameublement Chaussure, bagage, maroquinerie 58 25 12 5 L’action Lectra fait partie des valeurs européennes composant l’indice Next 150 d’Euronext, et des valeurs françaises composant les indices SBF 250, Midcac et du Second Marché d’Euronext Paris. % % % % Classification FTSE : secteur 977 Technologies de l’information – Logiciels Code ISIN : FR 00000 65484 Contrat d'apporteur de liquidité : SG Securities (Société Générale) et une expertise Information financière uniques Lectra établit ses comptes selon les normes comptables IAS/IFRS et publie ses résultats trimestriellement. Le rapport annuel de la société ainsi que toutes ses publications financières sont également disponibles en anglais. Numéro un mondial, Lectra conçoit, produit et distribue des logiciels et des équipements dédiés aux industries fortement utilisatrices de textiles, cuir et matériaux souples. Cette offre technologique est complétée par un ensemble de services associés et se décline en solutions globales, permettant de concevoir le design d’un produit, de le fabriquer et de le distribuer. Chiffres-clés consolidés en millions d’euros (1) 2003 Chiffre d’affaires 2002 2001 2000 1999 184,7 185,1 194,5 228,7 200,5 Résultat d’exploitation 11,1 7,2 (0,7) 22,8 18,7 Résultat avant impôts 10,4 5,8 (2,9) 17,5 15,9 7,4 3,6 (3,2) 14,1 14,1 • Capital de base 0,21 0,10 (0,09) 0,42 0,48 • Capital dilué 0,21 0,10 (0,09) 0,37 0,39 Cash flow libre 13,4 20,3 0,4 9,7 9,4 82,7 73,0 76,5 80,3 58,5 52,4 35,2 19,6 22,8 7,8 14,0 13,8 16,4 16,6 13,9 3,4 3,1 6,6 5,1 8,7 1 295 1 356 1 425 1 517 1 502 Résultat net Résultat net par action Capitaux propres Trésorerie nette (2) (2) Recherche et développement Investissements Effectifs totaux (1) (2) (2) sauf pour le résultat par action, qui figure en euros au 31 décembre Des solutions pour un ensemble de grands marchés Une offre technologique et de services globale Une culture d’entreprise riche et fédératrice Les solutions déployées par Lectra répondent aux besoins d’un ensemble de grands marchés mondiaux : mode, habillement et distribution ; maroquinerie et bagage ; chaussure ; ameublement ; transport (automobile, aéronautique, nautique) ; autres industries traitant les tissus industriels et les matériaux composites. Depuis 30 ans, l’offre de logiciels et d’équipements de CFAO est le cœur du métier de l’entreprise. En constante évolution, cette offre allie les technologies les plus avancées. Elle s’est enrichie des technologies du virtuel, notamment de la 3D, d’Internet et de nouvelles applications. La plate-forme Internet LectraOnline Exchange permet l’échange sécurisé de données. Quant aux services, ils s’étendent de l’assistance et la maintenance des équipements sur site ou à distance, par télé-intervention, à la formation et au conseil. Les clients de Lectra bénéficient des compétences et de l’expérience de ses 1 300 collaborateurs, dont près de 60 % hors de France. Ces équipes de recherche, techniques ou commerciales, sont expertes des métiers de leurs clients. Elles partagent, partout dans le monde, la même culture d’entreprise, guidée par cinq valeurs-clés : leadership, entrepreneurship, excellence, innovation, customer care. Une vocation : permettre à chaque client de résoudre ses challenges stratégiques Avec chacun de ses 10 000 clients dans le monde, Lectra construit de véritables partenariats. Groupes internationaux, moyennes ou petites entreprises, ces clients créent, fabriquent, sous-traitent ou distribuent. Lectra contribue à leur succès dans l’atteinte de leurs enjeux stratégiques : réduire les coûts, améliorer la productivité, et développer la qualité, faire face à la mondialisation, développer et sécuriser les échanges d’informations électroniques, diminuer le time-to-market, répondre à la demande croissante de mass customisation, maîtriser et promouvoir l’image et les marques... Une implantation mondiale Lectra est une entreprise mondiale, présente dans 100 pays : près de 90 % de son chiffre d’affaires sont réalisés hors de France. Son propre réseau de filiales commerciales et de service contribue à hauteur de 93 % du chiffre d’affaires – une organisation unique, complétée par des agents et distributeurs dans certains pays. Trois Call Centers couvrent l’Europe, les États-Unis et l’Asie. Forte de près de 800 spécialistes du marketing, de la vente et des services, Lectra offre à chaque client, partout dans le monde, les avantages d’une proximité optimale. Une structure du capital simple, des fondamentaux financiers solides 29 % du capital sont détenus directement par les deux principaux dirigeants de la société, André et Daniel Harari. Le flottant est de 71 %. Avec des capitaux propres de € 82,7 millions et une trésorerie nette de € 52,4 millions, Lectra dispose de fondamentaux financiers solides. Ceux-ci lui permettent de poursuivre le financement d’une croissance organique soutenue et durable, et de saisir toute opportunité de croissance externe. L’action Lectra est cotée au Second Marché d’Euronext Paris. Ces données n’intègrent pas la société Investronica Sistemas acquise début 2004. 2 1973-2003 : 30 ans de défis et d’inovations pour Lectra 6 Stratégie 1 1 1 Va l e u r s c l é s 1 2 C h i ff re s - c l é s 1 1 14 Lectra dans le monde 1 6 M a rc h é s , s o l u t i o n s , services 30 Bourse 31 Rapport financier 9 4 D i re c t i o n Les comptes de la société mère de l'exercice 2003 et leur annexe, le texte intégral du rapport de gestion du Conseil d'Administration à l'Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004, le rapport spécial du Conseil d’Administration sur les options de souscription d’actions consenties ou levées en 2003, le rapport du Conseil d’Administration à l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, les rapports général et spécial des Commissaires aux comptes sur les comptes sociaux, les rapport spéciaux des Commissaires aux comptes à l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, et les résolutions soumises à ces deux assemblées figurent dans un document séparé. La note d’information relative au programme de rachat d’actions soumis à l’Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004 a reçu de l’Autorité des Marchés Financiers (AMF) le visa n° 04-258 en date du 7 avril 2004. Ces documents ainsi que toute l’information financière de la société peuvent être consultés sur le site Internet www.lectra.com, ou obtenus sur simple demande auprès du service Relations investisseurs. Calendrier financier 2004 Communication des résultats trimestriels et annuels (après la clôture d’Euronext Paris) Résultats du 1er trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 avril 2004 Résultats du 2ème trimestre2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 juillet 2004 Résultats du 3ème trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 octobre 2004 Résultats annuels 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 février 2005 ● Assemblée Générale - Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 avril 2004 ● Réunions d'analystes Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 février 2004 Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 septembre 2004 ● Ce calendrier est tenu à jour sur www.lectra.com Suivi de la valeur Les départements d'analyse des établissements financiers suivants assurent un suivi de la valeur : CDC IXIS-LCF Rothschild Midcaps, Crédit Agricole Indosuez Cheuvreux, Exane, Gilbert Dupont, HSBC CCF Securities, Oddo Securities, SG Securities (Société Générale). Relations investisseurs Lectra, 16-18, rue Chalgrin - 75016 Paris - France Tél. : + 33 (0) 1 53 64 42 00 - Fax : + 33 (0) 1 53 64 43 12 e-mail : [email protected] Lectra, société anonyme au capital de 56 198 547 euros RCS Bordeaux B 300 702 305 Siège social : 23, chemin de Marticot - 33610 Cestas - France Tél. : +33 (0) 5 57 97 80 00 - Fax : +33 (0) 5 57 97 82 00 www.lectra.com 30 ans C’est avec une émotion toute particulière mêlée de fierté, du sens du devoir et de la responsabilité envers nos clients, nos équipes, nos actionnaires et l’ensemble de nos partenaires, que nous célébrons cet anniversaire. Depuis sa création en 1973, Lectra s’est donnée pour mission d’accompagner ses clients dans leurs grandes mutations économiques, technologiques et d’organisation. Au cours de ces 30 années d’aventure entrepreneuriale, humaine et industrielle, jalonnées d’innovations et marquées par un déploiement international accéléré sur tous nos marchés sectoriels, nous sommes restés fidèles à cette mission, tout en nous adaptant nous-mêmes aux évolutions si profondes et si rapides du monde. Hier start-up à la croissance rapide mais insuffisamment maîtrisée, Lectra est aujourd’hui le numéro un mondial, avec des fondamentaux financiers particulièrement solides et une compétitivité encore renforcée par l’acquisition, en janvier 2004, du numéro trois mondial, Investronica Sistemas. Partis de la CAO pour l’habillement, nous couvrons aujourd’hui des marchés mondiaux aussi vastes que l’automobile, l’aéronautique ou l’ameublement qui représentent chaque année une part plus importante de notre chiffre d’affaires, avec une offre de logiciels et d’équipements de CFAO et de services associés sans cesse enrichie. Toujours réinventer Lectra, dans les moments les plus difficiles comme dans ceux les plus prospères, telle est la force de notre entreprise. Telle est la culture partagée par l’ensemble de nos équipes, en France et partout dans le monde, qui la rend si unique. Toute notre richesse, tous nos succès viennent de là. Si nous devions résumer en une phrase, nous dirions que Lectra à une âme, ce qui n'est pas le cas de beaucoup d'entreprises. Nous vous invitons à en découvrir les multiples facettes dans les pages qui suivent. En tournant aujourd’hui celle de nos trente ans, nous nous apprêtons à écrire les nouveaux chapitres de notre histoire : Lectra est armée pour une nouvelle stratégie de développement, que nous voulons ambitieuse. André et Daniel Harari 2 Lectra 2003 1973-2003 : 30 Les années 1973 à 1990 “ ANS DE DÉFIS Dans un monde en perpétuel changement, nous n’avons cessé depuis 30 ans d’entreprendre, d’anticiper et d’innover pour devenir le numéro un mondial, et accroître sans cesse notre avance. Aujourd’hui unique, notre offre s’est enrichie pour devenir globale et couvrir les besoins spécifiques de chacun de nos clients afin de leur permettre de faire face à leurs grands challenges stratégiques. ” 12 novembre 1973 Création de la société à Bordeaux-Cestas (France) par Jean et Bernard Etcheparre, deux ingénieurs visionnaires qui mettent au point le logiciel LECteur-TRAceur 200. Celui-ci calcule et trace automatiquement toutes les tailles d’un modèle de vêtement et donne son nom à la société : Lectra Systèmes Vente des premiers systèmes de patronage et de gradation de vêtements. La société compte moins de 10 personnes lorsque Jean et Bernard Etcheparre rencontrent André Harari, l’un des pionniers du capital risque en France, qui réunit les capitaux nécessaires à la réalisation du plan de développement de l’entreprise. 1976 - 1977 - Lectra prend déjà pied sur les marchés espagnol et japonais. Un an plus tard, elle réalise plus de 15 % de son chiffre d’affaires à l’exportation. Les grandes dates de Lectra 1973 1976 1977 Création de Lectra. Vente des premiers systèmes de patronage et de gradation. Début du développement international. Lectra 2003 ET D ’ INNOVATIONS POUR LECTRA 1980 - Ouverture d’une première filiale internationale en Allemagne, suivie en 1982 de l’Espagne, la Grande-Bretagne, l’Italie et des États-Unis. Depuis, Lectra a ouvert 28 filiales internationales et développé ses activités dans 100 pays. Son réseau commercial et de services, unique sur son marché, constitue un atout considérable pour ses clients. Lancement du premier système de découpe automatique des tissus. Partie de la CAO (conception assistée par ordinateur), Lectra entre dans le domaine de la FAO (fabrication assistée par ordinateur), développant, produisant et commercialisant ses logiciels et ses matériels. 1985 - Lectra devient leader mondial de la CAO pour l’habillement. Son offre et son développement international répondent déjà aux besoins nés de la mondialisation de l’économie et de la production en flux tendus. 1986 - 1987 - Introduction de Lectra en Bourse. 1990 - Lectra traverse une grave crise financière : l’entreprise est menacée de disparition. Actionnaires minoritaires depuis 1977 à travers leur société d’investissement – qui sera fusionnée avec Lectra en 1998 –, André et Daniel Harari proposent en décembre un plan de sauvetage de l’entreprise. 1985 1986 1987 Lancement du premier système de découpe automatique des tissus. Lectra est leader mondial de la CAO pour l’habillement. Introduction en Bourse. 1990 Grave crise financière. André et Daniel Harari proposent un plan de sauvetage de l’entreprise. 3 4 Lectra 2003 Les années 1991 à 2003 “ Avec d’excellents fondamentaux financiers, une offre de produits et de services sans égale, une compétitivité et une présence mondiale encore renforcées par l’acquisition en janvier 2004 du numéro trois mondial, Investronica Sistemas, nous sommes armés pour atteindre les challenges stratégiques que nous nous sommes fixés : devenir n°1 aux États-Unis, renforcer notre leadership en Chine et accélérer notre développement dans les grands comptes internationaux. ” 1991 - Daniel et André Harari recapitalisent la société, et en prennent la direction. La nouvelle équipe met aussitôt en œuvre un plan de redressement puis de redéploiement stratégique, qui transformera le modèle économique de la société et la conduira au leadership mondial. Lectra lance ainsi un très important programme de recherche et développement pour renouveler la totalité de son offre produits. Il s’accompagne, quelques années plus tard, d’une accélération de l’expansion géographique et de l’ouverture de nouveaux marchés sectoriels : ameublement, automobile, aéronautique, chaussure… 1993 - Première révolution technologique avec la nouvelle génération de découpeurs Vector. Devenus la référence mondiale, ils seront spécialisés en 2002 par marché sectoriel. 1995 - Les bénéfices de la nouvelle stratégie se font déjà sentir : Lectra est co-leader mondial des logiciels et équipements de CFAO. 1996 - Nouvelle révolution technologique avec le lancement, devant plus de 1 000 clients du monde entier, de la nouvelle génération de logiciels de CAO – dont ceux de modélisme Modaris et de placement Diamino, commercialisés depuis à plus de 10 000 exemplaires. Les grandes dates de Lectra 1991 1993 1996 1998 Recapitalisation de la société. Nouvelle équipe de direction. Lancement d’un très important programme de R&D. Nouvelle génération de découpeurs Vector. Nouvelle génération de logiciels de CAO. Premières acquisitions. Lectra 2003 5 Premières acquisitions ciblées, renforçant la croissance organique de la société et développant son offre de logiciels de design : Pan Union International (Hong Kong), Computer Design (États-Unis), Prima Design Systems (Hong Kong), Colorado International (France), ainsi que les technologies de Modacad (États-Unis). 1998 à 2000 - Lectra devient numéro un mondial. La société propose désormais à ses clients une offre complète, intégrant les logiciels de design les plus utilisés sur le marché, allant de la création des modèles à la fabrication jusqu’au merchandising visuel, et alliant les technologies les plus avancées – notamment la 3D et Internet – et de nouvelles applications. Pour marquer son évolution, Lectra Systèmes change de nom en 2001 et devient Lectra. 2000 - Aboutissement de la nouvelle offre technologique globale : logiciels de design les plus utilisés du marché, solutions de mass-customisation, découpeurs laser Focus qui sont utilisés pour la fabrication de plus d’un airbag sur deux dans le monde, découpeurs cuir haut de gamme Total Leather Solution, logiciels de gestion de collections, logiciels de merchandising, plate-forme Internet… 2002 - Indissociable, l’offre de services de Lectra, à la fois mondiale et locale, est la plus étendue du marché. 2000 2002 Janvier 2004 Lectra numéro un mondial. Nouvelle offre technologique et de services globale. Acquisition du numéro trois mondial, Investronica Sistemas. 2003 - Après l’ouverture de ses trois Call Centers internationaux couvrant l’Europe, l’Amérique du Nord et l’Asie (2000-2002), qui permettent à ses clients de bénéficier de réponses plus rapides et plus efficaces, Lectra inaugure ses trois International Advanced Technology Centers à Bordeaux-Cestas (France), Atlanta (États-Unis) et Shanghai (Chine), où ses clients peuvent découvrir et tester l’ensemble de ses produits. Des experts Lectra y proposent également des sessions de formation avancée leur assurant une utilisation et une rentabilité optimales de leurs technologies. 2004 - Avec l’acquisition du numéro 3 mondial, l’espagnol Investronica Sistemas, Lectra accroît son leadership et sa compétitivité, et engage une nouvelle stratégie de développement. 6 Lectra 2003 « MARQUÉE PAR UNE AMÉLIORATION DE TOUS NOS ÉQUILIBRES D’EXPLOITATION, 2003 S’EST ACHEVÉE AVEC DES FONDAMENTAUX FINANCIERS PLUS SOLIDES QUE JAMAIS ET UNE COMPÉTITIVITÉ SANS PRÉCÉDENT.» Dans un monde où les évolutions ont été particulièrement profondes et de plus en plus rapides, Lectra a toujours su être pionnière. Elle n’a cessé d’enrichir et de renouveler son offre, qui couvre aujourd’hui la totalité du cycle de vie d’un produit : de la création, à la production et à la vente. Pour toujours mieux accompagner ses clients dans leurs propres mutations, économiques, technologiques et d’organisation. Pour leur apporter à tout moment, face à une mondialisation devenue omniprésente et à leurs nouveaux challenges stratégiques, les réponses pertinentes à leurs besoins, en étant à leur écoute. (de gauche à droite) Daniel Harari : Daniel Harari Administrateur Directeur Général André Harari Président du Conseil d’Administration Notre engagement : Nous nous fixons plus que jamais comme objectif que Lectra soit la référence d’excellence pour nos clients, nos équipes et nos actionnaires. L E 12 NOVEMBRE T RE N T E AN S . Q UE 2003, L E C TR A A F Ê TÉ S E S REPRÉSENTE POUR VOUS CET ÉVÉNEMENT ? Comme tout anniversaire, ces trente ans ont été l’occasion de porter un regard sur le chemin parcouru. Je retiendrai quelques dates clés : 1976, ma rencontre avec les deux fondateurs de la société et ma première association au capital et au développement de Lectra. Juin 1987, l’euphorie de l’introduction en Bourse. 1990, la terrible crise financière qui a failli faire disparaître l’entreprise : la perte est de € 38 millions, les capitaux propres sont négatifs de € 17 millions et les dettes financières nettes s’élèvent à € 55 millions. Notre décision, Daniel et moi, de nous lancer dans le sauvetage de Lectra. 1991, la recapitalisation de la société et l’arrivée de Daniel à sa tête. 2000, l’année où nous devenons leader mondial. 2003 enfin, marquée par une amélioration de tous nos équilibres d’exploitation, et achevée avec des fondamentaux financiers plus solides que jamais et une compétitivité sans précédent, malgré une conjoncture mondiale particulièrement dégradée. André Harari : Dans le même temps, l’entreprise a considérablement élargi son champ d’action. À l’origine dédiée aux industries de l’habillement, elle s’adresse aujourd’hui à celles de la chaussure, l’ameublement, l’automobile, l’aéronautique…, qui représentent 40 % des ventes de nouveaux systèmes. Elle couvre les cinq continents et se positionne à la place de numéro un mondial sur chacun de ses marchés sectoriels, et de numéro un ou deux sur chacun de ses différents marchés géographiques. Nos 10 000 clients, parmi lesquels un nombre très important de leaders mondiaux, sont notre fierté. Un regard en arrière sur nos premiers produits – qui ont révolutionné l’industrie –, sur leurs évolutions successives, permet de réaliser la richesse et la force de la capacité d’innovation de notre entreprise. A n d r é H a r a r i : Un tel parcours ne doit évidemment rien au hasard. Il est le résultat d’une stratégie volontaire, dont les quatre fondements sont : un investissement soutenu dans la recherche et le développement et, parallèlement, dans notre réseau commercial et de services mondial, le plus important du secteur – il constitue par ailleurs la plus grande barrière d’entrée sur le marché pour tout nouveau concurrent. La transformation profonde au cours des années 1990, puis l’adaptation permanente de notre modèle économique, qui repose sur la double composante de notre chiffre d’affaires : les revenus de nouveaux systèmes, 57 % en 2003, moteur de la croissance ; les revenus récurrents, 43 % en 2003, facteur essentiel de stabilité. La construction de fondamentaux financiers solides, pour mettre Lectra à l’abri des risques pesant sur les entreprises endettées. La transparence financière enfin, érigée en principe absolu, garante de la confiance de nos actionnaires et de tous nos partenaires. Comme nous le soulignions l’an passé, Daniel et moi sommes des entrepreneurs financiers, engagés par notre propre patrimoine dans l’entreprise. Notre vision est à long terme, et nous savons prendre des risques sans céder aux tentations conjoncturelles. Lectra 2003 « D ANS 7 UN MONDE OÙ LES ÉVOLUTIONS ONT ÉTÉ PARTICULIÈREMENT PROFONDES ET DE PLUS EN PLUS RAPIDES , L ECTRA A TOUJOURS SU ÊTRE PIONNIÈRE . LECTRA A SU RÉAGIR AV E C D É T E R M I N AT I O N FACE À LA DÉGRADATION DE LA CONJONCTURE ÉCONOMIQUE MONDIALE DES MESURES PRISES, : Q U E L E S T LE B I LA N ET RÉ S U LTAT S DE L A S O C I É T É E N QUELS SONT LES 2003 ? Dès les premiers signes de cette dégradation, c’est-à-dire en mars 2001, nous avons en effet pris un ensemble de mesures qui ont rapidement démontré leur efficacité. Nous avons développé nos revenus récurrents. Depuis, ils ont pleinement joué leur rôle d’amortisseur alors que nos revenus issus des ventes de nouveaux systèmes baissaient de € 50 millions (soit près du tiers) par rapport à 2000, du fait du gel des investissements technologiques de nos clients. Nous avons mis en œuvre un plan drastique de réduction des frais généraux fixes et de renforcement de la trésorerie. Sans pour autant toucher à nos forces vives : nous n’avons ni réduit nos équipes commerciales, ni celles de recherche et de développement. Daniel Harari : Résultat : nos frais généraux fixes ont été inférieurs à € 100 millions en 2003, chiffre qu’il convient de comparer au budget de € 126 millions engagé début 2001. Parallèlement, nous avons réussi à maintenir nos marges, malgré l’impact négatif de la forte baisse du dollar – en deux ans, il s’est déprécié de près de 30 % par rapport à l’euro – et malgré l’évolution du mix produits en faveur des équipements de CFAO. Toutes ces mesures ont eu, dès le second semestre 2001 et surtout en 2002, un impact très positif, encore renforcé en 2003. Pour en donner la mesure, je soulignerai deux chiffres. En deux ans, le niveau des ventes de nouveaux systèmes nécessaire à assurer notre équilibre d’exploitation a baissé de 30 %, passant de € 126 à € 86 millions ; et en 2003, 65 % de nos frais fixes ont été couverts grâce aux revenus récurrents, contre 50 % en 1998. A n d r é H a r a r i : En ce qui concerne nos résultats 2003, notre chiffre d’affaires est resté stable à € 184,7 millions, mais il progresse de 8 % à taux de change constants. Malgré la forte baisse du dollar, nous avons réussi à faire progresser le résultat d’exploitation de 54 % et à doubler notre bénéfice net (€ 7,4 millions). À devises constantes, notre marge opérationnelle progresse de près de 5 points. En outre, sur l’ensemble de la période 2001-2003, le cash flow libre dégagé a permis d’accroître notre trésorerie nette de € 30 millions pour la porter à € 52 millions au 31 décembre 2003, son plus haut niveau historique : un écart favorable de près de € 110 millions par rapport à 1991. Notre capacité à retrouver un niveau de rentabilité encore modeste, mais satisfaisant compte tenu du » contexte difficile et du très fort impact sur notre activité et nos résultats de la chute du dollar, a été saluée par les marchés : en 2003, notre cours de Bourse a progressé de 38 %. Pour marquer sa confiance dans l’avenir, le Conseil d’Administration a souhaité développer une nouvelle politique de rémunération des actionnaires, tout en assurant le financement du développement de l’entreprise. Le versement d’un dividende de € 0,12 par action (hors avoir fiscal), représentant au total près de 60 % du bénéfice net 2003, a ainsi été proposé à l’Assemblée Générale du 30 avril 2004. C’est une première, depuis l’introduction en Bourse de la société en 1987. E N 2000, L E C TR A E S T MONDIAL . S A POSIT I O N E N 2003 ? D E V E NUE NUMÉ RO UN S ’ E ST- ELLE RENFORCÉE Oui, et même très nettement – chiffres à l’appui puisque notre chiffre d’affaires 2003 est supérieur de 33 % à celui du numéro deux. Aux États-Unis même, sur le terrain de notre principal concurrent qui est américain, nous estimons être, aujourd’hui, quasiment à égalité avec lui. En 1990, je le rappelle, notre chiffre d’affaires n’y représentait que 10 % du sien. Daniel Harari : Nous avons connu en 2003 une très forte progression dans l’automobile, particulièrement dans les grands comptes internationaux. Sur le plan géographique, le recul de 5 % en Europe, dû à la faiblesse des investissements des entreprises toujours confrontées à un contexte économique difficile, est largement compensé par la progression de 5 % en Amérique du Nord et la forte croissance en Asie (38 %, malgré la crise du SRAS) et dans le reste du monde, à taux de change constants. Les ventes hors d’Europe ont représenté près de 50 % de notre chiffre d’affaires total, contre 46 % en 2002. A n d r é H a r a r i : Un point intéressant à souligner est le développement de nos ventes transnationales. Leur part croissante dans le chiffre d’affaires, sur tous nos marchés sectoriels, révèle une tendance de fond. Pour donner un exemple, le centre principal de décision d’un client de l’automobile peut se trouver aux États-Unis, en Europe de l’Ouest ou au Japon, mais ses logiciels et équipements de CFAO sont installés dans ses usines d’Europe de l’Est, de Tunisie, au Mexique ou en Chine. Ces ventes nécessitent la mobilisation de nos équipes commerciales et techniques aux deux extrémités géographiques de la chaîne ainsi que des équipes "corporate". C’est pour Lectra une force essentielle de pouvoir, partout dans le monde, mettre de telles équipes à la 8 Lectra 2003 « R ÉINVENTER L ECTRA CONTINUELLEMENT EST AU CŒUR DE NOTRE MANAGEMENT, JE DIRAIS MÊME DE NOTRE RAISON D ’ ÊTRE . disposition de ses clients, en particulier les grands comptes internationaux. Nous comptons capitaliser sur cet atout et accélérer le développement de ces ventes transnationales. 2003 A ÉGALEMENT ÉTÉ MARQUÉE PA R UNE CROISSANCE SOUTENUE DES VENTES DE NOUVEAUX SYSTÈMES ... La progression a été particulièrement forte pour les équipements de CFAO, en croissance de 21 % à taux de change constants. Le chiffre d’affaires des nouvelles licences de logiciels augmente, quant à lui, de 10 %. Ce sont des chiffres encourageants compte tenu du contexte économique. Ils démontrent la priorité donnée par nos clients aux investissements de productivité, et l’importance des nouveaux pays producteurs, la Chine en tête. Daniel Harari : V OUS VOUS ÊTES FIXÉS COMME M OT D ’ ORDRE “ R É I N V E N T E R L E C T R A ”. Q U E L B I L A N E N T IRE Z - VOUS ? DE A n d r é H a r a r i : Quand fin 2000 nous avons lancé le mot d’ordre “réinventer Lectra”, c’était avec l’objectif de doubler la taille de l’entreprise en 2005. Mais dès le début 2001, nous avons dû faire face à la forte dégradation de la conjoncture mondiale. Nous avons su apporter nos propres réponses pour rétablir nos équilibres d’exploitation, puis les renforcer. Réinventer Lectra continuellement est au cœur de notre management, je dirais même de notre raison d’être. C’est pour nos équipes l’obligation de se remettre en permanence en question, et de conserver un comportement entrepreneurial. Pour nos actionnaires, c’est l’assurance que l’entreprise est toujours en phase avec l’évolution de ses marchés et avec les cycles macroéconomiques. Cela signifie aussi continuer en tous points d’être une entreprise pionnière. Et en premier lieu par nos technologies et nos services. Voilà pourquoi nous continuons de miser en priorité sur l’innovation. Pour nos clients, c’est l’assurance de disposer des solutions les plus performantes, les plus compétitives, en un mot les plus créatrices de valeur. ÊTRE PIONNIER POUR LECTRA, C’EST AUSSI DÉVELOPPER DE NOUVEAUX MARCHÉS COMME L A C H IN E ? A n d r é H a r a r i : En effet, la Chine, où nous sommes numéro un, est déjà un marché très important pour nous, avec près de 15 % des commandes de nouveaux systèmes enregistrées en 2003. Demain, il sera primordial. La croissance de nos ventes suit celle, très élevée, des entreprises locales. » L’importance stratégique que revêt pour nous le marché chinois a deux raisons essentielles. La première, c’est l’expansion toujours grandissante de ses activités exportatrices de sous-traitance. La seconde, c’est le développement de la consommation intérieure. L’émergence d’une classe moyenne ayant un mode de vie et des capacités d’achat proches des populations occidentales est une donnée fondamentale à prendre en compte quand on aborde aujourd’hui cet immense marché. Ce serait une erreur d’attribuer les performances économiques de la Chine simplement au faible coût de sa main-d’œuvre. Le dynamisme des entrepreneurs chinois les conduit à franchir un saut de générations en s’équipant des technologies de demain, et ce de plus en plus massivement. Leurs ingénieurs et leurs opérateurs sont de plus en plus qualifiés. Le textile représente en Chine la première industrie, et en tant que tel, il attire les meilleures compétences. Depuis deux ans, notre développement se fait dans tous nos marchés sectoriels, notamment l’automobile, dans laquelle notre percée est significative. Daniel Harari : QUELLES SONT AUJOURD’HUI VOS PRIORITÉS S T R AT É G I Q U E S ? Nous maintenons pour les années à venir les challenges stratégiques prioritaires que nous nous sommes fixés il y a trois ans. Ceux-ci, je le rappelle, sont au nombre de trois. Le premier est de devenir numéro un aux ÉtatsUnis, sur le propre marché de notre principal concurrent. Comme nous l’avons vu, avec la nouvelle forte progression en Amérique du Nord en 2003, cet objectif est en passe d’être atteint. Il nous permettra de bénéficier à plein d’un rebond durable de l’économie américaine. Daniel Harari : Second challenge : renforcer notre leadership en Chine. C’est ce que nous faisons avec succès depuis plusieurs années, et ce que nous allons continuer de faire au cours des trois ans à venir, avec un plan de développement mûrement élaboré. Lectra est présente avec ses propres équipes à Hong Kong et Taïwan depuis plus de quinze ans, en République Populaire de Chine depuis dix ans. Cette implantation, nous allons encore la renforcer en 2004. Avec aujourd’hui déjà 125 collaborateurs répartis dans quatorze sites et 1 500 clients, en comptant ceux d’Investronica Sistemas (acquise en janvier 2004), nous détenons une part de marché de 35 %. Notre objectif est de la porter d’ici deux ans à 45 %, en doublant notre chiffre d’affaires. Lectra 2003 LES TROIS PRIORITÉS STRATÉGIQUES QUE NOUS NOUS FIXONS Devenir n°1 aux États-Unis. Lectra réalise déjà aux États-Unis un chiffre d’affaires proche de celui de son principal concurrent américain, contre 10 % en 1990. Elle devrait le dépasser en 2004. Renforcer notre leadership en Chine et bénéficier de son potentiel d’équipement technologique exceptionnel. Fortement présente à Hong Kong (depuis 1986), à Taïwan et en République Populaire de Chine (depuis 1994), Lectra est leader en Chine avec 35 % du marché, plus de 1500 clients et 125 employés. Accélérer notre développement dans les grands comptes. Lectra a réalisé de nouvelles percées chez Autoliv, Johnson Controls, La-Z-Boy, LVMH, Sara Lee, Wal-Mart, Groupe Zodiac… NOS OBJECTIFS FINANCIERS Accélérer la croissance organique dès le redémarrage de l’économie mondiale et revenir à une croissance organique à deux chiffres, soutenue et durable. Porter la marge opérationnelle à 15 % à l’horizon 2007, avec un chiffre d’affaires qui devrait dépasser € 300 millions. Continuer de dégager un cash flow libre important afin de poursuivre la nouvelle politique de distribution de dividendes et de conserver toute marge de manœuvre pour de nouvelles opérations de croissance externe. (de gauche à droite) Daniel Harari, Administrateur, Directeur Général Daniel Moreau, Directeur Général Délégué André Harari, Président du Conseil d’Administration Jérôme Viala, Directeur Financier 9 10 Lectra 2003 « L ECTRA EST AUJOURD ’ HUI ARMÉE POUR UNE NOUVELLE STRATÉGIE DE DÉVELOPPEMENT, QUE NOUS VOULONS AMBITIEUSE . » Notre troisième challenge est d’accélérer notre développement dans les grands comptes internationaux. Les grands donneurs d’ordre tirent en effet l’ensemble des marchés, et chaque fois qu’un contrat est gagné, les répercussions positives s’enclenchent en chaîne. Dans ce domaine, Lectra a réalisé de nouvelles percées importantes chez Autoliv, Johnson Controls, La-Z-Boy, LVMH, Sara Lee, Wal-Mart ou encore Zodiac – pour n’en citer que quelques uns. 2004 A DÉMARRÉ SUR LES CHAPEAUX DE ROUE AVEC L’ ACQUISITION DU NUMÉRO TROIS MONDIAL , I NVESTRONICA S ISTEMAS . Q U E LS ? S O NT LE S E N J E U X D E CE T T E O P É R ATI O N L’intérêt de ce rapprochement provient de la complémentarité entre les deux entreprises. Une complémentarité stratégique d’abord : contrairement à Lectra, Investronica Sistemas ne dispose pas, en dehors de quelques pays, de filiales commerciales et de services, ce qui se traduit par des effectifs restreints, 200 personnes environ, et un important réseau d’agents et de distributeurs. Une complémentarité géographique aussi : Investronica Sistemas est fortement implantée en Espagne, son pays d’origine, et en Italie, qui représentent plus des deux tiers de son chiffre d’affaires. Enfin, une complémentarité, dont nous découvrons la richesse, dans les gammes de produits et l’expertise technologique. Ceci nous permettra d’élaborer dès le deuxième trimestre 2004 un catalogue commun de produits et de services décliné, en fonction des marchés, sous l’une ou les deux marques Lectra et Investronica Sistemas. Nous entendons fortement développer les synergies et effets de levier résultant de ces complémentarités et des forces propres des deux sociétés, dans tous les domaines opérationnels. Et notamment offrir aux clients d’Investronica Sistemas l’accès à notre réseau de services mondial. Daniel Harari : En mettant en œuvre un plan d’intégration à 30, 90 et 300 jours, nous avons tenu à donner à la fois à nos équipes et à nos clients un signal fort : l’intégration sera terminée à la fin de l’année et devrait donner son plein effet dès 2005. A n d r é H a r a r i : Cette acquisition intervient pour nous à un moment particulièrement opportun. Elle renforce considérablement notre position : Lectra représente désormais un chiffre d’affaires très supérieur à celui de notre principal concurrent et laisse loin derrière les autres acteurs du marché. Associées, les deux sociétés s’affirment de loin comme le leader incontesté dans tous les grands pays européens. Elles sont particulièrement bien positionnées pour accélérer leur développement en Europe de l’Est, en Inde, en Asie du Sud-Est et en Grande Chine, qui sont nos relais de croissance de demain. Il convient de souligner que le montant global de la transaction, dont le paiement s’étale jusqu’en juin 2006, sera intégralement prélevé sur la trésorerie nette de Lectra et les actions détenues en propre par la société, sans financement bancaire ni dilution pour les actionnaires. Et tout en nous permettant de conserver une trésorerie significative pour financer notre croissance organique et externe. Q U ’ ATTE ND E Z - VOUS DE L’ A NNÉ E 2004 ET QUELS S ONT VOS OBJECTIFS FINANCIERS À M O Y E N TE R M E ? Malgré les premiers signes positifs constatés en 2003, la conjoncture étant toujours marquée par de grandes incertitudes économiques et géopolitiques, nous continuons de rester prudents, mais confiants. Il est certain que la parité actuelle du dollar par rapport à l’euro réduit de manière sensible notre capacité d’action. Par ailleurs, nous estimons que les aléas sur le chiffre d’affaires et les résultats liés à la vitesse d’intégration d’Investronica Sistemas devraient probablement se faire sentir, pour l’essentiel, au premier semestre. Sur la base d’une parité de $ 1,25/€ 1, nous avons annoncé le 10 février 2004 que notre résultat d’exploitation 2004 devrait se situer entre € 11 et € 15 millions, en progression d’environ 40 % à taux de change et périmètre constants. André Harari : Au-delà, quelle que soit l’évolution de la conjoncture, la solidité de nos fondamentaux financiers nous permet de faire face avec sérénité. Dès le redémarrage de l’économie mondiale, nous anticipons une croissance organique à deux chiffres, soutenue et durable. Nous considérons en effet que nos clients ne peuvent indéfiniment retarder leurs investissements technologiques. D’ici 2007, nous avons l’objectif d’augmenter notre marge opérationnelle pour la porter à 15 %, avec un chiffre d’affaires qui devrait dépasser € 300 millions. Parallèlement, nous comptons activement saisir de nouvelles opportunités de croissance externe, désormais consacrées à des sociétés de niche technologiques ou géographiques, sur un marché qui va, à plus ou moins long terme, se réorganiser et se consolider. Pour conclure, je dirais que Lectra est aujourd’hui armée pour une nouvelle stratégie de développement, que nous voulons ambitieuse. Daniel Harari : LLeeccttrraa 22000033 1 11 1 CINQ VALEURS CLÉS POUR SERVIR AU MIEUX CHAQUE PARTENAIRE DE L’ENTREPRISE Riche de savoir-faire, d’expérience, de diversité, d’esprit d’équipe, de dévouement et de la complémentarité des talents individuels de collaborateurs de plus de 50 nationalités, Lectra donne la priorité absolue à ses clients, dans toute leur diversité. Elle met tout en œuvre pour anticiper et rester pionnière. Elle a érigé en principe l’intégrité et la transparence. Une culture d’entreprise forte, guidée par cinq valeurs clés. Leadership Excellence Numéro un mondial sur ses marchés, Lectra a toujours cherché “à être le meilleur”. Un état d’esprit partagé par toutes ses équipes et à tous les niveaux, à l’égard de ses clients et face aux concurrents. Chez Lectra, l’excellence est un objectif permanent. La recherche constante de la meilleure qualité, dans tous les domaines, bénéficie de l’implication quotidienne des équipes et de la motivation de chacun. Une démarche fondamentale pour mener à bien chaque projet, résoudre tout problème et satisfaire, au final, tous les partenaires de l’entreprise. Entrepreneurship Trente ans après sa création, Lectra a conservé intact son caractère fondamentalement entrepreneurial : savoir saisir les opportunités, faire des choix, s’investir dans des projets nouveaux, le tout dans un esprit d’équipe sans frontière géographique ni culturelle, avec un sens aigu de la responsabilité personnelle. Réinventer Lectra continuellement est au cœur de son management, pour rendre l’entreprise plus simple, plus réactive et plus efficace encore, et assurer qu’elle soit toujours en phase avec l’évolution de ses marchés et des cycles macroéconomiques. Remise des trophées du Lectra Worldwide Championship 2003 Innovation Customer Care En veille permanente, Lectra a toujours fait preuve d’un tempérament de précurseur. L’amélioration des technologies d’aujourd’hui et le développement de celles du futur sont le fruit de sa capacité d’anticipation. Rompues aux métiers de ses clients, ses équipes savent analyser leurs problématiques, détecter et comprendre leurs besoins, accompagner leurs mutations et leur apporter des réponses innovantes. Au-delà de la recherche technologique, l’innovation est une démarche globale de toute l’entreprise et le moteur de son modèle économique. Lectra a instauré avec ses clients un climat de confiance propice à l’établissement de relations durables. Elle sait que la clé de son succès repose sur sa capacité à servir au mieux leurs intérêts. Cette fidélité réciproque, chaque jour renforcée, est la fierté de l’entreprise. La satisfaction du client provient de la qualité des produits et des prestations, de la rapidité de réaction, d’une relation toujours personnelle et d’une implication totale de chacun jusqu’à l’obtention du résultat. Mais aussi de la proximité géographique, sur le terrain, grâce aux équipes commerciales et de services mondiales, ou à distance via Internet, avec ses trois Call Centers internationaux intervenant en temps réel. 12 Lectra 2003 Chiffre d’affaires LECTRA DISPOSE DE FONDAMENTAUX FINANCIERS SOLIDES ENCORE RENFORCÉS EN 2003 ...sur lesquels elle peut compter si la conjoncture demeure dégradée. Dès le redémarrage de l’économie mondiale, ces fondamentaux lui permettront de poursuivre le financement d’une croissance organique soutenue et durable, et de saisir toute opportunité de croissance externe. Dans le contexte de persistance des incertitudes économiques et géopolitiques, et dans l’attente d’un retour à la croissance de l’économie mondiale qui ne s’est pas concrétisé en 2003, le chiffre d’affaires progresse de 8 % à taux de change constants, mais reste stable à taux de change courants par rapport à 2002. Le chiffre d’affaires des nouveaux systèmes (€ 105,2 millions) augmente de 14 % à taux de change constants. Il représente 57 % du chiffre d’affaires total (54 % en 2002), confirmant ainsi les prémices d’un retour à une dynamique de croissance. Parallèlement, les revenus récurrents (€ 79,5 millions) progressent de 1 %. Ils représentent 43 % du chiffre d’affaires total (46 % en 2002), dont 26 % pour les revenus des contrats récurrents et 17 % pour les autres revenus statistiquement récurrents sur la base installée. 