lectra - rappor t annuel 2003 rapport annuel 2003 30

publicité
LECTRA - RAPPORT ANNUEL 2003
R APPORT
30
ANS DE DÉFIS ET D ’ INNOVATIONS
ANNUEL
2003
PLUS DE 10 000 CLIENTS DANS 100 PAYS FONT CONFIANCE À LECTRA
TEXTILE - A M E R I C A N P H I L T E X T I L E S (CHINE), A R C O T Ê X T E I S (PORTUGAL), A R G O PA N T E S (INDONÉSIE), B O U S S A C (FRANCE), C A R D O N
T R A D I L I N G E (F R A N C E ), E M M A N U E L L A N G (F R A N C E ), F Á B R I C A T Ê X T I L R I O P E L E (P O RT U G A L), F L E X I T E X (P O RT U G A L), F O N TA N E L (F R A N C E ),
G U I L L A U M O N D (F R A N C E ), H E N I T E X I N T E R N AT I O N A L (F R A N C E ), J . P E R E I R A F E R N A N D E S (P O RT U G A L), L A M E I R I N H O (P O RT U G A L), M I N TAY
(TURQUIE) , M U L L I E Z (F R A N C E ), P E T T E N AT I (B R É S IL), S A N T I S TA T Ê X T I L (B R É S IL), S I AT (F R A N C E ), S O C I E D A D E T Ê X T I L A F L O R D O C A M P O
( P O RT U G A L ) , S O U L E I A D O ( F R A N C E ) , TA I A N A ( I TA L I E ) , T I S S A G E T E X T I L E D E P I C A R D I E ( F R A N C E ) , T I S S A G E S B O N VA L L E T ( F R A N C E ) ,
T Ê X T E I S P E N E D O (P O RT U G A L), T M G FA B R I C S (P O RT U G A L), T R O U I L L E T (F R A N C E ), VA N D E R S C H O O T E N (F R A N C E ), W I T TA M E R - H E N R I S T
( B E L G I Q U E ) … M O D E , H A B I L L E M E N T, D I S T R I B U T I O N - A C E S T Y L E ( C H I N E ) , A L B E R TA F E R R E T T I ( A E F F E ) ( I TA L I E ) , A L L A S I A ( C H I N E ) ,
A L L E G R I ( D I S M I 9 2 ) (ITA LIE ), A M B I A N C E B E L G I Q U E (B E LG IQ U E ), A M M A (P O RT U G A L), A N I M A L E (IN D O N É S IE ), A RT H A G L O RY (IN D O N É S IE ),
AV E N T (S LO VA Q U IE ), B E R C E L (P O RT U G A L), B E R M O FA S H I O N (PAY S - B A S ) , B E T I (S LO V É N IE ), B E T S E Y J O H N S O N (É TAT S - U N IS ), B I N B I N
K N I T T I N G (M A LA IS IE ) , B O RT E X (M A LT E ) , B O S S I N I (C H IN E ), B R A I C O N F (R O U M A N IE ), B R I N K M A N N G R U P P E (A LLE M A G N E ) , C A L I D A (S U IS S E ) ,
C A LV I N K L E I N (É TAT S - U N IS ), C A L Z E D O N I A (ITA LIE ), C A N D E R FA S H I O N (C H IN E ), C A R A M E L O (E S PA G N E ), C A RT E R H A R R I S (A F R IQ U E D U S U D ),
C A R V I T E X (P O RT U G A L), C AT I M I N I (F R A N C E ), C H A N C H O O S I N G (M A LA IS IE ) , C H A N T E L L E (F R A N C E ), C H I C C O ( A RT S A N A ) (ITA LIE ), C H R I S T I A N
D I O R (F R A N C E ), C H R I S T I A N L A C R O I X (F R A N C E ), C H R I S T I N A A M E R I C A (C A N A D A ) , C M T (ILE M A U R IC E ), C L I P S ( WA N D A M O D E ) (ITA LIE ),
C O L U M B I A S P O RT S W E A R (É TAT S - U N IS ), C O M P L I C E S (F R A N C E ), C O R I (B R É S IL), C O R N E L I A N I (ITA LIE ), C . P. C O M PA N Y (ITA LIE ), C R I S M I N A
G A R M E N T S (P H ILIP P IN E S ) , C RY S TA L G R O U P (C H IN E ), D A I N E S E (ITA LIE ), D A N I E R L E AT H E R (C A N A D A ) , D E LTA (IS R A Ë L) , D E VA N L AY L A C O S T E
(F R A N C E ), D E V E R N O I S (F R A N C E ), D I E S E L (ITA LIE ), D I N I Z & C R U Z (P O RT U G A L), D U G U Y (F R A N C E ), D U R B A N C L O T H I N G (A F R IQ U E D U S U D ), E C C E
(F R A N C E ), E D D I E B A U E R (É TAT S - U N IS ), E L E G A N C E I N D U S T R I A L (C H IN E ), E M I N E N C E (F R A N C E ), E S P R I T (A LLE M A G N E ) , E U R O B R O O K S ( PAY S B A S ) , E V E R G L O RY G R O U P (C H IN E ), E Y B L (A U T R IC H E ), FA M O RY G R O U P (C H IN E ), F L O R D A M O D A (P O RT U G A L), F O R U M (B R É S IL), F O R M O S TA R
G A R M E N T (P H ILIP P IN E S ) , F O S P (F É D É R AT IO N D E R U S S IE ), F R U I T O F T H E L O O M (É TAT S - U N IS ), G A L E R I E S L A FAY E T T E (F R A N C E ), G A P I N C .
(É TAT S - U N IS ), G A S ( G R O T T O ) (ITA LIE ), G H I M L I FA S H I O N (S IN G A P O U R ), G I N K A N A (E S PA G N E ), G I S T E X (IN D O N É S IE ), G I V E N C H Y (F R A N C E ),
G L O R I O U S S U N E N T E R P R I S E S (C H IN E ), G O D S K E (D A N E M A R K ) , G R E AT R I V E R (IN D O N É S IE ), G R O U P E Z A N N I E R (F R A N C E ), G R U P P O L A P E R L A
(ITA LIE ), G U C C I (ITA LIE ), G U S TAV D I G E L (A LLE M A G N E ) , H A B I T E X (R O U M A N IE ), H & M (S U È D E ), H E I L A N G R O U P (C H IN E ), H E N RY C O T T O N ( P E P P E R
I N D U S T R I E S ) (ITA LIE ), H I T K O G Y O (JA P O N ) , H E R M È S (F R A N C E ), H U G O B O S S (A LLE M A G N E ) , I M P E T U S (P O RT U G A L), I N T I M I S S I M I ( C A L Z E D O N I A )
(ITA LIE ), J A B A G A R M I N D O (IN D O N É S IE ), J A C A D I (F R A N C E ), J A F F (A F R IQ U E D U S U D ), J & R E N T E R P R I S E S (R O U M A N IE ), J B G (T U N IS IE ), J C P E N N E Y
( É TAT S - U N I S ) , J E A N N E L A N V I N ( F R A N C E ) , J I A N G S U C H E N F E N G G R O U P ( C H I N E ) , J I C H O D O ( J A P O N ) , J I T E X ( R É P U B L I Q U E T C H È Q U E ) ,
J O B A R R O S (P O RT U G A L), J O L I D O N (R O U M A N IE ), J P C (IN D E ), K A H AT E X (IN D O N É S IE ), K A P PA H L (S U È D E ), K AY L E E FA S H I O N (P H ILIP P IN E S ) ,
K E N Z O (F R A N C E ), K I A B I (F R A N C E ), K O O K A I (F R A N C E ), L A B O D (S LO V É N IE ), L A F U M A (F R A N C E ), L A R E D O U T E (F R A N C E ), L A S E N Z A (C A N A D A ) ,
L E S L I E FAY (É TAT S - U N IS ), L E S 3 S U I S S E S (F R A N C E ), L I M AT Ê X T I L (P O RT U G A L), L I N D A L U N D S T R O M (C A N A D A ) , L I N E A M A S ( M A S G R O U P ) (SRI
LA N K A ) , L I O N A P PA R E L (É TAT S - U N IS ), L I S C A (S LO V É N IE ), L I S E C H A R M E L (F R A N C E ), L I Z C L A I B O R N E (É TAT S - U N IS ), L I & F U N G (C H IN E ),
L Ö F F L E R (A U T R IC H E ), L O O K (JA P O N ), L U I S A S PA G N O L I (ITA LIE ), L U M I K (C R O AT IE ), M A C O N D E (P O RT U G A L), M A LW E E (B R É S IL), M A N D E R L E Y
FA S H I O N (PAY S - B A S ) , M A RYA N B E A C H W E A R G R O U P (A LLE M A G N E ) , M A R I M E K K O (F IN LA N D E ), M A R I S O L (B R É S IL), M A RT I N G R E E N F I E L D
C L O T H I E R (É TAT S - U N IS ), M A S I C O M PA N Y (F IN LA N D E ), M A X A B R A M (PAY S - B A S ) , M AY E R L I N E (B E LG IQ U E ), M E T R O G A R M I N G R O U P (IN D O N É S IE ),
M I S I R L I (TURQUIE) , M O A R A (P O RT U G A L), M O D E L A M A E X P O RT S (IN D E ), M O D E & C O M PA G N I E (F R A N C E ), M O N O P R I X (F R A N C E ), M O R I T E X
(P O RT U G A L), M T P - M A FA L D A T E I X E I R A P I N T O (P O RT U G A L), M U LT I P L E S (F R A N C E ), M U S TA N G B E K L E I D U N G S W E R K E (A LLE M A G N E ) , N A N S O
(F IN LA N D E ), N E W M A N (F R A N C E ), N O RT O N M C N A U G H T O N (É TAT S - U N IS ), O C E N S K Y (S IN G A P O U R ), O R G A N T E X (P O RT U G A L), O R J I N D E R I
(TURQUIE) , O R I E N T C R A F T (IN D E ), O R I E N T F O R E S T (C H IN E ), O RW E L L B Y G I A C O M O B E K K L E I D U N G (A LLE M A G N E ) , O X B O W (F R A N C E ), O Z E TA
(S LO VA Q U IE ), O Z E X (S LO VA Q U IE ), O Z K N (S LO VA Q U IE ), PA C I F I C D U N L O P (A U S T R A LIE ), PA L S C L O T H I N G (A F R IQ U E D U S U D ), PA N C A T U N G G A L
(IN D O N É S IE ), P C M (B E LG IQ U E ), P E R RY E L L I S I N T E R N AT I O N A L (É TAT S - U N IS ), P E T R AT E X (P O RT U G A L), P E T T E N AT I (B R É S IL), P H I L L I P S - VA N
H E U S E N (É TAT S - U N IS ), P I N K O ( C R I S C O N F E Z I O N I ) (ITA LIE ), S A R A L E E B R A N D E D A P PA R E L ( L O VA B L E , P L AY T E X , D I M , B A L I , H A N E S ) (É TAT S U N IS , E U R O P E ), P & R T Ê X T E I S (P O RT U G A L), P R É N ATA L (E S PA G N E ) , P R I N C E S S E TA M - TA M (F R A N C E ), P R O M O D (F R A N C E ), P T S A N D A N G A S I A
M A J U A B A D I (IN D O N É S IE ), Q U I K S I LV E R (É TAT S - U N IS ), R E D C O L L A R G R O U P (C H IN E ), R E N O W N L O O K (JA P O N ) , R E P L AY K I D S ( FA S H I O N T O Y S )
(ITA LIE ), R I P C U R L (A U S T R A LIE ), R O O H S I N G G A R M E N T (TA ÏWA N ), R U S S E L L AT H L E T I C (É TAT S - U N IS ), S A B R I N A G R O U P (TA ÏWA N ), S A K S (ÉTAT SU N IS ), S A R A L E E C O U RTA U L D S (R O YA U M E U N I), S C A N D A L E (F R A N C E ), S C H I E S S E R (A LLE M A G N E ) , S E A R S , R O E B U C K & C O . (É TAT S - U N IS ),
S E C U I A N A ( R O U M A N I E ) , S E L M A R K ( E S PA G N E ) , S E R G I O TA C C H I N I ( I TA L I E ) , S H I VA M ( I N D E ) , S I C O L ( T U N I S I E ) , S I D I ( P O RT U G A L ) , S I L S A
C O N F E C Ç Õ E S (P O RT U G A L), S I M O N E P É R È L E (F R A N C E ), S I M O R R A (E S PA G N E ) , M O S C H I N O J E A N S ( S I N V S PA ) (ITA LIE ), S O N I A RY K I E L (F R A N C E ),
SOPORCOL - SOCIEDADE PORTUGUESA DE CONFECÇÕES
(P O RT U G A L), S O R S T E (R O U M A N IE ), S O S A K U YA (JA P O N ) , S O V I E T
( A F R I Q U E D U S U D ) , S P E E D O ( A F R I Q U E D U S U D ) , S P O R TA L M
(A U T R IC H E ), S P O RT M A S K A (C A N A D A ) , S T. J O H N K N I T S (ÉTAT SU N I S ) , S TA E L S B O R C O ( B E L G I Q U E ) , S T R E L L S O N ( S U I S S E ) ,
S U N H I N G S H I N G (C H IN E ), TA RT I N E E T C H O C O L AT (F R A N C E ),
T H E C H I L D R E N ’ S P L A C E ( É TAT S - U N I S ) , T H I E R R Y M U G L E R
( F R A N C E ) , T H R E E L A D I E S C O M PA N Y ( B E L G I Q U E ) , T O K Y O
TRIAL
(PORTUGAL),
TRUMPF (ALLEMAGNE), TYPHONTEX
C L O T H I N G (JAPON), T O R P O (POLOGNE), T O R R E (PORTUGAL),
(INDONÉSIE), U N I C O N (HONGRIE), VA L I N D O (PORTUGAL),
VA L I S È R E (B R É S IL), VA N W I J N S B E R G H E FA S H I O N (BELGIQUE) ,
VAN WINKEL FASHION (PAYS-BAS), VARELA & MACEDO (PORTUGAL),
VA RT E K S ( C R O AT I E ) , V E G O T E X I N T E R N AT I O N A L ( B E L G I Q U E ) ,
V E R C AT E X ( B E L G I Q U E ) , V E R S A C E ( A L I A S ) ( I TA L I E ) , V I C T O R I A’ S
S E C R E T ( É TAT S - U N I S ) , V I L A R O M A N A ( B R É S I L ) , V I VA R T E
( F R A N C E ) , V T L ( T U N I S I E ) , W A L - M A R T ( É TAT S - U N I S ) , W E I L L
(FRANCE),
WINALL
(CHINE),
WINDSOR
(ALLEMAGNE),
W I T TA M E R - H E N R I S T D E R E N A I X ( B E L G I Q U E ) , W O L F F ( A U T R I C H E ) , YA G I C R E AT I O N ( J A P O N ) , YA R G I C I ( T U R Q U I E ) , Y O U N G O N E ( C O R É E D U
SUD), YOUNGOR GROUP (CHINE), YVES SAINT LAURENT (FRANCE), ZINS (FRANCE)… CHAUSSURE, BAGAGE, MAROQUINERIE - AÉROSOL
( K A & K A ) ( I TA L I E ) , A I G L E ( F R A N C E ) , A K U ( I TA L I E ) , A L B E R T O P I E L ( E S PA G N E ) , A L PA R G ATA S ( B R É S I L ) , A S I C S ( J A P O N ) , B A L LY ( S U I S S E ) ,