88 % du chiffre d’affaires sont réalisés hors de France. (en millions d’euros) Performances 2003 à taux de change constants ■ Nouveaux systèmes 228,7 200,5 194,5 ■ Revenus 185,1 184,7 02 03 récurrents Du 1er janvier au 31 décembre (en millions d’euros) Variation 2003 / 2002 2003 2003 à taux 2002 2002 Chiffre d’affaires 184,7 199,6 Marge brute 121,7 en % du chiffre d’affaires Variation 2003 / 2002 à taux constants M€ % M€ % 185,1 (0,4) -0 % 14,5 +8 % 135,3 125,4 (3,7) -3 % 9,9 +8 % 65,9 % 67,8 % 67,7 % Frais de recherche et développement (14,0) (14,3) (13,7) (0,3) +2 % (0,6) +4 % Frais commerciaux, généraux et administratifs (96,7) (103,4) (104,5) 7,8 -7 % 1,1 -1 % 3,9 +54 % 10,4 +144 % +2,1 points +4,9 points Résultat d’exploitation en % du chiffre d’affaires -1,8 point 99 00 01 +0,1 point (en millions d’euros) 22,8 18,7 11,1 17,6 7,2 6,0 % 8,8 % 3,9 % 11,1 7,2 -0,7 99 2003 a été marquée par la forte baisse du dollar, qui a clôturé l’année à $ 1,26 / € 1 et dont le taux moyen par rapport à l’euro a baissé de plus de 16 % par rapport à 2002. En deux ans, le dollar s’est ainsi déprécié de près de 30 % par rapport à l’euro, affectant significativement le chiffre d’affaires et les résultats de la société, du fait du caractère mondial de son activité. La part du chiffre d’affaires 2003 libellée en dollar, ou directement liée au dollar, est de 38 %, alors que celle de ses dépenses (frais généraux et coûts de revient des ventes) est de 25 %. La baisse du dollar a ainsi eu pour effet général de réduire en 2003 d’environ 8 % les différentes composantes du chiffre d’affaires par rapport aux montants exprimés à taux de change constants, de 1,8 point le taux de marge brute et de 37 % le résultat d’exploitation. Ainsi, avec des parités de change en 2003 identiques à celles de 2002, le taux de marge brute se serait élevé à 67,8 %, en très légère progression par rapport à 2002 et le résultat d’exploitation aurait atteint € 17,6 millions, en progression de 144 %. La marge opérationnelle aurait ainsi atteint 8,8 % du chiffre d’affaires (3,9 % en 2002). 00 01 02 03 Résultat d’exploitation Grâce à l’effet conjugué de la hausse des commandes, d’une nouvelle réduction des frais généraux et du maintien des marges – à taux de change constants – et malgré la forte baisse du dollar, la société a réussi à dégager un résultat d’exploitation de € 11,1 millions, en progression de 54 %. Alors que le chiffre d’affaires et la marge brute globale diminuent respectivement de € 0,4 million et € 3,7 millions, le résultat d’exploitation a progressé de € 3,9 millions. Cette performance a été obtenue grâce à une nouvelle diminution des frais généraux fixes (-3 % à taux de change constants) résultant d’une amélioration de la productivité de la société, et de la poursuite des actions de rigueur menées depuis mars 2001. La marge opérationnelle s’établit à 6 % en 2003, contre 3,9 % en 2002. A taux de change constants, elle se serait élevée à 8,8 %. Lectra 2003 Recherche et développement Trésorerie nette Les dépenses de R&D, entièrement passées en charge de l’exercice, représentent 11,4 % du chiffre d’affaires des licences, des contrats d’évolution des logiciels, et des équipements de CFAO (12,0 % en 2002) et 7,6 % du chiffre d’affaires total (7,4 % en 2002). Fin 2001, la société avait créé une équipe mondiale dédiée aux grands comptes dont font partie des spécialistes jusqu’alors chefs de projet de R&D. Ce poste stratégique n’a pas été affecté par le plan de réduction des coûts mis en œuvre dès mars 2001, et maintenu depuis. Avec 170 ingénieurs et techniciens, les effectifs de recherche et de développement représentent 13 % de l’effectif total de la société, confirmant la priorité accordée par Lectra à l’innovation pour conforter son avance technologique. (en millions d’euros) Résultat net 2003 a permis d’enregistrer un doublement du résultat net, qui s’établit à € 7,4 millions. Le résultat avant impôts s’élève à € 10,4 millions, en progression de 78 %. Il tient compte d’un résultat financier net (intérêts perçus diminués des charges bancaires) positif de € 0,5 million, d’un résultat de change positif de € 0,5 million compte tenu des gains réalisés sur les options destinées à couvrir le risque de change de l’exercice, et d’amortissements des écarts d’acquisition de € 1,7 million. La charge nette d’impôts s’est élevée à € 2,9 millions (€ 2,3 millions en 2002). (en millions d’euros) 16,2 16,0 13,7 13,6 13 14,1 La trésorerie nette augmente de € 17,2 millions par rapport au 31 décembre 2002 et s’établit à € 52,4 millions, son plus haut niveau historique. Entre 1999 et 2003, elle a progressé de € 44,6 millions. En 2003, la trésorerie nette a progressé grâce au cash flow libre dégagé (€ 13,4 millions), au flux net positif de trésorerie dégagé par les achats et les ventes par la société de ses propres actions (€ 1,9 million), ainsi qu’aux augmentations de capital résultant de l’exercice d’options de souscription d’actions (€ 2,1 millions). La trésorerie disponible est de € 55,4 millions et l’endettement résiduel est limité à € 3 millions, uniquement constitué d’aides publiques ne portant pas d’intérêts. (en millions d’euros) 14,1 52,4 14,0 35,2 7,4 22,8 19,6 3,6 7,8 01 99 00 01 (en millions d’euros) 02 03 99 (en millions d’euros) 20,3 ■ -3,2 8,7 99 01 02 (en millions d’euros) 6,6 Dotations aux amortissements 00 80,3 d’information 9,4 03 Autres investissements ■ Systèmes 13,4 02 00 03 82,7 76,5 73,0 58,5 5,1 9,7 3,1 3,4 0,4 99 00 01 02 03 99 00 01 02 03 99 00 01 02 03 Cash flow libre Investissements Capitaux propres Le cash flow libre de l’exercice s’est élevé à € 13,4 millions. Il est supérieur de € 6,0 millions au résultat net, et résulte d’une capacité d’autofinancement d’exploitation de € 16,1 millions (€ 13,5 millions en 2002), d’une diminution du besoin en fonds de roulement de € 0,7 million (€ 10,1 millions en 2002) et d’investissements de € 3,4 millions (identiques à 2002). Sur l’ensemble des deux derniers exercices, Lectra a dégagé un cash flow libre de € 33,7 millions, supérieur de € 22,7 millions au bénéfice net de la période. Cette performance reflète d’une part le résultat significatif des actions entreprises depuis mars 2001 pour améliorer les différentes composantes du besoin en fonds de roulement (dont l’impact essentiel s’est traduit par la diminution exceptionnelle de 2002), d’autre part l’effet du modèle économique de l’entreprise. La société avait lancé en 2001 un programme sur 3 ans pour doter ses équipes commerciales mondiales d’un logiciel de CRM (Customer Relationship Management). L’investissement correspondant s’est élevé à € 2,2 millions d’euros en 2001, € 0,7 million en 2002 et € 0,6 million en 2003. En 1999, la société avait procédé à l’extension se son usine de Bordeaux-Cestas et aménagé son nouveau siège mondial, à Paris, pour un montant global de € 3,5 millions. En 2000 et en 2001, elle avait investi dans la réalisation de l’infrastructure de sa plate-forme d’échange sur Internet, LectraOnline Exchange, pour un montant global de € 1,6 million. Le montant des amortissements s’est élevé à € 4,6 millions en 2003 (hors amortissement des écarts d’acquisition). Il diminue par rapport à 2002 (€ 5,7 millions) du fait de la fin de l’amortissement, au 31 décembre 2002, de LectraOnline Exchange. Lectra continue de disposer d’une structure financière particulièrement solide. Les capitaux propres s’élèvent à € 82,7 millions, après déduction du montant des actions de la société détenues en propre valorisées à leur prix d’acquisition (€ 9,0 millions). Au 31 décembre 2003, la société détient 1,9 million de ses propres actions à un cours moyen de € 4,77 (inférieur au cours de Bourse du même jour de € 6,25). À titre indicatif, la cession de ces actions au cours de Bourse du 31 décembre dégagerait une trésorerie supplémentaire de € 11,7 millions, augmentant de 22 % la trésorerie nette de la société en la portant à € 64,1 millions. Le bilan comprend seulement € 3,3 millions d’immobilisations incorporelles nettes et € 9,1 millions d’écarts d’acquisition nets. (1) (1) Le cash flow libre est égal aux flux nets de trésorerie générés par l’activité diminués des flux nets de trésorerie liés aux opérations d’investissement, à l’exception de ceux liés aux acquisitions. 14 Lectra 2003 AUX CÔTÉS DES CLIENTS PARTOUT DANS LE MONDE Présente dans 100 pays, Lectra accompagne ses clients sur chaque continent. Ses filiales commerciales et de service forment un vaste réseau qui réalise 93 % de ses activités. Complété par des agents et distributeurs dans certains pays, ce réseau s’appuie sur le siège mondial de Paris, le site industriel de Bordeaux-Cestas (France), trois Call Centers internationaux, et trois International Advanced Technology Centers. Pluridisciplinaires et pluriculturelles, les équipes Lectra réunissent plus de 50 nationalités différentes. I300 collaborateurs 60 % hors de France 500 collaborateurs dédiés aux services 3 Callinternationaux Centers 28 filiales commerciales et de services dans le monde Rendre les échanges plus fluides, plus fiables et plus rapides Toujours plus volumineux, les flux d’informations, de matières et de produits finis nécessitent une maîtrise qui tienne compte d’autres enjeux : diminution des coûts, réduction du time-to-market, contrôle et développement de l’image et des marques... Créé par un designer italien, un tissu peut être fabriqué en Inde, découpé et assemblé en Europe de l’Est selon un modèle créé à Paris, avec des accessoires de différentes régions du monde, et vendu en Amérique, le tout en flux tendu, dans un délai très court. Cette complexité suppose des processus parfaitement fiables. Elle nécessite une communication électronique, qui seule abolit les distances et réduit les erreurs. Toute l’offre technologique de Lectra, et sa plate-forme d’échange Internet, convergent pour aider ses clients à relever ces challenges. Lectra 2003 15 Partager l’expertise des marchés 3 International Advanced Technology Centers 170 ingénieurs et techniciens R&D 90% Près de du chiffre d’affaires réalisés à l’international Dans une économie mondialisée, les industriels recherchent de nouveaux modèles d’organisation, de production et de distribution : délocalisations, relocalisations, internationalisation, recentrage d’activités, entrée sur de nouveaux marchés. Ici encore, la technologie est incontournable. Par ses solutions, ses implantations, ses compétences, et surtout la connaissance et l’expérience inégalées de ses marchés sectoriels et géographiques, Lectra apporte une réponse globale à ses 10 000 clients. Partagée avec eux, cette expertise dépasse ainsi largement le savoir-faire technologique. Accompagner les mutations technologiques Créateurs, industriels, sous-traitants, distributeurs, les clients de Lectra subissent une vive concurrence dans des contextes souvent difficiles. Avec son offre et sa présence directe sur chaque continent, Lectra les aide à réduire les coûts, améliorer la productivité et développer la qualité, et globaliser au mieux leurs activités. Outre ses équipes technico-commerciales, et ses trois International Advanced Technology Centers qui leur permettent de découvrir et tester l’ensemble de ses produits, Lectra met à leur service près de 500 collaborateurs assurant l’implantation, le démarrage et la maintenance des logiciels et équipements, ainsi que ses trois Call Centers internationaux. Favoriser les opérations transnationales En constant développement, les ventes transnationales représentent une part croissante de l’activité de Lectra sur tous les marchés sectoriels. Ainsi, le centre principal de décision d’un client peut se trouver aux États-Unis, en Europe de l’Ouest ou au Japon, mais ses logiciels et équipements de CFAO sont installés dans ses usines d’Europe de l’Est, de Tunisie, au Mexique ou en Chine. Ces ventes nécessitent la mobilisation de nos équipes commerciales et techniques aux deux extrémités géographiques de la chaîne ainsi que des équipes “corporate”. C’est pour Lectra une force essentielle de pouvoir, partout dans le monde, mettre de telles équipes à la disposition de ses clients, en particulier les grands comptes internationaux. Ces données n’intègrent pas la société Investronica Sistemas acquise début 2004. 16 Lectra 2003 UNE OFFRE TECHNOLOGIQUE ET DE SERVICES GLOBALE POUR AIDER NOS CLIENTS À RELEVER LEURS GRANDS DÉFIS ACTUELS. ▲ ▲ Les solutions Lectra forment un ensemble complet, cohérent et performant de logiciels, d’équipements de CFAO, de services associés, et d’une plate-forme d’échanges Internet répondant parfaitement aux exigences de clients aux activités de plus en plus diversifiées. Entièrement dédiées aux métiers de nos clients, couvrant la totalité du cycle de vie de leurs produits, du design, à la production et à la vente, ces solutions sont spécifiques à chacun de nos marchés sectoriels, pour encore mieux répondre à leurs caractéristiques propres. ▲ Plus que jamais, les clients de Lectra ont besoin de réponses globales à leurs grands challenges stratégiques, de la réduction des coûts à la maîtrise de leur image. ▲ Prototypage ▲ ▲ LES SOLUTIONS LECTRA SONT SPÉCIFIQUES À CHACUN DE NOS GRANDS MARCHÉS ▲▲▲▲ Textile, mode, habillement, distribution, Chaussure, bagage, maroquinerie, Ameublement, Industries automobile, aéronautique, nautique, tissus industriels. ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ Répondre à la demande croissante de mass customisation ▲ Fabrication Développement Produit Réduire les coûts Améliorer la productivité Développer la qualité ▲ Services ▲ Équipements de CFAO Merchandising / Vente ▲ ▲ ▲ Plate-forme d’échange Internet Maîtriser et promouvoir l’image et les marques Design Diminuer le time-to-market Faire face à la mondialisation ▲ Logiciels Développer et sécuriser les échanges d’informations électroniques Lectra 2003 Logiciels ▲ ▲ ▲ ▲ Équipements de CFAO ▲ Plate-forme d’échange Internet Services Une palette complète de logiciels couvrant la totalité du cycle de vie des produits Les logiciels Lectra permettent de concevoir à l’écran les tissus et les modèles ; de simuler de manière réaliste la déclinaison des collections ; de développer et industrialiser les produits ; de planifier et gérer l’ensemble de leur cycle de développement ; de piloter les équipements de CFAO pour la découpe automatique des tissus et des cuirs ; de créer des outils nécessaires à la vente. Les logiciels de création, modélisme, impression numérique sur tissu et découpe automatique facilitent le prototypage. De la création à la vente, l’intégrité de la couleur est assurée en partenariat avec Datacolor. Associés à la plate-forme Internet, ces logiciels permettent d’établir un mode de travail interactif entre tous les partenaires, de la conception à la fabrication, avec des délais et des coûts réduits et une productivité accrue, grâce à une puissante base de données virtuelles. En production, les logiciels de placement et de salle de coupe assurent un traitement optimal des commandes. En distribution, ceux de prise de mesure 3D, merchandising visuel et catalogues électroniques permettent de vendre avant de produire, d’assurer la cohérence des marques, d’optimiser les assortiments et leur mise en scène dans les points de vente et de produire rapidement des vêtements personnalisés. 17 Lectra 2003 Logiciels ▲ ▲ ▲ ▲ Plate-forme d’échange Internet ▲ 18 Équipements de CFAO Services Des équipements de CFAO adaptés aux besoins multiples des clients Du prototypage aux productions en petites ou grandes séries, Lectra offre une gamme complète d’équipements de CFAO innovants, développés spécifiquement pour chaque marché sectoriel et chaque type de production. Ils assurent le traçage des formes produites à l’écran ; l’impression numérique des tissus ; le matelassage et la découpe automatique des matériaux. Ils sont déclinés en fonction des matières à traiter (tissu, cuir, matériaux composites), de leur complexité (tissu à motifs) et des formes à découper. Ces équipements font bénéficier nos clients d’avantages déterminants, notamment par les gains de matière et de temps et l’assurance d’une qualité optimale. Ils améliorent la productivité, la flexibilité, la gestion des commandes et des stocks. Leur supervision par une véritable “tour de contrôle” logicielle optimise en particulier leur utilisation sur différents sites. À chaque type de production, Lectra apporte sa réponse spécifique avec sa gamme particulièrement étendue de découpeurs automatiques, utilisant les technologies couteau ou laser. La qualité de découpe d’un airbag ou d’un équipement aéronautique représente un impératif vital : aucune tolérance ne pouvant être admise en matière de sécurité des personnes. Grâce à la prise de mesures du corps humain en 3D, chacun dispose en moins de dix secondes de son double virtuel et de l’ensemble de ses mensurations. Lectra 2003 Logiciels ▲ ▲ ▲ Équipements de CFAO ▲ ▲ Plate-forme d’échange Internet Services Les services, une composante majeure de l’offre Lectra Avec près de 500 spécialistes dans le monde, les services Lectra rentabilisent les investissements des clients et contribuent à leur fidélité. 400 ingénieurs et techniciens assurent l’installation, la mise en route, la maintenance et le support. Les trois Call Centers internationaux de Bordeaux-Cestas (France), Atlanta (États-Unis) et Shanghai (Chine), accessibles par Internet, garantissent la réponse immédiate d’un expert Lectra : celui-ci prend à distance le contrôle des logiciels et des équipements pour assister l’utilisateur ou éliminer tout incident, et réduire ainsi de manière significative les temps d’immobilisation. Sur le site de ses clients ou dans ses centres dédiés, 100 formateurs et consultants Lectra forment et conseillent les clients pour tirer le meilleur parti des technologies Lectra. Une équipe mondiale fait bénéficier les grands comptes internationaux d’une approche globale et d’une expertise métier et technologique adaptées à leurs problématiques. Lectra se donne comme mission d’améliorer sans cesse sa réactivité et sa proximité avec ses clients partout dans le monde. 19 Lectra 2003 Design ▲ ▲ ▲ Merchandising / Vente ▲ Fabrication Développement Produit ▲ 20 Prototypage LES SOLUTIONS LECTRA COUVRENT LA TOTALITÉ DU CYCLE DE VIE DES PRODUITS DE NOS CLIENTS. Lectra 2003 Spécifiques à chacun de nos marchés sectoriels, les logiciels, équipements de CFAO et services Lectra répondent aux besoins de chaque étape du processus industriel de nos clients : design, développement produit et pré-industrialisation, prototypage, fabrication, merchandising, vente. 21 22 Lectra 2003 ▲ Maîtriser et promouvoir l’image et les marques ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ Diminuer le time-to-market Faire face à la mondialisation ▲ Répondre à la demande croissante de mass customisation RÉDUIRE LES COÛTS AMÉLIORER LA PRODUCTIVITÉ DÉVELOPPER LA QUALITÉ Développer et sécuriser les échanges d’informations électroniques LES SOLUTIONS LECTRA RÉPONDENT AUX GRANDS CHALLENGES STRATÉGIQUES DE NOS CLIENTS Des économies garanties et une productivité renforcée Réduire les coûts est, dans le contexte économique actuel, l’une des priorités absolues de nos clients. À chaque étape des processus de création et de production d’un produit quel qu’il soit, les solutions Lectra, parce qu’elles répondent aux exigences et aux spécificités de chaque client, permettent de répondre à cet enjeu et d’améliorer la productivité. Un gain qui enrichit les améliorations significatives déjà obtenues en matière de délais et de qualité. Autoliv (États-Unis) Leader mondial de la sécurité automobile, Autoliv est pionnière dans le développement des ceintures de sécurité et des airbags. Présente partout dans le monde avec 80 filiales et 37 000 employés dans une trentaine de pays, Autoliv a pour clients les principaux constructeurs automobiles. Son chiffre d’affaires est de US$ 5,3 milliards. “La production d’airbags, en particulier celle du système de protection de la tête baptisé rideau gonflable, fait de plus en plus appel à la technologie OPW (One Piece Woven). Cette méthode consiste à tisser deux couches superposées et à les entrelacer, ce qui permet de fabriquer directement l’airbag. Ce concept de couture tissée a été breveté. La technologie OPW simplifie le processus en réduisant au minimum les opérations de couture. L’opération de découpe devient ainsi essentielle : une fois qu’elle est réalisée, l’airbag est quasiment prêt. Les coûts de montage s’en trouvent sensiblement réduits, y compris pour les formes complexes telles que les Curtain Bags. En supprimant pratiquement les opérations de couture, l’apport de la technologie dans le tissage et la découpe se traduit par une augmentation significative de la productivité.” Lars Eric Floberger, Président, Autoliv Canada Les logiciels de design textile, tissus et maille, et ceux de conception en 2D et 3D des formes et des modèles contribuent ainsi directement à réduire la production d’échantillons et de prototypes onéreux. Tout aussi performantes, les solutions de placement optimisé des formes à découper permettent des économies de matière significatives, celles de découpe automatique, tout en augmentant la précision, de réaliser de véritables bonds en productivité. “Le succès de Sam Moore peut être largement attribué à la qualité irréprochable de ses fauteuils. En effet, si Sam Moore reste particulièrement intéressée par la possibilité d’améliorer sa productivité et de réduire ses coûts et ses cycles de production, le fait de ne pas altérer l’excellente qualité de ses produits, fer de lance de la réputation de l’entreprise, est primordial. La recherche d’une technologie qui nous permettrait de traiter le cuir exigeait nécessairement qu’il puisse également répondre à nos standards de qualité.” Glenn Overstreet, Project Engineer, Sam Moore Sam Moore (États-Unis) Au sein de La-Z-Boy, l’un des leaders mondiaux de l’ameublement avec un chiffre d’affaires de plus de US$ 2 milliards et plus de 19 000 employés, Sam Moore est, depuis plus de 60 ans, spécialisée dans les fauteuils de style. Lectra 2003 23 Une maîtrise technologique garante d’une qualité optimale des produits finis Aux origines de Lectra, les logiciels de modélisme et de placement optimisé des formes à découper n’ont cessé de se perfectionner pour répondre, partout dans le monde, aux exigences de qualité des plus grandes marques. Ils garantissent la réalisation rapide et fiable de patrons complexes, respectant le travail créatif et précis des designers. Les équipements de découpe automatique satisfont les plus fortes exigences. Dans les équipements de sécurité automobile ou l’aéronautique, les normes de qualité sont drastiques pour d’évidentes raisons de sécurité. Aux industries utilisatrices de tissus industriels, ils apportent une précision extrême et une grande souplesse d’utilisation. Autre réussite technologique, le découpeur automatique des tissus à motif reconnaît et traite directement et en temps réel les motifs, défauts et déformations des tissus. La solution de découpe du cuir Lectra couvre le processus complet : numérisation par scanner de peaux jusqu’à 3 mètres de largeur ; identification des défauts par crayon optique, sans marquage physique ; placement selon les différentes qualités de la peau ; découpe et déchargement automatiques. RÉDUIRE LES COÛTS AMÉLIORER LA PRODUCTIVITÉ DÉVELOPPER LA QUALITÉ Ces solutions offrent une précision irréprochable, la meilleure fiabilité et une parfaite répétabilité, trois atouts démontrés dans le cadre de productions intensives. Rossimoda (Italie) Groupe Zodiac (France) Groupe Zodiac compte parmi les leaders mondiaux des équipements pour les secteurs aéronautiques et nautiques (notamment : bateaux pneumatiques, sièges d’avions et équipement gonflables de sécurité, systèmes parachutes). Groupe Zodiac réalise un chiffre d’affaires de près de € 1,5 milliards. “Les entreprises du secteur nautique doivent faire face à un double défi : répondre à des normes drastiques de qualité, garantes de sécurité, et réduire leurs coûts de matières premières, importants dans cette industrie fortement consommatrice de tissus techniques. À ces contraintes générales, s’ajoutent nos problématiques spécifiques, inhérentes à la production de structures gonflables : étanchéité irréprochable et grande résistance. L’intégration dans notre processus de production de solutions de découpe alliant extrême précision et souplesse d’utilisation est pour nous essentielle. En effet, leur capacité à adapter les plans de coupe aux critères techniques de nos tissus, vérifiés systématiquement dans notre laboratoire, permet d’assurer la parfaite qualité du produit fini.” Pierre Valax, Directeur de l’usine Zodiac de Toulouse Fondée en 1942, Rossimoda appartient au groupe LVMH. Fabricant des chaussures de luxe pour de grandes marques telles Yves Saint Laurent, Givenchy, Ungaro, Fendi, Calvin Klein ou encore Loewe, elle produit annuellement plus de 500 000 paires. “Préserver une qualité impeccable est l’un de nos défis essentiels. Nous développons nos modèles en trois dimensions et avons donc besoin d’outils de design performants. Les formes que nous découpons sont particulièrement compliquées ; il est essentiel pour nous d’assurer un trait de coupe net et propre, difficilement réalisable à la main. Nous avons donc besoin d’outils d’un haut niveau de précision nous permettant de maîtriser l’ensemble de notre processus industriel.” Luigino Rossi, Président Directeur Général, Rossimoda Lectra 2003 Réduire les coûts Améliorer la productivité Développer la qualité Maîtriser et promouvoir l’image et les marques ▲ ▲ ▲ Diminuer le time-to-market ▲ FAIRE FACE ▲ ▲ Répondre à la demande croissante de mass customisation FAIRE FACE À LA MONDIALISATION ▲ 24 Développer et sécuriser les échanges d’informations électroniques À LA MONDIALISATION Des solutions complètes pour relever les défis de la mondialisation ECCE (Groupe Deveaux) (France) Détentrice de nombreuses licences de marques importantes, parmi lesquelles Arrow, Gant, Kenzo, Montana, Azzaro, Scherrer, Givenchy, Eden Park, ECCE est leader européen du prêt-à-porter masculin de haute qualité. ECCE est filiale du groupe Deveaux, premier groupe français de tissus destiné à l’habillement avec un chiffre d’affaires de plus de € 170 millions. Le défi de la mondialisation se décline en nombreux challenges : proposer des collections créatives au meilleur prix, améliorer qualité, délais et coûts, fidéliser ses clients... Autant d’objectifs stratégiques que les technologies Lectra de CFAO, de 3D, de gestion de la couleur et d’Internet permettent d’atteindre. “Avec des licences pour les plus grandes marques de prêt-à-porter de luxe homme, nous développons énormément de modèles. De nos bureaux d’études, situés en France, nous envoyons nos patronages et nos spécifications techniques à plus de 30 façonniers, principalement en Europe de l’est ou au Maghreb et dans nos usines, en France et au Maroc. Communiquer de manière rapide et fiable, dans plusieurs langues différentes et autant de spécificités locales, voilà un des principaux enjeux de la mondialisation.” Avec les logiciels de création Lectra, les entreprises acquièrent une totale indépendance dans leur démarche créative. Même répartis sur plusieurs continents, leurs stylistes et designers créent directement à l’écran et communiquent entre eux leurs tissus, leurs mailles ou leurs modèles. Les solutions complètes d’industrialisation et de découpe automatique Lectra facilitent la mutation technologique de ses clients. Elles leur permettent de trouver de nouveaux modes d’organisation. Pour les petites comme pour les grandes séries, pour les fabricants comme pour les sous-traitants, pour les sites délocalisés ou proches de leurs marchés de diffusion, elles optimisent les flux de production, réduisent les délais non seulement entre création et production, mais aussi entre production et distribution, et améliorent la maîtrise de la qualité et des coûts. Christian Rochery, Directeur des Moyens Généraux, ECCE DeCoro (Chine) Fondée en 1997 par son Président Directeur Général actuel, un entrepreneur italien, DeCoro s’est rapidement imposée comme l’un des leaders mondiaux de la production de meubles en cuir, avec un site industriel de 185 000 m2 et 2 800 employés inauguré en Chine, en 2003. “Notre réussite se fonde sur une devise : proposer des produits de qualité supérieure à des prix très attractifs. Nous réalisons nos produits avec les tissus les plus beaux, que nous recherchons auprès des fournisseurs les plus spécialisés. Avec l'ouverture de la plus grande usine du monde, nous sommes entrés dans une ère nouvelle de la fabrication des meubles rembourrés. Un facteur majeur de notre réussite est l'assurance constante d'un haut niveau de qualité assortie à une amélioration continue de la productivité. Pour continuer à lancer les tendances et répondre efficacement aux attentes de nos clients, nous avons développé des partenariats rapprochés avec nos fournisseurs de technologie de manière à bénéficier du croisement de notre expertise avec les leaders de l'automation.” Luca Ricci, Président Directeur Général, DeCoro Lectra 2003 25 DÉVELOPPER ET SÉCURISER LES ÉCHANGES D’INFORMATIONS ÉLECTRONIQUES Une communication interactive et complète Scott Mosteller V.P. Supply Chain Athletic Group, Russell Corporation Martin Thibodeau, Vice-Président Technologies de l'Information, La Senza Réduire les coûts Améliorer la productivité Développer la qualité Maîtriser et promouvoir l’image et les marques ▲ ▲ ▲ Répondre à la demande croissante de mass customisation ▲ “Pour un gros distributeur de vêtements, la circulation des informations est essentielle. Il nous faut éviter impérativement toute entrave à la communication. Intégrés dans un monde largement globalisé, nous devons nous assurer que nos collaborateurs échangent facilement, rapidement, en toute sécurité et en temps réel. Car faciliter la communication, c’est raccourcir le temps de développement des produits et réduire les risques d’erreurs en fabrication.” “Nous créons de nombreux modèles de lingerie féminine ou masculine dans nos bureaux canadiens à Montréal. La production se fait ensuite en Asie. Voilà pourquoi les échanges d'informations sont un véritable enjeu pour notre entreprise. Les allersretours de données techniques ou de prototypes entre les sites de design et de fabrication doivent impérativement être limités pour réussir le lancement d'une nouvelle collection. Une communication plus sûre et plus rapide nous permet de consacrer davantage de temps au design de nos produits.” ▲ Russell Athletic, spécialisée dans la création et la fabrication d’une très grande variété de vêtements de sport pour professionnels et amateurs, est l’une des principales divisions du géant américain du sportswear Russell Corporation. Fondé en 1902 aux États-Unis, le groupe réalise un chiffre d'affaires de US $ 1,2 milliard. Basée à Montréal, La Senza se classe parmi les chefs de file du commerce au détail de lingerie au Canada, avec 300 magasins. La société réalise un chiffre d’affaires de près de US$ 250 millions. Diminuer le time-to-market Faire face à la mondialisation ▲ Russell Athletic (États-Unis) Les dessins virtuels et les placements des formes à découper sont également transmissibles d’un site à l’autre de manière électronique au traceur, au métier à tisser, à l’imprimante textile ou au découpeur automatique. Sur l’ensemble de la chaîne, les solutions Lectra de communication et de gestion des couleurs garantissent leur intégrité et une qualité optimale. La Senza (Canada) ▲ Qu’ils soient bureaux de style, créateurs, fabricants, sous-traitants ou distributeurs, nos clients ont de plus en plus besoin de communiquer entre eux à distance, de manière électronique. L’intégration des logiciels, des équipements de CFAO et de la plate-forme Internet de Lectra accroît l’interactivité et facilite ces échanges. La simulation des textures, motifs et nuances, très réaliste notamment grâce au respect des ombres et des déformations, permet d’échanger entre fournisseurs et clients, de la manière la plus fiable possible, idées et créations. Les déclinaisons de matières, modèles, et couleurs peuvent ainsi être validées rapidement et à distance, avant le lancement de la fabrication. DÉVELOPPER ET SÉCURISER LES ÉCHANGES D’INFORMATIONS ÉLECTRONIQUES 26 Lectra 2003 DIMINUER LE TIME-TO-MARKET Une accélération des phases de création, production et distribution Tout en augmentant la créativité des stylistes et designers, les logiciels de CAO Lectra accélèrent les phases de création d’un produit. Ils contribuent ainsi directement à réduire de manière importante le time-to-market. En outre, leur parfaite communication électronique entre les différents acteurs de la chaîne et avec les outils de production (métiers à tisser, à tricoter, découpeurs automatiques...) offre aux entreprises une réactivité et une fiabilité optimale pour répondre en temps réel aux attentes de leurs clients. Johnson Controls (États-Unis) Fondée en 1885, Johnson Controls est le leader mondial des intérieurs automobiles (sièges, électronique d’intérieur, tableaux de bord, pavillons, portes, intérieurs intégrés). Johnson Controls compte 500 sites dans le monde, avec 120 000 employés, et réalise un chiffre d’affaires de US$ 22,6 milliards. “Il est essentiel pour une entreprise comme Johnson Controls de pouvoir proposer plusieurs styles et modèles à nos clients ainsi que de pouvoir anticiper les modifications structurelles à apporter aux produits avant même que ne soit développé le moindre prototype physique. Toute possibilité de réduction du cycle de développement de nos produits devient un enjeu considérable, d’autant que la réactivité est, dans le secteur de l’automobile, une qualité absolument stratégique pour tout équipementier.” Daniel Navarro, Coordinateur Projet, Johnson Controls, France Cette réactivité se trouve encore renforcée par les technologies 3D, de gestion de la couleur, de simulation des modèles et de catalogue virtuel. Autant de solutions Lectra permettant de limiter les besoins d’échantillons et de prototypes physiques, pour réduire davantage les délais et faciliter les prises de décisions. En permettant à leurs propres clients de pouvoir choisir leurs produits et modèles dès leur conception, les entreprises peuvent vendre avant de produire et optimiser leur modèle économique. Lectra 2003 27 Youngone (Corée du Sud) Producteur et premier exportateur coréen de vêtements et de chaussures, Youngone compte notamment parmi ses clients North Pole, Nike, Timberland, Aigle, Diesel. L’entreprise réalise un chiffre d’affaires de US $ 500 millions. Réduire les coûts Améliorer la productivité Développer la qualité Maîtriser et promouvoir l’image et les marques “De la Corée, où se trouvent notre siège et nos équipes de recherche et de création, nous envoyons un nombre important d'informations à nos usines au Bangladesh, en Chine ou dans d'autres pays. Nos clients, qui exploitent des grandes marques de vêtements, de sacs à dos ou de chaussures, exigent une réactivité croissante. C'est pourquoi nous devons aujourd'hui impérativement réduire notre temps d'accès au marché. Cela implique une amélioration du cycle de développement de nos produits, une optimisation de la communication entre nos différents sites et une réduction des délais de livraison.” Kihak Sung, Président, Youngone ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ DIMINUER LE TIME-TO-MARKET Faire face à la mondialisation ▲ Répondre à la demande croissante de mass customisation ▲ Développer et sécuriser les échanges d’informations électroniques Lectra 2003 Réduire les coûts Améliorer la productivité Développer la qualité Maîtriser et promouvoir l’image et les marques ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ RÉPONDRE À LA DEMANDE CROISSANTE DE MASS CUSTOMISATION Faire face à la mondialisation ▲ ▲ 28 Diminuer le time-to-market Développer et sécuriser les échanges d’informations électroniques R ÉPONDRE À LA DEMANDE CROISSANTE DE MASS CUSTOMISATION De la prise de mesures du corps humain en 3D aux vêtements personnalisés Pour une entreprise souhaitant développer une production de mass customisation, l’intégration des logiciels et équipements Lectra de design, de gestion des mesures individuelles, de modélisme, de placement, de matelassage automatique et de découpe unitaire est un gage de succès. Les solutions Lectra spécialement dédiées à la mass customisation permettent de produire, dans un même site, plusieurs milliers de modèles par jour aux mesures de leurs destinataires finaux. Avec la Corée, la Chine est devenue pour Lectra le marché phare de la mass customisation, de la lingerie aux uniformes de police. Pour répondre à une demande toujours croissante, les équipements y sont les plus avancés de la planète et intègrent jusqu’à la prise de mesures par Body Scanner et la conception en 3D. Cette tendance s’étend également à d’autres secteurs, notamment l’ameublement. Un domaine dans lequel les produits sont souvent commandés au moment de la vente et personnalisés (choix du tissu ou du cuir…) en fonction du choix du consommateur : leur production unitaire doit en conséquence associer réactivité, rapidité, fiabilité et flexibilité, toutes qualités offertes par les technologies Lectra. “Si nous sommes aujourd'hui leader en Chine sur le marché des vêtements sur mesure, c'est avant tout grâce à la qualité de nos produits. Pour faire face à la demande, très forte dans ce pays, nous souhaitions augmenter radicalement notre rythme de fabrication, et attendions des solutions parfaitement adaptées à nos exigences de perfection ainsi qu'un service de qualité.” Zhou Jian Ping, Président, Heilan Group Heilan Group (Chine) Moins de 25 ans après sa création, Heilan Group est l’un des leaders mondiaux des costumes pour hommes, avec 13 000 employés et un chiffre d’affaires de plus de US$ 200 millions. Heilan Group possède une vingtaine de filiales, notamment à Paris, Milan et New York. Lectra 2003 29 MAÎTRISER ET PROMOUVOIR L’IMAGE ET LES MARQUES Capitaliser en profondeur sur la culture et l’âme de la marque “Création et innovation sont au cœur de la marque Diesel. Son image moderne ne peut se concevoir qu’en se reposant sur des partenaires technologiques avant-gardistes. Les solutions de modélismes efficaces, soutenues par des services de qualité doivent nous permettre d’optimiser nos points forts : la création et la qualité.” Diesel Diesel (Italie) Créée en 1978, Diesel se positionne comme l’une des marques les plus innovatrices du monde dans le secteur du jean, du casual clothing et des accessoires. Présente dans plus de 80 pays, Diesel est distribuée dans 10 000 points de vente et réalise un chiffre d’affaires de plus de € 300 millions. MAÎTRISER ET PROMOUVOIR L’IMAGE ET LES MARQUES Réduire les coûts Améliorer la productivité Développer la qualité ▲ ▲ ▲ ▲ Louis Vuitton est la première marque mondiale de luxe avec 300 points de ventes dans le monde. Louis Vuitton emploie 9 500 personnes et réalise un chiffre d’affaires de US $ 3,8 milliards. LVMH Fashion Goup rassemble les marques de mode et de maroquinerie du groupe LVMH. Ce processus nécessite l’intervention de nombreux acteurs, internes et externes à l’entreprise. Ceux-ci doivent associer leurs talents créatifs, leurs compétences techniques et leur force marketing tout en veillant à préserver la cohérence des collections et l’âme de la marque. Associée à la puissante base de données virtuelles, la plate-forme Internet Lectra contribue au succès de cette collaboration. Ces solutions permettent ainsi, d’une ligne de produit à l’autre, année après année, de préserver le patrimoine de nos clients, en capitalisant en profondeur sur leurs savoir-faire et la culture de leurs marques. Faire face à la mondialisation ▲ Diminuer le time-to-market Louis Vuitton (France) ▲ ▲ Répondre à la demande croissante de mass customisation Des phases amont de création jusqu’à celles de la distribution, les logiciels de design, de gestion des collections et de merchandising visuel sont une solution véritablement performante pour gérer le cycle de vie complet des produits de nos clients. Leur efficacité et leur rapidité permettent de développer et de gérer différentes collections en parallèle, de les renouveler fréquemment, et ainsi d’enrichir et de promouvoir au mieux l’image et les marques de nos clients. Développer et sécuriser les échanges d’informations électroniques “Louis Vuitton est la première marque de luxe au monde. Son nom est le garant d'une qualité irréprochable et d'une créativité sans cesse renouvelée. L’artisanat et la technologie cohabitent partout avec le même souci de la qualité, garanti par le contrôle complet du processus industriel. Pour assurer cette qualité, la découpe de la célèbre toile monogram notamment doit être réalisée au dixième de millimètre près et parfaitement reproductible.” Jean-Paul Vivier, Directeur Général Adjoint, LVMH Fashion Group 30 Lectra 2003 LECTRA EN BOURSE Répartition du capital (au 16 mars 2004) en euros Cours le plus haut Cours le plus bas Cours de clôture au 31 décembre Capitaux propres par action au 31 décembre Trésorerie nette par action au 31 décembre Résultat net par action (1) ● Capital de base ● Capital dilué Capitalisation boursière au 31 décembre (2) Capitaux échangés (2) (3) Volumes échangés (en millions de titres)(3) 2003 2002 2001 7,47 3,35 6,25 2,21 1,48 5,84 2,85 4,52 1,98 0,96 14,40 3,00 5,47 2,08 0,53 0,21 0,21 0,10 0,10 (0,09) (0,09) 234,2 61,4 12,1 166,5 37,6 8,6 201,2 68,0 11,6 (1) Le résultat par action sur le capital de base est calculé à partir du nombre d'actions pondéré ; le résultat par action dilué est calculé selon la méthode IAS. (2) En millions d’euros. (3) Source Euronext Paris. Le flottant est proche de 71 %. Environ 50 % du capital sont détenus par des investisseurs institutionnels (dont près de 40 % par des investisseurs anglo-saxons et 10 % par des investisseurs français), parmi lesquels Harris Associates (États-Unis), Fidelity Investments (États-Unis et Royaume-Uni) et Northern Trust (Royaume-Uni) (chacun plus de 5 % et moins de 10 % du capital), et Merrill Lynch, pour le compte de leurs fonds d’investissement, de leurs clients ou en qualité d’intermédiaire inscrit. Le solde est réparti dans le public. La société détient 1,8 million de ses propres actions (soit près de 5 % du capital). Actions détenues par la société 5% É v o l u t i o n d u c o u r s d e p u i s l e 1 er j a n v i e r 2 0 0 3 André et Daniel Harari en euros 29 % 8 Investisseurs institutionnels et public 65 % 7 Management et salariés 1% Capital : 37 465 698 actions 6 5 Répartition du capital dilué (au 16 mars 2004) 4 3 2003 LECTRA (Cours de clôture mensuels) 2004 (au 16 mars) SBF 250 (base 31 décembre 2002) Distribution d’un premier dividende Compte tenu du résultat net de l’exercice 2003, de la trésorerie disponible et des perspectives à moyen terme de la société, le Conseil d’Administration a proposé, pour la première fois depuis l’introduction en Bourse de la société en 1987, de distribuer un dividende de € 0,12 par action(1) au titre de l’exercice. En développant une nouvelle politique de rémunération des actionnaires, tout en assurant le financement de son développement futur, le Conseil d’Administration souhaite montrer sa confiance dans l’avenir de l’entreprise. (1) Hors avoir fiscal. Le dividende pourra être assorti d’un avoir fiscal conformément aux dispositions législatives en vigueur. Grâce à une politique de stock-options motivante, qui a démontré son bien fondé, le management (autre qu'André et Daniel Harari) et les principaux cadres du groupe, soit aujourd'hui 313 personnes, détiennent 12 % du capital dilué. Le groupe entend poursuivre cette politique d'association au capital. Le nombre d'options exerçables représente 9,9 % du capital. Actions détenues par la société 4% André et Daniel Harari 27 % Investisseurs institutionnels et public 57 % Management et salariés 12 % Capital potentiel : 42 662 829 actions R APPORT F INANCIER 2003 32 Lectra 2003 Rapport de gestion Chers Actionnaires, Vous trouverez, ci-dessous, notre rapport sur l’activité du Groupe Lectra pour son trentième exercice clos le 31 décembre 2003. 1 – Synthèse de l’année 2003 La société avait annoncé en début d’année qu’elle anticipait, sauf événement exceptionnel ou dégradation de l’environnement économique, une croissance de son chiffre d’affaires et de ses résultats en 2003. 2003 a été affectée par la persistance du faible niveau des investissements technologiques mondiaux, une conjoncture économique et géopolitique mondiale dégradée, les effets du SRAS au premier semestre et la forte baisse du dollar, qui a clôturé l’année à $ 1,26 / € 1 et dont le taux moyen par rapport à l’euro a baissé de plus de 16 % sur l’année. En deux ans, le dollar s’est ainsi déprécié de près de 30 % par rapport à l’euro, affectant significativement le chiffre d’affaires et les résultats de la société. Malgré ce contexte, Lectra a réalisé un chiffre d’affaires consolidé de € 184,7 millions, sensiblement égal à celui de 2002 (+ 8 % à taux de change constants), doublé son bénéfice net (€ 7,4 millions) et dégagé un cash flow libre de € 13,4 millions. Par ailleurs, la société a continué de renforcer sa compétitivité technologique et commerciale face à ses concurrents, grâce notamment aux succès de ses nouveaux produits et des commandes significatives enregistrées auprès de grands comptes américains, européens et asiatiques. Modèle économique de la société Le modèle économique de la société repose sur la double composante du chiffre d’affaires : - les revenus des nouveaux systèmes (ventes de nouvelles licences de logiciels et d’équipements de CFAO, et de services associés), moteur de la croissance de la société ; - les revenus récurrents, composés d’une part des revenus des contrats récurrents (contrats d’évolution des logiciels, de maintenance des équipements de CFAO et de support en ligne), d’autre part des autres revenus statistiquement récurrents sur la base installée (ventes de pièces détachées et consommables, d’interventions ponctuelles de maintenance et de support, et de formation), facteur essentiel de stabilité de l’entreprise et amortisseur en période de conjoncture économique difficile. La société a, au cours des dernières années, amélioré tous ses grands équilibres d’exploitation : ses revenus récurrents ont régulièrement progressé ; en cinq ans, la couverture des frais fixes par ces revenus récurrents est passée de 50 % en 1998 à 65 % et la marge brute globale a augmenté de 5 points ; les actions de rigueur mises en place dès mars 2001 ont permis de réduire significativement les frais généraux fixes ; en conséquence, le point mort a été très sensiblement abaissé. Par ailleurs, elle a entrepris dès 2001, et poursuivi en 2002 et 2003, des actions pour réduire structurellement son besoin en fonds de roulement et renforcer sa trésorerie. Parallèlement, le modèle économique de l’entreprise a permis, et devrait continuer de permettre, de dégager un cash flow libre annuel supérieur au bénéfice net de l’exercice. Ainsi, sur l’ensemble de la période 2001 – 2003, la trésorerie nette s’est accrue de près de € 30 millions, mettant la société à l’abri des risques pesant sur les entreprises endettées, et lui donnant les moyens de saisir des opportunités de croissance externe. Ces évolutions ont démontré tous leurs effets en 2003. Forte progression des résultats La part du chiffre d’affaires 2003 libellé en dollar, ou directement lié à cette devise, est de 38 %, alors que celle des dépenses (frais généraux et coûts de revient des ventes) est de 25 %. Sur l’exercice 2003, la baisse du dollar a ainsi eu pour effet général de réduire d’environ 8 % les différentes composantes du chiffre d’affaires, par rapport aux montants exprimés à taux de change constants, et de 37 % le résultat d’exploitation. Afin de permettre une analyse pertinente de l’évolution de l’activité, les comparaisons détaillées au chapitre 3 ci-après sont données à taux de change constants, celles à taux de change courants étant indiquées dans l’annexe aux comptes consolidés. Malgré ce contexte difficile, l’activité commerciale a été soutenue avec une progression des commandes de nouveaux systèmes de 8 % à taux de change constants (la progression atteint 12 % si l’on ne considère que les seules commandes de nouvelles licences de logiciels et d’équipements de CFAO, à l’exclusion des PC et périphériques, et des services associés). Lectra 2003 Grâce à l’effet conjugué de la hausse des commandes, d’une nouvelle réduction des frais généraux et du maintien des marges – à taux de change constants – et malgré la forte baisse du dollar, la société a réussi à dégager un résultat d’exploitation en progression de 54 % et à multiplier par 2 son résultat net. 2 – Acquisitions et partenariats La société n’a procédé à aucune acquisition au cours de l’exercice 2003 et n’a signé aucun nouvel accord de partenariat stratégique. Elle a conclu, début 2004, l’acquisition de la société Investronica Sistemas (cf. chapitre 8 ci-après). 3 – Comptes consolidés L’annexe aux états financiers consolidés donne toutes les précisions utiles sur les principes comptables et les méthodes d’évaluation, ainsi que sur les principaux postes du bilan, du compte de résultat et du tableau des flux de trésorerie consolidés du groupe. Les comptes sociaux et les comptes consolidés ont été arrêtés en appliquant les mêmes principes comptables et les mêmes méthodes d’évaluation que ceux du précédent exercice (à l’exception, pour les comptes sociaux, compte tenu de l’évolution de la réglementation comptable, de la reprise de la provision pour marge interne, sans incidence sur les comptes consolidés). Les comptes consolidés respectent les dispositions du règlement 99-02 du Comité de la Réglementation Comptable du 29 avril 1999. Ils sont à la fois conformes aux règles comptables généralement admises en France et aux normes comptables internationales IAS/IFRS. Les états financiers consolidés et leur annexe font partie intégrante du présent rapport. Très forte croissance en Asie-Pacifique, progression en Amérique du Nord, recul en Europe Le chiffre d’affaires de l’exercice 2003 s’élève à € 184,7 millions, stable par rapport à l’exercice précédent à taux de change courants ; à taux de change constants, il progresse de 8 %. Si l’on considère les zones géographiques : - l’Asie-Pacifique progresse de 38 %, grâce notamment aux performances de la Chine, de la Corée du Sud et du Japon ; - le chiffre d’affaires d’Amérique du Nord progresse de 5 % ; - l’Europe recule, globalement, de 5 %. En Europe de l’Ouest, le Royaume-Uni et l’Allemagne continuent de dégager des niveaux d’activité particulièrement bas, alors que la France, l’Espagne et le Portugal s’inscrivent en progression. Les pays d’Europe de l’Est affichent toujours leur vitalité ; - les pays du reste du monde voient, globalement, leur chiffre d’affaires progresser de 62 % – les principales performances proviennent de Tunisie, du Maroc, d’Afrique du Sud et du Brésil. L’Europe, l’Amérique du Nord et l’Asie-Pacifique représentent respectivement 51 %, 22 % et 20 % du chiffre d’affaires global de 2003 (54 %, 25 % et 16 % en 2002). Représentant ensemble 27 % (contre 21 % en 2002), l’Asie-Pacifique et les pays du reste du monde montrent ainsi leur dynamisme. Depuis quelques années, les ventes transnationales se développent et représentent aujourd’hui une part non négligeable du chiffre d’affaires, dans tous les marchés sectoriels de la société. Ainsi, dans l’automobile, le centre principal de décision se trouve par exemple aux États-Unis, en Europe de l’Ouest, en Corée du Sud ou au Japon, mais les logiciels et équipements de CFAO sont installés dans les usines d’Europe de l’Est, de Tunisie, du Mexique, du Bangladesh ou de Chine. Toutes ces ventes transnationales impliquent les équipes commerciales et techniques de Lectra aux deux extrémités géographiques de la chaîne, ainsi que ses équipes “corporate” : c’est l’une des forces essentielles de l’entreprise, notamment auprès de ses clients grands comptes. La société réalise depuis la fin des années 1980 près de 90 % de son chiffre d’affaires hors de France. Avec son propre réseau de 28 filiales commerciales, 78 bureaux et 770 spécialistes (marketing, vente, services) implantés dans 36 pays, elle réalise 93 % de son chiffre d’affaires en direct (7 % à travers son réseau d’agents et distributeurs). Le réseau commercial et de services de Lectra constitue la plus grande barrière à l’entrée pour tout nouvel acteur majeur sur le marché. Forte progression dans l’automobile Si l’on considère les marchés sectoriels, le textile, la mode, l’habillement et la distribution ont représenté 58 % du chiffre d’affaires des nouveaux systèmes, le secteur automobile, aéronautique, nautique et des tissus industriels 25 % (avec une progression remarquable des ventes de nouveaux systèmes de 18 % à devises constantes, à comparer à 5 – 6 % pour chacun des autres marchés), l’ameublement 12 % et la chaussure, le bagage et la maroquinerie 5 % (contre respectivement 59 %, 23 %, 12 % et 6 % en 2002). 33 34 Lectra 2003 Grâce aux nouvelles technologies de découpe couteau et laser dédiées aux sièges automobiles et aux airbags, la société a connu en 2003 une très forte progression dans l’automobile, particulièrement dans les grands comptes internationaux, tirée par l’Asie, suivie par l’Europe et les États-Unis. Croissance soutenue du chiffre d’affaires des nouveaux systèmes Le chiffre d’affaires des nouveaux systèmes (€ 105,2 millions) augmente de 14 %. Il représente 57 % du chiffre d’affaires total (54 % en 2002), confirmant ainsi les prémices d’un retour à une dynamique de croissance. Parallèlement, les revenus récurrents (€ 79,5 millions) progressent de 1 %. Ils représentent 43 % du chiffre d’affaires total (46 % en 2002), dont 26 % pour les revenus des contrats récurrents et 17 % pour les autres revenus statistiquement récurrents sur la base installée. Cette stabilité est le résultat de deux tendances inverses : les contrats d’évolution des logiciels et les ventes de pièces détachées et consommables progressent fortement, alors que l’activité de maintenance des équipements de CFAO diminue pour les raisons exposées ci-après. Il convient de rappeler que, dans des conditions d’activité commerciale plus dynamiques, avec des ventes de nouveaux systèmes plus importantes, le modèle économique de la société conduirait à un ratio de ventes de nouveaux systèmes d’environ 60 à 65 %, les revenus récurrents représentant 35 à 40 %. Les logiciels (€ 55,5 millions) représentent 30 % du chiffre d’affaires (même proportion qu’en 2002). Ils progressent de 10 % globalement ainsi que pour chaque composante : - nouvelles licences : € 30,7 millions ; - contrats d’évolution des logiciels et de support en ligne à caractère récurrent : € 24,8 millions. Les équipements de CFAO (€ 67,2 millions) représentent 36 % du chiffre d’affaires (33 % en 2002). A taux de change constants, ils enregistrent une progression de 21 %. Cette performance confirme le succès de la nouvelle gamme de découpeurs couteaux pour tissus et cuir et de découpeurs laser pour tissus industriels, notamment les airbags, lancée en 2002. Elle traduit également, sur l’ensemble des marchés géographiques et sectoriels de la société, les premiers signes de reprise des investissements technologiques de productivité – notamment des entreprises américaines, sud-coréennes et japonaises dans leur pays comme dans ceux de sous-traitance – ainsi que la part croissante dans l’activité globale de la société des nouveaux pays producteurs tels que la Chine et les pays d’Europe de l’Est. L’activité de maintenance des équipements de CFAO (€ 26,2 millions) diminue de 10 %. Cette baisse s’explique pour l’essentiel par l’arrêt, sur l’initiative de la société, de certains contrats (non rentables) portant sur des matériels anciens, et pour le reste par la résiliation de contrats par des entreprises ayant cessé leur activité ou délocalisé leur production dans des pays où la notion de services est moins développée. Si le chiffre d’affaires a diminué, la rentabilité de l’activité de maintenance s’est accrue, grâce en particulier à la montée en puissance des trois Call Centers internationaux de Bordeaux, Atlanta et Hong Kong (qui sera transféré à Shanghai dans les prochains mois) – ces plates-formes regroupent près de 60 experts Lectra et traitent mensuellement plus de 25 000 appels. Parallèlement, le chiffre d’affaires de pièces détachées et de consommables sur la base installée (€ 22,4 millions) progresse de 5 %. Celui de la formation et du conseil (€ 8,5 millions) diminue de 2 %. Enfin, conformément à la politique de retrait progressif de la vente de PC et périphériques, à faible marge, adoptée depuis plusieurs années, le chiffre d’affaires correspondant continue de diminuer (– 20 %). Il ne représente plus que 2 % du chiffre d’affaires, contre 15 % au milieu des années 1990. La société a débuté l’année 2004 avec un carnet de commandes de nouveaux systèmes de € 17,1 millions, équivalent à son niveau (€ 17,0 millions) au 1er janvier 2003. L’accroissement du carnet de commandes à taux de change constants est de € 1,4 million. Les contrats récurrents annuels, quant à eux, qui ne sont pas compris dans les chiffres ci-dessus, sont connus en quasi-totalité dès le début de l’année. Stabilité du taux de marge brute à taux de change constants La marge brute globale s’élève à € 121,7 millions, en diminution de € 3,7 millions par rapport à 2002 (– 3 %). A taux de change constants, elle progresse de 8 % (la progression est identique à celle du chiffre d’affaires). Le taux de marge brute global s’établit à 65,9 %. A taux de change constants, il aurait été de 67,8 %, en progression de 0,1 point par rapport à l’exercice 2002 (67,7 %). Cette performance, qu’il convient de souligner tout particulièrement, est obtenue malgré l’impact mécanique négatif de l’évolution du mix produits, la croissance du chiffre d’affaires d’équipements de CFAO ayant été supérieure à celle des logiciels. Le taux de marge brute de chaque ligne de produits est resté stable ou a progressé par rapport Lectra 2003 à l’exercice 2002. En réussissant à maintenir ou améliorer les marges sur chaque ligne de produits au cours de l’exercice 2003, dans des conditions de marché difficile, Lectra démontre l’importance stratégique que revêt, pour elle, leur préservation. Poursuite des actions de rigueur sur les frais généraux La poursuite des actions de rigueur menées par la société depuis mars 2001 – dès sa prise de mesure de la dégradation de l’économie mondiale – a permis de maintenir les frais généraux fixes, à taux de change constants, à un niveau inférieur à celui de 2002 (année qui avait déjà enregistré les effets positifs du plan). Les frais généraux s’élèvent, en effet, à € 110,6 millions, en diminution de € 7,5 millions (– 6 %) par rapport à 2002. Ils se décomposent ainsi : - € 98,2 millions de frais fixes, en diminution de € 7,6 millions (– 7 %) ; - € 1,4 million de provisions, en diminution de € 0,9 million ; - € 11 millions de frais variables, en augmentation de € 1,0 million. A taux de change constants, les frais fixes et provisions auraient été de € 104,8 millions (– 3 %). Continuation de la politique soutenue de recherche et de développement Les dépenses de recherche et de développement, entièrement passées en charges de la période, sont comprises dans les frais fixes indiqués ci-dessus. Elles s’élèvent à € 14,0 millions (€ 13,7 millions en 2002) et représentent 7,6 % du chiffre d’affaires (7,4 % en 2002). Avec 170 ingénieurs et techniciens, les effectifs de recherche et de développement (13 % de l’effectif total de la société) confirment la priorité accordée par Lectra à l’innovation pour conforter son avance technologique. Fort rebond de la rentabilité – Doublement du résultat net Après une année 2001 déficitaire, du fait de la forte dégradation de la conjoncture mondiale, et un retour aux profits dès le troisième trimestre 2002, la société réalise en 2003 un bénéfice d’exploitation de € 11,1 millions, en progression de 54 % par rapport à 2002 (€ 7,2 millions), malgré le fort impact négatif des devises. Il convient de noter que l’accroissement du résultat d’exploitation de l’exercice 2003 est de € 3,9 millions, alors que le chiffre d’affaires et la marge brute globale diminuent respectivement de € 0,4 million et € 3,7 millions. La marge opérationnelle de l’exercice s’établit ainsi à 6,0 %, contre 3,9 % en 2002. A taux de change constants, le bénéfice d’exploitation aurait été de € 17,6 millions, soit une augmentation de € 10,4 millions (+ 144 %) par rapport à 2002. La marge opérationnelle se serait établie à 8,8 %, soit une progression de 4,9 points par rapport à 2002. L’EBITDA s’élève à € 17,1 millions, contre € 14,7 millions en 2002. A taux de change constants, il serait de € 23,0 millions, en augmentation de € 8,3 millions (+ 56 %). Ces performances confirment à la fois l’amélioration des équilibres d’exploitation de la société, le fort impact positif sur sa rentabilité d’une augmentation des ventes de nouveaux systèmes, ainsi que la sensibilité de ses résultats à la fluctuation des devises et notamment à la parité euro/dollar. Les produits financiers nets (intérêts perçus diminués des charges bancaires) sont positifs de € 0,5 million. Le résultat de change est positif de € 0,5 million, provenant de la couverture de change contractée en début d’année sur le dollar américain. Le résultat avant impôts est bénéficiaire de € 10,4 millions (€ 5,8 millions en 2002), soit une augmentation de € 4,6 millions. Ce résultat intègre € 1,7 million d’amortissement des écarts d’acquisition (€ 1,8 million en 2002). Compte tenu d’une charge fiscale de € 2,9 millions, le bénéfice net s’établit à € 7,4 millions. Il progresse de € 3,8 millions (+ 110 %) par rapport à 2002 (€ 3,6 millions). Le bénéfice net avant amortissement des écarts d’acquisition progresse de 70 % à € 9,2 millions (€ 5,4 millions en 2002). Résultat par action Après neutralisation du nombre moyen d’actions détenu en propre par la société, le nombre d’actions utilisé pour les calculs est respectivement de 35 036 507 et de 35 399 568 pour 2003 et 2002, pour le résultat de base ; pour le résultat dilué, il est de 35 886 698 et de 35 910 796. Sur ces bases, le résultat net par action est de € 0,21 (€ 0,10 en 2002) sur capital de base, et de € 0,21 (€ 0,10 en 2002) sur capital dilué. 35 36 Lectra 2003 La société continue de dégager un cash flow libre élevé Le cash flow libre de l’exercice 2003 s’élève à € 13,4 millions (€ 20,3 millions en 2002). Il est supérieur de € 6,0 millions au résultat net, et résulte d’une capacité d’autofinancement d’exploitation de € 16,1 millions (€ 13,5 millions en 2002), d’une diminution du besoin en fonds de roulement de € 0,7 million (€ 10,1 millions en 2002) et d’investissements de € 3,4 millions (identique à 2002). Sur l’ensemble des deux derniers exercices, la société a dégagé un cash flow libre de € 33,7 millions, supérieur de € 22,7 millions au bénéfice net de la période. Cette performance reflète d’une part le résultat significatif des actions entreprises depuis mars 2001 pour améliorer les différentes composantes du besoin en fonds de roulement (dont l’impact essentiel s’est traduit par la diminution exceptionnelle de 2002), d’autre part l’effet du modèle économique de l’entreprise. Une structure financière particulièrement solide et une trésorerie nette à son plus haut niveau Au 31 décembre 2003, les capitaux propres s’élèvent à € 82,7 millions (€ 73,0 millions au 31 décembre 2002), après déduction du montant des actions de la société détenues en propre, valorisées à leur prix d’acquisition, soit € 9,0 millions (€ 10,8 millions au 31 décembre 2002). Le bilan comprend seulement € 3,3 millions d’immobilisations incorporelles nettes et € 9,1 millions d’écarts d’acquisition nets. Parallèlement, la trésorerie nette augmente de € 17,2 millions par rapport au 31 décembre 2002 et s’établit à € 52,4 millions. Trésorerie Dettes 38,8 Cash flow libre 13,4 13,4 1,9 1,9 Achat et vente par la société de ses propres actions(1) Augmentation de capital (2) Variation de l’endettement 2,1 (0,6) Effet de la variation des devises (0,2) Situation au 31 décembre 2003 55,4 (1) (2) (3,6) Trésorerie nette Situation au 31 décembre 2002 35,2 2,1 0,6 0,0 (3,0) 52,4 (0,2) Y compris le contrat de liquidité confié à SG Securities (Société Générale). Par exercice d’options de souscription d’actions (cf. chapitre 5 ci-après). Les dettes financières de € 3,0 millions correspondent à des aides publiques au financement de programmes de recherche et de développement et de prospection commerciale ne portant pas intérêt. Actions de la société détenues en propre Au cours de l’exercice 2003, dans le cadre du programme de rachat d’actions autorisé par l’Assemblée Générale, et en vue d’optimiser la gestion financière de ses fonds propres, la société a opéré des achats et des ventes de ses propres actions en fonction des situations du marché. Elle a ainsi – en dehors du contrat d’apporteur de liquidité confié à SG Securities (Société Générale) – acheté pour son propre compte 1,3 million d’actions à un cours moyen de € 4,57 et vendu 1,5 million d’actions à un cours moyen de € 5,03. Par ailleurs, au titre du contrat de liquidité, elle a acheté et vendu 0,4 million d’actions, à un cours moyen de € 5,21 et € 5,53 respectivement. Le résultat de ces opérations n’est pas comptabilisé dans le résultat de la période, mais directement imputé sur les capitaux propres. Au 31 décembre 2003, la société détient 1,9 million de ses propres actions à un cours moyen de € 4,77 (inférieur au cours de Bourse du même jour de € 6,25). A titre indicatif, la cession de ces actions au cours de Bourse du 31 décembre dégagerait une trésorerie supplémentaire de € 11,7 millions, augmentant de 22 % la trésorerie nette de la société en la portant à € 64,1 millions. Engagements hors bilan Instruments financiers de couverture de change Les instruments financiers de couverture des risques de change au 31 décembre 2003 sont constitués : - de ventes et d’achats à terme de dollars américains, de livres anglaises, de dollars de Hong Kong, de dollars australiens, de dollars taiwanais et de yens japonais d’une contre-valeur nette totale de € 5,1 millions ; - d’options de ventes de dollars américains (puts dollars), contractées au mois de décembre 2003, d’une valeur de $ 27 millions, dont le prix d’exercice est de $ 1,25 / € 1. Cette couverture correspond à environ 85 % du montant estimé de l’exposition nette de la société au risque de change sur le dollar américain pour l’ensemble de l’année 2004, avant l’acquisition d’Investronica Sistemas et hors son exposition nette (cf. chapitre 9 ci-après). Lectra 2003 Autres engagements hors bilan La société a délivré des cautions auprès d’établissements financiers, en garantie de crédits accordés par ces derniers à ses filiales, pour un montant total de € 2,7 millions. Les seuls autres engagements hors bilan concernent des contrats courants de location de bureaux, d’automobiles et de matériels de bureaux, pouvant faire l’objet de résiliations selon des conditions contractuelles. Acquisitions Tous les compléments de prix liés aux acquisitions passées (la dernière ayant été conclue en 2000) ont été soldés en 2002. Filiales non consolidées Les 8 filiales non consolidées représentent au total, au 31 décembre 2003 (chiffres cumulés) : - un chiffre d’affaires de € 5,9 millions ; - un total de bilan de € 3,8 millions ; - des dettes financières (hors groupe) de zéro ; - des dettes envers la société mère Lectra de € 1,1 million. Leurs seuls engagements hors bilan concernent des contrats courants de location de bureaux, d’automobiles et de matériels de bureaux, pouvant faire l’objet de résiliations selon des conditions contractuelles. 4 – Distribution de dividendes Compte tenu du résultat net de l’exercice 2003, de la trésorerie disponible et des perspectives à moyen terme ci-après exposées, votre Conseil d’Administration a proposé à l’Assemblée Générale annuelle du 30 avril 2004, pour la première fois depuis l’introduction en Bourse de la société en 1987, que la société distribue un dividende de € 0,12 par action (hors avoir fiscal - le dividende pourra être assorti d’un avoir fiscal conformément aux dispositions législatives en vigueur) au titre de l’exercice. En développant une nouvelle politique de rémunération des actionnaires, tout en assurant le financement de son développement futur, le Conseil d’Administration souhaite ainsi montrer sa confiance dans l’avenir de l’entreprise. 5 – Actionnariat – Bourse Évolution du capital Au 31 décembre 2003, le capital social est de € 56 198 547, composé de 37 465 698 actions d’une valeur nominale de € 1,50. Il a été augmenté de 636 656 actions par rapport au 31 décembre 2002, résultant de la levée d’options de souscription d’actions. Le capital est réparti comme suit : - André et Daniel Harari détiennent de concert 29,3 % du capital et 30,2 % des droits de vote ; - Harris Associates L.P. (États-Unis) et la société Northern Trust (Royaume-Uni) agissant en tant qu’intermédiaire inscrit détiennent chacun plus de 5 % (et moins de 10 %) du capital et des droits de vote ; - la société détient 5 % de ses propres actions. Les franchissements de seuils communiqués à la société au cours de 2003 sont les suivants : Le 3 février 2003, la société Henderson Global Investors Limited (Royaume-Uni) a indiqué avoir franchi à la baisse le seuil de 5 % du capital et qu’elle ne détenait plus à cette date que 4,97 % du capital. Le 31 mars 2003, Messieurs André et Daniel Harari ont informé le Conseil des Marchés Financiers qu’ils avaient constaté avoir franchi passivement en hausse le seuil du tiers des droits de vote. Ce franchissement résultait de la diminution du nombre total de droits de vote du fait de la privation des droits de vote attachés aux actions détenues en propre par la société. Le 20 mai 2003, Messieurs André et Daniel Harari, agissant de concert, ont déclaré que, à la suite de la cession de 1 250 000 actions le 16 mai, ils avaient franchi en baisse le seuil du tiers des droits de vote de la société (avant cette date, ils détenaient 33,2 % du capital et 35,0 % des droits de vote). Ils ont indiqué à la société que cette opération était nécessaire afin de rembourser intégralement des emprunts bancaires qu’ils avaient contractés depuis 2001 pour financer la charge exceptionnelle d’impôts sur leurs revenus de 2000 résultant de la cession d’actions Lectra pour financer l’exercice de bons et d’options de souscription d’actions de la société. Le 13 mai 2003, la société Financière de l’Échiquier (France), agissant pour le compte de fonds dont elle assure la gestion, a déclaré que, à la suite d’acquisitions d’actions Lectra sur le marché, elle avait franchi en hausse le seuil de 5 % du capital et qu’elle détenait 37 38 Lectra 2003 à cette date 5,003 % du capital. Le 4 novembre 2003, la société Financière de l’Échiquier a déclaré que, à la suite de cessions d’actions sur le marché, elle avait franchi à la baisse le seuil de 5 % du capital et des droits de vote, et ne détenait plus que 4,68 % du capital. Le 30 mai 2003, la société Northern Trust, agissant en sa qualité d’intermédiaire inscrit, a déclaré avoir franchi à la hausse, le 22 mai 2003, le seuil de 5 % du capital de Lectra et détenir à cette date dans les comptes ouverts au nom de ses clients 5,8 % du capital. Le 10 juillet 2003, JP Morgan Chase Investor Services (Royaume-Uni), agissant en qualité d’intermédiaire inscrit, a déclaré avoir franchi en baisse le seuil de 5 % du capital de Lectra et détenir à cette date, dans les comptes ouverts au nom de ses clients, 4,85 % du capital. L’obligation pour les intermédiaires inscrits de déclarer les franchissements de seuils résulte du décret d’application du 3 mai 2002 de la loi sur les Nouvelles Régulations Économiques du 15 mai 2001 ; ne s’appliquant qu’à partir du 5 août 2002 pour les seuils franchis après cette date, JP Morgan Chase Investor Services n’avait pas eu à notifier à la société son franchissement à la hausse du seuil de 5 % du capital. Postérieurement à la clôture de l’exercice, par courrier du 12 février 2004, FMR Corp et Fidelity International Limited (FIL), agissant pour le compte de fonds communs gérés par leurs filiales, ont déclaré que, le 9 février 2004, suite à l’achat en Bourse d’actions Lectra, elles avaient franchi en hausse le seuil de 5 % du capital et détenaient désormais 5,02 % du capital. Attribution d’options de souscription d’actions – Capital potentiel Depuis 1991, votre Conseil d’Administration a utilisé à plusieurs reprises la faculté d’attribution d’options de souscription d’actions qui lui avait été conférée par l’Assemblée Générale Extraordinaire des actionnaires au bénéfice des dirigeants et des cadres de la société et de ses filiales. Cette politique d’association aux résultats et à la valorisation de la société est toujours actuelle à un moment où, dans une conjoncture difficile, votre Conseil d’Administration a poursuivi sa politique stricte en matière de rémunérations. En 2003, le Conseil d’Administration a attribué 848 974 options au prix d’exercice de € 4,85 dans le cadre d’un nouveau plan d’options visant tant des détenteurs d’options existantes que de nouveaux bénéficiaires. Le prix d’exercice de ces options est supérieur à la moyenne des 20 cours de Bourse précédant la date d’attribution desdites options par le Conseil d’Administration. L’acquisition définitive de leur droit d’exercice est généralement répartie sur quatre ans, à compter du 1er janvier 2004, et fonction de la présence du bénéficiaire dans le groupe à l’issue de chaque période annuelle ; elle est par ailleurs conditionnée, pour certains bénéficiaires, par la réalisation d’objectifs annuels. Les options ont une durée de validité de 8 années à compter de leur date d’attribution. Par ailleurs, 636 656 options des différents plans en vigueur au 31 décembre 2002 ont été exercées en 2003, et 429 798 options sont devenues caduques en raison du départ des bénéficiaires ou de l’absence de réalisation des objectifs nécessaires à l’acquisition définitive du droit d’exercice de certaines options. Le nombre de bénéficiaires d’options en vigueur au 31 décembre 2003 est de 314 (330 au 31 décembre 2002). 28 nouveaux salariés ont bénéficié, pour la première fois en 2003, d’un plan d’options. Enfin, nous vous informons qu’aucun plan d’options de souscription ou d’achat d’actions n’a été ouvert par les filiales de la société mère. Au 31 décembre 2003, le nombre maximal d’actions susceptibles de composer le capital social, y compris les actions nouvelles pouvant être émises par exercice de droits en vigueur donnant vocation à la souscription d’actions nouvelles, est de 42 686 424 et se décompose comme suit : - capital social : 37 465 698 actions ; - options de souscription d’actions : 5 220 726 options. Chaque option donnant le droit de souscrire à une action nouvelle d’une valeur nominale de € 1,50, si toutes les options étaient exercées, il en résulterait une augmentation totale du capital de € 7 831 089, assortie d’une prime d’émission totale de € 20 090 656. L’annexe aux comptes consolidés donne toutes les précisions utiles sur les modalités, prix et dates d’exercice de l’ensemble des options en vigueur au 31 décembre 2003. Le rapport spécial du Conseil d’Administration, établi conformément à l’article L. 225-184 du Code de Commerce résultant de la loi du 15 mai 2001 sur les Nouvelles Régulations Économiques, fait l’objet d’un document séparé. Lectra 2003 Évolution du cours de Bourse et des volumes d’échange Au 31 décembre 2003, le cours de Bourse de l’action Lectra était de € 6,25, affichant une hausse de 38,3 % par rapport au 31 décembre 2002 (€ 4,52). Le cours a affiché en 2003 un plus haut de € 7,47, le 4 novembre, et un plus bas de € 3,35, le 12 mars. Sur la même période, le CAC 40, le SBF 250 et l’indice Next 150 affichaient respectivement une hausse de 16,1 %, 15,9 % et 32,6 %. 