B ATA ( PAY S - B A S ) , B I D E G A I N ( F R A N C E ) , B R I C ' S ( I TA L I E ) , C H A R L E S J O U R D A N ( F R A N C E ) , C O C C I N E L L E ( I TA L I E ) , D E S I G N E R L E O N O V I
( I TA L I E ) , D I V E R ( I TA L I E ) , D U C C I O D E L D U C A ( O R E G O N ) ( I TA L I E ) , E A G L E C R E E K ( É TAT S - U N I S ) , E L C O ( B E L G I Q U E ) , E V E R I T E ( TA Ï WA N ) , F E L I X
F O R M A S ( B R É S I L ) , F E N D I ( I TA L I E ) , F E N TAY ( TA Ï WA N ) , F E R R A G A M O ( I TA L I E ) , F R A U ( I TA L I E ) , G O L D E N C H A N G ( C H I N E ) , H E N R I C H ( B R É S I L ) ,
I B I Z A ( J A P O N ) , I N D O E LY S A B E T H ( I N D O N É S I E ) , I R I S ( I TA L I E ) , J O N E S & V I N I N G ( É TAT S - U N I S ) , K 2 K O R E A ( C O R É E D U S U D ) , L O E W E
( E S PA G N E ) , L O U I S V U I T T O N ( F R A N C E ) , M A I D E ( B R É S I L ) , M A R Q U E T ( F R A N C E ) , M E P H I S T O ( F R A N C E ) , M E R A M E C ( É TAT S - U N I S ) , M I T S U S H I B A
I N T E R N AT I O N A L ( TA Ï WA N ) , M U L B E R R Y ( R O YA U M E U N I ) , N E W B A L A N C E AT H L E T I C S H O E S ( É TAT S - U N I S ) , N I K E ( É TAT S - U N I S ) , R E D W I N G
S H O E S ( É TAT S - U N I S ) , R E G A L C O R P O R AT I O N ( J A P O N ) , R E N AT O C O R T I ( I TA L I E ) , R O S S I M O D A ( I TA L I E ) , S A M S O N I T E ( B E L G I Q U E ) , S E V E N
I N D U S T R I E S ( I TA L I E ) , S H A M I O R ( J A P O N ) , S O L I D E A ( I TA L I E ) , T E X I E R ( F R A N C E ) , T H E A . R . T C O M PA G N Y B & S ( E S PA G N E ) , T R A D E W I N D S
G R O U P ( É TAT S - U N I S - C H I N E ) , T W U H U O L O N G ( C H I N E ) , U C H I D A S E I K A ( J A P O N ) , V U L C A B R A S ( B R É S I L ) , W A L - M A R T ( É TAT S - U N I S ) ,
Y O U N G O N E ( C O R É E D U S U D ) , Z C R E AT E ( J A P O N ) … A U T O M O B I L E , A É R O N A U T I Q U E , I N D U S T R I E S N A U T I Q U E S , T I S S U S I N D U S T R I E L S A E R A Z U R ( F R A N C E ) , A E R M A C C H I ( I TA L I E ) , A I R C R U I S E R S ( G R O U P E Z O D I A C ) ( É TAT S - U N I S ) , A L B A N Y I N T E R N AT I O N A L ( A U S T R A L I E ) ,
A R A C O ( J A P O N ) , A S T R A M O T O R S ( I N D O N É S I E ) , A U T O L I V ( É TAT S - U N I S ) , A Z I M U T ( I TA L I E ) , B A R ( R O YA U M E U N I ) , B E R C E L L A ( I TA L I E ) ,
B E S T- H A L L O Y ( F I N L A N D E ) , B O E I N G ( É TAT S - U N I S ) , B R O O K H O U S E PA X F O R D ( R O YA U M E U N I ) , B S T ( A L L E M A G N E ) , C E S S N A A I R C R A F T
(ÉTATS-UNIS), C O AT E X (BELGIQUE), C O I N D U (PORTUGAL), C O N T E Y O R M U LT I B A G (BELGIQUE), C R A N C H I (ITALIE), D O R O (FRANCE), A P M M O T O R S
( I N D O N É S I E ) , D E L P H I ( É TAT S - U N I S ) , D O R O ( F R A N C E ) , E A D S S O C ATA ( F R A N C E ) , E D S C H A ( A L L E M A G N E ) , E L A N M A R I N E ( I TA L I E ) , E L C O
( B E L G I Q U E ) , E M B R A E R ( B R É S I L ) , E R A B E S C H I C H T U N G ( A L L E M A G N E ) , E U R O C O P T E R ( F R A N C E ) , E U R O M A N C H E T T E N ( PAY S - B A S ) , E V O B U S
( A L L E M A G N E ) , FA C C ( A U T R I C H E ) , FA P O M E D ( P O R T U G A L ) , FA U R E C I A ( F R A N C E ) , F E R R E T T I P E R S H I N G ( A C T G R O U P ) ( I TA L I E ) , F LY N T A M T E X
( É TAT S - U N I S ) , F U K U S H I M A G O M U ( J A P O N ) , G E N M A R ( É TAT S - U N I S ) , G K N ( É TAT S - U N I S ) , G O O D B A B Y ( C H I N E ) , G R O U P E Z O D I A C ( F R A N C E ) ,
I S R A Ë L A I R C R A F T I N D U S T R I E S ( I S R A Ë L ) , J O H N S O N C O N T R O L S ( É TAT S - U N I S ) , J U N K E R F I LT E R ( A L L E M A G N E ) , L A N D R O V E R ( R O YA U M E
U N I ) , L E A R C O R P O R AT I O N ( É TAT S - U N I S ) , L I M B U R G S I S O L E E R B E D R I J F ( PAY S - B A S ) , L M G L A S F I B E R ( D A N E M A R K ) , L O C K H E E D ( É TAT S U N I S ) , L O L A I N T E R N AT I O N A L ( R O YA U M E U N I ) , M A G N A I N T E R I O R S Y S T E M S ( É TAT S - U N I S ) , M A N U T E X ( F R A N C E ) , M I L L I K E N / A M E R I C A N
B A G ( É TAT S - U N I S ) , M O A S A ( E S PA G N E ) , O G M A ( P O R T U G A L ) , P E U G E O T ( F R A N C E ) , P H I L I P P I N E C A R P E T S ( P H I L I P P I N E S ) , P I L O T E ( F R A N C E ) ,
R E C A R O ( J A P O N ) , R E F R A S C H I N I ( I TA L I E ) , R E N A U LT F 1 ( R O YA U M E U N I ) , S E A R AY B O AT S ( É TAT S - U N I S ) , S E I R E N A U C U S ( J A P O N ) , S I D I J K
L U C H T K U S S E N FA B R I E K & T E N T M A K E R I J ( PAY S - B A S ) , S I O E N N O R D I FA ( B E L G I Q U E ) , S O N A C A ( B E L G I Q U E ) , S PA R C O ( I TA L I E ) , S T O R K
F O K K E R ( PAY S - B A S ) , S V E N S K A I R B A G ( S U È D E ) , TA K ATA ( P H I L I P P I N E S ) , U N I O N A U T O PA R T S ( TA Ï W A N ) , V E S TA S ( D A N E M A R K ) …
A M E U B L E M E N T - A D R I A N A ( P O L O G N E ) , A R K E T I P O ( I TA L I E ) , A S H L E Y F U R N I T U R E ( É TAT S - U N I S ) , B & B ( I TA L I E ) , B . M A R LY ( F R A N C E ) ,
B A R C A L O U N G E R ( É TAT S - U N I S ) , C A P D E V I E L L E ( F R A N C E ) , C A S S I N A ( I TA L I E ) , C E N T U R Y F U R N I T U R E ( É TAT S - U N I S ) , C H R I S T I E T Y L E R
C O N T I N E N TA L ( R O YA U M E U N I ) , C O R S I T Z M Ö B E L ( A L L E M A G N E ) , C R A F T M A S T E R ( É TAT S - U N I S ) , D E C O R O ( C H I N E ) , D E S E D E ( S U I S S E ) , D F M
(POLOGNE), D U M E S T E (FRANCE), E C H E V E R R I A (FRANCE), E B I S U K A S E I (JAPON), E S T O F O S A Q U I N O S (PORTUGAL), E U R O L I N E (POLOGNE),
E U R O P O L / P O L I P O L ( A L L E M A G N E / P O L O G N E ) , F U R N I T U R E B R A N D S I N T E R N AT I O N A L ( H E N R E D O N , H I C K O R Y C H A I R , P E A R S O N ) ( É TAT S UNIS), H I M O L L A (ALLEMAGNE), I K E A (SUÈDE), I S T I K B A L G R O U P (TURQUIE), K I N N A R P S S K I L L I N G A RY (SUÈDE), K R A M E X (POLOGNE),
L A - Z - B O Y ( A L E X V A L E P E N N S Y LV A N I A H O U S E , C L AY T O N M A R C U S , A M E R I C A N O F M A R T I N S V I L L E , S A M M O O R E , E N G L A N D C O R S A I R )
( É TAT S - U N I S ) , L E E I N D U S T R I E S ( É TAT S - U N I S ) , L E L E U B U R O V ( F R A N C E ) , L I F E S T Y L E - F U R N I S H I N G S ( L E X I N G T O N ) ( É TAT S - U N I S ) , L I N D S
M Ö B L E R ( D A N E M A R K ) , M A N - W A H ( C H I N E ) , M A N N E S ( B R É S I L ) , M E U B I T R E N D ( PAY S - B A S ) , N O R W A L K ( É TAT S - U N I S ) , PA R K E R K N O L L
( R O YA U M E U N I ) , P O LT R O N E S O F À ( I TA L I E ) , R O L F B E N Z ( A L L E M A G N E ) , R O W E F U R N I T U R E ( M I T C H E L L G O L D ) ( É TAT S - U N I S ) , S H E L B Y
W I L L I A M S ( É TAT S - U N I S ) , S I È G E S C O N T E M P O R A I N S D U V I V I E R ( F R A N C E ) , TA P I Z A D O S FA M A ( E S PA G N E ) , W I E S N E R H A G E R ( A U T R I C H E ) . . .
LECTRA - RAPPORT ANNUEL 2003
R APPORT
30
ANS DE DÉFIS ET D ’ INNOVATIONS
ANNUEL
2003
PLUS DE 10 000 CLIENTS DANS 100 PAYS FONT CONFIANCE À LECTRA
TEXTILE - A M E R I C A N P H I L T E X T I L E S (CHINE), A R C O T Ê X T E I S (PORTUGAL), A R G O PA N T E S (INDONÉSIE), B O U S S A C (FRANCE), C A R D O N
T R A D I L I N G E (F R A N C E ), E M M A N U E L L A N G (F R A N C E ), F Á B R I C A T Ê X T I L R I O P E L E (P O RT U G A L), F L E X I T E X (P O RT U G A L), F O N TA N E L (F R A N C E ),
G U I L L A U M O N D (F R A N C E ), H E N I T E X I N T E R N AT I O N A L (F R A N C E ), J . P E R E I R A F E R N A N D E S (P O RT U G A L), L A M E I R I N H O (P O RT U G A L), M I N TAY
(TURQUIE) , M U L L I E Z (F R A N C E ), P E T T E N AT I (B R É S IL), S A N T I S TA T Ê X T I L (B R É S IL), S I AT (F R A N C E ), S O C I E D A D E T Ê X T I L A F L O R D O C A M P O
( P O RT U G A L ) , S O U L E I A D O ( F R A N C E ) , TA I A N A ( I TA L I E ) , T I S S A G E T E X T I L E D E P I C A R D I E ( F R A N C E ) , T I S S A G E S B O N VA L L E T ( F R A N C E ) ,
T Ê X T E I S P E N E D O (P O RT U G A L), T M G FA B R I C S (P O RT U G A L), T R O U I L L E T (F R A N C E ), VA N D E R S C H O O T E N (F R A N C E ), W I T TA M E R - H E N R I S T
( B E L G I Q U E ) … M O D E , H A B I L L E M E N T, D I S T R I B U T I O N - A C E S T Y L E ( C H I N E ) , A L B E R TA F E R R E T T I ( A E F F E ) ( I TA L I E ) , A L L A S I A ( C H I N E ) ,
A L L E G R I ( D I S M I 9 2 ) (ITA LIE ), A M B I A N C E B E L G I Q U E (B E LG IQ U E ), A M M A (P O RT U G A L), A N I M A L E (IN D O N É S IE ), A RT H A G L O RY (IN D O N É S IE ),
AV E N T (S LO VA Q U IE ), B E R C E L (P O RT U G A L), B E R M O FA S H I O N (PAY S - B A S ) , B E T I (S LO V É N IE ), B E T S E Y J O H N S O N (É TAT S - U N IS ), B I N B I N
K N I T T I N G (M A LA IS IE ) , B O RT E X (M A LT E ) , B O S S I N I (C H IN E ), B R A I C O N F (R O U M A N IE ), B R I N K M A N N G R U P P E (A LLE M A G N E ) , C A L I D A (S U IS S E ) ,
C A LV I N K L E I N (É TAT S - U N IS ), C A L Z E D O N I A (ITA LIE ), C A N D E R FA S H I O N (C H IN E ), C A R A M E L O (E S PA G N E ), C A RT E R H A R R I S (A F R IQ U E D U S U D ),
C A R V I T E X (P O RT U G A L), C AT I M I N I (F R A N C E ), C H A N C H O O S I N G (M A LA IS IE ) , C H A N T E L L E (F R A N C E ), C H I C C O ( A RT S A N A ) (ITA LIE ), C H R I S T I A N
D I O R (F R A N C E ), C H R I S T I A N L A C R O I X (F R A N C E ), C H R I S T I N A A M E R I C A (C A N A D A ) , C M T (ILE M A U R IC E ), C L I P S ( WA N D A M O D E ) (ITA LIE ),
C O L U M B I A S P O RT S W E A R (É TAT S - U N IS ), C O M P L I C E S (F R A N C E ), C O R I (B R É S IL), C O R N E L I A N I (ITA LIE ), C . P. C O M PA N Y (ITA LIE ), C R I S M I N A
G A R M E N T S (P H ILIP P IN E S ) , C RY S TA L G R O U P (C H IN E ), D A I N E S E (ITA LIE ), D A N I E R L E AT H E R (C A N A D A ) , D E LTA (IS R A Ë L) , D E VA N L AY L A C O S T E
(F R A N C E ), D E V E R N O I S (F R A N C E ), D I E S E L (ITA LIE ), D I N I Z & C R U Z (P O RT U G A L), D U G U Y (F R A N C E ), D U R B A N C L O T H I N G (A F R IQ U E D U S U D ), E C C E
(F R A N C E ), E D D I E B A U E R (É TAT S - U N IS ), E L E G A N C E I N D U S T R I A L (C H IN E ), E M I N E N C E (F R A N C E ), E S P R I T (A LLE M A G N E ) , E U R O B R O O K S ( PAY S B A S ) , E V E R G L O RY G R O U P (C H IN E ), E Y B L (A U T R IC H E ), FA M O RY G R O U P (C H IN E ), F L O R D A M O D A (P O RT U G A L), F O R U M (B R É S IL), F O R M O S TA R
G A R M E N T (P H ILIP P IN E S ) , F O S P (F É D É R AT IO N D E R U S S IE ), F R U I T O F T H E L O O M (É TAT S - U N IS ), G A L E R I E S L A FAY E T T E (F R A N C E ), G A P I N C .