12,1 millions d’actions ont été échangées selon les statistiques d’Euronext, soit une augmentation de 41 % par rapport à 2002. Parallèlement, le montant des capitaux échangés (€ 61,4 millions) augmente de 64 %. L’action Lectra (code ISIN FR0000065484) fait partie des valeurs européennes composant l’indice Next 150 d’Euronext (depuis le 2 janvier 2003) et des valeurs françaises composant les indices SBF 250, MIDCAC et du Second Marché d’Euronext Paris. Adhésion au segment NextEconomy d’Euronext Lectra a adhéré fin 2001 au segment NextEconomy d’Euronext, qui rassemble les sociétés des secteurs de la nouvelle technologie s’engageant à respecter des règles précises en matière de communication financière et de liquidité. Il convient de souligner que Lectra remplissait dès 2002 l’ensemble des obligations et recommandations correspondantes (y compris celles qui ne sont requises qu’à compter du 1er janvier 2004). Ses comptes sont établis selon les normes IAS depuis plusieurs années ; elle publie des comptes trimestriels, et tous ses documents financiers sont établis en langue française et anglaise depuis plus de cinq ans. 6 – Gouvernement d’Entreprise La société a engagé depuis plusieurs années une série de mesures importantes pour répondre aux exigences du Gouvernement d’Entreprise. Suppression du droit de vote double L’Assemblée Générale Extraordinaire du 3 mai 2001 a décidé que les actions dont l’inscription sous la forme nominative a été demandée postérieurement au 15 mai 2001, ainsi que les actions acquises après cette date, ne peuvent plus bénéficier du droit de vote double (sauf cas particuliers visés dans la résolution correspondante adoptée par ladite Assemblée Générale Extraordinaire). Messieurs André et Daniel Harari ont procédé, à leur initiative, à l’annulation des droits de vote double qui étaient attachés à leurs actions. De ce fait, au 31 décembre 2003, seules 716 433 actions (soit 1,9 % du capital) bénéficiaient d’un droit de vote double. Mise en place d’un Comité d’Audit et d’un Comité des Rémunérations En 2001, la société a nommé un Comité d’Audit et un Comité des Rémunérations au sein de son Conseil d’Administration. Ces comités comprennent trois administrateurs, dont deux sont indépendants au sens des règles du Gouvernement d’Entreprise, et chacun est présidé par l’un de ces derniers. Dissociation des fonctions de Président du Conseil d’Administration et de Directeur Général Le Conseil d’Administration a décidé en 2002 de dissocier, comme le permet la nouvelle loi du 15 mai 2001 sur les Nouvelles Régulations Économiques, les fonctions de Président du Conseil d’Administration de celles de Directeur Général. Un tel mode d’exercice de la direction de la société lui est apparu en effet mieux adapté à sa taille, à sa structure mondiale et à son fonctionnement opérationnel, et de nature à lui permettre d’aller plus loin dans sa pratique du Gouvernement d’Entreprise. Par ailleurs, la nouvelle loi du 1er août 2003 sur la Sécurité Financière introduit deux nouveaux changements : d’une part, le Président du Conseil d’Administration ne représente plus désormais le Conseil, d’autre part, il doit désormais présenter à l’Assemblée Générale dans un rapport joint au rapport de gestion du Conseil d’Administration les conditions de préparation et d’organisation des travaux du Conseil, ainsi que les procédures de contrôle internes mises en place par la société et les éventuelles limitations que le Conseil apporte aux pouvoirs du Directeur Général. Les changements correspondants font l’objet de la deuxième, troisième et cinquième résolutions de l’Assemblée Générale Extraordinaire, qui se réunira à l’issue de la présente assemblée. Le rapport du Président du Conseil d’Administration au titre de l’exercice 2003 est joint au présent rapport. Dans ce contexte et en application de la loi, le Conseil d’Administration détermine la stratégie et les orientations de l’activité de la société, et veille à leur mise en œuvre. Le Président du Conseil d’Administration organise et dirige ses travaux dont il rend compte à l’Assemblée Générale des actionnaires, et veille au bon fonctionnement des organes de direction de la société. Le Directeur Général est investi des pouvoirs les plus étendus pour agir en toute circonstance au nom de la société ; il représente 39 40 Lectra 2003 la société dans ses rapports avec les tiers. Il peut être assisté d’un ou plusieurs Directeurs Généraux Délégués. Conformément à la résolution votée par les actionnaires, le Directeur Général doit être membre du Conseil d’Administration. Le Conseil d’Administration considère que cette organisation de la gestion et de l’administration de la société, appliquée depuis maintenant deux ans, apporte un plus grand équilibre et une efficacité accrue dans le fonctionnement de ses organes. Elle permet notamment au Directeur Général de consacrer tous ses efforts – dans une conjoncture économique encore difficile, mais dans un contexte concurrentiel dans lequel la compétitivité de Lectra n’a jamais été aussi forte – à l’exécution des objectifs et du plan d’action à court terme de la société, parallèlement à la mise en œuvre de son plan stratégique à moyen terme. Nous vous rappelons que le Conseil d’Administration a nommé en 2002 : - André Harari, Président du Conseil d’Administration ; - Daniel Harari, Directeur Général ; - Daniel Moreau, Directeur Général Délégué. André Harari, Daniel Harari et Daniel Moreau étaient jusqu’à cette date respectivement Vice-Président du Conseil d’Administration et Directeur Général, Président Directeur Général et Directeur Général de la société. Rémunération des dirigeants et des administrateurs La rémunération des dirigeants exerçant un mandat social comprend une partie fixe et une partie variable. Il n’existe aucune forme d’attribution de bonus ou de primes. La rémunération variable est déterminée en fonction de deux critères exprimés en objectifs annuels : le résultat consolidé avant impôts (comptant pour 67 %) et le cash flow libre consolidé (comptant pour 33 %). Elle est égale à zéro en deçà de certains seuils. A objectifs annuels atteints, elle était égale pour l’exercice 2003 à 50 % de la rémunération totale pour le Président du Conseil d’Administration et le Directeur Général, à 30 % pour le Directeur Général Délégué, et à 25 % pour le Directeur e-company et le Directeur Financier (ces pourcentages étaient respectivement en 2002 de 30 % pour le Président du Conseil d’Administration et le Directeur Général, de 25 % pour le Directeur Général Délégué et le Directeur e-company, et de 24 % pour le Directeur Financier). La rémunération variable peut atteindre un pourcentage supérieur en fonction du dépassement des objectifs. Les objectifs annuels sont fixés par le Conseil d’Administration sur recommandations du Comité des Rémunérations. Le Comité veille chaque année à la cohérence des règles de fixation de la part variable avec l’évaluation des performances des dirigeants et avec la stratégie à moyen terme de l’entreprise. Il contrôle après la clôture de l’exercice l’application annuelle de ces règles et le montant définitif des rémunérations variables sur la base des comptes audités. En 2003, les objectifs annuels des deux critères ont été dépassés ; ils n’avaient été que partiellement atteints en 2002 (les objectifs fixés en début d’année n’ont pas été ajustés en cours d’année pour tenir compte notamment de la chute du dollar américain). Les rémunérations fixes et variables des dirigeants sociaux, allouées au titre des exercices 2003 et 2002, sont les suivantes (montants bruts, avant déduction des cotisations salariales) : Rémunération fixe Rémunération variable Rémunération totale Avantage en nature ( 1 ) Jetons de présence ( 2 ) 252 655 59 128 442 655 204 431 15 639 12 530 14 000 14 000 190 000 145 303 252 655 59 128 442 655 204 431 8 988 7 451 14 000 14 000 Daniel Moreau 2003 2002 Directeur Général Délégué 206 341 209 465 119 678 65 138 326 019 274 603 5 520 6 443 Hervé Debache 2003 2002 Administrateur Louis Faurre 2003 2002 Administrateur (en euros) Fonctions André Harari 2003 2002 Président du Conseil d’Administration 190 000 145 303 Daniel Harari 2003 2002 Directeur Général 14 000 14 000 14 000 14 000 (1) Les montants figurant en avantages en nature correspondent à la valorisation fiscale de l’usage de véhicules de fonction et aux versements effectués dans un contrat d’assurance vie pour Daniel Harari (€ 5 744) et André Harari (€ 11 170). (2) Les jetons de présence au titre de l’exercice 2003 sont indiqués sous réserve de l’approbation de l’Assemblée Générale du 30 avril 2004. Lectra 2003 La totalité de ces montants a été versée par Lectra SA ; les mandataires sociaux n’ont pas reçu de rémunération ou d’avantage particulier de la part de sociétés contrôlées par Lectra SA au sens des dispositions de l’article L. 233-16 du Code de Commerce (il est rappelé que Lectra SA n’est contrôlée par aucune société). Les informations requises en application de l’article L. 225-102-1 du Code de Commerce, relatives au montant des rémunérations et des avantages de toute nature versés durant l’exercice 2003 par Lectra SA à ses mandataires sociaux, figurent dans l’annexe aux comptes sociaux. Les différences par rapport au tableau précédent résultent du décalage dans le versement de ces rémunérations : la rémunération variable au titre d’un exercice est provisionnée dans les comptes dudit exercice, calculée définitivement après la clôture des comptes annuels et versée au cours de l’exercice suivant. Par ailleurs, 73 000 options de souscription d’actions ont été consenties à Monsieur Daniel Moreau en 2003 ; aucune option n’a été consentie à Messieurs André Harari et Daniel Harari qui, possédant plus de 10 % du capital chacun depuis 2000, n’ont pas droit à de nouveaux plans d’options dans le cadre de la législation française en vigueur. Aucune option n’a été levée par un mandataire social au cours de l’exercice. Les plans d’options de souscription d’actions en vigueur au 31 décembre 2003 sont détaillés dans les annexes aux comptes consolidés et aux comptes de la société mère (seuls sont concernés Messieurs André Harari et Daniel Moreau). Enfin, il convient de préciser que les mandataires sociaux ne bénéficient d’aucun dispositif particulier engageant la société à leur verser une quelconque indemnité au moment de leur départ en retraite. Mandats et autres fonctions d’administrateur exercés dans toute société par chacun des mandataires sociaux durant l’exercice Monsieur André Harari n’exerce pas de fonction d’administrateur ou de Direction Générale dans une société autre que la société mère, Lectra SA. Messieurs Daniel Harari et Daniel Moreau n’exercent pas de fonction d’administrateur ou de Direction Générale dans d’autres sociétés que Lectra SA et ses filiales. Monsieur Daniel Harari est cogérant de Lectra Deutschland et administrateur de Lectra Italia, Lectra UK et Lectra USA, filiales allemande, italienne, anglaise et américaine de la société mère. Monsieur Daniel Moreau est gérant de Lectra Maroc, Président du Conseil d’Administration de Lectra Systems (Shanghai), administrateur et Président de Lectra USA et de Lectra Mexico et administrateur de Lectra Italia, filiales marocaine, chinoise, américaine, mexicaine et italienne de la société mère. Monsieur Louis Faurre n’exerce pas de fonction d’administrateur ou de Direction Générale dans une autre société que Lectra SA. Monsieur Hervé Debache est par ailleurs Administrateur et Directeur Général Délégué de la société AWF, spécialisée dans l’ingénierie financière, les fusions et acquisitions et le capital-développement, et administrateur de la société de capital-risque Cyber Capital, de la Sicav Atlante (groupe Compagnie Financière Edmond de Rothschild) et de la société Mets et Vins de France ; ces mandats sont exercés en France. Rémunérations des auditeurs du groupe Le groupe Lectra a versé des honoraires globaux de € 538 000 au titre de la vérification des comptes de la société mère et de l’ensemble de ses filiales, dont € 388 000 à PricewaterhouseCoopers et € 65 000 à KPMG. Elle a par ailleurs versé des honoraires de € 121 000 à PricewaterhouseCoopers et € 2 000 à KPMG, essentiellement pour des missions d’assistance à l’élaboration des déclarations fiscales des filiales étrangères. 7 – Autorisation pour la société d’opérer sur ses propres actions L’Assemblée Générale des actionnaires du 30 avril 2003 a renouvelé le programme en vigueur et autorisé votre société à intervenir sur ses propres actions pour une période de dix-huit mois à compter de la date de ladite assemblée. Intervention de la société pour son propre compte La société a poursuivi le mandat donné à SG Securities (Paris) (groupe Société Générale), pour intervenir dans l’achat et la cession d’actions de la société pour son propre compte, selon les modalités du programme autorisé par l’assemblée. Du 1er janvier au 31 décembre 2003, elle a ainsi acheté 1 337 433 actions au prix de revient moyen de € 4,57 et vendu 1 542 531 actions au cours moyen de € 5,03. Ces opérations ont eu pour motif l’optimisation de la gestion financière des fonds propres de la société, dans le respect des objectifs ci-dessous rappelés. Elles se sont traduites par une entrée nette de trésorerie de € 1,7 million. Au 31 décembre 2003, la société détenait 1 521 191 actions achetées au prix de revient moyen de € 4,66 par action. 41 42 Lectra 2003 Contrat d’apporteur de liquidité Par ailleurs, dans le cadre du contrat d’apporteur de liquidité géré par SG Securities (Paris), le syndicat formé par Lectra et la Société Générale a acheté 439 356 actions et vendu 446 456 actions en 2003, en réalisant une plus-value de € 0,4 million. Ces opérations se sont traduites par une entrée nette de trésorerie de € 0,3 million. Au 31 décembre 2003, la société détenait 356 578 actions achetées au cours moyen de € 5,23 par action dans le cadre de ce contrat. Au 31 décembre 2003, la société détenait au total, du fait de ces deux contrats, 1 877 769 actions, soit 5 % de ses propres actions, au prix de revient moyen de € 4,77 contre 5,7 % au 31 décembre 2002. Renouvellement du programme de rachat d’actions Le Conseil d’Administration a proposé à l’Assemblée Générale du 30 avril 2004 d’autoriser le renouvellement du programme de rachat d’actions de la société en application de l’article L. 225-209 du Code de Commerce. Les objectifs de ce programme, qui s’inscrit dans la gestion des fonds propres de la société et serait réalisé par le Conseil d’Administration agissant par délégation, demeurent (à l’exception de la possibilité de procéder à l’annulation d’actions) les mêmes que l’an passé, à savoir par ordre de priorité : - d’assurer la régularisation du cours de Bourse par intervention sur le marché, systématiquement en contre-tendance ; - d’acheter ou vendre des actions en fonction des situations du marché ; - d’utiliser tout ou partie des actions rachetées pour procéder à la remise d’actions à titre d’échange, de paiement ou autre, dans le cadre d’opérations de croissance externe ; - de remettre les actions de la société à l’occasion de l’exercice de droits attachés à des valeurs mobilières donnant droit par remboursement, conversion, échange, présentation d’un bon ou de toute autre manière à l’attribution d’actions de la société ; - de céder, de transférer ou de conserver lesdites actions. Votre Conseil vous rappelle que, sur sa proposition, l’Assemblée Générale du 30 avril 2003 avait décidé de lui déléguer également le pouvoir, s’il l’estimait utile, d’annuler les actions rachetées et de réduire le capital social à due concurrence de ces annulations. En raison de la situation du marché boursier, une telle mesure s’inscrivait dans une gestion judicieuse des fonds propres, d’autant que la structure financière de la société était renforcée et qu’elle disposait d’une trésorerie confortable. Le Conseil d’Administration n’a pas fait usage à ce jour de cette délégation et considère, du fait notamment des volumes d’achats disponibles pour l’application du programme et de l’évolution des cours et des volumes d’échange en Bourse, qu’une telle autorisation n’est plus nécessaire. Concernant le nouveau programme de rachat d’actions, la société se conformera aux obligations légales relatives à l’existence de réserves suffisantes, à la mise sous forme nominative et à la suppression du droit de vote des actions détenues. Ce programme portera, comme précédemment, sur un nombre variable d’actions, tel que la société ne vienne pas à détenir, compte tenu des titres en stock, plus de 10 % du capital social actuel (représentant 3 746 569 actions à la date d’établissement du présent rapport), ajusté en fonction des opérations l’affectant, le cas échéant, postérieurement à la date de l’assemblée du 30 avril 2004. Les actions pourront être rachetées en tout ou partie par intervention sur le marché ou par achats de blocs de titres négociés sur un marché réglementé ou de gré à gré. Le Conseil d’Administration, dans son rapport à l’Assemblée Générale annuelle, donnera aux actionnaires les informations prévues par l’article L. 225-211 du Code de Commerce. Le Conseil d’Administration vous propose de fixer à : - à quinze euros (€ 15) le prix maximum d’achat et à cinq euros (€ 5) le prix minimum de vente ou d’échange desdites actions ; - à vingt millions d’euros (€ 20 000 000) le montant maximal autorisé des fonds pouvant être engagés dans le programme de rachat d’actions. Si la résolution proposée est accueillie favorablement, ce nouveau programme remplacera celui autorisé par votre Assemblée Générale du 30 avril 2003 ; il aura une durée de 18 mois à compter de la date de la présente Assemblée Générale, soit jusqu’au 30 octobre 2005. Lectra 2003 8 – Événements importants survenus depuis la clôture de l’exercice Acquisition du numéro 3 mondial Investronica Sistemas, basé en Espagne Lectra a annoncé le 5 janvier 2004 l’acquisition d’Investronica Sistemas. Créée en 1980, Investronica Sistemas a été initialement fondée pour répondre aux besoins du groupe espagnol Induyco, l’une des plus importantes sociétés d’habillement en Europe. Investronica Sistemas a très rapidement développé ses activités en dehors du groupe et à l’échelle mondiale, bénéficiant d’une réputation solide pour ses technologies. Avec un chiffre d’affaires de € 58 millions et un bénéfice net de € 0,7 million en 2002, Investronica Sistemas est aujourd’hui numéro 3 mondial, derrière Lectra (numéro 1) et la société américaine Gerber Technology (numéro 2). L’offre de produits d’Investronica Sistemas s’adresse aux mêmes marchés sectoriels. Investronica Sistemas est fortement implantée en Espagne – son pays d’origine – en Italie, en Europe de l’Est et en Amérique du Sud. Récemment, elle a aussi développé sa présence en Chine, Inde et Asie du Sud-Est. En près de vingt-cinq ans, Investronica Sistemas s’est dotée de solides références, avec plus de 6 000 clients et 20 000 systèmes de CFAO installés dans le monde. Elle compte notamment, parmi ses références dans l’habillement : Aqua Marine, Armani, Benetton, Canali, Christian Dior, Dolce & Gabanna, Ermenegildo Zegna, Gucci, Ittierre, La Perla, Levi’s, Loewe, Mango, Mario Pucci, Ralph Lauren, Stefanelli et Vestebene ; dans le secteur des transports et des tissus industriels : Aerospatiale, Audi, BMW, Daimler Benz, Daewoo, Delphi, Fiat, Ford, Gamesa, Lear, M.B.B, Mercedes, Nissan, Renault, Seat, Toyota et Volkswagen. Avec près de 200 personnes dont 60 % en Espagne, Investronica Sistemas a concentré, à l’inverse de Lectra, ses équipes commerciales et de services principalement dans son pays d’origine et en Italie. Pour développer ses ventes dans les autres pays, l’entreprise s’appuie sur un réseau d’agents et de distributeurs – celui-ci représente 25 % de son chiffre d’affaires global contre 7 % pour Lectra. Conditions financières de l’acquisition La réalisation définitive de l’opération interviendra dès que l’ensemble des conditions prévues auront été remplies. Les modalités financières de l’opération comprennent l’acquisition de 100 % des actions d’Investronica Sistemas pour une contrepartie de € 6 millions en numéraire et 1 million d’actions Lectra (soit un prix total d’environ € 12,25 millions sur la base du cours de Bourse de l’action Lectra à la clôture du 31 décembre 2003), ainsi que le remboursement du prêt à long terme de € 39,2 millions consenti par Induyco à Investronica Sistemas. Hormis ce prêt, la trésorerie nette d’Investronica Sistemas est légèrement positive. La partie en numéraire du prix d’achat et le montant du prêt à long terme seront ajustés le cas échéant en fonction des comptes définitifs de l’exercice 2003 d’Investronica Sistemas. Cette acquisition ne donnera lieu à aucun complément de prix futur. Le montant global de la transaction (environ € 51,5 millions) sera payé en quatre versements sensiblement égaux (à la date de réalisation définitive de l’opération et les 30 juin 2004, 2005, 2006). Il sera prélevé sur la trésorerie nette existante et les actions Lectra détenues actuellement par la société en propre, sans financement bancaire et sans dilution pour les actionnaires de Lectra. Compte tenu des informations disponibles à ce jour, l’opération devrait se traduire par un écart d’acquisition d’environ € 30 millions (incluant les retraitements du bilan d’Investronica Sistemas par l’application des normes IAS/IFRS et des règles de prudence comptable de Lectra, ainsi que les coûts inhérents à l’acquisition et à la fusion des deux sociétés). Cet écart d’acquisition sera amorti sur 15 ans. De ce fait, l’amortissement global des écarts d’acquisition, en 2004, sera d’environ € 3,6 millions. Synergies et développements futurs Avec 1 500 personnes et 16 000 clients, une fois les deux entreprises regroupées, Lectra entend fortement développer les synergies et effets de levier résultant des forces propres et des compétences des deux sociétés, dans tous les domaines opérationnels : la R&D, la production, les ventes et les services. L’association des équipes de R&D et des technologies existantes de Lectra et d’Investronica Sistemas va considérablement renforcer le leadership technologique de Lectra, pour offrir à leurs clients une gamme de produits et de services sans égal. En outre, Lectra rendra accessible aux clients d’Investronica Sistemas son organisation de services unique au monde, forte de plus de 500 spécialistes et s’appuyant sur ses trois Call Centers internationaux ainsi que ses trois International Advanced Technology Centers dédiés à la présentation de l’ensemble de ses solutions. 43 44 Lectra 2003 Grâce à cette acquisition et à sa propre croissance organique, Lectra représente désormais un chiffre d’affaires égal à près de 1,8 fois celui de son principal concurrent historique, Gerber Technology – une avance à comparer à celle actuelle de 33 % et de 4 % il y a seulement 18 mois. Lectra est désormais, de loin, le leader incontesté dans tous les grands pays européens. Elle est particulièrement bien positionnée pour accélérer son développement en Europe de l’Est, en Inde, en Asie du Sud-Est et en Grande Chine, les nouveaux relais de croissance de demain. La société a mis en œuvre, pour chacun des domaines opérationnels, un plan d’intégration à 30, 90 et 300 jours, marquant les principales étapes de leur réalisation. Il devrait donner son plein effet dès le début de l’année 2005. 9 – Évolution prévisible de l’activité et perspectives d’avenir Dans le contexte actuel de persistance des incertitudes économiques et géopolitiques, et dans l’attente d’un retour à la croissance de l’économie mondiale qui ne s’est pas concrétisé en 2003, les investissements technologiques restent faibles. En dehors de l’Asie, les entreprises se montrent, pour la plupart, encore réticentes à lancer dans ce domaine des programmes importants. Malgré les premiers signes positifs signalés depuis le troisième trimestre 2002, la société continue donc de rester prudente, mais confiante. Elle entend ainsi poursuivre ses actions de rigueur pour continuer de limiter ses frais généraux fixes (hors provisions) pour l’exercice 2004 – hors impact d’Investronica Sistemas – à un niveau légèrement supérieur à 2003. Les hypothèses préliminaires ci-dessous, communiquées par la société le 10 février 2004, supposent une parité moyenne de $ 1,25 / € 1 en 2004, contre $ 1,13 / € 1 en 2003, qui de ce fait réduira mécaniquement le chiffre d’affaires et les résultats de la société de 2004 par rapport à 2003. En 2004, le chiffre d’affaires global de Lectra, compte tenu de l’intégration de l’activité d’Investronica Sistemas, devrait être compris entre € 230 et € 250 millions (le chiffre d’affaires de Lectra seule devrait s’inscrire en croissance par rapport à 2003 ; celui d’Investronica Sistemas pourrait être inférieur à 2003 si certains clients gelaient provisoirement leur décision d’achat avant de mieux analyser les conséquences du rapprochement). Le résultat d’exploitation devrait se situer entre € 11 et € 15 millions. Le résultat net devrait s’établir entre € 9 et € 12 millions avant amortissement des écarts d’acquisition, entre € 5,5 et € 8,5 millions après amortissement. Les aléas sur le chiffre d’affaires et le résultat ci-dessus devraient probablement se faire sentir pour l’essentiel au premier semestre 2004. Ces hypothèses seront ajustées au cours de l’année lors de la publication des comptes trimestriels, une fois les impacts effectifs de l’intégration d’Investronica Sistemas mieux déterminés. Par ailleurs, l’intégration d’Investronica Sistemas aura pour effet à court terme de réduire le ratio de couverture des frais généraux par les revenus récurrents de la société de 65 % à environ 60 %, la part des revenus récurrents de 43 % à environ 38 % (les revenus récurrents d’Investronica Sistemas représentant une part moindre de son activité que Lectra), et une augmentation de l’exposition nette de la société au dollar d’environ $ 6 millions. A partir de 2005, la société anticipe un fort impact positif des synergies résultant de l’acquisition d’Investronica Sistemas : celles-ci devraient commencer de montrer leur plein effet sur son activité, ses résultats et son cash flow libre. Par ailleurs, une hausse moyenne de l’euro par rapport au dollar de $ 0,05 en 2004, au-delà de la parité de $ 1,25 / € 1, se traduirait par une diminution mécanique du chiffre d’affaires d’environ € 3,0 millions et du résultat d’exploitation d’environ € 1,4 million. A l’inverse, une baisse de $ 0,05 se traduirait par une augmentation de même montant du chiffre d’affaires et du résultat d’exploitation. La couverture de change mise en place permettra cependant de limiter la diminution mécanique du résultat net en 2004 si la parité moyenne était supérieure à $ 1,25 / € 1. Les modalités de paiement de l’acquisition d’Investronica Sistemas devraient permettre à Lectra de conserver une trésorerie brute de l’ordre de € 40 à € 45 millions au 31 décembre 2004 (après règlement du dividende proposé au titre de l’exercice 2003). Au-delà, le cash flow libre dégagé par la société – y compris la réduction attendue du besoin en fonds de roulement d’Investronica Sistemas – devrait permettre d’autofinancer les deux dernières échéances de l’acquisition de cette dernière. Lectra 2003 Un fort potentiel de rebond Comme précédemment souligné, la société estime le besoin d’équipement technologique de ses clients, sur tous ses marchés sectoriels, plus fort aujourd’hui qu’hier pour résoudre leurs grandes problématiques actuelles et futures. Les commandes enregistrées auprès des grands clients américains, européens et asiatiques, ainsi que la forte progression des commandes de nouveaux systèmes au cours des dix-huit mois écoulés confortent cette analyse. Par ailleurs, si la baisse du dollar devait perdurer – continuant d’entraîner un effet mécanique négatif sur le chiffre d’affaires et les résultats de la société – elle aurait pour effet économique positif de rétablir la compétitivité des entreprises américaines et, plus généralement, de leurs grands sous-traitants du monde entier, particulièrement en Asie affectée jusque-là par un dollar fort. Ceci devrait donc entraîner une hausse sensible de leur activité et favoriser un retour des investissements technologiques jusqu’ici gelés. Inversement, la compétitivité des entreprises européennes serait affaiblie. Depuis les premiers signes marqués de la dégradation de l’économie mondiale début 2001, Lectra a su apporter ses propres réponses pour assurer son développement et sa rentabilité. Elle s’est à la fois adaptée au nouvel environnement macro-économique en prenant les mesures drastiques qui s’imposaient pour renforcer ses grands équilibres d’exploitation et en poursuivant, à un pas accéléré, les actions de fond lui permettant de se “réinventer”, sans pour autant adopter une stratégie défensive. Parallèlement, la société est parvenue à un niveau de compétitivité sans précédent, en renforçant ses parts de marché et en développant une offre technologique et de services sans égal, qui permet à ses clients de trouver de nouveaux modèles d’organisation, de production et de distribution en répondant aux nouveaux challenges stratégiques auxquels ils sont confrontés – avec, en priorité, la nécessité de réduire leurs coûts, de faire face à la concurrence mondiale, de gérer délocalisations et relocalisations en intégrant les facteurs de sécurité et de stabilité géopolitique, de développer et sécuriser les échanges d’information électroniques. Enfin, Lectra a développé des fondamentaux financiers particulièrement solides, encore renforcés en 2003, pour poursuivre, dès le redémarrage de l’économie mondiale, le financement d’une croissance organique soutenue et durable tout en augmentant sa marge opérationnelle afin de la porter à 15 % d’ici 2007, pour un chiffre d’affaires qui devrait dépasser € 300 millions. Une solidité financière qui lui permet aujourd’hui, sans financement bancaire ni dilution pour ses actionnaires, d’acquérir le numéro 3 mondial Investronica Sistemas. Le cash flow libre que la société dégagera sur la période 2004-2007 devrait à la fois lui permettre de mettre en œuvre sa nouvelle politique de distribution de dividendes et de conserver toute marge de manœuvre pour de nouvelles opérations de croissance externe, désormais consacrées à des sociétés de niches technologiques ou géographiques, sur un marché appelé, à plus ou moins long terme, à se réorganiser et se consolider. Lectra est, sans conteste, le partenaire privilégié pour conduire ces changements stratégiques. Lectra est ainsi armée pour une nouvelle stratégie de développement, axée autour des trois challenges stratégiques prioritaires qu’elle s’est fixés : devenir numéro 1 aux États-Unis, renforcer son leadership en Chine et bénéficier de son fort potentiel d’équipement technologique, accélérer son développement dans les grands comptes internationaux. Le Conseil d’Administration Le 16 mars 2004 45 46 Lectra 2003 Rapport du Président sur les conditions de préparation et d’organisation des travaux du Conseil d’Administration et sur les procédures de contrôle interne Exercice clos le 31 décembre 2003 (article L. 225-37, alinéa 6 du Code de Commerce) Mesdames, Messieurs, La loi de sécurité financière du 1er août 2003, qui a apporté des modifications au régime applicable aux sociétés anonymes, a notamment modifié l’article L. 225-37 du Code de Commerce et introduit l’obligation pour le président du Conseil d’Administration d’une société anonyme de rendre compte, dans un rapport joint au rapport de gestion, des conditions de préparation et d’organisation des travaux du Conseil, ainsi que des procédures de contrôle interne mises en place par la société. Le présent rapport a donc pour objet de vous exposer d’une part les conditions de préparation et d’organisation des travaux du Conseil d’Administration de la société au cours de l’exercice clos le 31 décembre 2003, d’autre part les procédures de contrôle interne mises en place par la société. 1 – Conditions de préparation et d’organisation des travaux du Conseil d’Administration Rôle et fonctionnement du Conseil d’Administration Il est rappelé qu’en application de la loi, le Conseil d’Administration détermine la stratégie et les orientations de l’activité de la société, et veille à leur mise en œuvre. Le Président du Conseil d’Administration organise et dirige ses travaux, dont il rend compte à l’Assemblée Générale des actionnaires, et veille au bon fonctionnement des organes de direction de la société. Le Directeur Général est investi des pouvoirs les plus étendus pour agir en toute circonstance au nom de la société ; il représente la société dans ses rapports avec les tiers. Il peut être assisté d’un ou plusieurs Directeurs Généraux Délégués. Conformément à la résolution votée par les actionnaires, le Directeur Général doit être membre du Conseil d’Administration. Pour satisfaire aux règles de gouvernement d’entreprise, le Conseil d’Administration de la société doit comprendre au moins deux administrateurs indépendants, étant précisé qu’un administrateur est indépendant de la direction de la société lorsqu’il n’entretient aucune relation de quelque nature que ce soit avec la société, ou son groupe, qui puisse compromettre l’exercice de sa liberté de jugement. Tel est le cas de deux des quatre membres du Conseil d’Administration, Messieurs Hervé Debache et Louis Faurre. En 2001, la société a nommé un Comité d’Audit et un Comité des Rémunérations au sein de son Conseil d’Administration. Ces comités comprennent trois administrateurs, Messieurs Hervé Debache, Louis Faurre et André Harari, Président du Conseil d’Administration. Le Comité d’Audit, présidé par Monsieur Hervé Debache, se réunit au minimum 4 fois dans l’année, préalablement aux réunions du Conseil consacrées à l’examen des comptes trimestriels et annuels. Les Commissaires aux Comptes et le Directeur Financier ont participé à toutes ces réunions. Il n’y a pas eu d’autre réunion du Comité d’Audit en 2003. Le Comité d’Audit examine de manière constante la préparation des comptes de la société, les audits internes et les pratiques de communication de l’information (“reporting”) ainsi que la qualité et la sincérité des rapports financiers de la société. Il s’appuie dans sa mission sur le Directeur Financier, et passe en revue avec lui périodiquement les zones de risques éventuelles sur lesquelles il doit être alerté ou qu’il doit examiner de manière plus approfondie. Il examine également avec lui les orientations du programme de travail relatif au contrôle de gestion et au contrôle interne de l’exercice en cours. Enfin, le Comité examine et discute avec les Commissaires aux Comptes de l’étendue de leur mission et du budget de leurs honoraires, et s’assure que ceux-ci leur permettent un niveau de contrôle satisfaisant. Il s’informe auprès d’eux à chaque réunion du programme de leur contrôle et des zones de risques nouvelles que leurs travaux pourraient avoir identifiées, et discute de la qualité de l’information comptable. Une fois par an, il reçoit des Commissaires aux Comptes un rapport établi à sa seule attention, rendant compte des conclusions de leur audit des comptes sociaux et consolidés pour l’exercice clos, confirmant l’indépendance de leur cabinet conformément au Code de Déontologie professionnelle français et à la loi sur la Sécurité Financière du 1er août 2003. Lectra 2003 Le Comité des Rémunérations, présidé par Monsieur Louis Faurre, se réunit avant chaque Conseil d’Administration dont l’ordre du jour prévoit l’attribution de plans d’options de souscription d’actions ou la fixation de la rémunération et des avantages annexes des dirigeants ; il passe également en revue une fois par an les rémunérations des principaux cadres du groupe. Le Comité examine en détail tous les documents correspondants, préparés par le Directeur Général et le Directeur Financier, et adresse ses recommandations au Conseil. Il s’est réuni 3 fois en 2003. Les sujets dont l’examen est souhaité par le Président de chacun des Comités sont inscrits à l’ordre du jour. Lorsqu’une question à l’ordre du jour du Conseil d’Administration est du ressort de l’examen préalable du Comité d’Audit ou du Comité des Rémunérations, le Président du Comité intervient en séance plénière du Conseil pour communiquer les observations éventuelles et les recommandations formulées par le Comité. Calendrier et réunions du Conseil d’Administration Le calendrier financier de la société indiquant les dates de publication des résultats annuels définitifs et des résultats trimestriels, celles de l’Assemblée Générale et des deux réunions d’analystes annuelles, est établi avant la clôture d’un exercice pour l’exercice suivant, publié sur le site Internet de la société et communiqué à Euronext. En application de ce calendrier, les dates de 5 réunions du Conseil d’Administration sont arrêtées : les jours des publications des résultats trimestriels et annuels, et environ 45 jours avant l’Assemblée Générale pour l’examen des documents et décisions qui lui seront soumis. Les Commissaires aux Comptes sont convoqués et assistent systématiquement à ces réunions. Par ailleurs, le Conseil se réunit en dehors de ces dates en fonction des autres sujets dont l’approbation est de son ressort (par exemple tout projet d’acquisition, ou l’examen du plan stratégique). Les membres du Comité Exécutif qui ne sont pas administrateurs sont systématiquement invités et participent, sauf empêchement, à l’ensemble des réunions du Conseil. Les deux représentants du Comité d’Entreprise utilisent le système de visio-conférence mis en place par la société à l’occasion des réunions du Conseil. Le Conseil d’Administration a tenu 7 réunions en 2003. Organisation des travaux du Conseil – Information des administrateurs L’ordre du jour est établi par le Président du Conseil d’Administration, après consultation du Directeur Général, du Directeur Financier et, le cas échéant, des Présidents du Comité d’Audit et du Comité des Rémunérations, pour inclure tous les sujets qu’ils souhaitent voir examiner par le prochain Conseil. Le dossier du Conseil d’Administration est systématiquement adressé avant la réunion aux administrateurs, aux représentants du Comité d’Entreprise et aux autres membres du Comité Exécutif, ainsi qu’aux Commissaires aux Comptes pour les 5 réunions d’examen des comptes et de préparation de l’assemblée annuelle. Tous les points à l’ordre du jour font l’objet d’un document écrit préparé par le Président du Conseil d’Administration, le Directeur Général ou le Directeur Financier selon le cas. En 2003, comme les années précédentes, l’ensemble des documents devant être mis à disposition des administrateurs l’ont été conformément à la réglementation. Par ailleurs, le Président demande régulièrement aux administrateurs s’ils souhaitent recevoir d’autres documents ou rapports pour compléter leur information. Un procès-verbal détaillé est établi à l’issue de chaque réunion et soumis à l’approbation du Conseil d’Administration, lors d’une prochaine réunion. Aucune décision relevant du Conseil d’Administration n’est prise en Comité d’Audit ou en Comité des Rémunérations. Toutes les décisions relevant du Conseil d’Administration, en particulier la rémunération des dirigeants et l’attribution des plans d’options des dirigeants et des salariés, ainsi que toute opération de croissance externe, sont examinées et approuvées en séance plénière. Par ailleurs, tous les avis financiers publiés par la société sont préalablement soumis à l’examen du Conseil et des Commissaires aux Comptes, et publiés le soir même après la clôture d’Euronext. 47 48 Lectra 2003 2 – Procédures de contrôle interne mises en place par la société 2.1 – Identification des risques La définition de la politique de contrôle interne repose sur l’identification préalable des enjeux et des risques de la société. Les risques auxquels Lectra est soumise sont de plusieurs natures. Les risques économiques propres à l’activité de la société Lectra conçoit, produit et distribue des solutions technologiques complètes – composées d’équipements, de logiciels, et de services associés –, dédiées aux industries fortement utilisatrices de textiles, de cuir et de matériaux souples. Cette activité exige un besoin permanent d’innovation. L’effort financier consenti par la société en matière de recherche et de développement est très important. Les dépenses correspondantes sont intégralement passées en charges de l’exercice. Le corollaire de cette politique est que la société doit à la fois éviter que ses innovations soient copiées et que les produits qu’elle conçoit soient contrefaisants. Une équipe de propriété industrielle est donc dédiée à ce sujet et mène des actions à la fois offensives et défensives en matière de brevets. Une part importante de la fabrication des équipements est sous-traitée, Lectra n’assurant que la recherche, le développement, l’assemblage final et le test des équipements qu’elle commercialise. Le choix d’un sous-traitant donne lieu à une évaluation technologique, industrielle et financière de sa situation et de ses performances. Le risque sur la valorisation des stocks est limité par des approvisionnements et des lancements de fabrication en flux tendus. En matière de logiciels, le risque principal lié à cette activité repose sur le fait générateur de la reconnaissance de ce revenu immatériel dans le chiffre d’affaires. Les risques propres aux fluctuations de change Une partie importante du chiffre d’affaires est libellée en différentes devises, dont les fluctuations par rapport à l’euro soumettent la société à un risque de change. Ainsi, les effets mécaniques et concurrentiels des fluctuations de ces devises (et plus particulièrement du dollar américain) par rapport à l’euro sont d’autant plus importants sur les comptes du groupe que son seul site de production se situe en France et que son principal concurrent est américain. Les risques juridiques et réglementaires La société distribue ses produits dans près de 100 pays – dans lesquels elle compte plus de 10 000 clients – au travers d’un réseau de 28 filiales commerciales, complété par des agents et des distributeurs dans les pays dans lesquels elle n’a pas de présence directe. Elle est, de ce fait, soumise aux très nombreuses réglementations juridiques, douanières, fiscales et sociales de ces pays. Il existe par ailleurs de nombreux flux intragroupe qui rendent essentielle l’existence d’une politique de prix de transfert conforme aux préconisations locales et internationales (OCDE en particulier). Une documentation adéquate a été mise en œuvre, définissant la politique du groupe en la matière. Celle-ci a été examinée et n’a pas fait l’objet d’observation à l’occasion du dernier contrôle fiscal de la société mère Lectra SA. Enfin, la société est cotée en Bourse sur le Second Marché d’Euronext Paris. Elle est de ce fait soumise aux spécificités des réglementations boursières (Autorité des Marchés Financiers française notamment). 2.2 – Objectifs du contrôle interne Dans le contexte des enjeux et des risques définis ci-dessus, l’approche du contrôle interne mise en œuvre par Lectra répond aux principaux objectifs suivants : Fiabilité des informations financières Parmi les dispositifs de contrôle interne mis en œuvre, un accent particulier est mis sur les procédures d’élaboration et de traitement de l’information comptable et financière, visant à permettre d’assurer sa fiabilité, sa qualité et le fait qu’elle reflète avec sincérité l’activité et la situation de la société. Ces procédures visent en outre à assurer la rapidité nécessaire à l’établissement des comptes trimestriels et annuels, et leur publication 30 jours au plus après la clôture du trimestre et 45 jours au plus après la clôture de l’exercice. Ces dispositifs visent à permettre au groupe de s’assurer de la bonne réalisation et de l’intégrité de ses opérations, et de prévenir les risques de fraude au sein de chacune des sociétés qui le composent. Lectra 2003 Optimisation des performances De nombreuses procédures de contrôle interne sont mises en place visant à permettre de s’assurer que la société atteint les objectifs à court et à moyen terme qu’elle s’est fixés, relatifs en particulier à l’évolution de son chiffre d’affaires, de sa rentabilité opérationnelle et de son cash flow libre. Conformité aux lois et réglementations en vigueur Les procédures de contrôle interne mises en œuvre visent à permettre de s’assurer que les opérations menées dans l’ensemble des sociétés du groupe respectent les lois et réglementations en vigueur dans chacun des pays concernés. 2.3 – L’organisation du contrôle interne Afin de mieux appréhender la pertinence des structures et le rôle des acteurs exerçant des activités de contrôle interne au sein du groupe, il convient au préalable de comprendre son organisation. 2.3.1 – Organigramme fonctionnel Le groupe Lectra dispose de directions centrales fonctionnelles et opérationnelles dont les différents responsables ont un lien hiérarchique direct avec le Directeur Général : - Direction Financière : elle regroupe les fonctions suivantes : trésorerie, comptabilité et consolidation, contrôle de gestion et audit, ressources humaines, juridique, administration des ventes et achats ; - Direction Commerciale et Services ; - Direction Recherche et Développement ; - Direction Marketing et Communication ; - Direction des Systèmes d’Information ; - Direction Fabrication et Logistique. Il dispose également d’un réseau de 28 filiales, hors de France, qui assurent la commercialisation des logiciels et des équipements conçus et produits par la société, ainsi que la prestation de services associés : maintenance technique, support, formation, conseil, vente de consommables et de pièces détachées. Les 3 membres composant actuellement le Comité Exécutif (le Directeur Général, le Directeur Général Délégué et le Directeur Financier) sont basés au siège mondial de Paris, de même que le Directeur Marketing et Communication, et la Directrice des Systèmes d’Information. Les Directeurs Recherche et Développement, Fabrication et Logistique sont basés au siège industriel de la société à Bordeaux-Cestas. Les équipes de management des filiales sont locales et, pour certaines, dépendent hiérarchiquement d’un Directeur de Région local. 2.3.2 – Processus de décision Toutes les décisions importantes (stratégie commerciale, organisation, investissements, recrutements) relatives aux opérations d’une région ou d’une filiale du groupe relèvent d’un “conseil d’administration” de la région ou de la filiale, aujourd’hui composé des trois membres du Comité Exécutif. Ces “conseils d’administration”, présidés par le Directeur Général ou le Directeur Général Délégué, se réunissent au moins une fois par trimestre, en présence des Directeurs de la région et des filiales la composant, et de leurs équipes de management, qui présentent devant le “conseil” leurs plans d’action détaillés résultant des directives stratégiques et budgétaires du groupe, et répondent de la bonne mise en place des décisions prises, ainsi que du suivi de leurs activités et de leurs performances. De nombreux acteurs interviennent dans le processus de contrôle interne. Les directions fonctionnelles se trouvent au centre de son organisation. Elles élaborent les règles et les procédures, assurent le contrôle de leur application et, plus généralement, doivent valider et autoriser de nombreuses décisions qui concernent les opérations des directions centrales opérationnelles ou les filiales. 2.3.3 – L’organisation générale des contrôles Compte tenu de la nature de ses activités, le groupe Lectra est amené à adapter son organisation, à chaque fois que nécessaire, aux évolutions de ses marchés. Chaque modification de son organisation ou de son mode de fonctionnement s’accompagne d’une réflexion destinée à s’assurer de la compatibilité de ce changement avec le maintien d’un environnement de contrôle interne permettant la continuité du respect des objectifs mentionnés au chapitre 2.2 ci-dessus. Ainsi, les champs et la répartition des compétences des personnes et des équipes, les rattachements hiérarchiques ainsi que les règles de délégation engageant la société font l’objet, lors de toute évolution des organisations, d’une évaluation et des ajustements nécessaires. 49 50 Lectra 2003 Le groupe ne dispose pas spécifiquement d’un service d’audit interne, mais la Direction Financière – et en particulier les équipes de trésorerie et de contrôle de gestion – sont au cœur du dispositif de contrôle interne. La totalité de l’information comptable et financière de l’ensemble des sociétés du groupe, prévisionnelle et réelle, fait l’objet d’un contrôle mensuel systématique de leur part (cf. paragraphe 2.3.4 ci-après). Au sein de chacune des filiales, la personne assurant la responsabilité administrative et financière (qui regroupe généralement la fonction juridique) joue également un rôle important dans l’organisation et les activités de contrôle interne. Cette personne, rattachée par un lien fonctionnel à la Direction Financière du groupe, a pour principale mission d’assurer au sein de la filiale le respect des règles et procédures élaborées par les directions fonctionnelles. La Direction des Systèmes d’Information est le garant de l’intégrité des données traitées par les différents progiciels utilisés au sein du groupe. Elle s’assure avec la Direction Financière que tous les traitements automatisés qui contribuent à l’élaboration de l’information financière respectent les règles et procédures comptables. Elle contrôle également la qualité et l’exhaustivité des transferts d’informations entre les différents progiciels. Elle assure enfin la sécurité des systèmes d’information. La Direction Juridique et la Direction des Ressources Humaines du groupe interviennent pour assurer un contrôle juridique et social sur chacune des filiales du groupe. Leur rôle consiste à assurer la conformité des opérations aux lois et autres réglementations juridiques et sociales en vigueur dans les pays concernés. Ces directions interviennent également sur l’essentiel des relations contractuelles qui engagent chacune des sociétés du groupe vis-à-vis de tiers ou de leurs employés. La Direction Juridique s’appuie, lorsque nécessaire, sur un réseau d’avocats implantés dans les pays concernés et spécialisés dans les sujets traités. La gestion du risque de change est centralisée auprès du trésorier du groupe. L’exposition du groupe est couverte par différents types d’instruments dérivés : les contrats à terme sont destinés à couvrir les positions bilantielles en devises ; les options de vente (“puts”) sont destinées à couvrir l’impact net estimé des fluctuations de change de la période future visée. Les décisions sont prises conjointement par le Directeur Financier et le Directeur Général. Enfin, comme indiqué plus haut, la société dispose d’une équipe dédiée à la propriété intellectuelle et industrielle, qui travaille en coordination avec la Direction Juridique. Elle intervient de façon préventive sur la protection des innovations et afin d’éviter tout risque de contrefaçon. 2.3.4 – Système de production et de contrôle de l’information financière Les procédures de reporting et de budget, puis d’élaboration et de contrôle des comptes consolidés, qui sont partie intégrante du dispositif de contrôle interne et visent à assurer la qualité de l’information financière destinée aux équipes de management, aux organes sociaux et aux actionnaires de la société, sont présentées ci-dessous : a) Procédures de reporting et de budget La société dispose d’un reporting complet qui couvre, de manière détaillée, toutes les composantes de l’activité de chaque filiale ou de chaque service de la maison mère. Il repose sur un système d’information financière sophistiqué, construit autour d’un des progiciels leaders du marché. Les procédures de reporting reposent principalement sur le système de contrôle budgétaire mis en place par le groupe. L’élaboration du budget annuel du groupe est réalisée de façon centralisée par les équipes de contrôle de gestion de la Direction Financière. Ce travail, détaillé et exhaustif, consiste à analyser et chiffrer les objectifs budgétaires de chaque filiale ou service du groupe pour un très grand nombre de rubriques du compte de résultat et de la trésorerie, ainsi que d’indicateurs spécifiques à l’activité et à la structure des opérations. Ce système permet d’identifier très rapidement toute dérive dans les résultats réels ou prévisionnels, et tout risque d’information financière erronée. b) Procédures d’élaboration et de contrôle des comptes Résultats mensuels Tous les mois, les résultats réels de chacune des sociétés du groupe sont contrôlés et analysés, et les nouvelles prévisions du trimestre en cours sont consolidées. Chaque écart est identifié et explicité afin d’en déterminer les causes, de vérifier que les procédures ont été respectées et que l’information financière a été correctement élaborée. Cette approche vise à permettre de s’assurer que la transcription comptable des transactions est en adéquation avec la réalité économique de l’activité et des opérations du groupe. Afin d’assurer la pertinence des résultats transmis mensuellement, des contrôles réguliers sont réalisés sur les postes d’actif et de passif : inventaire physique des immobilisations et rapprochement avec la comptabilité, inventaire tournant des stocks (les Lectra 2003 références les plus importantes sont inventoriées 4 fois par an), revue mensuelle exhaustive des créances échues avec le service credit management (cf. paragraphe 2.4.2 ci-après), analyse mensuelle des provisions pour risques et charges et des provisions pour dépréciation des stocks. Sur ce dernier point, les procédures prévoient un calcul algorithmique automatique qui tient compte de la rotation des pièces, auquel s’ajoute une analyse manuelle complémentaire pour tenir compte d’éventuels risques d’obsolescence. Consolidation trimestrielle Une consolidation des comptes du groupe est réalisée tous les trimestres (bilan, compte de résultat, tableaux de variation des flux de trésorerie et de variation des capitaux propres). Le processus d’élaboration des comptes consolidés donne lieu à de nombreux contrôles sur la qualité des informations comptables transmises par chacune des sociétés consolidées, ainsi que sur le processus de consolidation des comptes lui-même. Pour assurer cette consolidation, le groupe dispose d’un modèle unique de liasse de consolidation utilisé par l’ensemble des sociétés. La réconciliation systématique de l’ensemble des flux et des soldes “inter compagnie” par chacune des sociétés du groupe est un pré-requis à tout envoi d’information. Par ailleurs, chacune des rubriques de la liasse fait l’objet d’un contrôle, à partir d’une check-list type, par la personne responsable de son élaboration dans chaque société concernée. Cette liste vise à permettre de s’assurer que tous les contrôles nécessaires ont été réalisés afin de garantir la réalité, l’exhaustivité et la fiabilité des transactions prises en compte dans les résultats transmis aux équipes de la Direction Financière qui assurent la consolidation des comptes. Chaque contrôleur de gestion a ensuite la charge d’analyser la liasse de consolidation des filiales dont il assure la supervision. Ainsi, il va rapprocher les résultats réels des prévisions reçues préalablement dans le cadre du reporting mensuel. Il contrôle et analyse les écarts et, plus généralement, s’assure de la qualité de l’information transmise. Ce n’est qu’à l’issue de l’ensemble de ces contrôles qu’il valide les documents et que l’information financière de la filiale est considérée comme définitive. Une fois le processus de consolidation achevé, tous les postes du compte de résultat, du bilan et du tableau des flux de trésorerie sont analysés et justifiés. Les comptes ainsi obtenus sont ensuite analysés par le Directeur Général, puis présentés au Comité d’Audit, avant d’être examinés et arrêtés par le Conseil d’Administration, et publiés par la Société. Contrôle des Commissaires aux Comptes Le contrôle de l’information comptable et financière est également assuré par les Commissaires aux Comptes du groupe, qui rendent tous les ans leur rapport au Comité d’Audit ainsi que leurs rapports sur les comptes sociaux et consolidés à l’Assemblée Générale Ordinaire des actionnaires appelée à statuer sur les comptes de l’exercice écoulé considéré. Les états financiers du groupe font l’objet d’une revue limitée pour l’arrêté semestriel et d’un audit pour les comptes annuels par les Commissaires aux Comptes. En complément, les opérations particulières éventuelles donnent lieu à une validation préalable de leur part. Ainsi, ces échanges réguliers visent à permettre d’assurer la conformité des transactions et des comptes avec les principes comptables généralement admis en France et le référentiel IAS/IFRS retenus par la société. Parallèlement, chaque société du groupe fait l’objet d’un audit annuel réalisé dans la plupart des cas par les cabinets locaux membres des réseaux des Commissaires aux Comptes, dont les conclusions sont transmises à la Direction Financière ainsi qu’aux Commissaires aux Comptes du groupe. En complément, les principales filiales font l’objet d’une revue limitée de leurs comptes semestriels. 2.4 – Description des procédures de contrôle interne Les procédures de contrôle interne en vigueur au sein du groupe, relatives aux fonctions opérationnelles significatives sont les suivantes : 2.4.1 – Ventes Les ventes du groupe comprennent deux principales composantes : les ventes de nouveaux systèmes, les ventes de contrats et autres prestations récurrentes. L’essentiel des ventes récurrentes est régi par une relation contractuelle avec le client, sur la base d’un contrat dont les conditions générales ont été élaborées par la société. La bonne application du contenu de ce contrat fait l’objet d’un contrôle par l’administration des ventes de la société qui émet la facture. Elle est également auditée, de façon aléatoire, par les directions fonctionnelles du groupe. 51 52 Lectra 2003 Pour sa part, le cycle de ventes de nouveaux systèmes fait l’objet de nombreux contrôles en raison de la centralisation du suivi des opérations par le département de l’administration des ventes du groupe. Ainsi, les procédures en vigueur visent à permettre : - le contrôle de la réalité de la commande et de son contenu : validation technique de la solution proposée ; respect des conditions de ventes, des prix, des délégations en matière de taux de remise éventuelle et de pourcentage d’acompte ; existence d’éventuels engagements (hors bilan) pris à l’égard des clients. Les contrôles sont effectués localement dans chaque filiale, puis de façon centralisée par le département Administration des ventes du groupe. Le Directeur Général passe en revue l’ensemble des commandes ; - le contrôle de la livraison et de la facturation : ces opérations sont soumises à la validation préalable du département de l’administration des ventes du groupe, qui ne délivre son autorisation qu’après confirmation du versement d’un acompte ou, dans certains pays, de l’obtention d’une lettre de crédit irrévocable et confirmée ; - enfin, toute émission d’avoir, au-delà d’un certain seuil, est soumise à une approbation préalable de la Direction Financière du groupe. 2.4.2 – Crédit management Le groupe dispose, au sein de sa Direction Financière, d’un service de credit management qui élabore, met à jour et s’assure, de façon régulière, de la stricte application des procédures visant à permettre de limiter les risques de non recouvrement et de réduire les délais d’encaissement des créances, et effectue un suivi de toutes les créances du groupe, au-delà d’un certain seuil. Ces procédures prévoient à la fois un contrôle en amont, avant l’enregistrement de la commande, des conditions de règlement contractuelles et de la solvabilité du client, ainsi que la mise en œuvre systématique et cadencée de tous les moyens de recouvrement, de la simple relance à la procédure contentieuse, qui sont coordonnées par le service de credit management avec la Direction Juridique. Les impayés et les défaillances clients sont toutefois historiquement peu fréquents. 2.4.3 – Achats Près de 60 % des achats des filiales sont réalisés auprès de la société mère. Les autres achats, effectués auprès de tiers, ne peuvent être engagés que dans le respect des autorisations budgétaires. Les procédures de délégation de signature, les procédures d’engagement de dépenses en vigueur dans l’ensemble du groupe, ainsi que le système de suivi budgétaire (cf. paragraphe 2.3.4 ci-dessus) constituent l’essentiel du dispositif de contrôle interne des achats réalisés dans les filiales. Les achats et les investissements de la société mère, Lectra SA, représentent l’essentiel des volumes du groupe. Les engagements de dépenses sont soumis à une procédure informatisée, pour l’ensemble des étapes du cycle, qui vise à permettre de respecter le principe de séparation des tâches et d’assurer une vérification réciproque. Pour les matières premières, la sous-traitance des éléments entrant dans la fabrication des équipements et des autres produits destinés à la vente, une demande d’achat, signée par une personne autorisée, selon le montant de la commande, est émise conformément au plan de production, ce dernier étant validé tous les mois par le Directeur Financier et le Directeur Général. En ce qui concerne les frais généraux et les investissements, cette demande ne peut être émise que dans la limite des autorisations budgétaires et, au-delà d’un certain seuil, doit être systématiquement co-signée par le Directeur Financier. 2.4.4 – Personnel De manière générale, les effectifs de chacune des sociétés du groupe font l’objet annuellement d’une validation par le Comité Exécutif lors de l’élaboration du budget. Par la suite, tous les mouvements de personnels, prévisionnels ou réels, sont communiqués à la Direction des Ressources Humaines ; aucun recrutement ou licenciement ne peut être engagé sans son autorisation préalable. Dans le cas d’un licenciement, elle doit systématiquement pratiquer une évaluation des coûts réels et prévisionnels du licenciement et la transmettre à la Direction Financière, qui s’assurera que ce passif est pris en compte dans les comptes du groupe. La révision des rémunérations est réalisée une fois par an, et soumise à l’approbation du Directeur des Ressources Humaines du groupe. Enfin, pour toute personne dont la rémunération annuelle est supérieure à € 90 000, la révision annuelle du salaire ainsi que les modalités de fixation de sa partie variable sont soumises par le Comité Exécutif à l’approbation du Comité des Rémunérations. La rémunération de certaines personnes comprend une composante variable, dont l’obtention est fonction de l’atteinte d’objectifs fixés par le Comité Exécutif et acceptés par les bénéficiaires lors de l’élaboration du budget. Les modalités de calcul sont ensuite Lectra 2003 contrôlées et validées par la Direction Financière. Les paiements sont réalisés sur une base mensuelle, trimestrielle ou annuelle selon les cas ; leurs montants définitifs sont soumis à l’autorisation préalable de la Direction des Ressources Humaines, le Comité des Rémunérations validant les critères qui sont fonction des résultats et du cash flow libre du groupe, puis leur montant définitif après la clôture des comptes de l’exercice. 2.4.5 – Trésorerie Les procédures de contrôle interne mises en place par la société en matière de trésorerie concernent essentiellement les rapprochements bancaires, la sécurisation des moyens de paiement, la délégation de signatures et le suivi du risque de change. Les procédures de rapprochement bancaire sont systématiques et exhaustives. Elles concernent le contrôle de l’ensemble des écritures passées par le service trésorerie, ainsi que les rapprochements entre les soldes de trésorerie et les comptes de banque de la comptabilité. Afin d’éviter ou de limiter toute fraude, la société a mis en place des moyens de paiement sécurisés. Des conventions de sécurisation des chèques ont été signées avec chaque banque. L’étape suivante, qui permettra de sécuriser l’intégralité des moyens de paiement (sous le protocole ETEBAC5), est en cours de finalisation. Pour chacune des sociétés du groupe, les autorisations de signature bancaire sont réglementées par des procédures, révocables à tout instant, émises par la Direction Générale du groupe. Les délégations ainsi mises en place sont communiquées aux banques qui doivent en accuser réception. Toutes les décisions relatives aux instruments de couverture de change, prises conjointement par le Directeur Général et le Directeur Financier, sont mises en place par le Trésorier du groupe. 3 – Pouvoirs du Directeur Général Le Directeur Général dispose des pouvoirs les plus étendus, auxquels il n’a été apporté aucune limitation. 53 54 Lectra 2003 Bilan consolidé 2003 BRUT AU 31 DÉCEMBRE (EN MILLIERS D’EUROS) Actif 2002 NET NET (15 044) 3 356 3 973 Immobilisations incorporelles note 1 18 400 Écarts d’acquisition note 2 16 512 (7 392) 9 120 12 044 Immobilisations corporelles note 3 37 718 (29 033) 8 685 9 580 Immobilisations financières note 4 Total actif immobilisé 5 809 (3 481) 2 328 2 248 78 439 (54 950) 23 489 27 845 Impôts différés (net) note 5.3 6 757 (1 909) 4 848 5 282 Stocks et en-cours note 6 27 315 (8 891) 18 424 20 445 Clients et comptes rattachés note 7 46 209 (4 065) 42 144 45 902 Autres créances note 8 3 400 3 400 2 152 Valeurs mobilières de placement 39 719 39 719 24 382 Autres valeurs disponibles 15 676 15 676 14 451 119 363 107 332 1 486 1 544 149 186 142 003 Total actif circulant Comptes de régularisation actif 132 319 note 9 TOTAL ACTIF Passif AMORTISSEMENTS ET PROVISIONS (12 956) 1 486 219 001 (69 815) 2003 2002 note 10 56 199 55 244 9 453 8 331 Actions détenues en propre note 10.1 (8 951) (10 839) Réserves consolidées note 11 25 726 21 993 Écarts de conversion note 12 (7 154) (5 307) Capital social Primes d’émission et de fusion Résultat de l’exercice Capitaux propres Provisions pour risques et charges note 13 Dettes financières à long terme note 14.2 Fournisseurs et autres passifs à court terme Dettes fiscales Emprunts et dettes financièes à court terme note 14.3 Total dettes à court terme Produits constatés d’avance note 15 TOTAL PASSIF Les notes figurant aux pages 58 à 85 font partie intégrante des états financiers consolidés. 7 447 3 552 82 720 72 974 3 435 3 492 870 2 937 35 387 36 281 4 620 4 756 2 110 652 42 117 41 689 20 044 20 911 149 186 142 003 Lectra 2003 Compte de résultat consolidé DU 1 E R JANVIER AU 31 DÉCEMBRE (EN MILLIERS D’EUROS) 2003 2002 Chiffre d’affaires notes 17 et 26 184 665 185 110 Coût des ventes note 18 (62 980) (59 735) Marge brute note 18 121 685 125 375 Frais de recherche et développement note 19 (13 960) (13 712) Frais commerciaux, généraux et administratifs note 20 (96 673) (104 468) Résultat d’exploitation 11 052 7 195 Charges et produits financiers note 23 525 847 Résultat de change note 24 486 (382) Amortissement des écarts d’acquisition note 2 Résultat avant impôts Impôt sur les sociétés note 5.1 RÉSULTAT NET (1 704) (1 849) 10 359 5 811 (2 912) (2 259) 7 447 3 552 (EUROS) Résultat par action note 25 Résultat net : - de base 0,21 0,10 - dilué 0,21 0,10 Nombre d’actions utilisé pour les calculs : - résultat de base 35 036 507 35 399 568 - résultat dilué 35 886 698 35 910 796 Les notes figurant aux pages 58 à 85 font partie intégrante des états financiers consolidés. 55 56 Lectra 2003 Tableau des flux de trésorerie consolidé DU 1 e r JANVIER AU 31 DÉCEMBRE (EN MILLIERS D’EUROS) I – FLUX 2003 2002 7 447 3 552 6 755 10 273 1 704 1 849 DE TRÉSORERIE LIÉS À L’ ACTIVITÉ Résultat net consolidé Amortissements et provisions d’exploitation Amortissements des écarts d’acquisition note 2 Autres ressources ou besoins opérationnels note 29 Plus ou moins-values sur cession d’actifs Variation de l’impôt différé note 5.3 Capacité d’autofinancement d’exploitation (806) 36 118 16 115 Variation des stocks Variation des créances clients et comptes rattachés (2) 93 835 note 30 1 151 (1 396) 13 508 (982) 2 210 Variation des fournisseurs et comptes rattachés (339) 4 822 Variation des autres créances et des dettes fiscales (995) 4 036 Variation du besoin en fonds de roulement d’exploitation Flux nets de trésorerie générés par l’activité II – FLUX 652 10 086 16 767 23 594 DE TRÉSORERIE LIÉS AUX OPÉRATIONS D ’ INVESTISSEMENT Acquisition d’immobilisations incorporelles note 1 (1 644) (1 403) Acquisition d’immobilisations corporelles note 3 (1 679) (1 733) Coûts d’acquisition des sociétés rachetées, nets de la trésorerie acquise note 32 Variation des immobilisations financières note 4 Cession d’actifs immobilisés Flux nets de trésorerie liés aux opérations d’investissement 0 (93) 46 (318) (94) note 31 (3 371) Augmentations de capital en numéraire note 10 2 077 Ventes et achats d’actions détenues en propre, nets des plus ou moins-values de cessions note 10.1 1 851 Accroissement des dettes long terme et court terme note 14 Remboursement des dettes long terme et court terme note 14 Variation des découverts bancaires note 14 III – FLUX 159 (3 388) DE TRÉSORERIE LIÉS AUX OPÉRATIONS DE FINANCEMENT Flux nets de trésorerie liés aux opérations de financement Variation de la trésorerie Incidence des variations de cours des devises 0 (612) 89 (5 610) 30 (745) 0 (437) 3 316 (6 673) 16 712 13 533 (150) 923 Trésorerie au 1er janvier 38 833 24 377 Variation de la trésorerie 16 712 13 533 Incidence des variations de cours des devises (150) Trésorerie au 31 décembre Impôts payés nets note 33 Intérêts payés notes 14.4 et 23 Les notes figurant aux pages 58 à 85 font partie intégrante des états financiers consolidés. 923 55 395 38 833 2 376 759 0 59 Lectra 2003 Variation des capitaux propres consolidés CAPITAL SOCIAL (EN MILLIERS D’EUROS, SAUF LA VALEUR NOMINALE EXPRIMÉE EN EUROS) Au 1er janvier 2002 Exercice d’options de souscription d’actions NOMBRE D’ACTIONS VALEUR NOMINALE CAPITAL SOCIAL PRIMES D’ÉMISSION ET DE FUSION 36 791 042 € 1,50 55 187 8 299 57 32 38 000 Vente (achat) par la société de ses propres actions ACTIONS PROPRES (5 404) RÉSERVES CONSOLIDÉES 22 173 (5 435) (175) Résultat de l’exercice € 1,50 636 656 55 244 8 331 955 1 122 Vente (achat) par la société de ses propres actions (10 839) (1 512) 25 545 (5 307) 72 974 3 552 2 077 1 888 Autres variations (37) 1 851 218 Écarts de conversion 218 (1 847) Résultat de l’exercice Au 31 décembre 2003 (5) (1 512) 3 552 36 829 042 7 447 37 465 698 € 1,50 56 199 Les notes figurant aux pages 58 à 85 font partie intégrante des états financiers consolidés. 9 453 76 460 (5 610) (5) Écarts de conversion Exercice d’options de souscription d’actions (3 795) CAPITAUX PROPRES 89 Autres variations Au 31 décembre 2002 ÉCARTS DE CONVERSION (8 951) 33 173 (1 847) 7 447 (7 154) 82 720 57 58 Lectra 2003 Annexe aux comptes consolidés Tous les montants des tableaux sont exprimés en milliers d’euros, sauf indications spécifiques. Le Groupe Lectra, ci-après nommé le Groupe, désigne la société Lectra, ci-après nommée la société, et ses filiales. Activité du Groupe Lectra, créée en 1973, cotée au Second Marché d’Euronext Paris depuis 1987, conçoit, produit et distribue des logiciels et des équipements entièrement dédiés aux industries fortement utilisatrices de textiles, de cuir et de matériaux souples : industries de la mode (habillement, chaussure, maroquinerie, bagage), de l’ameublement, du transport (automobile, aéronautique, nautique) et toutes autres industries utilisant les textiles techniques. Grâce à cette offre technologique globale, Lectra fournit à ses clients des solutions permettant de relier l’amont et l’aval de la filière textile, allant de la création virtuelle de fils, de tissus et de produits finis (vêtements, sièges, etc.) à la gestion des collections assistée par ordinateur, en passant par l’impression numérique sur tissu de prototypes, la découpe automatisée des tissus, du cuir, des tissus industriels et des matériaux composites, et l’échange de données techniques informatisées, jusqu’au merchandising visuel et à la production personnalisée ou “mass customisation”. Les clients du Groupe sont aussi bien de grands groupes nationaux ou internationaux que des entreprises de taille moyenne. Lectra contribue à la résolution de leurs enjeux stratégiques : réduire les coûts et améliorer la productivité, diminuer le “timeto-market”, faire face à la mondialisation, développer et sécuriser les échanges d’informations électroniques, développer la qualité, répondre à la demande de “mass customisation”, et assurer la maîtrise et le développement de l’image et des marques. Le Groupe commercialise des solutions complètes, associant la vente d’équipements et de logiciels à des prestations de services : maintenance technique, support, formation, conseil, vente de consommables et de pièces détachées, ainsi qu’une plate-forme de communication sécurisée à travers son site Internet, permettant l’échange de données entre les différents acteurs de la chaîne et offrant également des applications et des services en ligne. Les équipements et logiciels commercialisés sont pour la quasi-totalité – à l’exception des PC et périphériques, et de certains produits pour lesquels la société a conclu des partenariats stratégiques à long terme – conçus et développés par la société. Les équipements sont assemblés à partir de sous-ensembles fournis par un réseau international de sous-traitants, et testés sur le site industriel de Bordeaux-Cestas. Les activités de recherche et développement sont réparties entre la France, les États-Unis et Hong Kong. Lectra s’appuie sur les compétences et l’expérience de près de 1 300 collaborateurs dans le monde, dont près de 60 % hors de France, regroupant des équipes de recherche techniques et commerciales, expertes, connaissant parfaitement les domaines d’activité de ses clients. Lectra dispose, depuis le milieu des années 1980, d’une implantation mondiale d’envergure. Basée en France, Lectra est présente dans 100 pays, à travers son réseau de filiales commerciales et de services, unique face à ses concurrents, qui réalise 93 % du chiffre d’affaires du Groupe, complété par des agents et des distributeurs dans certains pays. Ses trois Call Centers internationaux couvrent l’Europe, les États-Unis et l’Asie, et l’ensemble de ses technologies sont présentées dans ses trois International Advanced Technology Centers de Bordeaux-Cestas (France), Atlanta (États-Unis) et Shanghai (Chine). Lectra offre ainsi à l’ensemble de ses clients une forte proximité géographique avec plus de 800 collaborateurs dédiés au marketing, à la vente et aux services. Les données ci-dessus n’intègrent pas la société Investronica Sistemas, acquise postérieurement à la clôture de l’exercice 2003. Événements postérieurs à la clôture Nouvelle acquisition Lectra a annoncé le 5 janvier 2004 l’acquisition de la société espagnole Investronica Sistemas. Cette opération et ses conséquences sur l’activité et les résultats futurs de la société sont détaillées dans le rapport de gestion du Conseil d’Administration sur l’exercice 2003. Distribution de dividendes Sous réserve de l’approbation de l’Assemblée Générale du 30 avril 2004, la société distribuera, pour la première fois depuis l’introduction en Bourse de la société en 1987, un dividende de € 0,12 par action (hors avoir fiscal - le dividende pourra être assorti d’un avoir fiscal conformément aux dispositions législatives en vigueur) au titre de l’exercice 2003. Lectra 2003 Les comptes consolidés des exercices 2003 et 2002 respectent les dispositions du Règlement 99-02 du Comité de la Réglementation Comptable du 29 avril 1999. Ils sont à la fois conformes aux règles comptables généralement admises en France et aux normes comptables internationales IAS/IFRS. La consolidation est effectuée sur la base des documents et comptes sociaux arrêtés dans chaque pays et retraités afin d’être mis en harmonie avec les principes comptables ci-dessus mentionnés. La consolidation porte sur les sociétés du Groupe référencées IG (Intégration Globale) dans le tableau des sociétés consolidées ci-dessous. Les sociétés détenues directement ou indirectement par la société mère à plus de 99 % sont consolidées par intégration globale. Certaines filiales commerciales non significatives ne sont pas consolidées. Elles sont indiquées NC (Non Consolidé) dans le tableau. Une filiale commerciale est jugée significative pour être intégrée dans le périmètre de consolidation si elle satisfait durant deux exercices consécutifs aux critères suivants : marge brute globale sur chiffre d’affaires réalisé avec des tiers supérieure à 1,5 million d’euros et total du bilan supérieur à 1 million d’euros. Par ailleurs, une fois qu’une société a intégré le périmètre de consolidation du Groupe, elle ne peut en sortir qu’en cas de cession, de fusion ou de liquidation. Aucune variation de périmètre n’est intervenue en 2002, ni en 2003. La filiale turque de Lectra, Lectra Systèmes CAD – CAM AS, va intégrer le périmètre de consolidation du Groupe à compter du 1er janvier 2004, ayant rempli les conditions d’intégration ci-dessus mentionnées en 2002 et 2003. 