(É TAT S - U N IS ), G A S ( G R O T T O ) (ITA LIE ), G H I M L I FA S H I O N (S IN G A P O U R ), G I N K A N A (E S PA G N E ), G I S T E X (IN D O N É S IE ), G I V E N C H Y (F R A N C E ),
G L O R I O U S S U N E N T E R P R I S E S (C H IN E ), G O D S K E (D A N E M A R K ) , G R E AT R I V E R (IN D O N É S IE ), G R O U P E Z A N N I E R (F R A N C E ), G R U P P O L A P E R L A
(ITA LIE ), G U C C I (ITA LIE ), G U S TAV D I G E L (A LLE M A G N E ) , H A B I T E X (R O U M A N IE ), H & M (S U È D E ), H E I L A N G R O U P (C H IN E ), H E N RY C O T T O N ( P E P P E R
I N D U S T R I E S ) (ITA LIE ), H I T K O G Y O (JA P O N ) , H E R M È S (F R A N C E ), H U G O B O S S (A LLE M A G N E ) , I M P E T U S (P O RT U G A L), I N T I M I S S I M I ( C A L Z E D O N I A )
(ITA LIE ), J A B A G A R M I N D O (IN D O N É S IE ), J A C A D I (F R A N C E ), J A F F (A F R IQ U E D U S U D ), J & R E N T E R P R I S E S (R O U M A N IE ), J B G (T U N IS IE ), J C P E N N E Y
( É TAT S - U N I S ) , J E A N N E L A N V I N ( F R A N C E ) , J I A N G S U C H E N F E N G G R O U P ( C H I N E ) , J I C H O D O ( J A P O N ) , J I T E X ( R É P U B L I Q U E T C H È Q U E ) ,
J O B A R R O S (P O RT U G A L), J O L I D O N (R O U M A N IE ), J P C (IN D E ), K A H AT E X (IN D O N É S IE ), K A P PA H L (S U È D E ), K AY L E E FA S H I O N (P H ILIP P IN E S ) ,
K E N Z O (F R A N C E ), K I A B I (F R A N C E ), K O O K A I (F R A N C E ), L A B O D (S LO V É N IE ), L A F U M A (F R A N C E ), L A R E D O U T E (F R A N C E ), L A S E N Z A (C A N A D A ) ,
L E S L I E FAY (É TAT S - U N IS ), L E S 3 S U I S S E S (F R A N C E ), L I M AT Ê X T I L (P O RT U G A L), L I N D A L U N D S T R O M (C A N A D A ) , L I N E A M A S ( M A S G R O U P ) (SRI
LA N K A ) , L I O N A P PA R E L (É TAT S - U N IS ), L I S C A (S LO V É N IE ), L I S E C H A R M E L (F R A N C E ), L I Z C L A I B O R N E (É TAT S - U N IS ), L I & F U N G (C H IN E ),
L Ö F F L E R (A U T R IC H E ), L O O K (JA P O N ), L U I S A S PA G N O L I (ITA LIE ), L U M I K (C R O AT IE ), M A C O N D E (P O RT U G A L), M A LW E E (B R É S IL), M A N D E R L E Y
FA S H I O N (PAY S - B A S ) , M A RYA N B E A C H W E A R G R O U P (A LLE M A G N E ) , M A R I M E K K O (F IN LA N D E ), M A R I S O L (B R É S IL), M A RT I N G R E E N F I E L D
C L O T H I E R (É TAT S - U N IS ), M A S I C O M PA N Y (F IN LA N D E ), M A X A B R A M (PAY S - B A S ) , M AY E R L I N E (B E LG IQ U E ), M E T R O G A R M I N G R O U P (IN D O N É S IE ),
M I S I R L I (TURQUIE) , M O A R A (P O RT U G A L), M O D E L A M A E X P O RT S (IN D E ), M O D E & C O M PA G N I E (F R A N C E ), M O N O P R I X (F R A N C E ), M O R I T E X
(P O RT U G A L), M T P - M A FA L D A T E I X E I R A P I N T O (P O RT U G A L), M U LT I P L E S (F R A N C E ), M U S TA N G B E K L E I D U N G S W E R K E (A LLE M A G N E ) , N A N S O
(F IN LA N D E ), N E W M A N (F R A N C E ), N O RT O N M C N A U G H T O N (É TAT S - U N IS ), O C E N S K Y (S IN G A P O U R ), O R G A N T E X (P O RT U G A L), O R J I N D E R I
(TURQUIE) , O R I E N T C R A F T (IN D E ), O R I E N T F O R E S T (C H IN E ), O RW E L L B Y G I A C O M O B E K K L E I D U N G (A LLE M A G N E ) , O X B O W (F R A N C E ), O Z E TA
(S LO VA Q U IE ), O Z E X (S LO VA Q U IE ), O Z K N (S LO VA Q U IE ), PA C I F I C D U N L O P (A U S T R A LIE ), PA L S C L O T H I N G (A F R IQ U E D U S U D ), PA N C A T U N G G A L
(IN D O N É S IE ), P C M (B E LG IQ U E ), P E R RY E L L I S I N T E R N AT I O N A L (É TAT S - U N IS ), P E T R AT E X (P O RT U G A L), P E T T E N AT I (B R É S IL), P H I L L I P S - VA N
H E U S E N (É TAT S - U N IS ), P I N K O ( C R I S C O N F E Z I O N I ) (ITA LIE ), S A R A L E E B R A N D E D A P PA R E L ( L O VA B L E , P L AY T E X , D I M , B A L I , H A N E S ) (É TAT S U N IS , E U R O P E ), P & R T Ê X T E I S (P O RT U G A L), P R É N ATA L (E S PA G N E ) , P R I N C E S S E TA M - TA M (F R A N C E ), P R O M O D (F R A N C E ), P T S A N D A N G A S I A
M A J U A B A D I (IN D O N É S IE ), Q U I K S I LV E R (É TAT S - U N IS ), R E D C O L L A R G R O U P (C H IN E ), R E N O W N L O O K (JA P O N ) , R E P L AY K I D S ( FA S H I O N T O Y S )
(ITA LIE ), R I P C U R L (A U S T R A LIE ), R O O H S I N G G A R M E N T (TA ÏWA N ), R U S S E L L AT H L E T I C (É TAT S - U N IS ), S A B R I N A G R O U P (TA ÏWA N ), S A K S (ÉTAT SU N IS ), S A R A L E E C O U RTA U L D S (R O YA U M E U N I), S C A N D A L E (F R A N C E ), S C H I E S S E R (A LLE M A G N E ) , S E A R S , R O E B U C K & C O . (É TAT S - U N IS ),
S E C U I A N A ( R O U M A N I E ) , S E L M A R K ( E S PA G N E ) , S E R G I O TA C C H I N I ( I TA L I E ) , S H I VA M ( I N D E ) , S I C O L ( T U N I S I E ) , S I D I ( P O RT U G A L ) , S I L S A
C O N F E C Ç Õ E S (P O RT U G A L), S I M O N E P É R È L E (F R A N C E ), S I M O R R A (E S PA G N E ) , M O S C H I N O J E A N S ( S I N V S PA ) (ITA LIE ), S O N I A RY K I E L (F R A N C E ),
SOPORCOL - SOCIEDADE PORTUGUESA DE CONFECÇÕES
(P O RT U G A L), S O R S T E (R O U M A N IE ), S O S A K U YA (JA P O N ) , S O V I E T
( A F R I Q U E D U S U D ) , S P E E D O ( A F R I Q U E D U S U D ) , S P O R TA L M
(A U T R IC H E ), S P O RT M A S K A (C A N A D A ) , S T. J O H N K N I T S (ÉTAT SU N I S ) , S TA E L S B O R C O ( B E L G I Q U E ) , S T R E L L S O N ( S U I S S E ) ,
S U N H I N G S H I N G (C H IN E ), TA RT I N E E T C H O C O L AT (F R A N C E ),
T H E C H I L D R E N ’ S P L A C E ( É TAT S - U N I S ) , T H I E R R Y M U G L E R
( F R A N C E ) , T H R E E L A D I E S C O M PA N Y ( B E L G I Q U E ) , T O K Y O
TRIAL
(PORTUGAL),
TRUMPF (ALLEMAGNE), TYPHONTEX
C L O T H I N G (JAPON), T O R P O (POLOGNE), T O R R E (PORTUGAL),
(INDONÉSIE), U N I C O N (HONGRIE), VA L I N D O (PORTUGAL),
VA L I S È R E (B R É S IL), VA N W I J N S B E R G H E FA S H I O N (BELGIQUE) ,
VAN WINKEL FASHION (PAYS-BAS), VARELA & MACEDO (PORTUGAL),
VA RT E K S ( C R O AT I E ) , V E G O T E X I N T E R N AT I O N A L ( B E L G I Q U E ) ,
V E R C AT E X ( B E L G I Q U E ) , V E R S A C E ( A L I A S ) ( I TA L I E ) , V I C T O R I A’ S
S E C R E T ( É TAT S - U N I S ) , V I L A R O M A N A ( B R É S I L ) , V I VA R T E
( F R A N C E ) , V T L ( T U N I S I E ) , W A L - M A R T ( É TAT S - U N I S ) , W E I L L
(FRANCE),
WINALL
(CHINE),
WINDSOR
(ALLEMAGNE),
W I T TA M E R - H E N R I S T D E R E N A I X ( B E L G I Q U E ) , W O L F F ( A U T R I C H E ) , YA G I C R E AT I O N ( J A P O N ) , YA R G I C I ( T U R Q U I E ) , Y O U N G O N E ( C O R É E D U
SUD), YOUNGOR GROUP (CHINE), YVES SAINT LAURENT (FRANCE), ZINS (FRANCE)… CHAUSSURE, BAGAGE, MAROQUINERIE - AÉROSOL
( K A & K A ) ( I TA L I E ) , A I G L E ( F R A N C E ) , A K U ( I TA L I E ) , A L B E R T O P I E L ( E S PA G N E ) , A L PA R G ATA S ( B R É S I L ) , A S I C S ( J A P O N ) , B A L LY ( S U I S S E ) ,
B ATA ( PAY S - B A S ) , B I D E G A I N ( F R A N C E ) , B R I C ' S ( I TA L I E ) , C H A R L E S J O U R D A N ( F R A N C E ) , C O C C I N E L L E ( I TA L I E ) , D E S I G N E R L E O N O V I
( I TA L I E ) , D I V E R ( I TA L I E ) , D U C C I O D E L D U C A ( O R E G O N ) ( I TA L I E ) , E A G L E C R E E K ( É TAT S - U N I S ) , E L C O ( B E L G I Q U E ) , E V E R I T E ( TA Ï WA N ) , F E L I X
F O R M A S ( B R É S I L ) , F E N D I ( I TA L I E ) , F E N TAY ( TA Ï WA N ) , F E R R A G A M O ( I TA L I E ) , F R A U ( I TA L I E ) , G O L D E N C H A N G ( C H I N E ) , H E N R I C H ( B R É S I L ) ,
I B I Z A ( J A P O N ) , I N D O E LY S A B E T H ( I N D O N É S I E ) , I R I S ( I TA L I E ) , J O N E S & V I N I N G ( É TAT S - U N I S ) , K 2 K O R E A ( C O R É E D U S U D ) , L O E W E
( E S PA G N E ) , L O U I S V U I T T O N ( F R A N C E ) , M A I D E ( B R É S I L ) , M A R Q U E T ( F R A N C E ) , M E P H I S T O ( F R A N C E ) , M E R A M E C ( É TAT S - U N I S ) , M I T S U S H I B A
I N T E R N AT I O N A L ( TA Ï WA N ) , M U L B E R R Y ( R O YA U M E U N I ) , N E W B A L A N C E AT H L E T I C S H O E S ( É TAT S - U N I S ) , N I K E ( É TAT S - U N I S ) , R E D W I N G
S H O E S ( É TAT S - U N I S ) , R E G A L C O R P O R AT I O N ( J A P O N ) , R E N AT O C O R T I ( I TA L I E ) , R O S S I M O D A ( I TA L I E ) , S A M S O N I T E ( B E L G I Q U E ) , S E V E N
I N D U S T R I E S ( I TA L I E ) , S H A M I O R ( J A P O N ) , S O L I D E A ( I TA L I E ) , T E X I E R ( F R A N C E ) , T H E A . R . T C O M PA G N Y B & S ( E S PA G N E ) , T R A D E W I N D S
G R O U P ( É TAT S - U N I S - C H I N E ) , T W U H U O L O N G ( C H I N E ) , U C H I D A S E I K A ( J A P O N ) , V U L C A B R A S ( B R É S I L ) , W A L - M A R T ( É TAT S - U N I S ) ,
Y O U N G O N E ( C O R É E D U S U D ) , Z C R E AT E ( J A P O N ) … A U T O M O B I L E , A É R O N A U T I Q U E , I N D U S T R I E S N A U T I Q U E S , T I S S U S I N D U S T R I E L S A E R A Z U R ( F R A N C E ) , A E R M A C C H I ( I TA L I E ) , A I R C R U I S E R S ( G R O U P E Z O D I A C ) ( É TAT S - U N I S ) , A L B A N Y I N T E R N AT I O N A L ( A U S T R A L I E ) ,
A R A C O ( J A P O N ) , A S T R A M O T O R S ( I N D O N É S I E ) , A U T O L I V ( É TAT S - U N I S ) , A Z I M U T ( I TA L I E ) , B A R ( R O YA U M E U N I ) , B E R C E L L A ( I TA L I E ) ,
B E S T- H A L L O Y ( F I N L A N D E ) , B O E I N G ( É TAT S - U N I S ) , B R O O K H O U S E PA X F O R D ( R O YA U M E U N I ) , B S T ( A L L E M A G N E ) , C E S S N A A I R C R A F T
(ÉTATS-UNIS), C O AT E X (BELGIQUE), C O I N D U (PORTUGAL), C O N T E Y O R M U LT I B A G (BELGIQUE), C R A N C H I (ITALIE), D O R O (FRANCE), A P M M O T O R S
( I N D O N É S I E ) , D E L P H I ( É TAT S - U N I S ) , D O R O ( F R A N C E ) , E A D S S O C ATA ( F R A N C E ) , E D S C H A ( A L L E M A G N E ) , E L A N M A R I N E ( I TA L I E ) , E L C O
( B E L G I Q U E ) , E M B R A E R ( B R É S I L ) , E R A B E S C H I C H T U N G ( A L L E M A G N E ) , E U R O C O P T E R ( F R A N C E ) , E U R O M A N C H E T T E N ( PAY S - B A S ) , E V O B U S
( A L L E M A G N E ) , FA C C ( A U T R I C H E ) , FA P O M E D ( P O R T U G A L ) , FA U R E C I A ( F R A N C E ) , F E R R E T T I P E R S H I N G ( A C T G R O U P ) ( I TA L I E ) , F LY N T A M T E X
( É TAT S - U N I S ) , F U K U S H I M A G O M U ( J A P O N ) , G E N M A R ( É TAT S - U N I S ) , G K N ( É TAT S - U N I S ) , G O O D B A B Y ( C H I N E ) , G R O U P E Z O D I A C ( F R A N C E ) ,
I S R A Ë L A I R C R A F T I N D U S T R I E S ( I S R A Ë L ) , J O H N S O N C O N T R O L S ( É TAT S - U N I S ) , J U N K E R F I LT E R ( A L L E M A G N E ) , L A N D R O V E R ( R O YA U M E
U N I ) , L E A R C O R P O R AT I O N ( É TAT S - U N I S ) , L I M B U R G S I S O L E E R B E D R I J F ( PAY S - B A S ) , L M G L A S F I B E R ( D A N E M A R K ) , L O C K H E E D ( É TAT S U N I S ) , L O L A I N T E R N AT I O N A L ( R O YA U M E U N I ) , M A G N A I N T E R I O R S Y S T E M S ( É TAT S - U N I S ) , M A N U T E X ( F R A N C E ) , M I L L I K E N / A M E R I C A N
B A G ( É TAT S - U N I S ) , M O A S A ( E S PA G N E ) , O G M A ( P O R T U G A L ) , P E U G E O T ( F R A N C E ) , P H I L I P P I N E C A R P E T S ( P H I L I P P I N E S ) , P I L O T E ( F R A N C E ) ,
R E C A R O ( J A P O N ) , R E F R A S C H I N I ( I TA L I E ) , R E N A U LT F 1 ( R O YA U M E U N I ) , S E A R AY B O AT S ( É TAT S - U N I S ) , S E I R E N A U C U S ( J A P O N ) , S I D I J K
L U C H T K U S S E N FA B R I E K & T E N T M A K E R I J ( PAY S - B A S ) , S I O E N N O R D I FA ( B E L G I Q U E ) , S O N A C A ( B E L G I Q U E ) , S PA R C O ( I TA L I E ) , S T O R K
F O K K E R ( PAY S - B A S ) , S V E N S K A I R B A G ( S U È D E ) , TA K ATA ( P H I L I P P I N E S ) , U N I O N A U T O PA R T S ( TA Ï W A N ) , V E S TA S ( D A N E M A R K ) …
A M E U B L E M E N T - A D R I A N A ( P O L O G N E ) , A R K E T I P O ( I TA L I E ) , A S H L E Y F U R N I T U R E ( É TAT S - U N I S ) , B & B ( I TA L I E ) , B . M A R LY ( F R A N C E ) ,
B A R C A L O U N G E R ( É TAT S - U N I S ) , C A P D E V I E L L E ( F R A N C E ) , C A S S I N A ( I TA L I E ) , C E N T U R Y F U R N I T U R E ( É TAT S - U N I S ) , C H R I S T I E T Y L E R
C O N T I N E N TA L ( R O YA U M E U N I ) , C O R S I T Z M Ö B E L ( A L L E M A G N E ) , C R A F T M A S T E R ( É TAT S - U N I S ) , D E C O R O ( C H I N E ) , D E S E D E ( S U I S S E ) , D F M
(POLOGNE), D U M E S T E (FRANCE), E C H E V E R R I A (FRANCE), E B I S U K A S E I (JAPON), E S T O F O S A Q U I N O S (PORTUGAL), E U R O L I N E (POLOGNE),
E U R O P O L / P O L I P O L ( A L L E M A G N E / P O L O G N E ) , F U R N I T U R E B R A N D S I N T E R N AT I O N A L ( H E N R E D O N , H I C K O R Y C H A I R , P E A R S O N ) ( É TAT S UNIS), H I M O L L A (ALLEMAGNE), I K E A (SUÈDE), I S T I K B A L G R O U P (TURQUIE), K I N N A R P S S K I L L I N G A RY (SUÈDE), K R A M E X (POLOGNE),
L A - Z - B O Y ( A L E X V A L E P E N N S Y LV A N I A H O U S E , C L AY T O N M A R C U S , A M E R I C A N O F M A R T I N S V I L L E , S A M M O O R E , E N G L A N D C O R S A I R )
( É TAT S - U N I S ) , L E E I N D U S T R I E S ( É TAT S - U N I S ) , L E L E U B U R O V ( F R A N C E ) , L I F E S T Y L E - F U R N I S H I N G S ( L E X I N G T O N ) ( É TAT S - U N I S ) , L I N D S
M Ö B L E R ( D A N E M A R K ) , M A N - W A H ( C H I N E ) , M A N N E S ( B R É S I L ) , M E U B I T R E N D ( PAY S - B A S ) , N O R W A L K ( É TAT S - U N I S ) , PA R K E R K N O L L
( R O YA U M E U N I ) , P O LT R O N E S O F À ( I TA L I E ) , R O L F B E N Z ( A L L E M A G N E ) , R O W E F U R N I T U R E ( M I T C H E L L G O L D ) ( É TAT S - U N I S ) , S H E L B Y
W I L L I A M S ( É TAT S - U N I S ) , S I È G E S C O N T E M P O R A I N S D U V I V I E R ( F R A N C E ) , TA P I Z A D O S FA M A ( E S PA G N E ) , W I E S N E R H A G E R ( A U T R I C H E ) . . .