59 Règles et méthodes comptables – Périmètre de consolidation 60 Lectra 2003 Annexe aux comptes consolidés SOCIÉTÉ % DE CONTRÔLE 2003 2002 VILLE PAYS Cestas France Lectra Deutschland GmbH Ismaning Allemagne 99,9 Lectra Australia Pty Ltd Melbourne Australie Lectra Österreich GmbH Vienne Autriche MÉTHODE DE CONSOLIDATION ( 1 ) 2003 2002 Société consolidante Lectra SA IG IG 99,9 IG IG 100,0 100,0 IG IG 100,0 100,0 IG IG Filiales commerciales Lectra Benelux NV Gand Belgique 99,9 99,9 IG IG Lectra Brasil Ltda São Paulo Brésil 100,0 100,0 IG IG Lectra Canada Inc. Montréal Canada 100,0 100,0 IG IG Lectra Systems (Shanghai) Co. Ltd Shanghai Chine 100,0 100,0 IG IG Lectra Hong Kong Ltd Hong Kong Chine 99,9 99,9 IG IG Pan Union International Ltd Hong Kong Chine 100,0 100,0 IG IG Prima Design Systems Ltd Hong Kong Chine 100,0 100,0 IG IG Lectra Danmark A/S Ikast Danemark 100,0 100,0 IG IG Lectra Sistemas Española SA Madrid Espagne 100,0 100,0 IG IG Lectra USA Inc. Atlanta États-Unis 100,0 100,0 IG IG Lectra Suomi Oy Helsinki Finlande 100,0 100,0 IG IG Cadvisio Oy Helsinki Finlande 100,0 100,0 IG IG Haute Tension SA Cestas France 100,0 100,0 IG IG Lectra Hellas EPE Athènes Grèce 99,9 99,9 IG IG Lectra Italia SpA Milan Italie 99,7 99,7 IG IG Lectra Japan Ltd Osaka Japon 100,0 100,0 IG IG Lectra Systèmes SA de CV Mexico Mexique 100,0 100,0 IG IG Lectra Portugal Lda Matosinhos Portugal 99,9 99,9 IG IG Lectra UK Ltd Shipley Royaume-Uni 99,9 99,9 IG IG Lectra Sverige AB Borås Suède 100,0 100,0 IG IG Lectra Taiwan Co. Ltd Taipei Taiwan 100,0 100,0 IG IG Lectra Systems Pty Ltd Durban Afrique du Sud 100,0 100,0 NC NC Lectra Chile SA Santiago Chili 99,9 99,9 NC NC Lectra Israel Ltd Natanya Israël 100,0 100,0 NC NC Lectra Maroc Sarl Casablanca Maroc 99,4 99,4 NC NC Lectra Philippines Inc. Manille Philippines 99,8 99,8 NC NC Lectra Singapore Pte Ltd Singapour Singapour 100,0 100,0 NC NC Lectra Systèmes Tunisie SA Tunis Tunisie 99,8 99,8 NC NC Lectra Systèmes CAD - CAM AS Istanbul Turquie 99,0 99,0 NC NC (1) IG : Intégration Globale - NC : Non Consolidé. Lectra 2003 Immobilisations incorporelles Logiciels de gestion Les logiciels de gestion acquis sont amortis linéairement sur trois ans, de même que les frais de développement internes ou externes engagés pour leur mise en œuvre. Brevets et marques Les brevets, les marques et les frais s’y rapportant sont amortis linéairement sur trois à dix ans à compter de la date de dépôt. Le Groupe n’est pas dépendant de brevets ou licences qui ne lui appartiendraient pas. En matière de propriété industrielle : - les brevets et autres droits de propriété industrielle détenus par le Groupe ne font pas, à l’heure actuelle, l’objet de concessions de droits d’exploitation à des tiers. Les droits détenus par le Groupe, notamment dans le domaine des logiciels propres à son activité de concepteur et d’éditeur de logiciels, font l’objet de concessions de droits d’utilisation à ses clients, dans le cadre de son activité commerciale ; - seuls les coûts directs supportés par le Groupe dans le domaine du dépôt et de la protection de ses marques dans différents pays font l’objet d’une immobilisation au bilan. Autres immobilisations incorporelles Les autres immobilisations incorporelles sont amorties linéairement sur deux à cinq ans. Écarts d’acquisition La différence, à la date d’acquisition, entre le prix de base d’acquisition des titres, majoré de la meilleure estimation du complément de prix éventuel prévu dans la convention d’acquisition, et l’actif net comptable de la société acquise est allouée aux actifs corporels et incorporels, et aux passifs repris pour lesquels une valeur d’utilité peut être spécifiquement déterminée. L’excédent du prix d’acquisition est enregistré en écart d’acquisition. En règle générale, les écarts d’acquisition sont amortis sur une période de quinze ans compte tenu des effets positifs, à moyen et long terme, attendus de ces acquisitions sur le développement des activités du Groupe. Seul est amorti sur une période de sept ans l’écart d’acquisition relatif à une société qui avait été créée peu avant son acquisition par Lectra. Les écarts d’acquisition font l’objet chaque année d’un test d’évaluation. Si la valeur nette résiduelle s’avère supérieure à la valeur de marché ou à la valeur d’utilité, une dépréciation est constatée ; le cas échéant, la durée de vie résiduelle de l’écart d’acquisition restant à amortir est réduite. Immobilisations corporelles Les immobilisations corporelles sont comptabilisées à leur coût d’acquisition. Les amortissements sont calculés selon la méthode linéaire sur leur durée d’utilisation estimée : - bâtiments et constructions : vingt ans ; - agencements, aménagements des constructions : dix ans ; - agencements des terrains : cinq à dix ans ; - installations techniques, matériel et outillage : quatre à cinq ans ; - matériel de bureau et informatique : trois à cinq ans ; - mobilier de bureau : dix ans. Les immobilisations corporelles financées par crédit-bail sont considérées comme des acquisitions et amorties dans les comptes consolidés. Immobilisations financières Ce poste comprend essentiellement les titres de participation et les créances rattachées aux investissements financiers dans les filiales créées par la société qui ne sont pas retenues dans le périmètre de consolidation. Les provisions sont constituées sur la base d’une appréciation de la valeur d’inventaire fondée sur la situation financière de la filiale, sa rentabilité et ses perspectives d’avenir. 61 62 Lectra 2003 Impôts différés Les impôts différés sont calculés selon la méthode du report variable pour les différences temporaires existant entre les bases comptables et les bases fiscales des actifs et des passifs figurant au bilan. Il en est de même pour les reports déficitaires. Les impôts différés sont calculés aux taux d’impôts futurs arrêtés à la clôture de l’exercice. Les actifs d’impôts différés font l’objet d’une provision lorsque leur réalisation est jugée plus improbable que probable. Stocks et travaux en cours Les stocks de matières premières sont valorisés selon la méthode du coût moyen pondéré, y compris les frais accessoires. Les produits finis et les en-cours de production sont valorisés selon la méthode du prix de revient industriel standard, ajusté à la date de clôture en fonction de l’évolution des coûts réellement supportés. Des provisions sont constituées dans le cas où la valeur probable de réalisation est inférieure à la valeur d’inventaire. Les matériels d’occasion et les matériels en démonstration depuis plus de six mois font l’objet de provisions complémentaires systématiques (dépréciation sur trois ans). Les provisions relatives aux stocks de pièces détachées et consommables sont calculées de manière homogène pour l’ensemble des filiales sur la base d’une analyse spécifique de la rotation et de l’obsolescence des articles en stock, prenant en considération l’écoulement des articles dans le cadre des activités de maintenance et de service après-vente, ainsi que l’évolution de la gamme des produits commercialisés. Clients et comptes rattachés Les clients et comptes rattachés sont présentés à leur valeur nominale. Des provisions sont systématiquement constituées par une appréciation au cas par cas du risque de recouvrement des créances en fonction de leur ancienneté, du résultat des relances effectuées, des habitudes locales de règlement et des risques spécifiques à chaque pays. Les ventes effectuées dans des pays à risque politique ou économique élevé sont, pour l’essentiel, garanties par des lettres de crédit ou des garanties bancaires. Valeurs mobilières de placement Les valeurs mobilières de placement sont constituées de SICAV monétaires évaluées à leur valeur de marché à la clôture de l’exercice. Provisions pour risques et charges Tous les risques connus à la date d’arrêté des comptes font l’objet d’un examen détaillé, et une provision est constituée si nécessaire. Les provisions utilisées conformément à leur objet sont déduites des charges correspondantes. Provision pour garantie La provision pour garantie couvre les coûts engagés dans le cadre de la garantie accordée par le Groupe à ses clients lors de la vente d’équipements de CFAO : coût de remplacement des pièces, frais liés aux déplacements des techniciens et coût de main-d’œuvre. Cette provision est constituée au moment de la comptabilisation de la vente par la société. Provisions pour avantages différés (dont indemnités de départ à la retraite) Les provisions pour indemnités de départ (dans le cadre d’un départ à la retraite ou, pour certains pays, dans le cadre d’une démission ou d’un licenciement), perçues par les salariés en application de la réglementation locale de chacun des pays ou d’engagements contractuels, font l’objet d’une évaluation actuarielle selon la méthode prospective. Les hypothèses d’espérance de vie et les projections de salaires tiennent compte des données économiques propres à chaque pays. Chiffre d’affaires Le chiffre d’affaires lié à la vente de matériels est reconnu lors du transfert de propriété, lui-même déterminé par les conditions de vente contractuelles. Lectra 2003 63 Le chiffre d’affaires lié à la vente de logiciels est reconnu lors du transfert de propriété du matériel, lorsque la société vend également l’équipement informatique sur lequel est installé le logiciel. Dans le cas contraire, le chiffre d’affaires est reconnu lorsque le logiciel a été installé sur l’ordinateur du client (par CD-ROM ou par téléchargement). Le chiffre d’affaires lié aux contrats récurrents est pris en compte mensuellement tout au long de la période des contrats. Le revenu lié à la facturation des services ne faisant pas l’objet de contrats récurrents est reconnu lors de la réalisation de la prestation. Coût des ventes Le coût des ventes comprend tous les achats de matières premières intégrés dans les coûts de production, les mouvements de stocks, en valeur nette, tous les coûts de main-d’œuvre intégrés dans les coûts de production constituant la valeur ajoutée et liés aux ventes d’équipements, les frais de distribution des équipements vendus et une quote-part des amortissements des moyens de production. Les charges et frais de personnel encourus dans le cadre des activités de service ne sont pas intégrés dans le coût des ventes, mais sont constatés dans les frais commerciaux, généraux et administratifs. Frais de recherche et développement S’agissant de dépenses dont l’issue commerciale est incertaine, les frais de recherche et de développement sont intégralement passés dans les charges de l’exercice. Résultat par action Le résultat net par action sur capital de base est calculé en divisant le résultat net attribuable aux actionnaires par le nombre moyen pondéré d’actions en circulation au cours de la période, à l’exclusion des actions détenues en propre par la société. Le résultat net par action sur capital dilué est calculé en divisant le résultat net attribuable aux actionnaires par le nombre moyen pondéré d’actions composant le capital de base, augmenté des options qui auraient pu être exercées compte tenu de la moyenne des cours de Bourse de l’action au cours de la période. Seules les options dont le prix d’exercice est inférieur à ce cours de Bourse moyen sont prises en compte dans le calcul du nombre d’actions composant le capital potentiel. Conversion des comptes des filiales La conversion des comptes annuels des sociétés étrangères est effectuée de la manière suivante : - les actifs et passifs sont convertis aux taux de clôture ; - les postes de situation nette sont convertis aux taux historiques ; - les postes du compte de résultat sont convertis aux taux moyens mensuels de l’exercice pour le chiffre d’affaires et le coût de revient des ventes, et aux taux moyens de l’année pour tous les autres postes du compte de résultat ; - les postes du tableau des flux de trésorerie sont convertis aux taux moyens de l’année. Les variations des actifs et passifs à court terme ne peuvent donc se déduire de la simple variation bilantielle, les effets de conversion n’étant pas pris en compte à ce niveau, mais dans la rubrique spécifique “Incidence des variations de cours des devises” ; - les différences de conversion des situations nettes des sociétés étrangères intégrées dans le périmètre de consolidation, ainsi que celles provenant de l’utilisation des taux moyens pour déterminer le résultat, figurent au poste “Écarts de conversion” dans les capitaux propres et n’affectent donc pas le résultat, sauf dans le cas d’une cession éventuelle de tout ou partie de l’investissement global. Elles sont réajustées pour tenir compte des différences de change latentes à long terme constatées sur les positions Groupe. Conversion des postes du bilan libellés en devises Positions hors Groupe Les dettes et créances libellées en devises sont converties aux taux de change en vigueur le dernier jour de la période. Les différences de change latentes dégagées à cette occasion sont comptabilisées dans le compte de résultat. Dans le cas où il existe une couverture à terme, l’écart de change reflété dans le résultat est calculé en fonction du taux de change garanti par le contrat à terme. Méthodes de conversion, couverture des risques de taux de change et d’intérêt 64 Lectra 2003 Positions internes au Groupe Les positions court terme affectent le résultat de la même manière que les positions hors Groupe. Les différences de change latentes relatives à des positions long terme sont portées au poste “ Écarts de conversion “ des capitaux propres et n’affectent pas le résultat net. Politique de couverture du risque de change Les fluctuations de change ont un impact sur le compte de résultat du Groupe à trois niveaux : Impact concurrentiel Le Groupe vend sur des marchés mondiaux, essentiellement en concurrence avec son principal concurrent américain. Le niveau des prix pratiqués est de ce fait généralement tributaire du dollar américain. Impact d’exploitation La consolidation des comptes s’effectue en euros. De ce fait, le chiffre d’affaires, la marge brute et la marge nette d’une filiale, une fois convertis en euros, se trouvent affectés mécaniquement par les fluctuations de change. Impact des positions bilantielles L’impact des positions bilantielles concerne essentiellement les créances en devises, en particulier celles entre la maison mère et ses filiales, et correspond à l’impact de la variation entre les taux de change à la date de l’encaissement et ceux à la date de la facturation. Le risque de change est assumé par la maison mère. La quasi-totalité de la facturation, par la société et ses filiales, des transactions réalisées avec les clients situés en dehors de la zone euro, est effectuée en devises et représente 50 % du chiffre d’affaires (cf. note 17). L’exposition nette du Groupe est suivie en temps réel. Les décisions prises en matière de couverture éventuelle tiennent compte des risques et de la compensation des flux d’échéance voisine, de même que de l’évolution des devises ayant un impact significatif sur la situation financière et concurrentielle du Groupe. Instruments financiers Le risque de change est analysé par le Groupe selon les principes développés ci-dessus. Les seules opérations sur des instruments financiers sont réalisées à des fins de couverture des flux passés (ventes à terme sur la base des positions bilantielles) ou futurs (ventes à terme ou options sur la base du carnet de commandes et des prévisions d’activité et de résultats), mais ne sont toutefois pas toujours considérées comme telles selon les conditions édictées par la norme comptable IAS 39. Les profits et pertes sur les contrats de change à terme destinés à la couverture de positions bilantielles sont enregistrés dans le compte de résultat, de même que les positions couvertes. Les profits et pertes sur les contrats de change à terme destinés à la couverture de flux futurs sont également enregistrés dans le compte de résultat. Les primes relatives à la couverture du risque de change sur les transactions commerciales futures par des options sur devises sont comptabilisées au bilan. Leur revalorisation à la clôture de l’exercice est effectuée par rapport aux estimations réalisées par les établissements financiers tiers à la même date ; celle-ci est enregistrée dans le compte de résultat ou dans les capitaux propres, conformément à la norme comptable IAS 39. Lectra 2003 Tableau des taux de change (CONTRE-VALEUR DE 1 EURO CONTRE LES PRINCIPALES DEVISES) 2003 2002 2001 Cours moyen de l’exercice 1,13 0,94 0,90 Cours de clôture 1,26 1,05 0,88 Cours moyen de l’exercice 1,31 1,18 1,09 Cours de clôture 1,35 1,24 1,15 Cours moyen de l’exercice 0,69 0,63 0,62 Cours de clôture 0,70 0,65 0,61 Dollar américain Yen japonais (100) Livre anglaise Politique de couverture du risque de taux d’intérêt Le Groupe n’a eu recours à aucun instrument de couverture du risque de taux d’intérêt en 2003, comme au cours des années antérieures, compte tenu du faible coût de son endettement financier (cf. note 14.4). Par ailleurs, les placements de la trésorerie disponible sont effectués dans des SICAV monétaires. Risque de contrepartie Le Groupe est exposé au risque de crédit en cas de défaillance d’une contrepartie. Il gère son exposition en sélectionnant les tiers et en s’assurant de l’existence de garanties avant l’acceptation de leur commande. L’exposition du Groupe est limitée et ce dernier considère qu’il n’existe aucune concentration importante de risque avec une contrepartie. Il ne prévoit aucune défaillance de tiers pouvant avoir un impact important sur les états financiers du Groupe. 65 66 Lectra 2003 Notes sur le bilan consolidé Note 1 – Immobilisations incorporelles LOGICIELS DE GESTION BREVETS ET MARQUES AUTRES IMMOBILISATIONS INCORPORELLES TOTAL 8 555 1 703 5 232 15 490 Acquisitions externes 845 177 0 1 022 Développements internes 381 0 0 381 2002 Valeur brute au 1er janvier 2002 Sorties Transferts Écarts de conversion Valeur brute au 31 décembre 2002 Amortissements au 31 décembre 2002 Valeur nette au 31 décembre 2002 0 0 (12) (12) 94 0 (94) 0 (38) 0 (12) (50) 9 837 1 880 5 114 16 831 (6 913) (1 523) (4 422) (12 858) 2 924 357 692 3 973 LOGICIELS DE GESTION BREVETS ET MARQUES AUTRES IMMOBILISATIONS INCORPORELLES TOTAL Valeur brute au 1 janvier 2003 9 837 1 880 5 114 16 831 Acquisitions externes 1 061 137 42 1 240 2003 er Développements internes 404 0 0 404 Sorties (17) 0 0 (17) Transferts (15) 0 15 0 Écarts de conversion (54) 0 (4) (58) Valeur brute au 31 décembre 2003 11 216 2 017 5 167 18 400 Amortissements au 31 décembre 2003 (8 367) (1 659) (5 018) (15 044) Valeur nette au 31 décembre 2003 2 849 358 149 LOGICIELS DE GESTION BREVETS ET MARQUES AUTRES IMMOBILISATIONS INCORPORELLES 3 356 Les amortissements ont évolué comme suit : 2003 TOTAL Amortissements au 1er janvier 2003 (6 913) (1 523) (4 422) (12 858) Dotations aux amortissements (1 574) (136) (596) (2 306) Reprises sur amortissements Écarts de conversion Amortissements au 31 décembre 2003 97 23 (8 367) 0 0 (1 659) 0 0 (5 018) 97 23 (15 044) Logiciels de gestion Dans le cadre de l’évolution et de l’amélioration constantes de ses systèmes d’information, le Groupe a acquis en 2002 et 2003 les licences de nouveaux logiciels de gestion, ainsi que de nouvelles licences de logiciels qu’il utilise afin d’en augmenter le nombre d’utilisateurs. Les investissements concernent les coûts d’acquisition de licences, de développement et de paramétrage de ces logiciels. Lectra 2003 Note 2 – Écarts d’acquisition Les écarts d’acquisition proviennent des acquisitions de sociétés menées sur la période 1998-2000. Les derniers compléments de prix liés à ces acquisitions ont été soldés en 2002. Aucune acquisition n’est intervenue entre 2001 et 2003. Valeur brute au 1er janvier 2003 2002 18 419 20 445 Ajustements des compléments de prix 0 89 Écarts de conversion (1 907) (2 115) Valeur brute au 31 décembre 16 512 18 419 Amortissements au 1er janvier (6 375) (5 143) Dotations aux amortissements (1 704) (1 849) Écarts de conversion 687 Amortissements au 31 décembre 617 (7 392) (6 375) 9 120 12 044 Valeur nette au 31 décembre L’analyse pratiquée sur les écarts d’acquisition avait conduit la société, en 2002, à raccourcir la durée de vie résiduelle pour ceux de deux sociétés acquises, dont la valeur brute s’élève à 1 598 milliers d’euros, et la valeur nette à 454 milliers d’euros au 31 décembre 2003. Leur amortissement avait été ramené à une période de cinq ans, au lieu des quinze ans initialement prévus. Les tests de valeur réalisés en 2003 n’ont pas révélé d’indices de perte de valeur. Note 3 – Immobilisations corporelles 2002 Valeur brute au 1 janvier 2002 er Investissements TERRAINS ET CONSTRUCTIONS AGENCEMENTS ET AMÉNAGEMENTS MATÉRIELS ET AUTRES TOTAL 9 796 8 110 20 691 38 597 42 282 1 409 1 733 Mises au rebut/Cessions 0 (41) (858) (899) Écarts de conversion 0 (205) (1 223) (1 428) Valeur brute au 31 décembre 2002 Amortissements au 31 décembre 2002 Valeur nette au 31 décembre 2002 2003 Valeur brute au 1er janvier 2003 9 838 8 146 20 019 38 003 (7 338) (3 837) (17 248) (28 423) 2 500 4 309 2 771 9 580 TERRAINS ET CONSTRUCTIONS AGENCEMENTS ET AMÉNAGEMENTS MATÉRIELS ET AUTRES TOTAL 9 838 8 146 20 019 38 003 1 577 1 679 (832) (948) Investissements 4 98 Mises au rebut/Cessions 0 (116) Transfert 0 44 (44) Écarts de conversion 0 (158) (858) Valeur brute au 31 décembre 2003 Amortissements au 31 décembre 2003 Valeur nette au 31 décembre 2003 0 (1 016) 9 842 8 014 19 862 37 718 (7 419) (4 186) (17 428) (29 033) 2 423 3 828 2 434 8 685 67 68 Lectra 2003 Les amortissements ont évolué comme suit : TERRAINS ET CONSTRUCTIONS 2003 Amortissements au 1 janvier 2003 er Dotations aux amortissements AGENCEMENTS ET AMÉNAGEMENTS MATÉRIELS ET AUTRES TOTAL (7 338) (3 837) (17 248) (28 423) (81) (537) (1 646) (2 264) Reprises sur amortissements 0 74 778 852 Écarts de conversion 0 114 688 802 Amortissements au 31 décembre 2003 (7 419) (4 186) (17 428) (29 033) Les terrains et constructions concernent uniquement l’ensemble du site industriel de Bordeaux-Cestas (France) pour un montant brut, après déduction des subventions d’investissements perçues, de 9 842 milliers d’euros. Le site s’étend sur une superficie de 11,4 hectares et les bâtiments représentent une surface au sol de 27 300 m2. Ces terrains et constructions avaient été acquis pour partie en bien propre par la société, et pour partie par crédit-bail. La partie acquise en bien propre (hors agencements et aménagements) représente une valeur brute totale de 4 317 milliers d’euros, entièrement payée, et amortie à hauteur de 2 142 milliers d’euros. Les biens (y compris leurs agencements et aménagements) correspondant à la partie financée par crédit-bail sont immobilisés à leur valeur d’acquisition et amortis dans les comptes consolidés ; ils représentent une valeur brute totale de 5 815 milliers d’euros, dont 473 milliers d’euros pour le terrain et 5 342 milliers d’euros pour les constructions, amortis en totalité. La société est devenue propriétaire de l’ensemble du site industriel de Bordeaux-Cestas, après paiement de la dernière échéance de 97 milliers d’euros d’octobre 2002. Il n’y a pas eu de nouveaux investissements financés par crédit-bail en 2002 et 2003. Les acquisitions d’autres immobilisations corporelles réalisées en 2002 et 2003 concernent essentiellement du mobilier, du matériel informatique, et des moules et outillages de production pour le site industriel de Bordeaux-Cestas. Note 4 – Immobilisations financières 2002 Valeur brute au 1er janvier 2002 PRÊTS TITRES AUTRES IMMOBILISATIONS FINANCIÈRES 307 4 552 3 369 0 0 (32) 0 Augmentations Diminutions Écarts de conversion Valeur brute au 31 décembre 2002 Provisions au 31 décembre 2002 0 0 275 4 552 (275) (3 364) Valeur nette au 31 décembre 2002 2003 Valeur brute au 1er janvier 2003 0 Provisions au 31 décembre 2003 Valeur nette au 31 décembre 2003 (50) 641 (2 823) (109) 5 937 (3 689) 1 060 2 248 PRÊTS TITRES AUTRES IMMOBILISATIONS FINANCIÈRES TOTAL 275 4 552 1 110 5 937 0 0 131 131 (42) 0 (135) (177) Écarts de conversion Valeur brute au 31 décembre 2003 (109) 1 110 8 228 1 188 Augmentations Diminutions 641 (2 791) TOTAL 0 0 233 4 552 (82) (170) (3 261) (50) (3 481) 63 1 291 974 2 328 1 024 (82) 5 809 Les prêts et titres concernent exclusivement les filiales non consolidées. Au 1er janvier 2002, les autres immobilisations financières incluaient, pour un montant de 2 502 milliers d’euros, des participations dans des sociétés tierces, qui provenaient de la fusion-absorption, en 1998, de la Compagnie Financière du Scribe. Ces participations Lectra 2003 étaient entièrement dépréciées. Les sociétés ayant été liquidées, ce montant ne figure plus au bilan au 31 décembre 2002. Les autres immobilisations financières au 31 décembre 2003 sont essentiellement composées de dépôts et de cautionnements. Informations sur les transactions avec les parties liées ( 1 ) Les montants ci-dessous concernent l’exercice 2003 ou le 31 décembre 2003, selon le cas. TYPE DE TRANSACTION POSTE CONCERNÉ DANS LES ÉTATS FINANCIERS CONSOLIDÉS FILIALES NON CONSOLIDÉES CONCERNÉES MONTANTS Prêts Immobilisations financières Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour) 233 Créances Clients et comptes rattachés Lectra Maroc Sarl (Maroc) 404 Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour) 203 Lectra Systèmes Tunisie SA (Tunisie) 220 Lectra Systems Pty Ltd (Afrique du Sud) 137 Autres filiales non consolidées Dettes Fournisseurs et autres passifs à court terme Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour) Lectra Systèmes Tunisie SA (Tunisie) 31 Autres filiales non consolidées 39 Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour) Ventes Chiffre d’affaires Lectra Systèmes CAD-CAM AS (Turquie) Intérêts financiers (1) Frais commerciaux, généraux et administratifs Charges et produits financiers (73) 1 238 Lectra Systems Pty Ltd (Afrique du Sud) 281 Lectra Systèmes Tunisie SA (Tunisie) 307 Lectra Israel Ltd (Israël) 124 Lectra Chile SA (Chili) 91 Autres filiales non consolidées 86 Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour) (244) Lectra Systèmes CAD-CAM AS (Turquie) (151) Autres filiales non consolidées Personnel facturé 100 84 Fournisseurs et autres passifs à court terme Frais commerciaux, généraux et administratifs 38 Lectra Systèmes CAD-CAM AS (Turquie) Avances Commissions 82 Lectra Chile SA (Chili) Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour) (53) (415) Lectra Systèmes CAD-CAM AS (Turquie) (88) Lectra Systems Pty Ltd (Afrique du Sud) (88) Toutes filiales 35 Le Groupe n’est lié qu’avec ses filiales non consolidées. Les 8 filiales non consolidées représentent au total, au 31 décembre 2003 (chiffres cumulés) : - un chiffre d’affaires de 5 900 milliers d’euros ; - un total de bilan de 3 800 milliers d’euros ; - des dettes financières (hors Groupe) de zéro ; - des dettes envers la société mère Lectra de 1 100 milliers d’euros. Leurs seuls engagements hors bilan concernent des contrats courants de location de bureaux, d’automobiles et de matériels de bureaux, pouvant faire l’objet de résiliations selon des conditions contractuelles. Les transactions avec les filiales non consolidées du Groupe concernent exclusivement des opérations courantes. Les transactions avec le Président du Conseil d’Administration, le Directeur Général et les autres membres du Comité Exécutif sont détaillées dans les notes 21.4 (“Rémunération des dirigeants”) et 10.4 (“Options de souscription d’actions”). 69 70 Lectra 2003 Note 5 – Impôts Note 5.1 – Impôts de l’exercice 2003 Impôts courants (2 794) Impôts différés (118) Charge nette (2 912) 2002 (3 655) 1 396 (2 259) Note 5.2 – Taux effectif d’impôts 2003 2002 Taux courant d’impôts applicable en France(1) 34,33 % 34,33 % Effet des provisions sur impôts différés actifs (10,41) % (14,15) % 0,23 % 1,80 % Effet des différences de taux des pays étrangers Effet des différences permanentes (2) Autres Effet des contrôles fiscaux(3) Taux effectif d’impôts 2,65 % 6,56 % (2,09) % 2,94 % 3,40 % 7,39 % 28,11 % 38,87 % (1) Par convention, le signe positif indique une charge fiscale, et le signe négatif un crédit d’impôt. Au 31 décembre 2003, le résultat avant impôts étant un gain de 10 359 milliers d’euros, le taux théorique d’impôts est positif. (2) Correspond principalement aux charges de l’exercice non déductibles fiscalement et à la neutralisation fiscale de certaines écritures de consolidation. (3) Comprend un paiement d’un montant de 306 milliers d’euros (ayant un impact sur le taux effectif d’impôts de 5,27 %) en 2002, au titre du règlement d’un litige qui opposait la société aux autorités fiscales du pays d’une de ses filiales. En 2002 et en 2003, ce poste inclut également les montants provisionnés au titre du redressement fiscal de la société mère, dont l’impact net intégralement comptabilisé au 31 décembre 2003 est peu significatif (cf. note 16.4). Note 5.3 – Impôts différés 2003 2002 Déficits fiscaux 3 176 6 109 Autres (décalages temporaires, écritures de consolidation) 3 581 3 857 (1 909) (4 684) 4 848 5 282 Provision Total net(1) (1) L’utilisation des impôts différés nets devrait intervenir dans un délai de un à cinq ans. Au 31 décembre 2002, la société avait maintenu une provision à 75 % des pertes fiscales reportables de sa filiale américaine. Au 31 décembre 2003, cette provision a été ramenée à 50 %, compte tenu de l’amélioration des perspectives bénéficiaires à court terme de cette filiale. A cette date, le montant des impôts différés de la filiale américaine, Lectra Inc., s’élève à 2 632 milliers d’euros, provisionnés à hauteur de 1 316 milliers d’euros. A l’inverse, compte tenu de la faible probabilité de réalisation des actifs d’impôts différés de Lectra Taiwan Co. Ltd, ces derniers, d’un montant de 101 milliers d’euros, ont été provisionnés à 100 % au 31 décembre 2003. En raison de l’instabilité économique et monétaire du pays, les déficits reportables de Lectra Brasil Ltda n’ont toujours pas été comptabilisés à l’actif du bilan. Lectra 2003 Note 6 – Stocks et travaux en cours 2003 2002 Stocks de matières premières 14 734 16 831 Produits finis et travaux en cours(1) 12 581 12 960 Valeur brute 27 315 29 791 Stocks de matières premières (3 678) (4 218) Produits finis et travaux en cours (5 213) (5 128) Dépréciations (8 891) (9 346) Stocks de matières premières 11 056 12 613 7 368 7 832 18 424 20 445 (1) Produits finis et travaux en cours(1) Valeur nette (1) Y compris matériels de démonstration et d’occasion. Au cours de l’exercice 2003, 1 301 milliers d’euros de stocks dépréciés à 100 % au 1er janvier 2003 ont été mis au rebut, diminuant de ce fait la valeur brute et les dépréciations de ce même montant. Note 7 – Clients et comptes rattachés 2003 2002 Créances hors prestations facturées d’avance 23 559 27 158 Contrats récurrents facturés d’avance 18 747 19 473 Autres prestations facturées d’avance 1 297 1 332 TVA sur contrats, prestations et matériels facturés d’avance Total clients et comptes rattachés, brut 2 606 2 705 46 209 50 668 Provisions pour dépréciation (4 065) (4 766) Total clients et comptes rattachés, net 42 144 45 902 Les comptes clients au 31 décembre 2003 intègrent 20 044 milliers d’euros hors taxes de contrats récurrents, autres prestations et matériels facturés d’avance, et relatifs à l’exercice 2004 (20 806 milliers d’euros hors taxes au 31 décembre 2002 relatifs à l’exercice 2003). La contrepartie est enregistrée dans les produits constatés d’avance (cf. note 15). Note 8 – Autres créances Autres créances à caractère fiscal Avances accordées au personnel 2003 2002 1 161 1 201 476 184 Divers 1 763 767 Total autres créances, net 3 400 2 152 Au 31 décembre 2003, les autres créances à caractère fiscal comprennent essentiellement la TVA récupérable pour un montant de 745 milliers d’euros (809 milliers d’euros au 31 décembre 2002). La variation du poste “Divers” s’explique, d’une part, par la comptabilisation d’un crédit d’impôt d’un montant de 401 milliers d’euros consécutif au versement de dividendes de la filiale italienne à la société mère, d’autre part, par la comptabilisation des primes payées en 2003 sur des options de change destinées à couvrir le risque de change du Groupe en 2004 pour un montant de 752 milliers d’euros (cf. note 16.3). Note 9 – Comptes de régularisation actif 2003 2002 Frais de loyers et d’assurance 534 594 Frais de salons et de publicité 109 64 Frais de location de matériel informatique 413 422 Autres charges constatées d’avance 430 464 1 486 1 544 Total comptes de régularisation actif 71 72 Lectra 2003 Note 10 – Capital Le capital social au 31 décembre 2003 s’élève à 56 198 547 euros, composé de 37 465 698 actions d’une valeur nominale de 1,50 euro. Les mouvements sur le capital social sont détaillés dans le tableau de variation des capitaux propres, page 57. Note 10.1 – Actions détenues en propre L’Assemblée Générale Ordinaire des actionnaires du 30 avril 2003 a renouvelé le programme de rachat d’actions de la société en vigueur et autorisé le Conseil d’Administration à intervenir sur ses propres actions. Les objectifs de ce programme, qui s’inscrit dans la gestion des fonds propres de la société, sont, par ordre de priorité : - assurer la régularisation du cours de Bourse par intervention sur le marché, systématiquement en contre-tendance ; - opérer des achats ou ventes en fonction des situations du marché, si nécessaire ; - procéder à la remise d’actions à titre d’échange, de paiement ou autre dans le cadre d’opérations de croissance externe ; - céder ou conserver lesdits titres ; - annuler les actions détenues, dans la limite d’un nombre d’actions détenues en propre par elle égal à 10 % du capital. Ce programme a fait l’objet d’une note d’information qui a reçu le visa de la Commission des Opérations de Bourse (visa COB n° 03-263 du 11 avril 2003). Le Conseil d’Administration n’a pas fait usage de la délégation d’annulation d’actions, qui lui avait été donnée pour la première fois en 2003. Dans le cadre de la réglementation boursière, la société a poursuivi le contrat d’apporteur de liquidité géré par SG Securities (Paris) (groupe Société Générale), destiné à améliorer la liquidité du titre Lectra en Bourse, et procédé, par l’intermédiaire du syndicat qu’elle a constitué avec la Société Générale, à des transactions sur ses propres actions. Par ailleurs, la société a poursuivi le mandat donné à SG Securities (Paris) pour intervenir pour son propre compte dans l’achat et la cession de ses actions, selon les modalités du programme autorisé par l’Assemblée. Au total, la société détenait au 31 décembre 2003, du fait de ces deux contrats, 5 % du capital (5,7 % au 31 décembre 2002) pour un montant total de 8 951 milliers d’euros (10 839 milliers d’euros au 31 décembre 2002), soit un prix de revient moyen de 4,77 euros par action. Ce montant a été déduit des capitaux propres. 2003 NOMBRE D’ACTIONS 2002 COURS MOYEN PAR ACTION MONTANT (EN EUROS) NOMBRE D’ACTIONS MONTANT 275 294 1 617 COURS MOYEN PAR ACTION (EN EUROS) Actions détenues en propre au 1er janvier Contrat d’apporteur de liquidité 363 678 1 686 4,64 5,87 Intervention de la société pour son propre compte 1 726 289 9 153 5,30 438 722 3 787 8,63 Total au 1er janvier (en valeur historique) 2 089 967 10 839 5,19 714 016 5 404 7,57 439 356 2 290 5,21 381 831 1 671 4,38 (446 456) (2 469) 5,53 (293 447) (1 365) 4,65 (7 100) (179) Contrat d’apporteur de liquidité Achats (au cours d’achat) Ventes (au cours de réalisation) Flux net de trésorerie Plus ou moins-values de cession 88 384 356 306 (237) Intervention de la société pour son propre compte Achats (au cours d’achat) Ventes (au cours de réalisation) Flux net de trésorerie 1 337 433 6 113 4,57 (1 542 531) (7 765) 5,03 (205 098) (1 652) Moins-values de cession 1 295 085 (7 518) 1 287 567 (413) 5 430 (38) 4,19 5,12 5 392 (26) Actions détenues en propre au 31 décembre Contrat d’apporteur de liquidité 356 578 1 863 5,22 363 678 1 686 4,64 Intervention de la société pour son propre compte 1 521 191 7 088 4,66 1 726 289 9 153 5,30 Total au 31 décembre (en valeur historique) 1 877 769 8 951 4,77 2 089 967 10 839 5,19 Lectra 2003 Synthèse des mouvements de l’exercice 2003 Actions détenues en propre au 1 janvier (en valeur historique) er Actions détenues en propre au 31 décembre (en valeur historique) Mouvements bruts de l’exercice (en valeur historique) Moins-values de cession Crédit d’impôt Mouvements nets de l’exercice 2002 10 839 5 404 8 951 10 839 (1 888) 5 435 (56) 19 (1 851) (263) 88 5 610 Note 10.2 – Droits de vote Le droit de vote attaché aux actions est proportionnel au capital qu’elles représentent. Toutefois, un droit de vote double existait, selon certaines conditions, jusqu’au 3 mai 2001. L’Assemblée Générale Extraordinaire du 3 mai 2001 a décidé que les actions dont l’inscription sous la forme nominative a été demandée postérieurement au 15 mai 2001, ainsi que les actions acquises après cette date, ne peuvent plus bénéficier du droit de vote double (sauf cas particuliers visés dans la résolution correspondante, adoptée par ladite Assemblée Générale Extraordinaire). Messieurs André et Daniel Harari ont procédé, à leur initiative, à l’annulation des droits de vote double qui étaient attachés à leurs actions. De ce fait, au 31 décembre 2003, 34 871 486 actions sont assorties d’un droit de vote simple et seules 716 433 actions (soit 1,9 % du capital) bénéficient d’un droit de vote double. Par ailleurs, 10 679 actions sont susceptibles de bénéficier à terme du droit de vote double. Le nombre total des droits de vote au 31 décembre 2003 est en principe de 38 182 131 ; il est réduit à 36 304 352 en raison des actions auto-détenues à cette date qui sont privées du droit de vote. Note 10.3 – Franchissements de seuils statutaires En dehors des seuils prévus par la loi, il n’y a pas d’obligation statutaire particulière en matière de franchissements de seuils. Note 10.4 – Options de souscription d’actions Au 31 décembre 2003, les dirigeants et les salariés du Groupe détiennent 5 220 726 options de souscription d’actions, donnant chacune le droit de souscrire une action nouvelle de la société mère Lectra SA d’une valeur nominale de 1,50 euro. Au cas où toutes ces options seraient exercées, 5 220 726 actions nouvelles seraient créées, et le capital social serait augmenté de 7 831 089 euros (auxquels s’ajouterait une prime d’émission globale de 20 090 656 euros). Le capital de la société se trouverait ainsi porté à 64 029 636 euros, divisé en 42 686 424 actions d’une valeur nominale de 1,50 euro chacune. Tous les plans sont émis au-dessus de la moyenne des cours de Bourse des 20 séances précédant leur attribution. Il n’y a donc pas d’avantage consenti aux bénéficiaires lors de l’émission des plans. Compte tenu des règlements des plans d’options de la société, révisés après la publication de la loi du 27 décembre 1996, et acceptés par l’ensemble des bénéficiaires concernés, le Groupe n’est pas exposé au risque relatif à l’assujettissement aux charges sociales des plus-values de cession de titres qui interviendraient dans le délai de cinq ans suivant l’attribution des options (délai ramené à quatre ans pour les options attribuées postérieurement à l’entrée en vigueur des dispositions de la loi du 15 mai 2001 sur les Nouvelles Régulations Économiques). Le nombre de bénéficiaires est passé de 330 au 31 décembre 2002 à 314 au 31 décembre 2003 (soit 24 % des effectifs du Groupe à cette date) ; ce nombre tient compte du départ de certains bénéficiaires et de l’attribution d’options à 28 nouveaux bénéficiaires. Aucun plan d’options de souscription ou d’achat d’actions n’a été ouvert par les filiales de la société. 