Cotation
Répartition
du chiffre d’affaires
P A R
Un
Services
Équipements de CFAO
Logiciels
PC et périphériques
métier
P A R
A C T I V I T É
32
36
30
2
%
%
%
%
P A R
R É G I O N
Europe
Amérique du Nord
Asie-Pacifique
Autres pays
51
22
20
7
%
%
%
%
M A R C H É
Lectra est cotée au Second Marché d’Euronext Paris (segment NextEconomy).
S E C T O R I E L
Habillement, textile, distribution
Automobile, aéronautique, nautique
Ameublement
Chaussure, bagage, maroquinerie
58
25
12
5
L’action Lectra fait partie des valeurs européennes composant l’indice Next 150 d’Euronext, et des valeurs
françaises composant les indices SBF 250, Midcac et du Second Marché d’Euronext Paris.
%
%
%
%
Classification FTSE : secteur 977 Technologies de l’information – Logiciels
Code ISIN : FR 00000 65484
Contrat d'apporteur de liquidité : SG Securities (Société Générale)
et une
expertise
Information financière
uniques
Lectra établit ses comptes selon les normes comptables IAS/IFRS et publie ses résultats trimestriellement.
Le rapport annuel de la société ainsi que toutes ses publications financières sont
également disponibles en anglais.
Numéro un mondial, Lectra conçoit, produit et distribue des logiciels et des équipements dédiés
aux industries fortement utilisatrices de textiles, cuir et matériaux souples. Cette offre technologique
est complétée par un ensemble de services associés et se décline en solutions globales, permettant
de concevoir le design d’un produit, de le fabriquer et de le distribuer.
Chiffres-clés consolidés
en millions d’euros
(1)
2003
Chiffre d’affaires
2002
2001
2000
1999
184,7
185,1
194,5
228,7
200,5
Résultat d’exploitation
11,1
7,2
(0,7)
22,8
18,7
Résultat avant impôts
10,4
5,8
(2,9)
17,5
15,9
7,4
3,6
(3,2)
14,1
14,1
• Capital de base
0,21
0,10
(0,09)
0,42
0,48
• Capital dilué
0,21
0,10
(0,09)
0,37
0,39
Cash flow libre
13,4
20,3
0,4
9,7
9,4
82,7
73,0
76,5
80,3
58,5
52,4
35,2
19,6
22,8
7,8
14,0
13,8
16,4
16,6
13,9
3,4
3,1
6,6
5,1
8,7
1 295
1 356
1 425
1 517
1 502
Résultat net
Résultat net par action
Capitaux propres
Trésorerie nette
(2)
(2)
Recherche et développement
Investissements
Effectifs totaux
(1)
(2)
(2)
sauf pour le résultat par action, qui figure en euros
au 31 décembre
Des solutions pour un
ensemble de grands marchés
Une offre technologique
et de services globale
Une culture d’entreprise
riche et fédératrice
Les solutions déployées par Lectra répondent
aux besoins d’un ensemble de grands marchés
mondiaux : mode, habillement et distribution ;
maroquinerie et bagage ; chaussure ;
ameublement ; transport (automobile,
aéronautique, nautique) ; autres industries
traitant les tissus industriels et les
matériaux composites.
Depuis 30 ans, l’offre de logiciels
et d’équipements de CFAO est le cœur du
métier de l’entreprise. En constante évolution,
cette offre allie les technologies les plus
avancées. Elle s’est enrichie des technologies
du virtuel, notamment de la 3D,
d’Internet et de nouvelles applications.
La plate-forme Internet LectraOnline
Exchange permet l’échange sécurisé
de données. Quant aux services,
ils s’étendent de l’assistance et la maintenance
des équipements sur site ou à distance,
par télé-intervention,
à la formation et au conseil.
Les clients de Lectra bénéficient des compétences et de l’expérience de ses 1 300
collaborateurs, dont près de 60 % hors de France.
Ces équipes de recherche, techniques
ou commerciales, sont expertes des métiers
de leurs clients. Elles partagent, partout dans
le monde, la même culture d’entreprise,
guidée par cinq valeurs-clés : leadership,
entrepreneurship, excellence, innovation,
customer care.
Une vocation :
permettre à chaque client
de résoudre
ses challenges stratégiques
Avec chacun de ses 10 000 clients
dans le monde, Lectra construit de véritables
partenariats. Groupes internationaux,
moyennes ou petites entreprises,
ces clients créent, fabriquent,
sous-traitent ou distribuent.
Lectra contribue à leur succès dans l’atteinte
de leurs enjeux stratégiques :
réduire les coûts, améliorer la productivité,
et développer la qualité, faire face
à la mondialisation, développer et sécuriser
les échanges d’informations électroniques,
diminuer le time-to-market, répondre
à la demande croissante de mass customisation,
maîtriser et promouvoir l’image et les marques...
Une implantation mondiale
Lectra est une entreprise mondiale, présente
dans 100 pays : près de 90 % de son chiffre
d’affaires sont réalisés hors de France. Son
propre réseau de filiales commerciales et de
service contribue à hauteur de 93 % du
chiffre d’affaires – une organisation unique,
complétée par des agents et distributeurs
dans certains pays. Trois Call Centers
couvrent l’Europe, les États-Unis et l’Asie.
Forte de près de 800 spécialistes du marketing,
de la vente et des services, Lectra offre à
chaque client, partout dans le monde, les
avantages d’une proximité optimale.
Une structure du capital simple,
des fondamentaux financiers solides
29 % du capital sont détenus directement
par les deux principaux dirigeants de la société,
André et Daniel Harari.
Le flottant est de 71 %.
Avec des capitaux propres de € 82,7 millions
et une trésorerie nette de € 52,4 millions,
Lectra dispose de fondamentaux
financiers solides. Ceux-ci lui permettent
de poursuivre le financement d’une croissance
organique soutenue et durable, et de saisir
toute opportunité de croissance externe.
L’action Lectra est cotée au Second Marché
d’Euronext Paris.
Ces données n’intègrent pas la société Investronica Sistemas
acquise début 2004.
2 1973-2003 :
30 ans de défis
et d’inovations
pour Lectra
6 Stratégie 1
1 1 Va l e u r s c l é s
1 2 C h i ff re s - c l é s
1
1
14 Lectra dans le monde
1 6 M a rc h é s , s o l u t i o n s ,
services
30 Bourse
31 Rapport financier
9 4 D i re c t i o n
Les comptes de la société mère de l'exercice 2003 et leur annexe, le texte intégral du rapport de gestion du
Conseil d'Administration à l'Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004, le rapport spécial du Conseil
d’Administration sur les options de souscription d’actions consenties ou levées en 2003, le rapport du Conseil
d’Administration à l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, les rapports général et spécial des
Commissaires aux comptes sur les comptes sociaux, les rapport spéciaux des Commissaires aux comptes à
l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, et les résolutions soumises à ces deux assemblées figurent
dans un document séparé. La note d’information relative au programme de rachat d’actions soumis à
l’Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004 a reçu de l’Autorité des Marchés Financiers (AMF) le visa
n° 04-258 en date du 7 avril 2004.
Ces documents ainsi que toute l’information financière de la société peuvent être consultés sur le site Internet
www.lectra.com, ou obtenus sur simple demande auprès du service Relations investisseurs.
Calendrier financier 2004
Communication des résultats trimestriels et annuels (après la clôture d’Euronext Paris)
Résultats du 1er trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 avril 2004
Résultats du 2ème trimestre2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 juillet 2004
Résultats du 3ème trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 octobre 2004
Résultats annuels 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 février 2005
● Assemblée Générale - Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 avril 2004
● Réunions d'analystes
Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 février 2004
Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 septembre 2004
●
Ce calendrier est tenu à jour sur www.lectra.com
Suivi de la valeur
Les départements d'analyse des établissements financiers suivants assurent un suivi de la valeur :
CDC IXIS-LCF Rothschild Midcaps, Crédit Agricole Indosuez Cheuvreux, Exane, Gilbert Dupont, HSBC CCF
Securities, Oddo Securities, SG Securities (Société Générale).
Relations investisseurs
Lectra, 16-18, rue Chalgrin - 75016 Paris - France
Tél. : + 33 (0) 1 53 64 42 00 - Fax : + 33 (0) 1 53 64 43 12
e-mail : [email protected]
Lectra, société anonyme au capital de 56 198 547 euros
RCS Bordeaux B 300 702 305
Siège social : 23, chemin de Marticot - 33610 Cestas - France
Tél. : +33 (0) 5 57 97 80 00 - Fax : +33 (0) 5 57 97 82 00
www.lectra.com
Cotation
Répartition
du chiffre d’affaires
P A R
Un
Services
Équipements de CFAO
Logiciels
PC et périphériques
métier
P A R
A C T I V I T É
32
36
30
2
%
%
%
%
P A R
R É G I O N
Europe
Amérique du Nord
Asie-Pacifique
Autres pays
51
22
20
7
%
%
%
%
M A R C H É
Lectra est cotée au Second Marché d’Euronext Paris (segment NextEconomy).
S E C T O R I E L
Habillement, textile, distribution
Automobile, aéronautique, nautique
Ameublement
Chaussure, bagage, maroquinerie
58
25
12
5
L’action Lectra fait partie des valeurs européennes composant l’indice Next 150 d’Euronext, et des valeurs
françaises composant les indices SBF 250, Midcac et du Second Marché d’Euronext Paris.
%
%
%
%
Classification FTSE : secteur 977 Technologies de l’information – Logiciels
Code ISIN : FR 00000 65484
Contrat d'apporteur de liquidité : SG Securities (Société Générale)
et une
expertise
Information financière
uniques
Lectra établit ses comptes selon les normes comptables IAS/IFRS et publie ses résultats trimestriellement.
Le rapport annuel de la société ainsi que toutes ses publications financières sont
également disponibles en anglais.
Numéro un mondial, Lectra conçoit, produit et distribue des logiciels et des équipements dédiés
aux industries fortement utilisatrices de textiles, cuir et matériaux souples. Cette offre technologique
est complétée par un ensemble de services associés et se décline en solutions globales, permettant
de concevoir le design d’un produit, de le fabriquer et de le distribuer.
Chiffres-clés consolidés
en millions d’euros
(1)
2003
Chiffre d’affaires
2002
2001
2000
1999
184,7
185,1
194,5
228,7
200,5
Résultat d’exploitation
11,1
7,2
(0,7)
22,8
18,7
Résultat avant impôts
10,4
5,8
(2,9)
17,5
15,9
7,4
3,6
(3,2)
14,1
14,1
• Capital de base
0,21
0,10
(0,09)
0,42
0,48
• Capital dilué
0,21
0,10
(0,09)
0,37
0,39
Cash flow libre
13,4
20,3
0,4
9,7
9,4
82,7
73,0
76,5
80,3
58,5
52,4
35,2
19,6
22,8
7,8
14,0
13,8
16,4
16,6
13,9
3,4
3,1
6,6
5,1
8,7
1 295
1 356
1 425
1 517
1 502
Résultat net
Résultat net par action
Capitaux propres
Trésorerie nette
(2)
(2)
Recherche et développement
Investissements
Effectifs totaux
(1)
(2)
(2)
sauf pour le résultat par action, qui figure en euros
au 31 décembre
Des solutions pour un
ensemble de grands marchés
Une offre technologique
et de services globale
Une culture d’entreprise
riche et fédératrice
Les solutions déployées par Lectra répondent
aux besoins d’un ensemble de grands marchés
mondiaux : mode, habillement et distribution ;
maroquinerie et bagage ; chaussure ;
ameublement ; transport (automobile,
aéronautique, nautique) ; autres industries
traitant les tissus industriels et les
matériaux composites.
Depuis 30 ans, l’offre de logiciels
et d’équipements de CFAO est le cœur du
métier de l’entreprise. En constante évolution,
cette offre allie les technologies les plus
avancées. Elle s’est enrichie des technologies
du virtuel, notamment de la 3D,
d’Internet et de nouvelles applications.
La plate-forme Internet LectraOnline
Exchange permet l’échange sécurisé
de données. Quant aux services,
ils s’étendent de l’assistance et la maintenance
des équipements sur site ou à distance,
par télé-intervention,
à la formation et au conseil.
Les clients de Lectra bénéficient des compétences et de l’expérience de ses 1 300
collaborateurs, dont près de 60 % hors de France.
Ces équipes de recherche, techniques
ou commerciales, sont expertes des métiers
de leurs clients. Elles partagent, partout dans
le monde, la même culture d’entreprise,
guidée par cinq valeurs-clés : leadership,
entrepreneurship, excellence, innovation,
customer care.
Une vocation :
permettre à chaque client
de résoudre
ses challenges stratégiques
Avec chacun de ses 10 000 clients
dans le monde, Lectra construit de véritables
partenariats. Groupes internationaux,
moyennes ou petites entreprises,
ces clients créent, fabriquent,
sous-traitent ou distribuent.
Lectra contribue à leur succès dans l’atteinte
de leurs enjeux stratégiques :
réduire les coûts, améliorer la productivité,
et développer la qualité, faire face
à la mondialisation, développer et sécuriser
les échanges d’informations électroniques,
diminuer le time-to-market, répondre
à la demande croissante de mass customisation,
maîtriser et promouvoir l’image et les marques...
Une implantation mondiale
Lectra est une entreprise mondiale, présente
dans 100 pays : près de 90 % de son chiffre
d’affaires sont réalisés hors de France. Son
propre réseau de filiales commerciales et de
service contribue à hauteur de 93 % du
chiffre d’affaires – une organisation unique,
complétée par des agents et distributeurs
dans certains pays. Trois Call Centers
couvrent l’Europe, les États-Unis et l’Asie.
Forte de près de 800 spécialistes du marketing,
de la vente et des services, Lectra offre à
chaque client, partout dans le monde, les
avantages d’une proximité optimale.
Une structure du capital simple,
des fondamentaux financiers solides
29 % du capital sont détenus directement
par les deux principaux dirigeants de la société,
André et Daniel Harari.
Le flottant est de 71 %.
Avec des capitaux propres de € 82,7 millions
et une trésorerie nette de € 52,4 millions,
Lectra dispose de fondamentaux
financiers solides. Ceux-ci lui permettent
de poursuivre le financement d’une croissance
organique soutenue et durable, et de saisir
toute opportunité de croissance externe.
L’action Lectra est cotée au Second Marché
d’Euronext Paris.
Ces données n’intègrent pas la société Investronica Sistemas
acquise début 2004.
2 1973-2003 :
30 ans de défis
et d’inovations
pour Lectra
6 Stratégie 1
1 1 Va l e u r s c l é s
1 2 C h i ff re s - c l é s
1
1
14 Lectra dans le monde
1 6 M a rc h é s , s o l u t i o n s ,
services
30 Bourse
31 Rapport financier
9 4 D i re c t i o n
Les comptes de la société mère de l'exercice 2003 et leur annexe, le texte intégral du rapport de gestion du
Conseil d'Administration à l'Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004, le rapport spécial du Conseil
d’Administration sur les options de souscription d’actions consenties ou levées en 2003, le rapport du Conseil
d’Administration à l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, les rapports général et spécial des
Commissaires aux comptes sur les comptes sociaux, les rapport spéciaux des Commissaires aux comptes à
l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, et les résolutions soumises à ces deux assemblées figurent
dans un document séparé. La note d’information relative au programme de rachat d’actions soumis à
l’Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004 a reçu de l’Autorité des Marchés Financiers (AMF) le visa
n° 04-258 en date du 7 avril 2004.
Ces documents ainsi que toute l’information financière de la société peuvent être consultés sur le site Internet
www.lectra.com, ou obtenus sur simple demande auprès du service Relations investisseurs.
Calendrier financier 2004
Communication des résultats trimestriels et annuels (après la clôture d’Euronext Paris)
Résultats du 1er trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 avril 2004
Résultats du 2ème trimestre2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 juillet 2004
Résultats du 3ème trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 octobre 2004
Résultats annuels 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 février 2005
● Assemblée Générale - Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 avril 2004
● Réunions d'analystes
Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 février 2004
Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 septembre 2004
●
Ce calendrier est tenu à jour sur www.lectra.com
Suivi de la valeur
Les départements d'analyse des établissements financiers suivants assurent un suivi de la valeur :
CDC IXIS-LCF Rothschild Midcaps, Crédit Agricole Indosuez Cheuvreux, Exane, Gilbert Dupont, HSBC CCF
Securities, Oddo Securities, SG Securities (Société Générale).
Relations investisseurs
Lectra, 16-18, rue Chalgrin - 75016 Paris - France
Tél. : + 33 (0) 1 53 64 42 00 - Fax : + 33 (0) 1 53 64 43 12
e-mail : [email protected]
Lectra, société anonyme au capital de 56 198 547 euros
RCS Bordeaux B 300 702 305
Siège social : 23, chemin de Marticot - 33610 Cestas - France
Tél. : +33 (0) 5 57 97 80 00 - Fax : +33 (0) 5 57 97 82 00
www.lectra.com
30 ans
C’est avec une émotion toute particulière mêlée de fierté, du sens du devoir et de la
responsabilité envers nos clients, nos équipes, nos actionnaires et l’ensemble de nos
partenaires, que nous célébrons cet anniversaire.
Depuis sa création en 1973, Lectra s’est donnée pour mission d’accompagner ses
clients dans leurs grandes mutations économiques, technologiques et d’organisation.
Au cours de ces 30 années d’aventure entrepreneuriale, humaine et industrielle,
jalonnées d’innovations et marquées par un déploiement international accéléré sur
tous nos marchés sectoriels, nous sommes restés fidèles à cette mission, tout en nous
adaptant nous-mêmes aux évolutions si profondes et si rapides du monde.
Hier start-up à la croissance rapide mais insuffisamment maîtrisée, Lectra est aujourd’hui
le numéro un mondial, avec des fondamentaux financiers particulièrement solides et
une compétitivité encore renforcée par l’acquisition, en janvier 2004, du numéro trois
mondial, Investronica Sistemas.
Partis de la CAO pour l’habillement, nous couvrons aujourd’hui des marchés mondiaux
aussi vastes que l’automobile, l’aéronautique ou l’ameublement qui représentent
chaque année une part plus importante de notre chiffre d’affaires, avec une offre de
logiciels et d’équipements de CFAO et de services associés sans cesse enrichie.
Toujours réinventer Lectra, dans les moments les plus difficiles comme dans ceux les
plus prospères, telle est la force de notre entreprise. Telle est la culture partagée par
l’ensemble de nos équipes, en France et partout dans le monde, qui la rend si unique.
Toute notre richesse, tous nos succès viennent de là. Si nous devions résumer en une phrase,
nous dirions que Lectra à une âme, ce qui n'est pas le cas de beaucoup d'entreprises.
Nous vous invitons à en découvrir les multiples facettes dans les pages qui suivent.
En tournant aujourd’hui celle de nos trente ans, nous nous apprêtons à écrire les
nouveaux chapitres de notre histoire : Lectra est armée pour une nouvelle stratégie
de développement, que nous voulons ambitieuse.
André et Daniel Harari
2
Lectra 2003
1973-2003 :
30
Les années
1973 à 1990
“
ANS DE DÉFIS
Dans un monde en perpétuel changement, nous n’avons cessé depuis 30 ans
d’entreprendre, d’anticiper et d’innover pour devenir le numéro un mondial,
et accroître sans cesse notre avance. Aujourd’hui unique, notre offre s’est enrichie
pour devenir globale et couvrir les besoins spécifiques de chacun de nos clients
afin de leur permettre de faire face à leurs grands challenges stratégiques.
”
12 novembre 1973
Création de la société à
Bordeaux-Cestas (France)
par Jean et Bernard
Etcheparre, deux ingénieurs
visionnaires qui mettent
au point le logiciel
LECteur-TRAceur 200.
Celui-ci calcule et trace
automatiquement toutes les
tailles d’un modèle de vêtement
et donne son nom à la société :
Lectra Systèmes
Vente des premiers systèmes de patronage
et de gradation de vêtements.
La société compte moins de 10 personnes lorsque
Jean et Bernard Etcheparre rencontrent
André Harari, l’un des pionniers du capital
risque en France, qui réunit les capitaux
nécessaires à la réalisation du plan
de développement de l’entreprise.
1976 -
1977 - Lectra prend déjà pied
sur les marchés espagnol et japonais.
Un an plus tard, elle réalise
plus de 15 % de son chiffre d’affaires
à l’exportation.
Les grandes dates
de Lectra
1973
1976
1977
Création de Lectra.
Vente des premiers
systèmes
de patronage et
de gradation.
Début
du développement
international.
Lectra 2003
ET D ’ INNOVATIONS
POUR LECTRA
1980 - Ouverture d’une première filiale
internationale en Allemagne, suivie en 1982
de l’Espagne, la Grande-Bretagne, l’Italie et
des États-Unis. Depuis, Lectra a ouvert
28 filiales internationales et développé ses activités
dans 100 pays. Son réseau commercial
et de services, unique sur son marché,
constitue un atout considérable pour ses clients.
Lancement du premier système
de découpe automatique des tissus.
Partie de la CAO (conception assistée par ordinateur),
Lectra entre dans le domaine de la FAO
(fabrication assistée par ordinateur),
développant, produisant et commercialisant
ses logiciels et ses matériels.
1985 -
Lectra devient leader mondial
de la CAO pour l’habillement.
Son offre et son développement international
répondent déjà aux besoins nés
de la mondialisation de l’économie
et de la production en flux tendus.
1986 -
1987 -
Introduction de Lectra en Bourse.
1990 - Lectra traverse
une grave crise financière :
l’entreprise est menacée de disparition.
Actionnaires minoritaires depuis 1977
à travers leur société d’investissement
– qui sera fusionnée avec Lectra
en 1998 –, André et Daniel Harari
proposent en décembre
un plan de sauvetage de l’entreprise.
1985
1986
1987
Lancement du
premier système de
découpe automatique
des tissus.
Lectra est leader
mondial de la CAO
pour l’habillement.
Introduction
en Bourse.
1990
Grave crise financière.
André et Daniel Harari
proposent un plan
de sauvetage
de l’entreprise.
3
4
Lectra 2003
Les années
1991 à 2003
“
Avec d’excellents fondamentaux financiers, une offre de produits et de services sans
égale, une compétitivité et une présence mondiale encore renforcées par l’acquisition
en janvier 2004 du numéro trois mondial, Investronica Sistemas, nous sommes armés
pour atteindre les challenges stratégiques que nous nous sommes fixés :
devenir n°1 aux États-Unis, renforcer notre leadership en Chine et accélérer notre
développement dans les grands comptes internationaux.
”
1991 - Daniel et André Harari recapitalisent la société,
et en prennent la direction. La nouvelle équipe met aussitôt
en œuvre un plan de redressement puis de redéploiement
stratégique, qui transformera le modèle économique de la société
et la conduira au leadership mondial.
Lectra lance ainsi un très important programme de recherche et
développement pour renouveler la totalité de son offre produits.
Il s’accompagne, quelques années plus tard, d’une accélération de
l’expansion géographique et de l’ouverture de nouveaux marchés
sectoriels : ameublement, automobile, aéronautique, chaussure…
1993 - Première révolution
technologique avec la nouvelle
génération de découpeurs Vector.
Devenus la référence mondiale,
ils seront spécialisés en 2002
par marché sectoriel.
1995 - Les bénéfices de la
nouvelle stratégie se font déjà
sentir : Lectra est co-leader
mondial des logiciels
et équipements de CFAO.
1996 - Nouvelle révolution
technologique avec le lancement,
devant plus de 1 000 clients
du monde entier, de la nouvelle
génération de logiciels de CAO –
dont ceux de modélisme Modaris
et de placement Diamino,
commercialisés depuis à plus
de 10 000 exemplaires.
Les grandes dates
de Lectra
1991
1993
1996
1998
Recapitalisation de
la société. Nouvelle
équipe de direction.
Lancement d’un très
important programme
de R&D.
Nouvelle génération
de découpeurs
Vector.
Nouvelle génération
de logiciels de CAO.
Premières
acquisitions.
Lectra 2003
5
Premières acquisitions
ciblées, renforçant la croissance
organique de la société et développant
son offre de logiciels de design :
Pan Union International (Hong Kong),
Computer Design (États-Unis),
Prima Design Systems (Hong Kong),
Colorado International (France),
ainsi que les technologies
de Modacad (États-Unis).
1998 à 2000 -
Lectra devient numéro un mondial.
La société propose désormais à ses clients
une offre complète, intégrant les logiciels
de design les plus utilisés sur le marché,
allant de la création des modèles
à la fabrication jusqu’au merchandising visuel,
et alliant les technologies les plus avancées
– notamment la 3D et Internet –
et de nouvelles applications.
Pour marquer son évolution, Lectra Systèmes
change de nom en 2001 et devient Lectra.
2000 -
Aboutissement de la nouvelle offre
technologique globale : logiciels de design
les plus utilisés du marché,
solutions de mass-customisation,
découpeurs laser Focus qui sont utilisés
pour la fabrication de plus d’un airbag
sur deux dans le monde, découpeurs cuir
haut de gamme Total Leather Solution,
logiciels de gestion de collections,
logiciels de merchandising, plate-forme Internet…
2002 -
Indissociable, l’offre de services de Lectra,
à la fois mondiale et locale,
est la plus étendue du marché.
2000
2002
Janvier 2004
Lectra numéro un
mondial.
Nouvelle offre
technologique et de
services globale.
Acquisition du
numéro trois mondial,
Investronica Sistemas.
2003 - Après l’ouverture de ses trois Call Centers
internationaux couvrant l’Europe, l’Amérique du Nord
et l’Asie (2000-2002), qui permettent à ses clients
de bénéficier de réponses plus rapides et plus efficaces,
Lectra inaugure ses trois International Advanced Technology
Centers à Bordeaux-Cestas (France), Atlanta (États-Unis)
et Shanghai (Chine), où ses clients peuvent découvrir
et tester l’ensemble de ses produits.
Des experts Lectra y proposent également
des sessions de formation avancée leur assurant
une utilisation et une rentabilité optimales
de leurs technologies.
2004 - Avec l’acquisition du numéro 3 mondial,
l’espagnol Investronica Sistemas, Lectra accroît
son leadership et sa compétitivité, et engage une
nouvelle stratégie de développement.
6
Lectra 2003
« MARQUÉE PAR UNE AMÉLIORATION DE TOUS NOS ÉQUILIBRES
D’EXPLOITATION, 2003 S’EST ACHEVÉE AVEC
DES FONDAMENTAUX FINANCIERS PLUS SOLIDES QUE JAMAIS
ET UNE COMPÉTITIVITÉ SANS PRÉCÉDENT.»
Dans un monde où les évolutions
ont été particulièrement profondes et de plus en plus
rapides, Lectra a toujours su être pionnière. Elle n’a
cessé d’enrichir et de renouveler son offre, qui couvre
aujourd’hui la totalité du cycle de vie d’un produit :
de la création, à la production et à la vente.
Pour toujours mieux accompagner ses clients dans
leurs propres mutations, économiques, technologiques
et d’organisation. Pour leur apporter à tout moment,
face à une mondialisation devenue omniprésente et à
leurs nouveaux challenges stratégiques, les réponses
pertinentes à leurs besoins, en étant à leur écoute.
(de gauche à droite)
Daniel Harari :
Daniel Harari
Administrateur
Directeur Général
André Harari
Président
du Conseil d’Administration
Notre engagement :
Nous nous fixons plus que jamais comme objectif
que Lectra soit la référence d’excellence
pour nos clients, nos équipes et nos actionnaires.
L E 12
NOVEMBRE
T RE N T E AN S .
Q UE
2003, L E C TR A
A F Ê TÉ S E S
REPRÉSENTE POUR VOUS CET
ÉVÉNEMENT ?
Comme tout anniversaire, ces
trente ans ont été l’occasion de porter un regard sur
le chemin parcouru. Je retiendrai quelques dates clés :
1976, ma rencontre avec les deux fondateurs de la
société et ma première association au capital et au
développement de Lectra. Juin 1987, l’euphorie de
l’introduction en Bourse. 1990, la terrible crise
financière qui a failli faire disparaître l’entreprise :
la perte est de € 38 millions, les capitaux propres
sont négatifs de € 17 millions et les dettes
financières nettes s’élèvent à € 55 millions. Notre
décision, Daniel et moi, de nous lancer dans le
sauvetage de Lectra. 1991, la recapitalisation de la
société et l’arrivée de Daniel à sa tête. 2000, l’année
où nous devenons leader mondial. 2003 enfin, marquée
par une amélioration de tous nos équilibres
d’exploitation, et achevée avec des fondamentaux
financiers plus solides que jamais et une compétitivité
sans précédent, malgré une conjoncture mondiale
particulièrement dégradée.
André Harari :
Dans le même temps, l’entreprise a considérablement
élargi son champ d’action. À l’origine dédiée aux
industries de l’habillement, elle s’adresse aujourd’hui
à celles de la chaussure, l’ameublement, l’automobile,
l’aéronautique…, qui représentent 40 % des ventes
de nouveaux systèmes. Elle couvre les cinq continents
et se positionne à la place de numéro un mondial
sur chacun de ses marchés sectoriels, et de numéro
un ou deux sur chacun de ses différents marchés
géographiques. Nos 10 000 clients, parmi lesquels
un nombre très important de leaders mondiaux,
sont notre fierté. Un regard en arrière sur nos
premiers produits – qui ont révolutionné l’industrie –,
sur leurs évolutions successives, permet de réaliser
la richesse et la force de la capacité d’innovation de
notre entreprise.