73 74 Lectra 2003 Note 10.4.1 – Options en vigueur : attributions, exercice et annulations au cours de l’année 2003 2002 5 438 206 5 324 413 Options attribuées au cours de l’exercice 848 974 345 251 Options exercées au cours de l’exercice (636 656) (38 000) Options en vigueur au 1er janvier Options devenues caduques et/ou annulées au cours de l’exercice (429 798) Options en vigueur au 31 décembre 5 220 726 5 438 206 (193 458) - dont options exerçables 3 650 752 3 415 434 - dont options dont le droit d’exercice reste à acquérir 1 569 974 2 022 772 Les modalités d’acquisition du droit d’exercice des options sont définies par tranches annuelles, sur une période généralement comprise entre quatre et cinq ans, et sont fonction, selon les bénéficiaires, d’un ou plusieurs des critères suivants : - présence dans le Groupe au 31 décembre de l’année écoulée ; - résultats du Groupe ; - résultats du département ou de la filiale dont le bénéficiaire a la responsabilité. Note 10.4.2 – Répartition des options en vigueur au 31 décembre 2003 par catégorie de bénéficiaires DONT OPTIONS DONT LE DROIT D’EXERCICE RESTE À ACQUÉRIR NOMBRE DE BÉNÉFICIAIRES NOMBRE D’OPTIONS % DONT OPTIONS EXERÇABLES 4 1 381 989 26 % 1 073 185 308 804 Équipe de management 13 920 305 18 % 665 136 255 169 Autres cadres supérieurs 31 900 277 17 % 571 664 328 613 Comité Exécutif et mandataires sociaux(1) Autres salariés 266 2 018 155 39 % 1 340 767 677 388 Total 314 5 220 726 100 % 3 650 752 1 569 974 (1) Les mandataires sociaux sont : André Harari, Président du Conseil d’Administration, Daniel Harari, Directeur Général, et Daniel Moreau, Directeur Général Délégué (cf. note 10.4.5). Daniel Harari ne dispose pas d’options. Les autres membres du Comité Exécutif sont Jérôme Viala, Directeur Financier, et Jean-Luc Bilhou-Nabéra, Directeur e-company (qui a quitté la société en janvier 2004). Note 10.4.3 – Répartition des options en vigueur au 31 décembre 2003 par échéance et prix d’exercice ÉCHÉANCE PRIX D’EXERCICE (EN EUROS) NOMBRE 6 juillet 2005 3,05 6 juillet 2005 3,43 66 666 6 juillet 2005 3,81 275 000 6 juillet 2005 6,10 95 237 6 juillet 2005 6,75 20 812 31 octobre 2006 6,10 418 643 31 octobre 2006 6,75 227 184 31 octobre 2006 666 277 7,25 5 898 16,50 347 540 27 novembre 2009 4,30 1 891 968 4 juin 2010 5,20 250 516 10 septembre 2010 4,30 106 278 10 septembre 2010 5,20 45 726 27 mai 2011 4,85 22 juin 2008 Total 802 981 5 220 726 Lectra 2003 Note 10.4.4 – Répartition des droits d’exercice restant à acquérir postérieurement au 31 décembre 2003 par les bénéficiaires d’options ANNÉE NOMBRE 2004 933 252 2005 447 647 2006 189 075 Total 1 569 974 Note 10.4.5 – Plan d’options des mandataires sociaux en vigueur au 31 décembre 2003 DATE D’ATTRIBUTION OPTIONS EN VIGUEUR AU 31 DÉCEMBRE 2003 DONT OPTIONS EXERÇABLES PRIX D’EXERCICE EN EUROS DATES D’ÉCHÉANCE André Harari 30 janvier 1998 275 000 André Harari 22 juin 2000 334 000 275 000 3,81 6 juillet 2005 264 000 16,50 22 juin 2008 Daniel Moreau 6 mai 1997 81 756 81 756 3,05 6 juillet 2005 Daniel Moreau Daniel Moreau 30 avril 1998 68 571 68 571 6,10 6 juillet 2005 30 avril 1998 9 429 9 429 6,10 31 octobre 2006 Daniel Moreau 27 novembre 2001 174 370 118 852 4,30 27 novembre 2009 Daniel Moreau 27 mai 2003 73 000 18 250 4,85 27 mai 2011 1 016 126 835 858 Total Messieurs André Harari et Daniel Harari, détenant chacun plus de 10 % du capital de la société, ne peuvent se voir attribuer de nouvelles options de souscription d’actions dans le cadre de la loi française. Note 10.4.6 – Nombre d’options consenties en 2003 aux dix principaux bénéficiaires du Groupe Le nombre total et le prix de souscription des options consenties au cours de l’exercice par la société aux dix dirigeants et salariés de la société et de toute société comprise dans son périmètre, dont le nombre ainsi consenti est le plus élevé, sont : NOMBRE D’OPTIONS CONSENTIES PRIX DE SOUSCRITION PAR ACTION 362 181 4,85 NOMBRE D’OPTIONS EXERÇÉES PRIX DE SOUSCRITION PAR ACTION Plan d’options du 30 juin 1995 111 000 1,98 Plan d’options du 18 décembre 1996 235 000 2,29 Plan d’options du 6 mai 1997 94 950 3,05 Plan d’options du 30 janvier 1998 28 150 3,81 104 034 6,10 27 760 4,30 (EN EUROS) Plan d’options du 27 mai 2003 Note 10.4.7 – Options exercées en 2003 30 salariés du Groupe ont exercé des options en 2003, ventilées comme suit : (EN EUROS) Plan d’options du 30 avril 1998 Plan d’options du 27 novembre 2001 Plan d’options du 4 juin 2002 Plan d’options du 10 septembre 2002 Plan d’options du 10 septembre 2002 Plan d’options du 27 mai 2003 Total 4 000 5,20 12 269 4,30 1 000 5,20 18 493 4,85 636 656 75 76 Lectra 2003 Note 11 – Réserves consolidées Les mouvements sur les réserves consolidées sont détaillés dans le tableau de variation des capitaux propres, page 57. Les réserves distribuables de la société s’élèvent à 23 970 milliers d’euros. En cas de distribution intégrale de ces réserves, la société devrait s’acquitter d’un impôt de distribution (“précompte”) de 4 049 milliers d’euros. Le dividende de 0,12 euros (hors avoir fiscal) qui sera distribué en 2004 au titre de l’exercice 2003, sous réserve de l’approbation de l’Assemblée Générale annuelle du 30 avril 2004, ne donnera pas lieu à l’acquittement de cet impôt. Aucun dividende n’a été distribué depuis l’introduction en Bourse de la société en 1987. Note 12 – Écarts de conversion Les variations constatées en 2002 et 2003 s’expliquent, pour l’essentiel, comme suit : 2003 Écarts de conversion au 1er janvier Retraitements des écarts de conversion latents long terme de la société mère sur les positions Groupe Écart sur la conversion du résultat des filiales 2002 (5 307) (3 795) (288) (398) (222) 165 Autres variations (dont maintien des réserves des filiales au taux historique) (1 337) (1 279) Écarts de conversion au 31 décembre (7 154) (5 307) Note 13 – Provisions pour risques et charges Provisions pour risques et charges Provision pour garantie 2003 2002 409 487 544 815 Provisions pour avantages différés(1) 2 482 2 190 Total 3 435 3 492 Les provisions pour avantages différés sont composées exclusivement des indemnités dues lors d’un départ à la retraite, ou, dans certains pays selon la législation locale, dans le cadre d’une démission ou d’un licenciement. Ces provisions sont constituées selon la réglementation qui s’applique à la société et à ses filiales. (1) La diminution de la provision pour garantie donnée par la société à ses clients lors de la vente de produits résulte d’une étude interne qui a démontré que les coûts encourus pendant la période de garantie avaient diminué du fait de l’amélioration de la fiabilité des équipements commercialisés. Note 14 – Emprunts et dettes financières Note 14.1 – Répartition par devise de l’endettement financier Aux 31 décembre 2003 et 2002, l’euro représente 99 % de l’endettement financier de la société. Note 14.2 – Dettes financières à long terme Au 31 décembre 2003, le détail et l’échéancier des emprunts à plus d’un an sont les suivants : AIDES AU FINANCEMENT DES PROGRAMMES DE RECHERCHE ET DÉVELOPPEMENT EMPRUNTS DIVERS 2005 276 29 305 2006 250 0 250 TOTAL 2007 315 0 315 Total 841 29 870 La société a perçu au cours des dernières années des aides publiques au financement des programmes de recherche et développement, dont 841 milliers d’euros restent à rembourser à partir de 2005. La totalité de ces aides publiques ne porte pas intérêts. Lectra 2003 Note 14.3 – Emprunts et dettes financières à court terme Autres emprunts à moins d’un an 2003 2002 2 110 652 Soldes créditeurs de banque Total 0 0 2 110 652 Les autres emprunts à moins d’un an correspondent à la fraction remboursable en 2004 des aides publiques reçues dans le cadre de programmes de recherche et de développement, et d’un contrat d’assurance prospection commerciale. Note 14.4 – Intérêts Compte tenu de la nature de l’endettement du Groupe et de l’absence de soldes créditeurs en banque (cf. note 14.3), le taux d’intérêt moyen constaté sur les emprunts et dettes financières est nul en 2003 comme en 2002. Note 14.5 – Trésorerie nette 2003 2002 Valeurs mobilières de placement 39 719 24 382 Autres valeurs disponibles 15 676 14 451 Emprunts et dettes financières (2 980) (3 589) Trésorerie nette 52 415 35 244 Note 15 – Produits constatés d’avance Contrats récurrents facturés d’avance(1) Autres revenus différés(2) 2003 2002 18 747 19 409 1 297 1 397 0 105 20 044 20 911 Subventions perçues d’avance Total (1) (2) Cf. note 26.3. Les autres revenus différés correspondent principalement à des prestations facturées, mais non réalisées à la clôture de l’exercice. La contrepartie des montants relatifs aux contrats récurrents facturés d’avance et aux autres revenus différés figure (TTC) dans le poste “Clients et comptes rattachés” de l’actif du bilan (cf. note 7). Note 16 – Engagements hors bilan Note 16.1 – Engagements reçus La société ne bénéficie d’aucun engagement reçu. Note 16.2 – Engagements donnés (hors instruments financiers) PAIEMENTS DUS PAR PÉRIODE OBLIGATIONS CONTRACTUELLES À MOINS D’UN AN DE UN À CINQ ANS À PLUS DE CINQ ANS TOTAL Contrats de location simple : bureaux 4 228 7 349 602 12 179 Contrats de location simple : autres(1) 2 591 2 670 9 5 270 Garanties : cautions(2) 3 356 507 0 3 863 10 175 10 526 611 21 312 Total Ces contrats incluent essentiellement du matériel informatique et de bureau. Il s’agit essentiellement de cautions délivrées par les banques pour le compte de la société, ou délivrées par la société auprès d’établissements financiers en garantie de crédits accordés par ces derniers à ses filiales. (1) (2) Les engagements envers les salariés du Groupe et les mandataires sociaux en matière d’options de souscription d’actions font l’objet d’une information détaillée dans la note 10.4. 77 78 Lectra 2003 Note 16.3 – Instruments financiers de couverture de change Lectra utilise principalement des ventes et des achats de devises à terme pour couvrir ses positions bilantielles en devises à chaque fin de mois. Les devises habituellement concernées sont le dollar américain, le dollar de Hong Kong, le dollar australien, le dollar canadien, le dollar taiwanais, le yen japonais, la livre anglaise. Les opérations à terme contractées par la société pour couvrir des positions en devises aux bilans des 31 décembre 2002 et 2003 se décomposent comme suit : 2003 2002 VALEUR CONTRE-VALEUR EN DEVISES (EN MILLIERS (EN MILLIERS) D’EUROS) (1) VARIATION DE VALEUR (EN MILLIERS D’EUROS) (2) VALEUR EN DEVISES (EN MILLIERS) CONTRE-VALEUR VARIATION (EN MILLIERS DE VALEUR (EN D’EUROS) (1) MILLIERS D’EUROS) (2) Ventes à terme de USD contre EUR 9 098 7 203 253 5 825 5 554 223 AUD contre EUR 275 164 1 650 350 13 CAD contre EUR 289 178 3 75 45 3 GBP contre EUR 1 550 2 199 9 1 820 2 798 56 HKD contre EUR 3 158 322 8 7 751 948 50 JPY contre EUR 30 443 225 8 0 0 0 TWD contre EUR 29 111 678 30 0 0 0 Achats à terme de USD contre EUR (2 161) (1 711) (61) (505) (482) (10) AUD contre EUR (729) (434) (2) (261) (141) 0 CAD contre EUR (1) (2) 0 0 HKD contre EUR (886) 0 (90) (2) JPY contre EUR (325 027) (2 407) (69) (75) (45) (2) (5 277) (645) (8) 0 0 0 Calculée au taux de clôture. Écart entre le cours à terme contractuel et la contre-valeur au taux de clôture du 31 décembre. Les opérations à terme non utilisées pour la couverture de position en devises au bilan du 31 décembre 2003 sont détaillées ci- dessous : 2003 VALEUR EN DEVISES (EN MILLIERS) 2002 CONTRE-VALEUR (EN MILLIERS D’EUROS) (1) VARIATION DE VALEUR (EN MILLIERS D’EUROS) (2) VALEUR EN DEVISES (EN MILLIERS) CONTRE-VALEUR VARIATION (EN MILLIERS DE VALEUR (EN (1) D’EUROS) MILLIERS D’EUROS) (2) Ventes à terme de USD contre EUR 330 261 1 0 0 0 Achats à terme de (1) (2) AUD contre EUR (146) (87) (1) 0 0 0 CAD contre EUR (168) (1 039) (67) 0 0 0 JPY contre EUR (48 442) (359) (11) 0 0 0 Calculée au taux de clôture. Écart entre le cours à terme contractuel et la contre-valeur au taux de clôture du 31 décembre. Par ailleurs, la société peut être amenée à utiliser des options de change destinées à couvrir son exposition au risque de change. Ces options ont généralement une durée de vie inférieure à un an. 2003 VALEUR EN DEVISES (EN MILLIERS) Achats de puts (options européennes) USD (1) 27 000 CONTRE-VALEUR (EN MILLIERS D’EUROS) ( 1 ) 21 378 2002 PRIX D’EXERCICE 1,25 VALEUR CONTRE-VALEUR EN DEVISES (EN MILLIERS (EN MILLIERS) D’EUROS) ( 1 ) 0 0 PRIX D’EXERCICE na Calculée au taux de clôture. Le total des primes payées en 2003 sur ces options, qui sont destinées à couvrir son exposition au risque de change en 2004, s’élève à 462 milliers d’euros. Conformément à la norme comptable IAS 39, ces options ont été revalorisées à leur valeur de marché Lectra 2003 (752 milliers d’euros) au 31 décembre 2003. La différence avec leur coût historique a été comptabilisée pour partie dans les réserves au 31 décembre 2003 (222 milliers d’euros) et pour partie dans le résultat de change de l’exercice 2003 (68 milliers d’euros). Note 16.4 – Passifs éventuels Le contrôle fiscal des exercices 2000 et 2001, en cours au 31 décembre 2002, sur la société mère Lectra SA s’est achevé en 2003. Il s’est soldé par un redressement de 402 milliers d’euros, figurant en dettes fiscales au 31 décembre 2003. L’essentiel de ce montant (334 milliers d’euros) est relatif au crédit d’impôt recherche, et lié à la méthode de calcul antérieurement retenue. La nouvelle méthode retenue par l’administration a, en contrepartie, conduit la société à constater un crédit d’impôt recherche de 263 milliers d’euros au titre de l’exercice 2003. Au total, les conséquences nettes de ce contrôle fiscal sont de 139 milliers d’euros, dont 50 milliers d’euros avaient été provisionnés au 31 décembre 2002 dans le compte “Provisions pour risques et charges” (cf. note 13). Il n’y a pas de passif éventuel connu au 31 décembre 2003. Note 16.5 – Risques environnementaux Compte tenu de la nature même de ses activités, le Groupe n’est pas confronté à des risques environnementaux. NOTES SUR LE COMPTE DE RÉSULTAT CONSOLIDÉ Note 17 – Chiffre d’affaires Aucun client ne représente plus de 3 % du chiffre d’affaires annuel. Ventilation du chiffre d’affaires par devise 2003 2002 Euro 50 % 47 % Dollar américain 33 % 33 % Livre anglaise 4% 4% Yen japonais 6% 5% Dollar de Hong Kong 2% 3% Autres devises (1) Total (1) 5% 8% 100 % 100 % Aucune autre devise ne représente plus de 2 % du chiffre d’affaires total. La ventilation du chiffre d’affaires par région géographique et par ligne de produits figure en notes 26.1 et 26.2. Celle détaillant la part récurrente du chiffre d’affaires figure en note 26.3. Note 18 – Marge brute et coût des ventes 2003 2002 Chiffre d’affaires 184 665 185 110 Coût des ventes, dont : (62 980) (59 735) (52 716) (51 621) (1 621) (644) Achats Variation de stocks (valeur nette) Valeur ajoutée industrielle et frais de distribution Marge brute (en % du chiffre d’affaires) (8 643) (7 830) 121 685 125 375 65,9 % 67,7 % 79 80 Lectra 2003 Note 19 – Frais de recherche et développement 2003 Charges de personnel fixes (11 368) Charges de personnel variables Autres charges d’exploitation Subventions (137) (331) (2 154) (2 099) (7) Dotations aux amortissements (294) Dotations nettes aux provisions d’exploitation 2002 (10 907) 0 59 (427) (7) Total (13 960) (13 712) (en % du chiffre d’affaires) 7,56 % 7,41 % 2003 2002 Note 20 – Frais commerciaux, généraux et administratifs Charges de personnel fixes (49 813) (54 108) (7 796) (6 911) Autres charges d’exploitation (33 899) (35 738) Dotations aux amortissements (3 698) (5 287) Charges de personnel variables (1 467) (2 424) Total(1) Dotations nettes aux provisions d’exploitation (96 673) (104 468) (en % du chiffre d’affaires) 52,35 % 56,44 % (1) Les frais commerciaux, généraux et administratifs n’incluent pas les charges intégrées dans le coût des ventes (cf. note 18) d’un montant de 5 333 milliers d’euros en 2003 (5 128 milliers d’euros en 2002). Rémunérations des auditeurs du Groupe Les autres charges d’exploitation comprennent 538 milliers d’euros au titre de la vérification des comptes de la société Lectra SA et de ses filiales, dont 388 milliers d’euros versés à PricewaterhouseCoopers et 65 milliers d’euros à KPMG. Elles comprennent par ailleurs des honoraires versés à PricewaterhouseCoopers (121 milliers d’euros) et KPMG (2 milliers d’euros), essentiellement pour des missions d’assistance à l’élaboration des déclarations fiscales des filiales étrangères. Note 21 – Personnel Note 21.1 – Total des frais de personnel Le tableau suivant regroupe la totalité des frais de personnel, fixes et variables, du Groupe. 2003 2002 Recherche et développement (11 505) (11 238) Commercial, général et administratif (57 609) (61 019) Fabrication, logistique et achats (1) Total (1) (3 796) (3 452) (72 910) (75 709) Les frais de personnel de la rubrique “Fabrication, logistique et achats” sont intégrés dans le coût des ventes. Note 21.2 – Effectifs employés au 31 décembre 2003 2002 584 582 Filiales(1), dont 711 774 Europe 296 330 Amérique du Nord 169 192 Asie-Pacifique 154 155 Maison mère Reste du monde Total (1) Les filiales comprennent l’ensemble des sociétés du Groupe, qu’elles soient consolidées ou non. 92 97 1 295 1 356 Lectra 2003 Répartition des effectifs par fonction Administration, finance, systèmes d’information 2003 2002 246 242 Recherche et développement 169 181 Production, logistique, achats 109 112 Marketing, vente 304 312 Formation, conseil 101 121 Call Centers, maintenance technique, support Total 366 388 1 295 1 356 Note 21.3 – Participation et intéressement des salariés a) Participation Un avenant à l’accord de participation d’octobre 1984 a été signé en octobre 2000. Applicable aux salariés de la société mère exclusivement, il prévoit qu’une partie de la réserve spéciale de participation dégagée annuellement puisse être placée en valeurs mobilières (quatre types de fonds, dont un, composé uniquement d’actions de la société), suivant le choix personnel des bénéficiaires. Il n’y a pas eu de participation au titre de 2002 et de 2003, du fait du résultat fiscal déficitaire de la société mère. b) Intéressement Un contrat d’intéressement collectif aux résultats, applicable aux salariés de la société mère exclusivement, a été signé pour la première fois en septembre 1984. L’intéressement au titre de l’exercice 2003 s’élève à 963 milliers d’euros. Il était de 551 milliers d’euros en 2002. Note 21.4 – Rémunération des dirigeants La rémunération du Président du Conseil d’Administration et des quatre membres du Comité Exécutif comprend une partie fixe et une partie variable. La rémunération variable est déterminée en fonction de deux critères : le résultat consolidé avant impôts (comptant pour 67 %) et le cash flow libre consolidé (comptant pour 33 %). Elle est égale à zéro en deçà d’un certain seuil. A objectifs annuels atteints, elle était égale, pour l’exercice 2003, à 50 % de la rémunération totale pour le Président du Conseil d’Administration et le Directeur Général, à 30 % pour le Directeur Général Délégué et à 25 % pour le Directeur e-company et le Directeur Financier (ces pourcentages étaient respectivement en 2002 de 30 % pour le Président du Conseil d’Administration et le Directeur Général, de 25 % pour le Directeur Général Délégué et le Directeur e-company et de 24 % pour le Directeur Financier). La rémunération variable peut atteindre un pourcentage supérieur en fonction du dépassement des objectifs. Les objectifs annuels sont fixés par le Conseil d’Administration sur recommandations du Comité des Rémunérations. La rémunération globale (hors jetons de présence des administrateurs) allouée au Président du Conseil d’Administration et aux quatre membres du Comité Exécutif, au titre de 2003, s’est élevée à 1 700 milliers d’euros, dont 936 milliers d’euros de rémunération fixe et 764 milliers d’euros de rémunération variable. Au titre de 2002, leur rémunération globale était de 1 111 milliers d’euros (dont 269 milliers d’euros de rémunération variable). A l’exception du Président du Conseil d’Administration et du Directeur Général, les 3 autres membres du Comité Exécutif ont bénéficié d’une nouvelle attribution d’options de souscription d’actions en 2003. Les plans d’options des mandataires sociaux, en vigueur au 31 décembre 2003, sont détaillés dans la note 10.4.5. Note 21.5 – Jetons de présence des administrateurs Sous réserve de l’approbation de l’Assemblée Générale annuelle du 30 avril 2004, il sera attribué aux quatre membres du Conseil d’Administration, au titre de l’exercice 2003, des jetons de présence d’un montant de 56 milliers d’euros (56 milliers d’euros en 2002), répartis de manière égale entre eux. Note 21.6 – Cotisations aux régimes de retraite Les cotisations aux régimes de retraite obligatoires ou contractuels sont prises en charges dans le compte de résultat au cours de la période à laquelle elles se rapportent. 81 82 Lectra 2003 Note 22 – Dotations aux amortissements Le tableau suivant regroupe la totalité des amortissements des immobilisations corporelles et incorporelles (hors écarts d’acquisition) et leur affectation aux différents postes du compte de résultat : 2003 Recherche et développement Commercial, général et administratif Fabrication, logistique et achats(1) Total (1) 2002 (294) (427) (3 698) (5 287) (578) (594) (4 570) (6 308) Les amortissements de la rubrique “Fabrication, logistique et achats” sont intégrés dans le coût des ventes. Note 23 – Charges et produits financiers 2003 2002 876 876 Plus-values sur valeurs mobilières de placement 691 680 Autres produits financiers 185 196 (443) (500) (422) (428) Produits financiers, dont : Charges financières, dont : Commissions et services bancaires Autres charges financières Variation des provisions pour dépréciation des titres et prêts Frais financiers relatifs aux contrats de crédit-bail Total (21) (72) 92 479 0 (8) 525 847 Note 24 – Résultat de change La mise à la valeur du marché des instruments dérivés à la clôture de l’exercice s’est traduite par un gain de change de 68 milliers d’euros (cf. note 16.3). Note 25 – Nombre d’actions utilisé pour le calcul du résultat par action En application de la norme IAS 33 révisée, le résultat par action est calculé selon la méthode dite du rachat d’actions. 2003 2002 - utilisé pour le calcul du résultat de base(1) 35 036 507 35 399 568 - utilisé pour le calcul du résultat dilué 35 886 698 35 910 796 Nombre d’actions Au cours de l’exercice 2003, 636 656 options de souscription d’actions ont été exercées (cf. note 10.4). Le nombre d’actions ainsi créées a été pris en compte prorata temporis dans la base de calcul du résultat par action. Au 31 décembre 2003, 1 877 769 actions sont détenues en propre par la société (cf. note 10.1) dans le cadre du contrat de liquidité géré par SG Securities et de l’autorisation obtenue par la société d’acquérir en Bourse ses propres actions. Le nombre moyen d’actions ainsi détenues au cours de l’exercice a été déduit de la base de calcul du résultat par action. (1) Note 26 – Information sectorielle Le Groupe n’opère que sur un seul secteur d’activité. Il conçoit, produit et distribue des logiciels, des équipements et des services dédiés aux industries fortement utilisatrices de textiles, cuir et autres matériaux souples. A l’intérieur de ce secteur unique, le Groupe analyse ses ventes selon deux axes principaux : par pays ou région géographique et par ligne de produits. Les ressources et les moyens mis en œuvre (y compris les actifs) pour assurer la conception, la fabrication et la commercialisation de ses produits et de ses services sont généralement globaux et communs. La société considère qu’il n’est ni possible ni pertinent d’évaluer les performances du Groupe pour une ligne de produits, un marché sectoriel ou une région géographique donnés. Lectra 2003 Note 26.1 – Chiffre d’affaires par région géographique 2003 % 2002 % VARIATION À TAUX REELS % France 22 044 12 % 21 183 11 % +4% 22 044 +4% Autres pays d’Europe 71 583 39 % 78 373 43 % –9% 72 247 –8% Amérique du Nord 41 425 22 % 46 201 25 % – 10 % 48 736 +5% Asie-Pacifique 36 486 20 % 30 590 16 % + 19 % 42 348 + 38 % Reste du monde 13 127 7% 8 763 5% + 50 % 14 212 + 62 % 184 665 100 % 185 110 100 % 0% 199 587 +8% 2003 À TAUX 2002 VARIATION À TAUX CONSTANTS % Total 2003 À TAUX 2002 VARIATION À TAUX CONSTANTS % Note 26.2 – Chiffre d’affaires par ligne de produits 2003 % 2002 % VARIATION À TAUX REELS % 55 453 30 % 54 735 30 % +1% 60 225 + 10 % Nouvelles licences 30 697 17 % 30 519 17 % +1% 33 494 + 10 % Contrats d’évolution logiciels et Remote Expertise, et autres revenus récurrents logiciel Logiciels, dont : 24 756 13 % 24 216 13 % +2% 26 731 + 10 % Équipements de CFAO 67 214 36 % 60 625 33 % + 11 % 73 163 + 21 % Maintenance hardware 26 209 14 % 31 054 17 % – 16 % 27 904 – 10 % Pièces détachées et consommables 22 360 12 % 22 836 12 % –2% 24 052 +5% 8 502 5% 9 289 5% –8% 9 065 –2% 742 0% 1 103 1% ns 779 – 29 % 180 480 98 % 179 641 97 % 0% 195 188 +9% 4 185 2% 5 469 3% – 23 % 4 399 – 20 % 184 665 100 % 185 110 100 % 0% 199 587 +8% Formation, audit, conseil Divers Produits et prestations à valeur ajoutée PC et périphériques Total Note 26.3 – Répartition du chiffre d’affaires entre les ventes de nouveaux systèmes et les revenus récurrents 2003 À TAUX 2002 VARIATION À TAUX CONSTANTS % 2003 % 2002 105 202 57 % 100 553 54 % +5% 114 184 + 14 % Revenus récurrents(2), dont : 79 463 43 % 84 557 46 % –6% 85 403 +1% 26 % 52 457 28 % –7% 52 993 +1% Chiffre d’affaires des nouveaux systèmes(1) Contrats récurrents Autres revenus récurrents sur la base installée Total 48 847 % VARIATION À TAUX REELS % 30 616 17 % 32 100 18 % –5% 32 410 +1% 184 665 100 % 185 110 100 % 0% 199 587 +8% Le chiffre d’affaires des nouveaux systèmes comprend les ventes de nouvelles licences de logiciels, d’équipements de CFAO, de PC et périphériques, et de services associés. Les revenus récurrents sont de deux natures et comprennent : - les contrats d’évolution des logiciels, de maintenance hardware, de support en ligne et d’abonnement à la plate-forme d’échange Internet LectraOnline Exchange, renouvelables annuellement ; - le chiffre d’affaires des pièces détachées et des consommables, de formation, de conseil et d’interventions ponctuelles, réalisé sur la base installée, statistiquement récurrent. (1) (2) 83 84 Lectra 2003 Note 27 – Compte de résultat à taux de change constants Chiffre d’affaires 2003 2003 À TAUX 2002 2002 VARIATION À TAUX RÉELS VARIATION À TAUX CONSTANTS 184 665 199 588 185 110 0% +8% Coût des ventes (62 980) (64 306) (59 735) +5% +8% Marge brute 121 685 135 282 125 375 –3% +8% Frais de recherche et développement (13 960) (14 323) (13 712) +2% +4% Frais commerciaux, généraux et administratifs (96 673) (103 372) (104 468) –7% –1% 11 052 17 587 + 53 % + 144 % Résultat d’exploitation 7 195 Note 28 – Compte de résultat par trimestre (non audité) 2003 : TRIMESTRE CLOS LE Chiffre d’affaires Coût des ventes Marge brute Frais de recherche et développement Frais commerciaux, généraux et administratifs Résultat d’exploitation Résultat net 2002 : TRIMESTRE CLOS LE Chiffre d’affaires Coût des ventes Marge brute Frais de recherche et développement Frais commerciaux, généraux et administratifs Résultat d’exploitation Résultat net 31 MARS 30 JUIN 30 SEPT. 31 DÉC. 2003 45 207 44 934 43 954 50 570 184 665 (15 292) (14 984) (14 552) (18 152) 29 915 29 950 29 402 32 418 (62 980) 121 685 (3 597) (3 577) (3 157) (3 629) (13 960) (24 557) (24 201) (22 693) (25 222) (96 673) 1 761 2 172 3 552 3 567 11 052 994 1 514 2 284 2 655 7 447 31 MARS 30 JUIN 30 SEPT. 31 DÉC. 2002 41 860 43 555 45 544 54 151 185 110 (13 056) (13 991) (15 105) (17 583) 28 804 29 564 30 439 36 568 (59 735) 125 375 (3 633) (3 429) (3 122) (3 528) (13 712) (25 840) (26 380) (24 572) (27 676) (104 468) (669) (245) 2 745 5 364 7 195 (1 136) (575) 1 887 3 376 3 552 Lectra 2003 NOTES SUR LE TABLEAU DES FLUX DE TRÉSORERIE CONSOLIDÉS Note 29 – Autres ressources et besoins opérationnels En 2003, le poste “Autres ressources et besoins opérationnels” est composé des écarts de conversion latents sur les positions bilantielles court terme affectant le résultat de change (cf. note relative à la conversion des postes du bilan libellés en devises, page 63) pour un montant positif de 208 milliers d’euros (contre un montant négatif de 316 milliers d’euros en 2002) et de dotations aux provisions financières pour un montant négatif de 210 milliers d’euros (contre un montant négatif de 490 milliers d’euros en 2002). Aucun flux monétaire n’est associé à ces transactions. Note 30 – Variation des créances clients et comptes rattachés La diminution du chiffre d’affaires au cours du dernier trimestre 2003 par rapport à la même période de 2002 étant proportionnellement inférieure à la diminution du montant des créances clients et comptes rattachés, le ratio de rotation des créances clients a été amélioré (23 jours nets de chiffre d’affaires TTC à fin 2003 contre 25 jours à fin 2002). Cette amélioration permet de dégager en 2003 un flux de trésorerie positif de 1 151 milliers d’euros. Note 31 – Cash flow libre Le cash flow libre s’obtient par l’addition des flux nets de trésorerie générés par l’activité et des flux nets de trésorerie liés aux opérations d’investissement, déduction faite des montants consacrés à l’acquisition de sociétés, nets de la trésorerie acquise. 2003 2002 Flux nets de trésorerie générés par l’activité 16 767 23 594 Flux nets de trésorerie liés aux opérations d’investissement (3 371) (3 388) Déduction des coûts d’acquisition de sociétés consolidées Cash flow libre 0 93 13 396 20 299 Les flux nets de trésorerie générés par l’activité se décomposent en une capacité d’autofinancement de 16 115 milliers d’euros en 2003, en progression de 2 607 milliers d’euros par rapport à 2002 (13 508 milliers d’euros) et une diminution du besoin en fonds de roulement de 652 milliers d’euros. En 2002, la diminution du besoin en fonds de roulement avait été, exceptionnellement, de 10 086 milliers d’euros à la suite, principalement, des mesures prises en 2001 et du remboursement d’acomptes versés en 2001 au titre de l’impôt courant (cf. note 33). Note 32 – Coût d’acquisition des sociétés rachetées, net de la trésorerie acquise En 2002, ce poste (93 milliers d’euros) correspondait essentiellement au dernier complément de prix payé pour l’acquisition de la société Haute Tension SA. Tous les compléments de prix des acquisitions réalisées par la société ont été soldés au 31 décembre 2002. Note 33 – Impôts payés, nets En 2002, le Groupe avait perçu le remboursement de versements d’acomptes effectués en 2001 pour 1 979 milliers d’euros, dont 1 953 milliers d’euros concernant la société mère. 85 86 Lectra 2003 Rapport des Commissaires aux Comptes sur les comptes consolidés (Exercice clos le 31 décembre 2003) À Mesdames et Messieurs les Actionnaires de Lectra SA Mesdames, Messieurs, En exécution de la mission qui nous a été confiée par votre Assemblée Générale, nous avons procédé au contrôle des comptes consolidés de la société Lectra SA relatifs à l’exercice clos le 31 décembre 2003, tels qu’ils sont joints au présent rapport. Les comptes consolidés ont été arrêtés par le Conseil d’Administration. Il nous appartient, sur la base de notre audit, d’exprimer une opinion sur ces comptes. Opinion sur les comptes consolidés Nous avons effectué notre audit selon les normes professionnelles applicables en France ; ces normes requièrent la mise en œuvre de diligences permettant d’obtenir l’assurance raisonnable que les comptes consolidés ne comportent pas d’anomalies significatives. Un audit consiste à examiner, par sondages, les éléments probants justifiant les données contenues dans ces comptes. Il consiste également à apprécier les principes comptables suivis et les estimations significatives retenues pour l’arrêté des comptes et à apprécier leur présentation d’ensemble. Nous estimons que nos contrôles fournissent une base raisonnable à l’opinion exprimée ci-après. Nous certifions que les comptes consolidés sont réguliers et sincères et donnent une image fidèle du patrimoine, de la situation financière, ainsi que du résultat de l’ensemble constitué par les entreprises comprises dans la consolidation conformément aux principes comptables décrits dans la note Règles et Méthodes Comptables de l’annexe aux comptes consolidés. Justification de nos appréciations En application des dispositions de l’article L. 225-235 du Code de Commerce relatives à la justification de nos appréciations, qui s’appliquent pour la première fois à cet exercice, nous portons à votre connaissance les éléments suivants : Votre société est conduite à effectuer des estimations et à formuler des hypothèses relatives en particulier à l’évaluation des écarts d’acquisitions et des impôts différés comme indiqué respectivement dans les notes 2 et 5.3. de l’annexe aux comptes consolidés. Nos travaux ont consisté à apprécier les données et les hypothèses sur lesquelles se fondent ces estimations, à revoir les calculs effectués par la société, à comparer les estimations des périodes précédentes avec les réalisations correspondantes et à examiner les procédures d’approbation de ces estimations par la direction. Dans le cadre de nos appréciations, nous nous sommes assurés du caractère raisonnable de ces estimations. Les appréciations que nous avons portées sur ces éléments s’inscrivent dans le cadre de notre démarche d’audit qui porte sur les comptes consolidés pris dans leur ensemble et ont donc contribué à la formation de l’opinion exprimée dans la première partie de ce rapport. Vérification spécifique Par ailleurs, nous avons également procédé à la vérification des informations données dans le rapport sur la gestion du Groupe. Nous n’avons pas d’observation à formuler sur leur sincérité et leur concordance avec les comptes consolidés. Paris et Bordeaux, le 16 mars 2004 Les Commissaires aux Comptes PricewaterhouseCoopers Audit KPMG Entreprises Département de KPMG SA Marc Ghiliotti Jean-Pierre Raud Lectra 2003 Rapport des Commissaires aux Comptes, établi en application du dernier alinéa de l’article L. 225-235 du Code de Commerce, sur le rapport du Président du Conseil d’Administration de la société Lectra SA décrivant les procédures de contrôle interne relatives à l’élaboration et au traitement de l’information comptable et financière À Mesdames et Messieurs les Actionnaires de Lectra SA Mesdames, Messieurs les actionnaires, En notre qualité de Commissaires aux Comptes de la société Lectra SA et en application des dispositions du dernier alinéa de l’article L. 225-235 du Code de Commerce, nous vous présentons notre rapport sur le rapport établi par le Président de votre société conformément aux dispositions de l’article L. 225-37 du Code de Commerce au titre de l’exercice clos le 31 décembre 2003. Sous la responsabilité du Conseil d’Administration, il revient à la direction de définir et de mettre en œuvre des procédures de contrôle interne adéquates et efficaces. Il appartient au Président de rendre compte, dans son rapport, notamment des conditions de préparation et d’organisation des travaux du Conseil d’Administration et des procédures de contrôle interne mises en place au sein de la société. Il nous appartient de vous communiquer les observations qu’appellent de notre part les informations et déclarations contenues dans le rapport du Président concernant les procédures de contrôle interne relatives à l’élaboration et au traitement de l’information comptable et financière. Nous avons, conformément à la doctrine professionnelle applicable en France, pris connaissance des objectifs et de l’organisation générale du contrôle interne, ainsi que des procédures de contrôle interne relatives à l’élaboration et au traitement de l’information comptable et financière, présentés dans le rapport du Président. Sur la base de nos travaux, nous n’avons pas d’observation à formuler sur la description des procédures de contrôle interne de la société relatives à l’élaboration et au traitement de l’information comptable et financière, contenues dans le rapport du Président du Conseil d’Administration, établi en application des dispositions du dernier alinéa de l’article L. 225-37 du Code de Commerce. Paris et Bordeaux, le 16 mars 2004 Les Commissaires aux Comptes PricewaterhouseCoopers Audit KPMG Entreprises Département de KPMG SA Marc Ghiliotti Jean-Pierre Raud 87 88 Lectra 2003 Biographie des Administrateurs et des membres de la Direction du Groupe André Harari André Harari, 60 ans, est Président du Conseil d’Administration de Lectra depuis le 3 mai 2002. Il était Vice-Président du Conseil d’Administration de Lectra depuis 1991 et Vice-Président-Directeur Général depuis 1998. De 1978 à 1990, il a été membre du Conseil de Surveillance de Lectra, dont la Compagnie Financière du Scribe était l’un des actionnaires minoritaires historiques, avant d’en prendre le contrôle fin 1990. André Harari n’occupe aucun mandat d’administrateur en dehors de la société. André Harari a été Président-Directeur Général de la Compagnie Financière du Scribe, société de capital-risque spécialisée dans les entreprises technologiques, qu’il a fondée en 1975 et dont il était avec Daniel Harari le principal actionnaire, jusqu’à sa fusion-absorption par Lectra le 30 avril 1998. Il a débuté sa carrière dans la division consulting d’Arthur Andersen (Paris, 1970-1975). André Harari est ancien élève de l’École Polytechnique et de l’École Nationale de la Statistique et de l’Administration Économique, et Docteur ès Sciences de Gestion (Université Paris-Dauphine). Daniel Harari Daniel Harari, 50 ans, est Directeur Général depuis le 3 mai 2002. Il était Président-Directeur Général de Lectra depuis 1991, après sa prise de contrôle par la Compagnie Financière du Scribe fin 1990. Il n’occupe aucun mandat d’administrateur en dehors de la société et de ses filiales. Daniel Harari a été administrateur (depuis 1981) et Directeur Général (depuis 1986) de la Compagnie Financière du Scribe, société de capital-risque spécialisée dans les entreprises technologiques, dont il était avec André Harari le principal actionnaire, jusqu’à sa fusion-absorption par Lectra le 30 avril 1998. Il a débuté sa carrière comme Directeur de la Société d’Études et de Gestion Financière Meeschaert, spécialisée dans la gestion de patrimoines (1980-1983), puis il a été Président-Directeur Général de La Solution Informatique (1984-1990), société de distribution et de services micro-informatiques, et d’Interleaf France (1986-1989), filiale de la société américaine d’édition de logiciels, qu’il a fondées. Daniel Harari est ancien élève de l’École Polytechnique et diplômé de l’Institut Supérieur des Affaires (deuxième année du programme MBA à Stanford Business School - États-Unis). Hervé Debache Hervé Debache, 58 ans, est administrateur de Lectra depuis 1998. Hervé Debache est administrateur et Directeur Général Délégué de la société AWF, spécialisée dans l’ingénierie financière, les fusions et acquisitions et le capital-développement, depuis que celle-ci a fusionné, en 2002, avec la société Tertiaire Développement, dont il était le fondateur et le Président-Directeur Général depuis 1991. Il est par ailleurs administrateur de la société de capital-risque Cyber Capital (Paris), spécialisée dans l’audiovisuel et les médias, de la Sicav Atlante (groupe Compagnie Financière Edmond de Rothschild, Paris) et de la société Mets et Vins de France. Hervé Debache a débuté sa carrière comme Auditeur et Consultant chez Price Waterhouse (Paris, 1967-1981) avant de rejoindre SEMA Group comme Directeur Général de la filiale consulting (1982-1988), puis de co fonder la Compagnie Financière JP Elkan, banque d’affaires spécialisée dans les fusions et acquisitions et le capital-développement, dont il était Directeur. Hervé Debache est expert-comptable, diplômé de HEC (Paris) et de la Harvard Business School (International Teachers Program - États-Unis). Lectra 2003 Louis Faurre Louis Faurre, 70 ans, est administrateur de Lectra depuis 1991. Il n’occupe aucun mandat d’administrateur en dehors de la société. Actuellement retraité, Louis Faurre a été Président-Directeur Général de la société Sagem-Sat-Service (1983-1995), spécialisée dans les équipements d’informatique et de bureautique. Il a commencé sa carrière comme Ingénieur (1964-1970) à la Sagem, dont il devient Directeur de la Division Informatique (1970-1983). Louis Faurre était par ailleurs administrateur de la Compagnie Financière du Scribe (depuis 1981) jusqu’à sa fusion-absorption par Lectra le 30 avril 1998. Louis Faurre est diplômé de l’École Polytechnique et Ingénieur de l’École Nationale Supérieure des Télécommunications. Daniel Moreau Daniel Moreau, 51 ans, est Directeur Général Délégué de Lectra depuis le 3 mai 2002 et Directeur de l’Amérique du Nord depuis novembre 2003. Il était Directeur Général de Lectra depuis 1997. Il a rejoint Lectra en 1988 pour prendre la direction de la filiale belge, puis a été successivement Directeur de l’Europe du Nord, Directeur de la Division Produits (recherche développement et production) de 1993 à 1996, avant de prendre la Direction des Opérations (direction des filiales commerciales et de services). Depuis le 1er octobre 2001, il est responsable de la mise en œuvre de la nouvelle stratégie commerciale et des ventes de l’ensemble du Groupe. Daniel Moreau a débuté sa carrière comme Directeur du secteur bancaire chez Hewlett Packard Belgique (1983-1984), puis il a été successivement Directeur de la société de services informatiques Sages Benelux (1984-1988) et Directeur Marketing de Burroughs Belgique (1977-1983). Daniel Moreau est licencié en sciences physiques (Université de Bruxelles). Jérôme Viala Jérôme Viala, 42 ans, est Directeur Financier de Lectra depuis 1994 et a la responsabilité de l’ensemble des fonctions financières, juridiques et des ressources humaines. Il a rejoint Lectra en 1985, au service financier, puis a successivement occupé les fonctions de Contrôleur de Gestion pour l’Europe et l’Amérique du Nord (1988-1991), de Directeur Financier de la Division France (1992-1993) et de Directeur Financier de la Division Produits (1993-1994). Jérôme Viala a débuté sa carrière comme Analyste Crédit chez Esso (France). Jérôme Viala est diplômé de l’École Supérieure de Commerce de Bordeaux. 