A n d r é H a r a r i : Un tel parcours ne doit évidemment
rien au hasard. Il est le résultat d’une stratégie volontaire,
dont les quatre fondements sont : un investissement
soutenu dans la recherche et le développement et,
parallèlement, dans notre réseau commercial et de
services mondial, le plus important du secteur
– il constitue par ailleurs la plus grande barrière d’entrée
sur le marché pour tout nouveau concurrent.
La transformation profonde au cours des années 1990,
puis l’adaptation permanente de notre modèle
économique, qui repose sur la double composante de
notre chiffre d’affaires : les revenus de nouveaux systèmes,
57 % en 2003, moteur de la croissance ; les revenus
récurrents, 43 % en 2003, facteur essentiel de stabilité.
La construction de fondamentaux financiers solides,
pour mettre Lectra à l’abri des risques pesant sur les
entreprises endettées. La transparence financière enfin,
érigée en principe absolu, garante de la confiance de nos
actionnaires et de tous nos partenaires.
Comme nous le soulignions l’an passé, Daniel et moi
sommes des entrepreneurs financiers, engagés par notre
propre patrimoine dans l’entreprise. Notre vision est à
long terme, et nous savons prendre des risques sans
céder aux tentations conjoncturelles.
Lectra 2003
« D ANS
7
UN MONDE OÙ LES ÉVOLUTIONS
ONT ÉTÉ PARTICULIÈREMENT
PROFONDES ET DE PLUS EN PLUS
RAPIDES ,
L ECTRA
A TOUJOURS SU
ÊTRE PIONNIÈRE .
LECTRA
A
SU
RÉAGIR
AV E C
D É T E R M I N AT I O N
FACE À LA DÉGRADATION DE LA CONJONCTURE
ÉCONOMIQUE MONDIALE
DES
MESURES
PRISES,
:
Q U E L E S T LE B I LA N
ET
RÉ S U LTAT S DE L A S O C I É T É E N
QUELS
SONT
LES
2003 ?
Dès les premiers signes de
cette dégradation, c’est-à-dire en mars 2001, nous
avons en effet pris un ensemble de mesures qui ont
rapidement démontré leur efficacité. Nous avons
développé nos revenus récurrents. Depuis, ils ont
pleinement joué leur rôle d’amortisseur alors que
nos revenus issus des ventes de nouveaux systèmes
baissaient de € 50 millions (soit près du tiers) par
rapport à 2000, du fait du gel des investissements
technologiques de nos clients. Nous avons mis en
œuvre un plan drastique de réduction des frais
généraux fixes et de renforcement de la trésorerie.
Sans pour autant toucher à nos forces vives :
nous n’avons ni réduit nos équipes commerciales,
ni celles de recherche et de développement.
Daniel Harari :
Résultat : nos frais généraux fixes ont été inférieurs
à € 100 millions en 2003, chiffre qu’il convient de
comparer au budget de € 126 millions engagé début
2001. Parallèlement, nous avons réussi à maintenir
nos marges, malgré l’impact négatif de la forte baisse
du dollar – en deux ans, il s’est déprécié de près de
30 % par rapport à l’euro – et malgré l’évolution du
mix produits en faveur des équipements de CFAO.
Toutes ces mesures ont eu, dès le second semestre
2001 et surtout en 2002, un impact très positif,
encore renforcé en 2003. Pour en donner la mesure,
je soulignerai deux chiffres. En deux ans, le niveau
des ventes de nouveaux systèmes nécessaire à assurer
notre équilibre d’exploitation a baissé de 30 %,
passant de € 126 à € 86 millions ; et en 2003,
65 % de nos frais fixes ont été couverts grâce aux
revenus récurrents, contre 50 % en 1998.
A n d r é H a r a r i : En ce qui concerne nos résultats
2003, notre chiffre d’affaires est resté stable à
€ 184,7 millions, mais il progresse de 8 % à taux de
change constants. Malgré la forte baisse du dollar,
nous avons réussi à faire progresser le résultat
d’exploitation de 54 % et à doubler notre bénéfice
net (€ 7,4 millions). À devises constantes, notre
marge opérationnelle progresse de près de 5 points.
En outre, sur l’ensemble de la période 2001-2003,
le cash flow libre dégagé a permis d’accroître notre
trésorerie nette de € 30 millions pour la porter à
€ 52 millions au 31 décembre 2003, son plus haut
niveau historique : un écart favorable de près
de € 110 millions par rapport à 1991.
Notre capacité à retrouver un niveau de rentabilité
encore modeste, mais satisfaisant compte tenu du
»
contexte difficile et du très fort impact sur notre
activité et nos résultats de la chute du dollar, a été
saluée par les marchés : en 2003, notre cours de
Bourse a progressé de 38 %.
Pour marquer sa confiance dans l’avenir, le Conseil
d’Administration a souhaité développer une nouvelle
politique de rémunération des actionnaires,
tout en assurant le financement du développement
de l’entreprise. Le versement d’un dividende
de € 0,12 par action (hors avoir fiscal), représentant
au total près de 60 % du bénéfice net 2003,
a ainsi été proposé à l’Assemblée Générale du
30 avril 2004. C’est une première, depuis l’introduction
en Bourse de la société en 1987.
E N 2000, L E C TR A E S T
MONDIAL . S A POSIT I O N
E N 2003 ?
D E V E NUE NUMÉ RO UN
S ’ E ST- ELLE RENFORCÉE
Oui, et même très nettement
– chiffres à l’appui puisque notre chiffre d’affaires
2003 est supérieur de 33 % à celui du numéro deux.
Aux États-Unis même, sur le terrain de notre
principal concurrent qui est américain, nous
estimons être, aujourd’hui, quasiment à égalité avec
lui. En 1990, je le rappelle, notre chiffre d’affaires
n’y représentait que 10 % du sien.
Daniel Harari :
Nous avons connu en 2003 une très forte progression
dans l’automobile, particulièrement dans les grands
comptes internationaux. Sur le plan géographique,
le recul de 5 % en Europe, dû à la faiblesse des
investissements des entreprises toujours confrontées
à un contexte économique difficile, est largement
compensé par la progression de 5 % en Amérique
du Nord et la forte croissance en Asie (38 %,
malgré la crise du SRAS) et dans le reste du
monde, à taux de change constants. Les ventes hors
d’Europe ont représenté près de 50 % de notre
chiffre d’affaires total, contre 46 % en 2002.
A n d r é H a r a r i : Un point intéressant à souligner
est le développement de nos ventes transnationales.
Leur part croissante dans le chiffre d’affaires, sur
tous nos marchés sectoriels, révèle une tendance de
fond. Pour donner un exemple, le centre principal
de décision d’un client de l’automobile peut se trouver
aux États-Unis, en Europe de l’Ouest ou au Japon,
mais ses logiciels et équipements de CFAO sont
installés dans ses usines d’Europe de l’Est, de Tunisie,
au Mexique ou en Chine. Ces ventes nécessitent
la mobilisation de nos équipes commerciales et
techniques aux deux extrémités géographiques
de la chaîne ainsi que des équipes "corporate".
C’est pour Lectra une force essentielle de pouvoir,
partout dans le monde, mettre de telles équipes à la
8
Lectra 2003
« R ÉINVENTER L ECTRA
CONTINUELLEMENT EST AU CŒUR
DE NOTRE MANAGEMENT, JE DIRAIS MÊME
DE NOTRE RAISON D ’ ÊTRE .
disposition de ses clients, en particulier les grands
comptes internationaux. Nous comptons capitaliser
sur cet atout et accélérer le développement de ces
ventes transnationales.
2003
A
ÉGALEMENT
ÉTÉ
MARQUÉE
PA R
UNE
CROISSANCE SOUTENUE DES VENTES DE NOUVEAUX
SYSTÈMES ...
La progression a été particulièrement forte pour les équipements de CFAO,
en croissance de 21 % à taux de change constants.
Le chiffre d’affaires des nouvelles licences de logiciels
augmente, quant à lui, de 10 %. Ce sont des chiffres
encourageants compte tenu du contexte économique.
Ils démontrent la priorité donnée par nos clients
aux investissements de productivité, et l’importance
des nouveaux pays producteurs, la Chine en tête.
Daniel Harari :
V OUS VOUS ÊTES FIXÉS COMME M OT D ’ ORDRE
“ R É I N V E N T E R L E C T R A ”. Q U E L B I L A N E N
T IRE Z - VOUS ?
DE
A n d r é H a r a r i : Quand fin 2000 nous avons
lancé le mot d’ordre “réinventer Lectra”, c’était
avec l’objectif de doubler la taille de l’entreprise en
2005. Mais dès le début 2001, nous avons dû faire
face à la forte dégradation de la conjoncture
mondiale. Nous avons su apporter nos propres
réponses pour rétablir nos équilibres d’exploitation,
puis les renforcer.
Réinventer Lectra continuellement est au cœur de
notre management, je dirais même de notre raison
d’être. C’est pour nos équipes l’obligation de se
remettre en permanence en question, et de
conserver un comportement entrepreneurial. Pour
nos actionnaires, c’est l’assurance que l’entreprise
est toujours en phase avec l’évolution de ses
marchés et avec les cycles macroéconomiques.
Cela signifie aussi continuer en tous points d’être
une entreprise pionnière. Et en premier lieu par
nos technologies et nos services. Voilà pourquoi
nous continuons de miser en priorité sur l’innovation.
Pour nos clients, c’est l’assurance de disposer des
solutions les plus performantes, les plus compétitives,
en un mot les plus créatrices de valeur.
ÊTRE
PIONNIER
POUR
LECTRA,
C’EST
AUSSI
DÉVELOPPER DE NOUVEAUX MARCHÉS COMME L A
C H IN E ?
A n d r é H a r a r i : En effet, la Chine, où nous
sommes numéro un, est déjà un marché très important
pour nous, avec près de 15 % des commandes de
nouveaux systèmes enregistrées en 2003. Demain,
il sera primordial. La croissance de nos ventes suit
celle, très élevée, des entreprises locales.
»
L’importance stratégique que revêt pour nous le
marché chinois a deux raisons essentielles.
La première, c’est l’expansion toujours grandissante
de ses activités exportatrices de sous-traitance.
La seconde, c’est le développement de la consommation
intérieure. L’émergence d’une classe moyenne
ayant un mode de vie et des capacités d’achat proches
des populations occidentales est une donnée
fondamentale à prendre en compte quand on aborde
aujourd’hui cet immense marché.
Ce serait une erreur d’attribuer
les performances économiques de la Chine simplement
au faible coût de sa main-d’œuvre. Le dynamisme
des entrepreneurs chinois les conduit à franchir un
saut de générations en s’équipant des technologies
de demain, et ce de plus en plus massivement.
Leurs ingénieurs et leurs opérateurs sont de plus
en plus qualifiés. Le textile représente en Chine la
première industrie, et en tant que tel, il attire les
meilleures compétences. Depuis deux ans, notre
développement se fait dans tous nos marchés
sectoriels, notamment l’automobile, dans laquelle
notre percée est significative.
Daniel Harari :
QUELLES
SONT AUJOURD’HUI VOS PRIORITÉS
S T R AT É G I Q U E S
?
Nous maintenons pour les
années à venir les challenges stratégiques prioritaires
que nous nous sommes fixés il y a trois ans.
Ceux-ci, je le rappelle, sont au nombre de trois.
Le premier est de devenir numéro un aux ÉtatsUnis, sur le propre marché de notre principal
concurrent. Comme nous l’avons vu, avec la nouvelle
forte progression en Amérique du Nord en 2003,
cet objectif est en passe d’être atteint. Il nous
permettra de bénéficier à plein d’un rebond durable
de l’économie américaine.
Daniel Harari :
Second challenge : renforcer notre leadership en
Chine. C’est ce que nous faisons avec succès depuis
plusieurs années, et ce que nous allons continuer
de faire au cours des trois ans à venir, avec un plan
de développement mûrement élaboré. Lectra est
présente avec ses propres équipes à Hong Kong et
Taïwan depuis plus de quinze ans, en République
Populaire de Chine depuis dix ans. Cette implantation, nous allons encore la renforcer en 2004. Avec
aujourd’hui déjà 125 collaborateurs répartis dans
quatorze sites et 1 500 clients, en comptant ceux
d’Investronica Sistemas (acquise en janvier 2004),
nous détenons une part de marché de 35 %. Notre
objectif est de la porter d’ici deux ans à 45 %, en
doublant notre chiffre d’affaires.
Lectra 2003
LES TROIS PRIORITÉS STRATÉGIQUES QUE NOUS NOUS FIXONS
Devenir n°1 aux États-Unis.
Lectra réalise déjà aux États-Unis un chiffre d’affaires
proche de celui de son principal concurrent américain, contre 10 % en 1990.
Elle devrait le dépasser en 2004.
Renforcer notre leadership en Chine
et bénéficier de son potentiel d’équipement
technologique exceptionnel.
Fortement présente à Hong Kong (depuis 1986),
à Taïwan et en République Populaire de Chine (depuis 1994),
Lectra est leader en Chine avec 35 % du marché, plus de 1500 clients et 125 employés.
Accélérer notre développement
dans les grands comptes.
Lectra a réalisé de nouvelles percées chez Autoliv, Johnson Controls,
La-Z-Boy, LVMH, Sara Lee, Wal-Mart, Groupe Zodiac…
NOS OBJECTIFS FINANCIERS
Accélérer la croissance organique
dès le redémarrage de l’économie mondiale et revenir
à une croissance organique à deux chiffres, soutenue et durable.
Porter la marge opérationnelle à 15 %
à l’horizon 2007, avec un chiffre d’affaires
qui devrait dépasser € 300 millions.
Continuer de dégager un cash flow libre important
afin de poursuivre la nouvelle politique de distribution
de dividendes et de conserver toute marge de manœuvre
pour de nouvelles opérations de croissance externe.
(de gauche à droite)
Daniel Harari,
Administrateur,
Directeur Général
Daniel Moreau,
Directeur Général Délégué
André Harari,
Président
du Conseil d’Administration
Jérôme Viala,
Directeur Financier
9
10
Lectra 2003
« L ECTRA
EST AUJOURD ’ HUI ARMÉE
POUR UNE NOUVELLE STRATÉGIE
DE DÉVELOPPEMENT,
QUE NOUS VOULONS AMBITIEUSE . »
Notre troisième challenge est d’accélérer notre
développement dans les grands comptes internationaux.
Les grands donneurs d’ordre tirent en effet
l’ensemble des marchés, et chaque fois qu’un
contrat est gagné, les répercussions positives s’enclenchent en chaîne. Dans ce domaine, Lectra a
réalisé de nouvelles percées importantes chez
Autoliv, Johnson Controls, La-Z-Boy, LVMH, Sara
Lee, Wal-Mart ou encore Zodiac – pour n’en citer
que quelques uns.
2004
A DÉMARRÉ SUR LES CHAPEAUX DE ROUE
AVEC L’ ACQUISITION DU NUMÉRO TROIS MONDIAL ,
I NVESTRONICA S ISTEMAS . Q U E LS
?
S O NT LE S
E N J E U X D E CE T T E O P É R ATI O N
L’intérêt de ce rapprochement
provient de la complémentarité entre les deux
entreprises. Une complémentarité stratégique
d’abord : contrairement à Lectra, Investronica
Sistemas ne dispose pas, en dehors de quelques
pays, de filiales commerciales et de services, ce qui
se traduit par des effectifs restreints, 200 personnes
environ, et un important réseau d’agents et de
distributeurs. Une complémentarité géographique
aussi : Investronica Sistemas est fortement implantée
en Espagne, son pays d’origine, et en Italie, qui
représentent plus des deux tiers de son chiffre
d’affaires. Enfin, une complémentarité, dont nous
découvrons la richesse, dans les gammes de produits
et l’expertise technologique. Ceci nous permettra
d’élaborer dès le deuxième trimestre 2004
un catalogue commun de produits et de services
décliné, en fonction des marchés, sous l’une ou les
deux marques Lectra et Investronica Sistemas. Nous
entendons fortement développer les synergies et
effets de levier résultant de ces complémentarités et
des forces propres des deux sociétés, dans tous les
domaines opérationnels. Et notamment offrir aux
clients d’Investronica Sistemas l’accès à notre
réseau de services mondial.