89 90 Lectra 2003 Adresses des filiales, bureaux, agents et distributeurs SIÈGE MONDIAL 16-18, rue Chalgrin 75016 Paris, France Tél. : + 33 (0)1 53 64 42 00 Fax : + 33 (0)1 53 64 43 00 www.lectra.com Site Industriel 23, chemin de Marticot 33610 Bordeaux Cestas, France Tél. : + 33 (0)5 57 97 80 00 Fax : + 33 (0)5 57 97 82 07 CALL CENTERS Call Center Europe Tél. : + 00 800 00 LECTRA + 00 800 00 53 2872 (appel gratuit) Fax : + 33 (0)5 57 97 82 13 Call Center Asie-Pacifique Tél. : + 852 3406 1333 Fax : + 852 2375 3305 Call Center Amérique Tél. : + 1 877 453 2872 Fax : + 1 800 746 8760 INTERNATIONAL ADVANCED TECHNOLOGY CENTERS Lectra 23, Chemin de Marticot 33610 Cestas, France Tél. : + 33 (0)5 57 97 80 00 Fax : + 33 (0)5 57 97 82 07 Lectra 889 Franklin Road, SE Marietta, GA 30067-7945 USA Tél. : + 1 770 422 8050 Fax : + 1 770 422 1503 Lectra 1F, 60# Building, No. 461 Hong Cao Road 200233 Shanghai, Chine Tél. : + 86 21 5450 0050 Fax : + 86 21 6495 7233 AFRIQUE DU SUD AUSTRALIE CANADA Lectra 46 Henwood Road Morningside – Durban 4001 Tél. : + 27 (31) 303 1203 Fax : + 27 (31) 303 1247 Lectra 20 Duerdin Street, Clayton North 3168 Melbourne – Victoria Tél. : + 61 3 9558 6206 Fax : + 61 3 9558 6294 Lectra Bur. 200 50 Bd Cremazie Ouest Montréal (Québec) H2P1A2 Tél. : + 1 514 383 4613 Fax : + 1 514 383 5270 Lectra Unit 4, 36 Ralph Street Alexandria 2015 Sydney New South Wales Tél. : + 61 2 8338 0575 Fax : + 61 2 8338 0684 Lectra 1120, Finch Avenue West Suite 506 Toronto (Ontario) M3J 3H7 Tél. : + 1 416 661 5544 Fax : + 1 416 661 5549 Lectra 1, East Gate Lane Bedfordview Johannesbourg 2001 Tél. : + 27 (11) 622 2714 Fax : + 27 (11) 622 2490 Lectra P.O. Box 38763 – Pinelands Le Cap 7430 Tél. : + 27 (21) 696 0600 Fax : + 27 (21) 696 0606 ALLEMAGNE Lectra Adalperostrasse 29 85737 Ismaning Tél. : + 49 89 996 26 0 Fax : + 49 89 996 26 199 Lectra Friedensstrasse 118 51145 Cologne Tél. : + 49 2203 920 700 Fax : + 49 2203 920 70 700 Lectra Süd West Park 60 90449 Nuremberg Tél. : + 49 91 19 67 98 66 Fax : + 49 91 19 67 98 67 ARGENTINE AYS* Casilla de Correo 56 Haedro Pcia, De Buenos Aires 1706 Buenos Aires Tél. : + 54 11 4650 5458 Fax : + 54 11 4650 5458 Casa Waldman* Av. R. Scalabrini Ortiz 334 1414 Buenos Aires Tél. : + 54 11 4855 0123 Fax : + 54 11 4854 8014 CHILI Lectra Löwengasse 3 1030 Vienne Tél. : + 43 1 480 15 240 Fax : + 43 1 480 19 01 Lectra Av. Santos Dumont 267 51121 Correo Central Recoleta – Santiago du Chili Tél. : + 56 2 735 6137 Fax : + 56 2 735 5787 BANGLADESH CHINE Texas Resources Ltd.* BTA Tower (10th Floor) 29, Kemal Ataturk Avenue Banani Commercial Area 1213 Dhaka Tél. : + 880 2 988 5801 Fax : + 880 2 882 3587 Lectra Room 905-907, Metro Tower 30 Tian Yao Qiao Road Shanghai 200030 Tél. : + 86 21 6426 7288 Fax : + 86 21 6426 7224 AUTRICHE BELGIQUE Lectra Dendermondesteenweg 636 9070 Destelbergen – Gand Tél. : + 32 9 222 20 26 Fax : + 32 9 222 50 06 BRÉSIL Lectra Avenida Bosque da Saùde, 1574 Bairro : Saùde 04142-082 São Paulo – SP Tél. : + 55 11 5581 3362 Fax : + 55 11 5584 9510 Lectra Rua São Francisco 63 Vila Nova 89035-220 Blumenau – SC Tél. : + 55 47 322 1222 Fax : + 55 47 322 3675 Lectra Suite 1901-5A, Tower 6 33, Canton Road Tsimshatsui Kowloon – Hong Kong Tél. : + 852 2722 5687 Fax : + 852 2723 4664 Lectra Room 706, Hao Yuan Building B, Jia 88, Cai Hu Ying East Street, Fengtai District, Beijing 100054 Tél. : + 86 10 6333 1885 Fax : + 86 10 6333 1890 Lectra 11th floor, Jin He Da Sha 183 Xiao Bei Road Guangzhou 510045 Tél. : + 86 20 8355 6899 Fax : + 86 20 8355 1407 Lectra 2003 Lectra Qingdao (Shandong Province) 6-2-1701, Guihe Garden 20 Fuzhou Road (South) 266071 Qingdao, Shandong Tél. : + 86 532 575 8655 Fax : + 86 532 575 8652 Lectra Shishi (Fujian Province) North Plaza, Shi Quan Road 362700 Shishi, Fujian Tél. : + 86 595 858 2233 Fax : + 86 595 858 5533 Lectra Wuhan (Hubei Province) Hankou Development Center Room 402 – JiangBei National Private-owned Science Tech. Park 430023 Wuhan Tél. : + 86 27 8356 0557 Fax : + 86 27 8394 9321 CORÉE DU SUD ESTONIE Charmetech Systems Co. Ltd* #705 Sinsong Building 25-4 Yoido-Dong, Youngdeungpo-ku – Séoul Tél. : + 82 2 784 9292 Fax : + 82 2 784 5657 Lectra Paldiski mnt 29 10621 Tallinn Tél. : + 372 661 0141 Fax : + 372 661 0156 ÉTATS-UNIS DANEMARK Lectra Nygade 95 A – 7430 Ikast Tél. : + 45 97 15 49 66 Fax : + 45 97 15 48 99 ÉGYPTE Ghabour International* 21-24 Emad El Din Street Le Caire Tél. : + 202 57 48 025 / 026 / 027 / 028 Fax : + 202 57 44 193 ÉMIRATS ARABES UNIS Nicholson C. & Sons Ltd* Nikodimou, Milona 9 1511 Leykosia Tél. : + 357 22 757 770 Fax : + 357 22 751 472 Star Sewing Machine Trading Co.Ltd* P.O. Box 53-54 Al-Qusais Industrial Area Dubai Tél. : + 971 42 67 94 44 Fax : + 971 42 67 94 45 COLOMBIE ESPAGNE Mad Ingenieros* Calle 13 # 69B – 10 – Bogota Tél. : + 57 1 292 4615 Fax : + 57 1 405 3155 Lectra Avenida de Burgos, 12 2ndo Derecha 28036 Madrid Tél. : + 34 902 102 150 Fax : + 34 902 102 160 CHYPRE Procostura Del Valle* Carrera 10 n°9-30 – Cali Tél. : + 57 2 884 3430 Fax : + 57 2 884 4804 Sericom S.A.* Calle 23, 43 A Centro d’Automotriz Local-150 133 Medellin Tél. : + 57 4 262 2700 Fax : + 57 4 262 2700 Lectra Via Augusta 13-15, Of. 308 08006 Barcelone Tél. : + 34 902 102 150 Fax : + 34 902 102 160 Lectra 889 Franklin Road, SE Marietta, GA 30067-7945 Tél. : + 1 770 422 8050 Fax : + 1 770 422 1503 Lectra 10200 Pioneer Blvd., Suite 500 Santa Fe Springs, CA 90670 Tél. : + 1 562 903 1340 Fax : + 1 562 903 1346 Lectra 2880 East Beltline NE Upper level – Grand Rapids MI 49525-9476 Tél. : + 1 616 361 1139 Fax : + 1 616 361 5679 Lectra 119 West 40th Street – 3rd Floor New York, NY 10018 Tél. : + 1 212 704 4004 Fax : + 1 212 704 0751 Lectra 204 East Woodlawn Road Building 3, Suite 110 Charlotte, NC 28217 Tél. : + 1 704 529 0094 Fax : + 1 704 529 0096 FINLANDE Lectra Sahaajankatu 24 00880 Helsinki Tél. : + 358 9 759 44 30 Fax : + 358 9 755 48 50 FRANCE Lectra 95, Boulevard de Sébastopol 75002 Paris Tél. : + 33 (0)1 40 13 59 59 Fax : + 33 (0)1 40 13 59 58 Lectra Espace Performance – Bât. A 1, Place Michel-Ange 49300 Cholet Tél. : + 33 (0)2 41 49 18 70 Fax : + 33 (0)2 41 49 18 79 Lectra Z.I. La Pilaterie – Acticlub n°2 Rue des Champs 59650 Villeneuve D’Ascq Tél. : + 33 (0)3 20 66 28 80 Fax : + 33 (0)3 20 66 28 88 Lectra Le Polaris 45, Rue Ste Geneviève 69006 Lyon Tél. : + 33 (0)4 72 83 84 10 Fax : + 33 (0)4 72 83 84 20 Lectra ZAC de la Plaine – Bât. B 5, Avenue Marcel Dassault 31500 Toulouse Tél. : + 33 (0)5 57 97 81 00 Fax : + 33 (0)5 62 71 65 85 GRÈCE Lectra Kefalinias 46 & Patission 112 51 Athènes Tél : + 30 210 866 3512 / 15 30 210 866 8529 / 30 Fax : + 30 210 866 3445 Lec Hellas A.E.* 31 Salaminios & Ethnikis Adistaseos Nea Chalkidona 143 43 Atilcis Tél. : + 30 210 258 9040 Fax : + 30 210 258 7080 INDE Magnum Solutions Pvt. Ltd.* 3rd Floor, 3, Community Centre Saket 110017 New Delhi Tél. : + 91 11 5163 6223 Fax : + 91 11 5163 7122 91 92 Lectra 2003 Adresses des filiales, bureaux, agents et distributeurs INDONÉSIE PT-Fratekindo Jaya Gemilang* Jalan Hadji Junaedi n°16 Cipete Dalam Jakarta 12410 Tél. : + 62 21 765 4108 Fax : + 62 21 751 2840 ISRAËL Lectra 5 Arye Regev St. P.O. Box 8309 New Industrial Area Natanya 42504 Tél. : + 972 9 835 52 27 Fax : + 972 9 835 52 28 Neel Agencies and Development* 148 Menachem Begin Road Tel Aviv 64921 Tél. : + 972 3 609 6060 Fax : + 972 3 696 7777 ITALIE Lectra Via Gaetano Crespi, 12 20134 Milan (MI) Tél. : + 39 0 221 04 71 Fax : + 39 0 226 410 417 Lectra Strada Vecchia del Pinocchio, 26/B 60100 Ancone (AN) Tél. : + 39 0 712 865 021 Fax : + 39 0 712 866 146 Lectra Via Nicolò Paganini, 15 E 70017 Putignano (BA) Tél. : + 39 0 804 054 955 Fax : + 39 0 804 054 955 Lectra Via Porini, 16 40069 Zola Predosa (BO) Tél. / Fax : + 39 051 75 03 76 Lectra Via Torta, 70 Localita Osmannoro 50019 Sesto Fiorentino (FI) Tél. : + 39 0 55 319 349 Fax : + 39 0 55 319 349 Lectra 1-11-15-112, Jiromaru Sawara-Ku Fukuoka 814-0165 Tél. : + 81 (92) 871 6731 Fax : + 81 (92) 871 6733 Lectra Via Ponchielli, 27 10024 Moncalieri (TO) Tél. : + 39 0 116 821 141 Fax : + 39 0 116 821 429 Lectra Kitakanto Service Center 2-24-30-105, Daishin Kooriyama Fukushima 963-8852 Tél. : + 81 (0) 24 925 1495 Fax : + 81 (0) 24 925 1496 Lectra Centro Commerciale Multicenter SS11 Padana Superiore verso Verona n°303 36100 Vicence (VI) Tél. : + 39 0 444 340 465 Fax : + 39 0 444 340 381 Protek* Via E. De Nicola, 37 80059 Torre Del Greco (NA) Tél. : + 39 0 818 814 859 Fax : + 39 0 818 470 291 JAPON Lectra Rena Tenmabashi Bldg. 3F 1-6-6, Funakoshi-cho, Chuo-ku Osaka 540-0036 Tél. : + 81 (6) 6946 1248 Fax : + 81 (6) 6946 1244 Lectra 156-1 Nakago Nakamachi Toyota-Shi Aichi 473-0904 Tél. : + 81 (565) 53 9901 Fax : + 81 (565) 53 9902 Lectra 19-1, Doïjiri Ogama-Aza Takisawa-Mura, Iwate-gun Iwate 020-0151 Tél. : + 81 (19) 699-1210 Fax : + 81 (19) 699-1211 Lectra Kurosuta Tamashima 1643-6 Tamashima Kurashiki Okayama 710-0252 Tél. : + 81 (86) 525 0830 Fax : + 81 (86) 525 0834 Lectra Nishi-shinbashi Rea Bldg. 1F 3-13-7, Nishi-shinbashi Minato-ku Tokyo 105-0003 Tél. : + 81 (3) 5776 6081 Fax : + 81 (3) 5776 6083 MADAGASCAR ATS Madagascar Sarl* Bâtiment C2 - Village des Jeux Ankorondrano Antananarivo Tél. : + 261 20 22 477 01 / 02 Fax : + 261 20 22 468 34 MAROC Lectra 29, rue Ibnou Habbous (2e étage) Maarif Extension Casablanca Tél. : + 212 22 25 59 80 Fax : + 212 22 23 00 44 MAURICE ATS* 19, Poivre Street Port Louis Tél. : + 230 202 7600 Fax : + 230 202 7601 MEXIQUE Lectra Cincinatti 40-505 Colonia Nochebuena 03710 Mexico D.F. Tél. : + 52 55 55 63 91 91 Fax : + 52 55 55 63 91 92 NORVÈGE Advanced Cutting Technology AS* P.O. Box 405, Nesttun 5853 Bergen Tél. : + 47 55 92 41 70 Fax : + 47 55 92 41 71 PAKISTAN Paracha Industrial Sewing Machines Co.* 11 Shaheen Towers, Block 6 Shahrah-E Faisal Karachi 75400 Tél. : + 92 21 453 5487 Fax : + 92 21 453 5489 PAYS-BAS Lectra Keulschevaart 22a 3621 MX Breukelen Tél. : + 31 (0) 346 259 900 Fax : + 31 (0) 346 259 989 Lectra 2003 PÉROU ROUMANIE SUÈDE TURQUIE A. Morante Y Cia SA* Las Agatas, 189 Lima 13 Tél. : + 51 1 472 28 72 Fax : + 51 1 470 74 95 Lectra Calea Dorobantilor 38/1 3400 Cluj Napoca Tél. : + 40 264 593 268 Fax : + 40 264 439 033 Lectra Varbergsvägen 48 P.O.Box 974 50110 Boras Tél. : + 46 33 23 78 70 Fax : + 46 33 23 78 78 PHILIPPINES ROYAUME-UNI Lectra 3/F Unit 35 The Columbia Tower Ortigas Avenue Mandaluyong City 1550 Tél. : + 632 725 8693 Fax : + 632 724 4023 Lectra Thomas Duggan House Manor Lane Shipley BD18 3RB West Yorkshire Tél. : + 44 1 274 580 990 Fax : + 44 1 274 531 119 Lectra Polat Is Merkezi C Blok Kat : 4 Daire : 10 Basin Ekspress Yolu Gunesli-Istanbul Tél. : + 90 212 656 90 09 Fax : + 90 212 656 71 95 Unix Industrial Corp.* 5865 Zobel Roxas, Corner Bautista Street Makati City Tél. : + 632 551 6217 Fax : + 632 551 1052 Lectra 15 Hay’s Mews Londres W1J 5PX Tél. : + 44 2 070 167 600 Fax : + 44 2 070 167 601 SINGAPOUR POLOGNE Lectra Oddzialu w Warszawie Ul. Smolenskiego 4/2 01-698 Varsovie Tél. : + 48 228 33 08 86 Fax : + 48 228 33 09 48 PORTUGAL Lectra Av. Dr. Antunes Guimarães, 521 4450-621 Leça da Palmeira Tél. : + 351 22 999 10 00 Fax : + 351 22 999 10 01 / 09 19 Lectra Rua da Corredoura Lote 20 R/C Esq. Posterior 6300-825 Guarda Tél. : + 351 271 23 72 10 Fax : + 351 271 23 72 10 Lectra 101 Thomson Road #09-01 United Square Singapour 307591 Tél. : + 65 6353 9788 Fax : + 65 6352 5355 Adstra Systems* 60 Martin Road Trademart Singapore #07-11 Singapour 239065 Tél. : + 65 736 0368 Fax : + 65 733 3564 SRI LANKA Apparel Technology (Pvt) Ltd* 104, Galle Road Mont Lavinia Colombo Tél. : + 941 12 735 391 Fax : + 941 12 735 390 Lectra Edificio Terraços do Bugio Av. Dr. Francisco Sà Carmeiro n° 5-4C 2780-241 Oeiras (Lisbonne) Tél. : + 351 21 446 24 80 Fax : + 351 21 446 24 81 SYRIE Zero One* Kassa - Anwar Attar Street P.O.Box 12340 Damas Tél. : + 963 11 446 1955/6 Fax : + 963 11 441 9583 TAIWAN Lectra 5th Floor, Shinn-Fu Building 9-16 Nan Kan Hsia Lu-Chu Hsiang Tao Yuan County - 33807 Tél. : + 886 3 326 7210 Fax : + 886 3 326 1049 THAÏLANDE KMCC Co. Ltd* 39/6 Moo 9 Soi Sukhumvit 105 (Lasalle) Srinakarin Road Bangna, Bangna Bangkok 10260 Tél. : + 662 745 8555 Fax : + 662 745 8566 TUNISIE Lectra Résidence El Amen Rue du Lac Turkhana 2045 Les Berges du Lac Tél. : + 216 71 965 533 / 963 524 Fax : + 216 71 965 660 Lectra Avenue Habib Bourguiba 5070 Ksar Hellal Tél. : + 216 73 454 580 Fax : + 216 73 454 206 *Les agents et distributeurs mentionnés dans cette liste le sont à la date de publication du présent rapport annuel. Cette liste est indicative et non contractuelle. VENEZUELA Textil Computer C.A.* Av. Guaicaipuro Res. Tibisay Apto 23 El Llanito – Caracas Tél. : + 58 212 257 2028 Fax : + 58 212 257 2028 VIETNAM Viet Tien Tung Shing Corp.* 719 Tran Hung Dao St. Dist.5, Ho Chi Minh Ville Tél. : + 84 8 838 0330 Fax : + 84 8 838 032 93 94 Lectra 2003 Conseil d’Administration et Direction Conseil d’Administration André Harari, Président Daniel Harari, Directeur Général Hervé Debache, Administrateur Louis Faurre, Administrateur Comité d’Audit Hervé Debache, Président Louis Faurre André Harari Comité des Rémunérations Louis Faurre, Président Hervé Debache André Harari Direction du Groupe Comité Exécutif Daniel Harari, Directeur Général, Président Daniel Moreau, Directeur Général Délégué Jérôme Viala, Directeur Financier Amérique du Nord Daniel Moreau, Directeur Amérique du Nord Asie-Pacifique Jean-Luc Aubert, Directeur Asie-Pacifique Europe et autres pays Philippe Albert, Directeur Royaume-Uni Luciano Cerioni, Directeur Italie Michel Cohen-Hadria, Directeur France, Espagne, Portugal, Afrique du Nord Christian Duddek, Directeur Allemagne Christophe Vanackère, Directeur Europe du Nord et de l’Est, Proche Orient, Amérique du Sud, Afrique du Sud Commissaires aux Comptes Commissaires aux Comptes titulaires PricewaterhouseCoopers Audit Représenté par Marc Ghiliotti 34, place des Corolles – Tour AIG 92908 Paris-la-Défense 2 KPMG Entreprises Département de KPMG SA Représenté par Jean-Pierre Raud 64, rue François-Marceau 33200 Bordeaux Commissaires aux Comptes suppléants Jacques Denizeau Franck Cournut 34, place des Corolles – Tour AIG 64, rue François-Marceau 92908 Paris-la-Défense 2 33200 Bordeaux Les curriculum vitae des administrateurs et des membres du Comité Exécutif figurent en pages 88 et 89. Photographies : Lectra remercie les sociétés qui ont bien voulu prêter leurs concours pour la réalisation de ce rapport : Autoliv, Charles Jourdan, DeCoro, Ecce, GoodBaby, Heilan Group, Johnson Controls, Louis Vuitton , La Senza, Newman, Rossimoda, Russell Athletic, Sam Moore, Youngone, Groupe Zodiac. Lectra remercie également les collaborateurs Lectra photographiés dans ce rapport. Conception et réalisation : L’Agence Synelog, 41, rue Greneta – 75002 Paris – France Crédits photo : Studio Twin photographie, 112, rue Lecoq – 33000 Bordeaux – France Cotation Répartition du chiffre d’affaires P A R Un Services Équipements de CFAO Logiciels PC et périphériques métier P A R A C T I V I T É 32 36 30 2 % % % % P A R R É G I O N Europe Amérique du Nord Asie-Pacifique Autres pays 51 22 20 7 % % % % M A R C H É Lectra est cotée au Second Marché d’Euronext Paris (segment NextEconomy). S E C T O R I E L Habillement, textile, distribution Automobile, aéronautique, nautique Ameublement Chaussure, bagage, maroquinerie 58 25 12 5 L’action Lectra fait partie des valeurs européennes composant l’indice Next 150 d’Euronext, et des valeurs françaises composant les indices SBF 250, Midcac et du Second Marché d’Euronext Paris. % % % % Classification FTSE : secteur 977 Technologies de l’information – Logiciels Code ISIN : FR 00000 65484 Contrat d'apporteur de liquidité : SG Securities (Société Générale) et une expertise Information financière uniques Lectra établit ses comptes selon les normes comptables IAS/IFRS et publie ses résultats trimestriellement. Le rapport annuel de la société ainsi que toutes ses publications financières sont également disponibles en anglais. Numéro un mondial, Lectra conçoit, produit et distribue des logiciels et des équipements dédiés aux industries fortement utilisatrices de textiles, cuir et matériaux souples. Cette offre technologique est complétée par un ensemble de services associés et se décline en solutions globales, permettant de concevoir le design d’un produit, de le fabriquer et de le distribuer. Chiffres-clés consolidés en millions d’euros (1) 2003 Chiffre d’affaires 2002 2001 2000 1999 184,7 185,1 194,5 228,7 200,5 Résultat d’exploitation 11,1 7,2 (0,7) 22,8 18,7 Résultat avant impôts 10,4 5,8 (2,9) 17,5 15,9 7,4 3,6 (3,2) 14,1 14,1 • Capital de base 0,21 0,10 (0,09) 0,42 0,48 • Capital dilué 0,21 0,10 (0,09) 0,37 0,39 Cash flow libre 13,4 20,3 0,4 9,7 9,4 82,7 73,0 76,5 80,3 58,5 52,4 35,2 19,6 22,8 7,8 14,0 13,8 16,4 16,6 13,9 3,4 3,1 6,6 5,1 8,7 1 295 1 356 1 425 1 517 1 502 Résultat net Résultat net par action Capitaux propres Trésorerie nette (2) (2) Recherche et développement Investissements Effectifs totaux (1) (2) (2) sauf pour le résultat par action, qui figure en euros au 31 décembre Des solutions pour un ensemble de grands marchés Une offre technologique et de services globale Une culture d’entreprise riche et fédératrice Les solutions déployées par Lectra répondent aux besoins d’un ensemble de grands marchés mondiaux : mode, habillement et distribution ; maroquinerie et bagage ; chaussure ; ameublement ; transport (automobile, aéronautique, nautique) ; autres industries traitant les tissus industriels et les matériaux composites. Depuis 30 ans, l’offre de logiciels et d’équipements de CFAO est le cœur du métier de l’entreprise. En constante évolution, cette offre allie les technologies les plus avancées. Elle s’est enrichie des technologies du virtuel, notamment de la 3D, d’Internet et de nouvelles applications. La plate-forme Internet LectraOnline Exchange permet l’échange sécurisé de données. Quant aux services, ils s’étendent de l’assistance et la maintenance des équipements sur site ou à distance, par télé-intervention, à la formation et au conseil. Les clients de Lectra bénéficient des compétences et de l’expérience de ses 1 300 collaborateurs, dont près de 60 % hors de France. Ces équipes de recherche, techniques ou commerciales, sont expertes des métiers de leurs clients. Elles partagent, partout dans le monde, la même culture d’entreprise, guidée par cinq valeurs-clés : leadership, entrepreneurship, excellence, innovation, customer care. Une vocation : permettre à chaque client de résoudre ses challenges stratégiques Avec chacun de ses 10 000 clients dans le monde, Lectra construit de véritables partenariats. Groupes internationaux, moyennes ou petites entreprises, ces clients créent, fabriquent, sous-traitent ou distribuent. Lectra contribue à leur succès dans l’atteinte de leurs enjeux stratégiques : réduire les coûts, améliorer la productivité, et développer la qualité, faire face à la mondialisation, développer et sécuriser les échanges d’informations électroniques, diminuer le time-to-market, répondre à la demande croissante de mass customisation, maîtriser et promouvoir l’image et les marques... Une implantation mondiale Lectra est une entreprise mondiale, présente dans 100 pays : près de 90 % de son chiffre d’affaires sont réalisés hors de France. Son propre réseau de filiales commerciales et de service contribue à hauteur de 93 % du chiffre d’affaires – une organisation unique, complétée par des agents et distributeurs dans certains pays. Trois Call Centers couvrent l’Europe, les États-Unis et l’Asie. Forte de près de 800 spécialistes du marketing, de la vente et des services, Lectra offre à chaque client, partout dans le monde, les avantages d’une proximité optimale. Une structure du capital simple, des fondamentaux financiers solides 29 % du capital sont détenus directement par les deux principaux dirigeants de la société, André et Daniel Harari. Le flottant est de 71 %. Avec des capitaux propres de € 82,7 millions et une trésorerie nette de € 52,4 millions, Lectra dispose de fondamentaux financiers solides. Ceux-ci lui permettent de poursuivre le financement d’une croissance organique soutenue et durable, et de saisir toute opportunité de croissance externe. L’action Lectra est cotée au Second Marché d’Euronext Paris. Ces données n’intègrent pas la société Investronica Sistemas acquise début 2004. 2 1973-2003 : 30 ans de défis et d’inovations pour Lectra 6 Stratégie 1 1 1 Va l e u r s c l é s 1 2 C h i ff re s - c l é s 1 1 14 Lectra dans le monde 1 6 M a rc h é s , s o l u t i o n s , services 30 Bourse 31 Rapport financier 9 4 D i re c t i o n Les comptes de la société mère de l'exercice 2003 et leur annexe, le texte intégral du rapport de gestion du Conseil d'Administration à l'Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004, le rapport spécial du Conseil d’Administration sur les options de souscription d’actions consenties ou levées en 2003, le rapport du Conseil d’Administration à l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, les rapports général et spécial des Commissaires aux comptes sur les comptes sociaux, les rapport spéciaux des Commissaires aux comptes à l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, et les résolutions soumises à ces deux assemblées figurent dans un document séparé. La note d’information relative au programme de rachat d’actions soumis à l’Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004 a reçu de l’Autorité des Marchés Financiers (AMF) le visa n° 04-258 en date du 7 avril 2004. Ces documents ainsi que toute l’information financière de la société peuvent être consultés sur le site Internet www.lectra.com, ou obtenus sur simple demande auprès du service Relations investisseurs. Calendrier financier 2004 Communication des résultats trimestriels et annuels (après la clôture d’Euronext Paris) Résultats du 1er trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 avril 2004 Résultats du 2ème trimestre2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 juillet 2004 Résultats du 3ème trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 octobre 2004 Résultats annuels 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 février 2005 ● Assemblée Générale - Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 avril 2004 ● Réunions d'analystes Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 février 2004 Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 septembre 2004 ● Ce calendrier est tenu à jour sur www.lectra.com Suivi de la valeur Les départements d'analyse des établissements financiers suivants assurent un suivi de la valeur : CDC IXIS-LCF Rothschild Midcaps, Crédit Agricole Indosuez Cheuvreux, Exane, Gilbert Dupont, HSBC CCF Securities, Oddo Securities, SG Securities (Société Générale). Relations investisseurs Lectra, 16-18, rue Chalgrin - 75016 Paris - France Tél. : + 33 (0) 1 53 64 42 00 - Fax : + 33 (0) 1 53 64 43 12 e-mail : [email protected] Lectra, société anonyme au capital de 56 198 547 euros RCS Bordeaux B 300 702 305 Siège social : 23, chemin de Marticot - 33610 Cestas - France Tél. : +33 (0) 5 57 97 80 00 - Fax : +33 (0) 5 57 97 82 00 www.lectra.com LECTRA - RAPPORT ANNUEL 2003 R APPORT 30 ANS DE DÉFIS ET D ’ INNOVATIONS ANNUEL 2003 PLUS DE 10 000 CLIENTS DANS 100 PAYS FONT CONFIANCE À LECTRA TEXTILE - A M E R I C A N P H I L T E X T I L E S (CHINE), A R C O T Ê X T E I S (PORTUGAL), A R G O PA N T E S (INDONÉSIE), B O U S S A C (FRANCE), C A R D O N T R A D I L I N G E (F R A N C E ), E M M A N U E L L A N G (F R A N C E ), F Á B R I C A T Ê X T I L R I O P E L E (P O RT U G A L), F L E X I T E X (P O RT U G A L), F O N TA N E L (F R A N C E ), G U I L L A U M O N D (F R A N C E ), H E N I T E X I N T E R N AT I O N A L (F R A N C E ), J . P E R E I R A F E R N A N D E S (P O RT U G A L), L A M E I R I N H O (P O RT U G A L), M I N TAY (TURQUIE) , M U L L I E Z (F R A N C E ), P E T T E N AT I (B R É S IL), S A N T I S TA T Ê X T I L (B R É S IL), S I AT (F R A N C E ), S O C I E D A D E T Ê X T I L A F L O R D O C A M P O ( P O RT U G A L ) , S O U L E I A D O ( F R A N C E ) , TA I A N A ( I TA L I E ) , T I S S A G E T E X T I L E D E P I C A R D I E ( F R A N C E ) , T I S S A G E S B O N VA L L E T ( F R A N C E ) , T Ê X T E I S P E N E D O (P O RT U G A L), T M G FA B R I C S (P O RT U G A L), T R O U I L L E T (F R A N C E ), VA N D E R S C H O O T E N (F R A N C E ), W I T TA M E R - H E N R I S T ( B E L G I Q U E ) … M O D E , H A B I L L E M E N T, D I S T R I B U T I O N - A C E S T Y L E ( C H I N E ) , A L B E R TA F E R R E T T I ( A E F F E ) ( I TA L I E ) , A L L A S I A ( C H I N E ) , A L L E G R I ( D I S M I 9 2 ) (ITA LIE ), A M B I A N C E B E L G I Q U E (B E LG IQ U E ), A M M A (P O RT U G A L), A N I M A L E (IN D O N É S IE ), A RT H A G L O RY (IN D O N É S IE ), AV E N T (S LO VA Q U IE ), B E R C E L (P O RT U G A L), B E R M O FA S H I O N (PAY S - B A S ) , B E T I (S LO V É N IE ), B E T S E Y J O H N S O N (É TAT S - U N IS ), B I N B I N K N I T T I N G (M A LA IS IE ) , B O RT E X (M A LT E ) , B O S S I N I (C H IN E ), B R A I C O N F (R O U M A N IE ), B R I N K M A N N G R U P P E (A LLE M A G N E ) , C A L I D A (S U IS S E ) , C A LV I N K L E I N (É TAT S - U N IS ), C A L Z E D O N I A (ITA LIE ), C A N D E R FA S H I O N (C H IN E ), C A R A M E L O (E S PA G N E ), C A RT E R H A R R I S (A F R IQ U E D U S U D ), C A R V I T E X (P O RT U G A L), C AT I M I N I (F R A N C E ), C H A N C H O O S I N G (M A LA IS IE ) , C H A N T E L L E (F R A N C E ), C H I C C O ( A RT S A N A ) (ITA LIE ), C H R I S T I A N D I O R (F R A N C E ), C H R I S T I A N L A C R O I X (F R A N C E ), C H R I S T I N A A M E R I C A (C A N A D A ) , C M T (ILE M A U R IC E ), C L I P S ( WA N D A M O D E ) (ITA LIE ), C O L U M B I A S P O RT S W E A R (É TAT S - U N IS ), C O M P L I C E S (F R A N C E ), C O R I (B R É S IL), C O R N E L I A N I (ITA LIE ), C . P. C O M PA N Y (ITA LIE ), C R I S M I N A G A R M E N T S (P H ILIP P IN E S ) , C RY S TA L G R O U P (C H IN E ), D A I N E S E (ITA LIE ), D A N I E R L E AT H E R (C A N A D A ) , D E LTA (IS R A Ë L) , D E VA N L AY L A C O S T E (F R A N C E ), D E V E R N O I S (F R A N C E ), D I E S E L (ITA LIE ), D I N I Z & C R U Z (P O RT U G A L), D U G U Y (F R A N C E ), D U R B A N C L O T H I N G (A F R IQ U E D U S U D ), E C C E (F R A N C E ), E D D I E B A U E R (É TAT S - U N IS ), E L E G A N C E I N D U S T R I A L (C H IN E ), E M I N E N C E (F R A N C E ), E S P R I T (A LLE M A G N E ) , E U R O B R O O K S ( PAY S B A S ) , E V E R G L O RY G R O U P (C H IN E ), E Y B L (A U T R IC H E ), FA M O RY G R O U P (C H IN E ), F L O R D A M O D A (P O RT U G A L), F O R U M (B R É S IL), F O R M O S TA R G A R M E N T (P H ILIP P IN E S ) , F O S P (F É D É R AT IO N D E R U S S IE ), F R U I T O F T H E L O O M (É TAT S - U N IS ), G A L E R I E S L A FAY E T T E (F R A N C E ), G A P I N C . (É TAT S - U N IS ), G A S ( G R O T T O ) (ITA LIE ), G H I M L I FA S H I O N (S IN G A P O U R ), G I N K A N A (E S PA G N E ), G I S T E X (IN D O N É S IE ), G I V E N C H Y (F R A N C E ), G L O R I O U S S U N E N T E R P R I S E S (C H IN E ), G O D S K E (D A N E M A R K ) , G R E AT R I V E R (IN D O N É S IE ), G R O U P E Z A N N I E R (F R A N C E ), G R U P P O L A P E R L A (ITA LIE ), G U C C I (ITA LIE ), G U S TAV D I G E L (A LLE M A G N E ) , H A B I T E X (R O U M A N IE ), H & M (S U È D E ), H E I L A N G R O U P (C H IN E ), H E N RY C O T T O N ( P E P P E R I N D U S T R I E S ) (ITA LIE ), H I T K O G Y O (JA P O N ) , H E R M È S (F R A N C E ), H U G O B O S S (A LLE M A G N E ) , I M P E T U S (P O RT U G A L), I N T I M I S S I M I ( C A L Z E D O N I A ) (ITA LIE ), J A B A G A R M I N D O (IN D O N É S IE ), J A C A D I (F R A N C E ), J A F F (A F R IQ U E D U S U D ), J & R E N T E R P R I S E S (R O U M A N IE ), J B G (T U N IS IE ), J C P E N N E Y ( É TAT S - U N I S ) , J E A N N E L A N V I N ( F R A N C E ) , J I A N G S U C H E N F E N G G R O U P ( C H I N E ) , J I C H O D O ( J A P O N ) , J I T E X ( R É P U B L I Q U E T C H È Q U E ) , J O B A R R O S (P O RT U G A L), J O L I D O N (R O U M A N IE ), J P C (IN D E ), K A H AT E X (IN D O N É S IE ), K A P PA H L (S U È D E ), K AY L E E FA S H I O N (P H ILIP P IN E S ) , K E N Z O (F R A N C E ), K I A B I (F R A N C E ), K O O K A I (F R A N C E ), L A B O D (S LO V É N IE ), L A F U M A (F R A N C E ), L A R E D O U T E (F R A N C E ), L A S E N Z A (C A N A D A ) , L E S L I E FAY (É TAT S - U N IS ), L E S 3 S U I S S E S (F R A N C E ), L I M AT Ê X T I L (P O RT U G A L), L I N D A L U N D S T R O M (C A N A D A ) , L I N E A M A S ( M A S G R O U P ) (SRI LA N K A ) , L I O N A P PA R E L (É TAT S - U N IS ), L I S C A (S LO V É N IE ), L I S E C H A R M E L (F R A N C E ), L I Z C L A I B O R N E (É TAT S - U N IS ), L I & F U N G (C H IN E ), L Ö F F L E R (A U T R IC H E ), L O O K (JA P O N ), L U I S A S PA G N O L I (ITA LIE ), L U M I K (C R O AT IE ), M A C O N D E (P O RT U G A L), M A LW E E (B R É S IL), M A N D E R L E Y FA S H I O N (PAY S - B A S ) , M A RYA N B E A C H W E A R G R O U P (A LLE M A G N E ) , M A R I M E K K O (F IN LA N D E ), M A R I S O L (B R É S IL), M A RT I N G R E E N F I E L D C L O T H I E R (É TAT S - U N IS ), M A S I C O M PA N Y (F IN LA N D E ), M A X A B R A M (PAY S - B A S ) , M AY E R L I N E (B E LG IQ U E ), M E T R O G A R M I N G R O U P (IN D O N É S IE ), M I S I R L I (TURQUIE) , M O A R A (P O RT U G A L), M O D E L A M A E X P O RT S (IN D E ), M O D E & C O M PA G N I E (F R A N C E ), M O N O P R I X (F R A N C E ), M O R I T E X (P O RT U G A L), M T P - M A FA L D A T E I X E I R A P I N T O (P O RT U G A L), M U LT I P L E S (F R A N C E ), M U S TA N G B E K L E I D U N G S W E R K E (A LLE M A G N E ) , N A N S O (F IN LA N D E ), N E W M A N (F R A N C E ), N O RT O N M C N A U G H T O N (É TAT S - U N IS ), O C E N S K Y (S IN G A P O U R ), O R G A N T E X (P O RT U G A L), O R J I N D E R I (TURQUIE) , O R I E N T C R A F T (IN D E ), O R I E N T F O R E S T (C H IN E ), O RW E L L B Y G I A C O M O B E K K L E I D U N G (A LLE M A G N E ) , O X B O W (F R A N C E ), O Z E TA (S LO VA Q U IE ), O Z E X (S LO VA Q U IE ), O Z K N (S LO VA Q U IE ), PA C I F I C D U N L O P (A U S T R A LIE ), PA L S C L O T H I N G (A F R IQ U E D U S U D ), PA N C A T U N G G A L (IN D O N É S IE ), P C M (B E LG IQ U E ), P E R RY E L L I S I N T E R N AT I O N A L (É TAT S - U N IS ), P E T R AT E X (P O RT U G A L), P E T T E N AT I (B R É S IL), P H I L L I P S - VA N H E U S E N (É TAT S - U N IS ), P I N K O ( C R I S C O N F E Z I O N I ) (ITA LIE ), S A R A L E E B R A N D E D A P PA R E L ( L O VA B L E , P L AY T E X , D I M , B A L I , H A N E S ) (É TAT S U N IS , E U R O P E ), P & R T Ê X T E I S (P O RT U G A L), P R É N ATA L (E S PA G N E ) , P R I N C E S S E TA M - TA M (F R A N C E ), P R O M O D (F R A N C E ), P T S A N D A N G A S I A M A J U A B A D I (IN D O N É S IE ), Q U I K S I LV E R (É TAT S - U N IS ), R E D C O L L A R G R O U P (C H IN E ), R E N O W N L O O K (JA P O N ) , R E P L AY K I D S ( FA S H I O N T O Y S ) (ITA LIE ), R I P C U R L (A U S T R A LIE ), R O O H S I N G G A R M E N T (TA ÏWA N ), R U S S E L L AT H L E T I C (É TAT S - U N IS ), S A B R I N A G R O U P (TA ÏWA N ), S A K S (ÉTAT SU N IS ), S A R A L E E C O U RTA U L D S (R O YA U M E U N I), S C A N D A L E (F R A N C E ), S C H I E S S E R (A LLE M A G N E ) , S E A R S , R O E B U C K & C O . (É TAT S - U N IS ), S E C U I A N A ( R O U M A N I E ) , S E L M A R K ( E S PA G N E ) , S E R G I O TA C C H I N I ( I TA L I E ) , S H I VA M ( I N D E ) , S I C O L ( T U N I S I E ) , S I D I ( P O RT U G A L ) , S I L S A C O N F E C Ç Õ E S (P O RT U G A L), S I M O N E P É R È L E (F R A N C E ), S I M O R R A (E S PA G N E ) , M O S C H I N O J E A N S ( S I N V S PA ) (ITA LIE ), S O N I A RY K I E L (F R A N C E ), SOPORCOL - SOCIEDADE PORTUGUESA DE CONFECÇÕES (P O RT U G A L), S O R S T E (R O U M A N IE ), S O S A K U YA (JA P O N ) , S O V I E T ( A F R I Q U E D U S U D ) , S P E E D O ( A F R I Q U E D U S U D ) , S P O R TA L M (A U T R IC H E ), S P O RT M A S K A (C A N A D A ) , S T. J O H N K N I T S (ÉTAT SU N I S ) , S TA E L S B O R C O ( B E L G I Q U E ) , S T R E L L S O N ( S U I S S E ) , S U N H I N G S H I N G (C H IN E ), TA RT I N E E T C H O C O L AT (F R A N C E ), T H E C H I L D R E N ’ S P L A C E ( É TAT S - U N I S ) , T H I E R R Y M U G L E R ( F R A N C E ) , T H R E E L A D I E S C O M PA N Y ( B E L G I Q U E ) , T O K Y O TRIAL (PORTUGAL), TRUMPF (ALLEMAGNE), TYPHONTEX C L O T H I N G (JAPON), T O R P O (POLOGNE), T O R R E (PORTUGAL), (INDONÉSIE), U N I C O N (HONGRIE), VA L I N D O (PORTUGAL), VA L I S È R E (B R É S IL), VA N W I J N S B E R G H E FA S H I O N (BELGIQUE) , VAN WINKEL FASHION (PAYS-BAS), VARELA & MACEDO (PORTUGAL), VA RT E K S ( C R O AT I E ) , V E G O T E X I N T E R N AT I O N A L ( B E L G I Q U E ) , V E R C AT E X ( B E L G I Q U E ) , V E R S A C E ( A L I A S ) ( I TA L I E ) , V I C T O R I A’ S S E C R E T ( É TAT S - U N I S ) , V I L A R O M A N A ( B R É S I L ) , V I VA R T E ( F R A N C E ) , V T L ( T U N I S I E ) , W A L - M A R T ( É TAT S - U N I S ) , W E I L L (FRANCE), WINALL (CHINE), WINDSOR (ALLEMAGNE), W I T TA M E R - H E N R I S T D E R E N A I X ( B E L G I Q U E ) , W O L F F ( A U T R I C H E ) , YA G I C R E AT I O N ( J A P O N ) , YA R G I C I ( T U R Q U I E ) , Y O U N G O N E ( C O R É E D U SUD), YOUNGOR GROUP (CHINE), YVES SAINT LAURENT (FRANCE), ZINS (FRANCE)… CHAUSSURE, BAGAGE, MAROQUINERIE - AÉROSOL ( K A & K A ) ( I TA L I E ) , A I G L E ( F R A N C E ) , A K U ( I TA L I E ) , A L B E R T O P I E L ( E S PA G N E ) , A L PA R G ATA S ( B R É S I L ) , A S I C S ( J A P O N ) , B A L LY ( S U I S S E ) , B ATA ( PAY S - B A S ) , B I D E G A I N ( F R A N C E ) , B R I C ' S ( I TA L I E ) , C H A R L E S J O U R D A N ( F R A N C E ) , C O C C I N E L L E ( I TA L I E ) , D E S I G N E R L E O N O V I ( I TA L I E ) , D I V E R ( I TA L I E ) , D U C C I O D E L D U C A ( O R E G O N ) ( I TA L I E ) , E A G L E C R E E K ( É TAT S - U N I S ) , E L C O ( B E L G I Q U E ) , E V E R I T E ( TA Ï WA N ) , F E L I X F O R M A S ( B R É S I L ) , F E N D I ( I TA L I E ) , F E N TAY ( TA Ï WA N ) , F E R R A G A M O ( I TA L I E ) , F R A U ( I TA L I E ) , G O L D E N C H A N G ( C H I N E ) , H E N R I C H ( B R É S I L ) , I B I Z A ( J A P O N ) , I N D O E LY S A B E T H ( I N D O N É S I E ) , I R I S ( I TA L I E ) , J O N E S & V I N I N G ( É TAT S - U N I S ) , K 2 K O R E A ( C O R É E D U S U D ) , L O E W E ( E S PA G N E ) , L O U I S V U I T T O N ( F R A N C E ) , M A I D E ( B R É S I L ) , M A R Q U E T ( F R A N C E ) , M E P H I S T O ( F R A N C E ) , M E R A M E C ( É TAT S - U N I S ) , M I T S U S H I B A I N T E R N AT I O N A L ( TA Ï WA N ) , M U L B E R R Y ( R O YA U M E U N I ) , N E W B A L A N C E AT H L E T I C S H O E S ( É TAT S - U N I S ) , N I K E ( É TAT S - U N I S ) , R E D W I N G S H O E S ( É TAT S - U N I S ) , R E G A L C O R P O R AT I O N ( J A P O N ) , R E N AT O C O R T I ( I TA L I E ) , R O S S I M O D A ( I TA L I E ) , S A M S O N I T E ( B E L G I Q U E ) , S E V E N I N D U S T R I E S ( I TA L I E ) , S H A M I O R ( J A P O N ) , S O L I D E A ( I TA L I E ) , T E X I E R ( F R A N C E ) , T H E A . 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T C O M PA G N Y B & S ( E S PA G N E ) , T R A D E W I N D S G R O U P ( É TAT S - U N I S - C H I N E ) , T W U H U O L O N G ( C H I N E ) , U C H I D A S E I K A ( J A P O N ) , V U L C A B R A S ( B R É S I L ) , W A L - M A R T ( É TAT S - U N I S ) , Y O U N G O N E ( C O R É E D U S U D ) , Z C R E AT E ( J A P O N ) … A U T O M O B I L E , A É R O N A U T I Q U E , I N D U S T R I E S N A U T I Q U E S , T I S S U S I N D U S T R I E L S A E R A Z U R ( F R A N C E ) , A E R M A C C H I ( I TA L I E ) , A I R C R U I S E R S ( G R O U P E Z O D I A C ) ( É TAT S - U N I S ) , A L B A N Y I N T E R N AT I O N A L ( A U S T R A L I E ) , A R A C O ( J A P O N ) , A S T R A M O T O R S ( I N D O N É S I E ) , A U T O L I V ( É TAT S - U N I S ) , A Z I M U T ( I TA L I E ) , B A R ( R O YA U M E U N I ) , B E R C E L L A ( I TA L I E ) , B E S T- H A L L O Y ( F I N L A N D E ) , B O E I N G ( É TAT S - U N I S ) , B R O O K H O U S E PA X F O R D ( R O YA U M E U N I ) , B S T ( A L L E M A G N E ) , C E S S N A A I R C R A F T (ÉTATS-UNIS), C O AT E X (BELGIQUE), C O I N D U (PORTUGAL), C O N T E Y O R M U LT I B A G (BELGIQUE), C R A N C H I (ITALIE), D O R O (FRANCE), A P M M O T O R S ( I N D O N É S I E ) , D E L P H I ( É TAT S - U N I S ) , D O R O ( F R A N C E ) , E A D S S O C ATA ( F R A N C E ) , E D S C H A ( A L L E M A G N E ) , E L A N M A R I N E ( I TA L I E ) , E L C O ( B E L G I Q U E ) , E M B R A E R ( B R É S I L ) , E R A B E S C H I C H T U N G ( A L L E M A G N E ) , E U R O C O P T E R ( F R A N C E ) , E U R O M A N C H E T T E N ( PAY S - B A S ) , E V O B U S ( A L L E M A G N E ) , FA C C ( A U T R I C H E ) , FA P O M E D ( P O R T U G A L ) , FA U R E C I A ( F R A N C E ) , F E R R E T T I P E R S H I N G ( A C T G R O U P ) ( I TA L I E ) , F LY N T A M T E X ( É TAT S - U N I S ) , F U K U S H I M A G O M U ( J A P O N ) , G E N M A R ( É TAT S - U N I S ) , G K N ( É TAT S - U N I S ) , G O O D B A B Y ( C H I N E ) , G R O U P E Z O D I A C ( F R A N C E ) , I S R A Ë L A I R C R A F T I N D U S T R I E S ( I S R A Ë L ) , J O H N S O N C O N T R O L S ( É TAT S - U N I S ) , J U N K E R F I LT E R ( A L L E M A G N E ) , L A N D R O V E R ( R O YA U M E U N I ) , L E A R C O R P O R AT I O N ( É TAT S - U N I S ) , L I M B U R G S I S O L E E R B E D R I J F ( PAY S - B A S ) , L M G L A S F I B E R ( D A N E M A R K ) , L O C K H E E D ( É TAT S U N I S ) , L O L A I N T E R N AT I O N A L ( R O YA U M E U N I ) , M A G N A I N T E R I O R S Y S T E M S ( É TAT S - U N I S ) , M A N U T E X ( F R A N C E ) , M I L L I K E N / A M E R I C A N B A G ( É TAT S - U N I S ) , M O A S A ( E S PA G N E ) , O G M A ( P O R T U G A L ) , P E U G E O T ( F R A N C E ) , P H I L I P P I N E C A R P E T S ( P H I L I P P I N E S ) , P I L O T E ( F R A N C E ) , R E C A R O ( J A P O N ) , R E F R A S C H I N I ( I TA L I E ) , R E N A U LT F 1 ( R O YA U M E U N I ) , S E A R AY B O AT S ( É TAT S - U N I S ) , S E I R E N A U C U S ( J A P O N ) , S I D I J K L U C H T K U S S E N FA B R I E K & T E N T M A K E R I J ( PAY S - B A S ) , S I O E N N O R D I FA ( B E L G I Q U E ) , S O N A C A ( B E L G I Q U E ) , S PA R C O ( I TA L I E ) , S T O R K F O K K E R ( PAY S - B A S ) , S V E N S K A I R B A G ( S U È D E ) , TA K ATA ( P H I L I P P I N E S ) , U N I O N A U T O PA R T S ( TA Ï W A N ) , V E S TA S ( D A N E M A R K ) … A M E U B L E M E N T - A D R I A N A ( P O L O G N E ) , A R K E T I P O ( I TA L I E ) , A S H L E Y F U R N I T U R E ( É TAT S - U N I S ) , B & B ( I TA L I E ) , B . 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