Daniel Harari :
En mettant en œuvre un plan d’intégration à 30,
90 et 300 jours, nous avons tenu à donner à la fois
à nos équipes et à nos clients un signal fort :
l’intégration sera terminée à la fin de l’année et
devrait donner son plein effet dès 2005.
A n d r é H a r a r i : Cette acquisition intervient
pour nous à un moment particulièrement opportun.
Elle renforce considérablement notre position :
Lectra représente désormais un chiffre d’affaires très
supérieur à celui de notre principal concurrent et
laisse loin derrière les autres acteurs du marché.
Associées, les deux sociétés s’affirment de loin
comme le leader incontesté dans tous les grands pays
européens. Elles sont particulièrement bien positionnées
pour accélérer leur développement en Europe de
l’Est, en Inde, en Asie du Sud-Est et en Grande
Chine, qui sont nos relais de croissance de demain.
Il convient de souligner que le montant global de la
transaction, dont le paiement s’étale jusqu’en juin
2006, sera intégralement prélevé sur la trésorerie
nette de Lectra et les actions détenues en propre
par la société, sans financement bancaire ni dilution
pour les actionnaires. Et tout en nous permettant de
conserver une trésorerie significative pour financer
notre croissance organique et externe.
Q U ’ ATTE ND E Z - VOUS
DE L’ A NNÉ E
2004
ET
QUELS S ONT VOS OBJECTIFS FINANCIERS À
M O Y E N TE R M E ?
Malgré les premiers signes
positifs constatés en 2003, la conjoncture étant
toujours marquée par de grandes incertitudes
économiques et géopolitiques, nous continuons de
rester prudents, mais confiants. Il est certain que
la parité actuelle du dollar par rapport à l’euro
réduit de manière sensible notre capacité d’action.
Par ailleurs, nous estimons que les aléas sur le
chiffre d’affaires et les résultats liés à la vitesse
d’intégration d’Investronica Sistemas devraient
probablement se faire sentir, pour l’essentiel, au
premier semestre. Sur la base d’une parité de
$ 1,25/€ 1, nous avons annoncé le 10 février 2004 que
notre résultat d’exploitation 2004 devrait se situer
entre € 11 et € 15 millions, en progression d’environ
40 % à taux de change et périmètre constants.
André Harari :
Au-delà, quelle que soit l’évolution de la conjoncture,
la solidité de nos fondamentaux financiers nous
permet de faire face avec sérénité. Dès le redémarrage
de l’économie mondiale, nous anticipons une
croissance organique à deux chiffres, soutenue et
durable. Nous considérons en effet que nos clients
ne peuvent indéfiniment retarder leurs investissements
technologiques. D’ici 2007, nous avons l’objectif
d’augmenter notre marge opérationnelle pour la
porter à 15 %, avec un chiffre d’affaires qui devrait
dépasser € 300 millions. Parallèlement, nous comptons
activement saisir de nouvelles opportunités de
croissance externe, désormais consacrées à des
sociétés de niche technologiques ou géographiques,
sur un marché qui va, à plus ou moins long terme,
se réorganiser et se consolider.
Pour conclure, je dirais que
Lectra est aujourd’hui armée pour une nouvelle
stratégie de développement, que nous voulons
ambitieuse.
Daniel Harari :
LLeeccttrraa 22000033
1
11
1
CINQ VALEURS CLÉS POUR SERVIR AU MIEUX
CHAQUE PARTENAIRE DE L’ENTREPRISE
Riche de savoir-faire, d’expérience, de diversité, d’esprit d’équipe,
de dévouement et de la complémentarité des talents individuels de
collaborateurs de plus de 50 nationalités, Lectra donne la priorité
absolue à ses clients, dans toute leur diversité. Elle met tout en
œuvre pour anticiper et rester pionnière. Elle a érigé en principe
l’intégrité et la transparence. Une culture d’entreprise forte, guidée
par cinq valeurs clés.
Leadership
Excellence
Numéro un mondial sur ses marchés, Lectra
a toujours cherché “à être le meilleur”.
Un état d’esprit partagé par toutes ses
équipes et à tous les niveaux, à l’égard de ses
clients et face aux concurrents.
Chez Lectra, l’excellence est un objectif permanent. La recherche constante de la meilleure
qualité, dans tous les domaines, bénéficie de l’implication quotidienne des équipes et de
la motivation de chacun. Une démarche fondamentale pour mener à bien chaque projet,
résoudre tout problème et satisfaire, au final, tous les partenaires de l’entreprise.
Entrepreneurship
Trente ans après sa création,
Lectra a conservé intact son caractère
fondamentalement entrepreneurial :
savoir saisir les opportunités, faire des choix,
s’investir dans des projets nouveaux, le tout
dans un esprit d’équipe sans frontière
géographique ni culturelle, avec un sens aigu
de la responsabilité personnelle. Réinventer
Lectra continuellement est au cœur
de son management, pour rendre l’entreprise
plus simple, plus réactive et plus efficace
encore, et assurer qu’elle soit toujours
en phase avec l’évolution de ses marchés et
des cycles macroéconomiques.
Remise des trophées du Lectra Worldwide Championship 2003
Innovation
Customer Care
En veille permanente, Lectra a toujours fait preuve d’un tempérament de
précurseur. L’amélioration des
technologies d’aujourd’hui et le
développement de celles du futur sont
le fruit de sa capacité d’anticipation.
Rompues aux métiers de ses clients,
ses équipes savent analyser leurs
problématiques, détecter et comprendre
leurs besoins, accompagner leurs mutations
et leur apporter des réponses innovantes.
Au-delà de la recherche technologique,
l’innovation est une démarche globale
de toute l’entreprise et le moteur de
son modèle économique.
Lectra a instauré avec ses clients un climat de
confiance propice à l’établissement de relations
durables. Elle sait que la clé de son succès repose
sur sa capacité à servir au mieux leurs intérêts.
Cette fidélité réciproque, chaque jour renforcée,
est la fierté de l’entreprise. La satisfaction du
client provient de la qualité des produits et des
prestations, de la rapidité de réaction, d’une
relation toujours personnelle et d’une implication
totale de chacun jusqu’à l’obtention du résultat.
Mais aussi de la proximité géographique,
sur le terrain, grâce aux équipes commerciales
et de services mondiales, ou à distance
via Internet, avec ses trois Call Centers
internationaux intervenant en temps réel.
12
Lectra 2003
Chiffre d’affaires
LECTRA DISPOSE
DE FONDAMENTAUX FINANCIERS
SOLIDES ENCORE RENFORCÉS EN 2003
...sur lesquels elle peut compter si la conjoncture demeure dégradée.
Dès le redémarrage de l’économie mondiale, ces fondamentaux lui permettront
de poursuivre le financement d’une croissance organique soutenue
et durable, et de saisir toute opportunité de croissance externe.
Dans le contexte de persistance des incertitudes
économiques et géopolitiques, et dans l’attente d’un
retour à la croissance de l’économie mondiale
qui ne s’est pas concrétisé en 2003, le chiffre
d’affaires progresse de 8 % à taux de change
constants, mais reste stable à taux de change
courants par rapport à 2002. Le chiffre d’affaires
des nouveaux systèmes (€ 105,2 millions)
augmente de 14 % à taux de change constants.
Il représente 57 % du chiffre d’affaires total (54 %
en 2002), confirmant ainsi les prémices d’un
retour à une dynamique de croissance.
Parallèlement, les revenus récurrents (€ 79,5 millions) progressent de 1 %. Ils représentent 43 %
du chiffre d’affaires total (46 % en 2002), dont
26 % pour les revenus des contrats récurrents et
17 % pour les autres revenus statistiquement
récurrents sur la base installée.
88 % du chiffre d’affaires sont réalisés hors de France.
(en millions d’euros)
Performances 2003 à taux de change constants
■ Nouveaux
systèmes
228,7
200,5
194,5
■ Revenus
185,1
184,7
02
03
récurrents
Du 1er janvier au 31 décembre
(en millions d’euros)
Variation
2003 / 2002
2003
2003
à taux 2002
2002
Chiffre d’affaires
184,7
199,6
Marge brute
121,7
en % du chiffre d’affaires
Variation 2003 / 2002
à taux constants
M€
%
M€
%
185,1
(0,4)
-0 %
14,5
+8 %
135,3
125,4
(3,7)
-3 %
9,9
+8 %
65,9 %
67,8 %
67,7 %
Frais de recherche
et développement
(14,0)
(14,3)
(13,7)
(0,3)
+2 %
(0,6)
+4 %
Frais commerciaux,
généraux et administratifs
(96,7) (103,4) (104,5)
7,8
-7 %
1,1
-1 %
3,9
+54 %
10,4 +144 %
+2,1 points
+4,9 points
Résultat d’exploitation
en % du chiffre d’affaires
-1,8 point
99
00
01
+0,1 point
(en millions d’euros)
22,8
18,7
11,1
17,6
7,2
6,0 %
8,8 %
3,9 %
11,1
7,2
-0,7
99
2003 a été marquée par la forte baisse du dollar, qui a clôturé l’année à $ 1,26 / € 1
et dont le taux moyen par rapport à l’euro a baissé de plus de 16 % par rapport à 2002.
En deux ans, le dollar s’est ainsi déprécié de près de 30 % par rapport à l’euro,
affectant significativement le chiffre d’affaires et les résultats de la société,
du fait du caractère mondial de son activité.
La part du chiffre d’affaires 2003 libellée en dollar, ou directement liée au dollar, est de 38 %,
alors que celle de ses dépenses (frais généraux et coûts de revient des ventes) est de 25 %.
La baisse du dollar a ainsi eu pour effet général de réduire en 2003 d’environ 8 %
les différentes composantes du chiffre d’affaires par rapport aux montants exprimés à taux
de change constants, de 1,8 point le taux de marge brute et de 37 % le résultat d’exploitation.
Ainsi, avec des parités de change en 2003 identiques à celles de 2002, le taux de marge
brute se serait élevé à 67,8 %, en très légère progression par rapport à 2002 et le résultat
d’exploitation aurait atteint € 17,6 millions, en progression de 144 %.
La marge opérationnelle aurait ainsi atteint 8,8 % du chiffre d’affaires (3,9 % en 2002).
00
01
02
03
Résultat
d’exploitation
Grâce à l’effet conjugué de la hausse des
commandes, d’une nouvelle réduction des frais
généraux et du maintien des marges – à taux de
change constants – et malgré la forte baisse du
dollar, la société a réussi à dégager un résultat
d’exploitation de € 11,1 millions, en progression
de 54 %. Alors que le chiffre d’affaires et la
marge brute globale diminuent respectivement de
€ 0,4 million et € 3,7 millions, le résultat
d’exploitation a progressé de € 3,9 millions. Cette
performance a été obtenue grâce à une nouvelle
diminution des frais généraux fixes (-3 % à taux
de change constants) résultant d’une amélioration
de la productivité de la société, et de la poursuite
des actions de rigueur menées depuis mars 2001.
La marge opérationnelle s’établit à 6 % en 2003,
contre 3,9 % en 2002. A taux de change
constants, elle se serait élevée à 8,8 %.
Lectra 2003
Recherche
et développement
Trésorerie nette
Les dépenses de R&D, entièrement passées
en charge de l’exercice, représentent 11,4 %
du chiffre d’affaires des licences, des contrats
d’évolution des logiciels, et des équipements de
CFAO (12,0 % en 2002) et 7,6 % du chiffre
d’affaires total (7,4 % en 2002).
Fin 2001, la société avait créé une équipe
mondiale dédiée aux grands comptes dont font
partie des spécialistes jusqu’alors chefs de projet
de R&D. Ce poste stratégique n’a pas été affecté
par le plan de réduction des coûts mis en œuvre
dès mars 2001, et maintenu depuis.
Avec 170 ingénieurs et techniciens, les effectifs
de recherche et de développement représentent
13 % de l’effectif total de la société, confirmant
la priorité accordée par Lectra à l’innovation
pour conforter son avance technologique.
(en millions d’euros)
Résultat net
2003 a permis d’enregistrer un doublement du
résultat net, qui s’établit à € 7,4 millions.
Le résultat avant impôts s’élève à € 10,4 millions,
en progression de 78 %. Il tient compte d’un
résultat financier net (intérêts perçus diminués
des charges bancaires) positif de € 0,5 million,
d’un résultat de change positif de € 0,5 million
compte tenu des gains réalisés sur les options
destinées à couvrir le risque de change de l’exercice,
et d’amortissements des écarts d’acquisition
de € 1,7 million.
La charge nette d’impôts s’est élevée à € 2,9 millions
(€ 2,3 millions en 2002).
(en millions d’euros)
16,2
16,0
13,7
13,6
13
14,1
La trésorerie nette augmente de € 17,2 millions
par rapport au 31 décembre 2002 et s’établit
à € 52,4 millions, son plus haut niveau historique.
Entre 1999 et 2003, elle a progressé
de € 44,6 millions.
En 2003, la trésorerie nette a progressé grâce au
cash flow libre dégagé (€ 13,4 millions), au flux
net positif de trésorerie dégagé par les achats et
les ventes par la société de ses propres actions
(€ 1,9 million), ainsi qu’aux augmentations de
capital résultant de l’exercice d’options de
souscription d’actions (€ 2,1 millions).
La trésorerie disponible est de € 55,4 millions
et l’endettement résiduel est limité à € 3 millions,
uniquement constitué d’aides publiques
ne portant pas d’intérêts.
(en millions d’euros)
14,1
52,4
14,0
35,2
7,4
22,8
19,6
3,6
7,8
01
99
00
01
(en millions d’euros)
02
03
99
(en millions d’euros)
20,3
■
-3,2
8,7
99
01
02
(en millions d’euros)
6,6
Dotations aux
amortissements
00
80,3
d’information
9,4
03
Autres
investissements
■ Systèmes
13,4
02
00
03
82,7
76,5
73,0
58,5
5,1
9,7
3,1
3,4
0,4
99
00
01
02
03
99
00
01
02
03
99
00
01
02
03
Cash flow libre
Investissements
Capitaux propres
Le cash flow libre de l’exercice s’est élevé à
€ 13,4 millions. Il est supérieur de € 6,0 millions
au résultat net, et résulte d’une capacité
d’autofinancement d’exploitation de € 16,1 millions
(€ 13,5 millions en 2002), d’une diminution du
besoin en fonds de roulement de € 0,7 million
(€ 10,1 millions en 2002) et d’investissements
de € 3,4 millions (identiques à 2002).
Sur l’ensemble des deux derniers exercices,
Lectra a dégagé un cash flow libre de € 33,7 millions,
supérieur de € 22,7 millions au bénéfice net de
la période. Cette performance reflète d’une part
le résultat significatif des actions entreprises
depuis mars 2001 pour améliorer les différentes
composantes du besoin en fonds de roulement
(dont l’impact essentiel s’est traduit par la diminution
exceptionnelle de 2002), d’autre part l’effet
du modèle économique de l’entreprise.
La société avait lancé en 2001 un programme
sur 3 ans pour doter ses équipes commerciales
mondiales d’un logiciel de CRM
(Customer Relationship Management).
L’investissement correspondant s’est élevé
à € 2,2 millions d’euros en 2001, € 0,7 million
en 2002 et € 0,6 million en 2003.
En 1999, la société avait procédé à l’extension se
son usine de Bordeaux-Cestas et aménagé son
nouveau siège mondial, à Paris, pour un montant
global de € 3,5 millions. En 2000 et en 2001, elle
avait investi dans la réalisation de l’infrastructure
de sa plate-forme d’échange sur Internet,
LectraOnline Exchange, pour un montant global
de € 1,6 million.
Le montant des amortissements s’est élevé
à € 4,6 millions en 2003 (hors amortissement des
écarts d’acquisition). Il diminue par rapport à 2002
(€ 5,7 millions) du fait de la fin de l’amortissement,
au 31 décembre 2002, de LectraOnline Exchange.
Lectra continue de disposer d’une structure
financière particulièrement solide. Les capitaux
propres s’élèvent à € 82,7 millions, après déduction
du montant des actions de la société détenues
en propre valorisées à leur prix d’acquisition
(€ 9,0 millions).
Au 31 décembre 2003, la société détient
1,9 million de ses propres actions à un cours
moyen de € 4,77 (inférieur au cours de Bourse
du même jour de € 6,25). À titre indicatif,
la cession de ces actions au cours de Bourse
du 31 décembre dégagerait une trésorerie
supplémentaire de € 11,7 millions, augmentant
de 22 % la trésorerie nette de la société
en la portant à € 64,1 millions.
Le bilan comprend seulement € 3,3 millions
d’immobilisations incorporelles nettes
et € 9,1 millions d’écarts d’acquisition nets.
(1)
(1) Le cash flow libre est égal aux flux nets de trésorerie
générés par l’activité diminués des flux nets de trésorerie
liés aux opérations d’investissement,
à l’exception de ceux liés aux acquisitions.
14
Lectra 2003
AUX CÔTÉS DES CLIENTS
PARTOUT DANS LE MONDE
Présente dans 100 pays, Lectra accompagne ses clients sur chaque continent. Ses filiales commerciales
et de service forment un vaste réseau qui réalise 93 % de ses activités.
Complété par des agents et distributeurs dans certains pays, ce réseau s’appuie sur le siège mondial de
Paris, le site industriel de Bordeaux-Cestas (France), trois Call Centers internationaux, et trois
International Advanced Technology Centers. Pluridisciplinaires et pluriculturelles, les équipes Lectra
réunissent plus de 50 nationalités différentes.
I300 collaborateurs
60 % hors de France
500 collaborateurs
dédiés aux services
3 Callinternationaux
Centers
28 filiales
commerciales
et de services dans le monde
Rendre les échanges plus fluides, plus fiables
et plus rapides
Toujours plus volumineux, les flux d’informations, de matières et de produits
finis nécessitent une maîtrise qui tienne compte d’autres enjeux :
diminution des coûts, réduction du time-to-market, contrôle et développement
de l’image et des marques... Créé par un designer italien, un tissu peut être
fabriqué en Inde, découpé et assemblé en Europe de l’Est selon un modèle
créé à Paris, avec des accessoires de différentes régions du monde, et vendu
en Amérique, le tout en flux tendu, dans un délai très court.
Cette complexité suppose des processus parfaitement fiables. Elle nécessite
une communication électronique, qui seule abolit les distances et réduit
les erreurs. Toute l’offre technologique de Lectra, et sa plate-forme d’échange
Internet, convergent pour aider ses clients à relever ces challenges.
Lectra 2003
15
Partager l’expertise
des marchés
3 International
Advanced Technology Centers
170 ingénieurs
et techniciens R&D
90%
Près de
du chiffre d’affaires
réalisés à l’international
Dans une économie mondialisée,
les industriels recherchent de nouveaux
modèles d’organisation, de production et de
distribution : délocalisations, relocalisations,
internationalisation, recentrage d’activités,
entrée sur de nouveaux marchés.
Ici encore, la technologie est incontournable.
Par ses solutions, ses implantations,
ses compétences, et surtout la connaissance
et l’expérience inégalées de ses marchés sectoriels
et géographiques, Lectra apporte une réponse
globale à ses 10 000 clients.
Partagée avec eux, cette expertise dépasse ainsi
largement le savoir-faire technologique.
Accompagner
les mutations technologiques
Créateurs, industriels, sous-traitants,
distributeurs, les clients de Lectra subissent
une vive concurrence dans des contextes
souvent difficiles.
Avec son offre et sa présence directe sur chaque
continent, Lectra les aide à réduire les coûts,
améliorer la productivité et développer
la qualité, et globaliser au mieux leurs activités.
Outre ses équipes technico-commerciales,
et ses trois International Advanced Technology
Centers qui leur permettent de découvrir et tester
l’ensemble de ses produits, Lectra met à leur
service près de 500 collaborateurs assurant
l’implantation, le démarrage et la maintenance
des logiciels et équipements, ainsi que
ses trois Call Centers internationaux.
Favoriser les opérations
transnationales
En constant développement, les ventes
transnationales représentent une part croissante
de l’activité de Lectra sur tous les marchés
sectoriels. Ainsi, le centre principal de décision
d’un client peut se trouver aux États-Unis, en
Europe de l’Ouest ou au Japon, mais ses logiciels
et équipements de CFAO sont installés dans
ses usines d’Europe de l’Est, de Tunisie, au
Mexique ou en Chine. Ces ventes nécessitent
la mobilisation de nos équipes commerciales et
techniques aux deux extrémités géographiques
de la chaîne ainsi que des équipes “corporate”.
C’est pour Lectra une force essentielle de pouvoir,
partout dans le monde, mettre de telles équipes
à la disposition de ses clients, en particulier
les grands comptes internationaux.
Ces données n’intègrent pas la société Investronica Sistemas
acquise début 2004.
16
Lectra 2003
UNE OFFRE TECHNOLOGIQUE ET DE SERVICES GLOBALE
POUR AIDER NOS CLIENTS
À RELEVER LEURS GRANDS DÉFIS ACTUELS.
▲ ▲
Les solutions Lectra forment un ensemble complet, cohérent et performant de logiciels, d’équipements de CFAO, de services associés,
et d’une plate-forme d’échanges Internet répondant parfaitement aux exigences de clients aux activités de plus en plus diversifiées.
Entièrement dédiées aux métiers de nos clients, couvrant la totalité du cycle de vie de leurs produits, du design,
à la production et à la vente, ces solutions sont spécifiques à chacun de nos marchés sectoriels, pour encore mieux répondre à
leurs caractéristiques propres.
▲
Plus que jamais, les clients de Lectra ont besoin de réponses globales à leurs grands challenges stratégiques, de la réduction
des coûts à la maîtrise de leur image.
▲
Prototypage
▲
▲
LES SOLUTIONS LECTRA SONT
SPÉCIFIQUES À CHACUN DE NOS GRANDS MARCHÉS
▲▲▲▲
Textile, mode, habillement, distribution,
Chaussure, bagage, maroquinerie,
Ameublement,
Industries automobile, aéronautique, nautique, tissus industriels.
▲
▲
▲
▲
▲
Répondre
à la demande
croissante de
mass customisation
▲
Fabrication
Développement
Produit
Réduire les coûts
Améliorer la productivité
Développer la qualité
▲
Services
▲
Équipements
de CFAO
Merchandising /
Vente
▲
▲
▲
Plate-forme
d’échange
Internet
Maîtriser
et promouvoir l’image
et les marques
Design
Diminuer
le time-to-market
Faire face
à la mondialisation
▲
Logiciels
Développer et sécuriser
les échanges
d’informations électroniques
Lectra 2003
Logiciels
▲
▲
▲
▲
Équipements
de CFAO
▲
Plate-forme
d’échange
Internet
Services
Une palette complète de
logiciels couvrant la totalité
du cycle de vie des produits
Les logiciels Lectra permettent de concevoir
à l’écran les tissus et les modèles ;
de simuler de manière réaliste la déclinaison
des collections ; de développer et
industrialiser les produits ; de planifier
et gérer l’ensemble de leur cycle de
développement ; de piloter les équipements
de CFAO pour la découpe automatique des
tissus et des cuirs ; de créer des outils
nécessaires à la vente.
Les logiciels de création, modélisme,
impression numérique sur tissu et découpe
automatique facilitent le prototypage.
De la création à la vente, l’intégrité
de la couleur est assurée en partenariat
avec Datacolor.
Associés à la plate-forme Internet, ces
logiciels permettent d’établir un mode de
travail interactif entre tous les partenaires,
de la conception à la fabrication, avec des
délais et des coûts réduits et une productivité
accrue, grâce à une puissante base
de données virtuelles.
En production, les logiciels de placement
et de salle de coupe assurent un traitement
optimal des commandes. En distribution,
ceux de prise de mesure 3D, merchandising
visuel et catalogues électroniques permettent
de vendre avant de produire, d’assurer
la cohérence des marques, d’optimiser
les assortiments et leur mise en scène
dans les points de vente et de produire
rapidement des vêtements personnalisés.
17
Lectra 2003
Logiciels
▲
▲
▲
▲
Plate-forme
d’échange
Internet
▲
18
Équipements
de CFAO
Services
Des équipements de CFAO
adaptés aux besoins
multiples des clients
Du prototypage aux productions en
petites ou grandes séries, Lectra offre une
gamme complète d’équipements de CFAO
innovants, développés spécifiquement
pour chaque marché sectoriel et chaque
type de production. Ils assurent le traçage
des formes produites à l’écran ; l’impression
numérique des tissus ; le matelassage
et la découpe automatique des matériaux.
Ils sont déclinés en fonction des matières
à traiter (tissu, cuir, matériaux composites), de leur complexité (tissu à motifs)
et des formes à découper.
Ces équipements font bénéficier nos
clients d’avantages déterminants, notamment
par les gains de matière et de temps
et l’assurance d’une qualité optimale.
Ils améliorent la productivité, la flexibilité,
la gestion des commandes et des stocks.
Leur supervision par une véritable “tour
de contrôle” logicielle optimise en particulier
leur utilisation sur différents sites.
À chaque type de production, Lectra
apporte sa réponse spécifique avec sa
gamme particulièrement étendue de
découpeurs automatiques, utilisant les
technologies couteau ou laser. La qualité
de découpe d’un airbag ou d’un équipement
aéronautique représente un impératif vital :
aucune tolérance ne pouvant être admise
en matière de sécurité des personnes.
Grâce à la prise de mesures du corps
humain en 3D, chacun dispose en moins
de dix secondes de son double virtuel et
de l’ensemble de ses mensurations.
Lectra 2003
Logiciels
▲
▲
▲
Équipements
de CFAO
▲
▲
Plate-forme
d’échange
Internet
Services
Les services,
une composante majeure
de l’offre Lectra
Avec près de 500 spécialistes dans le
monde, les services Lectra rentabilisent
les investissements des clients et
contribuent à leur fidélité.
400 ingénieurs et techniciens assurent
l’installation, la mise en route,
la maintenance et le support.
Les trois Call Centers internationaux
de Bordeaux-Cestas (France), Atlanta
(États-Unis) et Shanghai (Chine),
accessibles par Internet, garantissent la
réponse immédiate d’un expert Lectra :
celui-ci prend à distance le contrôle
des logiciels et des équipements
pour assister l’utilisateur ou éliminer
tout incident, et réduire ainsi
de manière significative les temps
d’immobilisation.
Sur le site de ses clients ou dans ses
centres dédiés, 100 formateurs et consultants
Lectra forment et conseillent les clients
pour tirer le meilleur parti des
technologies Lectra.
Une équipe mondiale fait bénéficier
les grands comptes internationaux
d’une approche globale et d’une expertise
métier et technologique adaptées à leurs
problématiques.
Lectra se donne comme mission d’améliorer
sans cesse sa réactivité et sa proximité
avec ses clients partout dans le monde.
19
Lectra 2003
Design
▲
▲
▲
Merchandising /
Vente
▲
Fabrication
Développement
Produit
▲
20
Prototypage
LES SOLUTIONS LECTRA COUVRENT
LA TOTALITÉ DU CYCLE DE VIE
DES PRODUITS DE NOS CLIENTS.
Lectra 2003
Spécifiques à chacun de nos marchés sectoriels, les logiciels,
équipements de CFAO et services Lectra répondent aux
besoins de chaque étape du processus industriel de nos
clients : design, développement produit et pré-industrialisation,
prototypage, fabrication, merchandising, vente.
21
22
Lectra 2003
▲
Maîtriser
et promouvoir l’image
et les marques
▲
▲
▲
▲
▲
Diminuer
le time-to-market
Faire face
à la mondialisation
▲
Répondre
à la demande
croissante
de mass customisation
RÉDUIRE LES COÛTS
AMÉLIORER LA PRODUCTIVITÉ
DÉVELOPPER LA QUALITÉ
Développer et sécuriser
les échanges
d’informations électroniques
LES SOLUTIONS LECTRA
RÉPONDENT AUX GRANDS CHALLENGES
STRATÉGIQUES DE NOS CLIENTS
Des économies garanties
et une productivité renforcée
Réduire les coûts est, dans le contexte économique actuel,
l’une des priorités absolues de nos clients. À chaque étape des processus
de création et de production d’un produit quel qu’il soit,
les solutions Lectra, parce qu’elles répondent aux exigences
et aux spécificités de chaque client, permettent de répondre
à cet enjeu et d’améliorer la productivité. Un gain qui enrichit
les améliorations significatives déjà obtenues en matière
de délais et de qualité.
Autoliv (États-Unis)
Leader mondial de la sécurité automobile, Autoliv est pionnière
dans le développement des ceintures de sécurité et des airbags. Présente
partout dans le monde avec 80 filiales et 37 000 employés dans une trentaine
de pays, Autoliv a pour clients les principaux constructeurs automobiles.
Son chiffre d’affaires est de US$ 5,3 milliards.
“La production d’airbags, en particulier celle du système de protection de la
tête baptisé rideau gonflable, fait de
plus en plus appel à la technologie
OPW (One Piece Woven). Cette
méthode consiste à tisser deux couches
superposées et à les entrelacer, ce qui
permet de fabriquer directement l’airbag. Ce concept de couture tissée a été
breveté. La technologie OPW simplifie
le processus en réduisant au minimum
les opérations de couture. L’opération
de découpe devient ainsi essentielle :
une fois qu’elle est réalisée, l’airbag est
quasiment prêt. Les coûts de montage
s’en trouvent sensiblement réduits, y
compris pour les formes complexes
telles que les Curtain Bags. En supprimant pratiquement les opérations de
couture, l’apport de la technologie
dans le tissage et la découpe se traduit
par une augmentation significative de
la productivité.”
Lars Eric Floberger,
Président, Autoliv Canada
Les logiciels de design textile, tissus et maille,
et ceux de conception en 2D et 3D des formes et des modèles
contribuent ainsi directement à réduire la production
d’échantillons et de prototypes onéreux.
Tout aussi performantes, les solutions de placement optimisé
des formes à découper permettent des économies de matière
significatives, celles de découpe automatique, tout en augmentant
la précision, de réaliser de véritables bonds en productivité.
“Le succès de Sam Moore peut être largement attribué à la qualité irréprochable de
ses fauteuils. En effet, si Sam Moore reste
particulièrement intéressée par la possibilité
d’améliorer sa productivité et de réduire
ses coûts et ses cycles de production, le fait
de ne pas altérer l’excellente qualité de ses
produits, fer de lance de la réputation de
l’entreprise, est primordial. La recherche
d’une technologie qui nous permettrait de
traiter le cuir exigeait nécessairement
qu’il puisse également répondre à nos
standards de qualité.”
Glenn Overstreet,
Project Engineer, Sam Moore
Sam Moore (États-Unis)
Au sein de La-Z-Boy, l’un des leaders mondiaux
de l’ameublement avec un chiffre d’affaires
de plus de US$ 2 milliards et plus de 19 000
employés, Sam Moore est, depuis plus de
60 ans, spécialisée dans les fauteuils de style.
Lectra 2003
23
Une maîtrise technologique
garante d’une qualité optimale
des produits finis
Aux origines de Lectra, les logiciels de modélisme et de placement
optimisé des formes à découper n’ont cessé de se perfectionner
pour répondre, partout dans le monde, aux exigences de qualité
des plus grandes marques. Ils garantissent la réalisation rapide
et fiable de patrons complexes, respectant le travail créatif
et précis des designers.
Les équipements de découpe automatique satisfont les plus fortes
exigences. Dans les équipements de sécurité automobile ou
l’aéronautique, les normes de qualité sont drastiques pour d’évidentes
raisons de sécurité. Aux industries utilisatrices de tissus industriels,
ils apportent une précision extrême et une grande souplesse
d’utilisation.
Autre réussite technologique, le découpeur automatique des tissus
à motif reconnaît et traite directement et en temps réel les motifs,
défauts et déformations des tissus.
La solution de découpe du cuir Lectra couvre le processus complet :
numérisation par scanner de peaux jusqu’à 3 mètres de largeur ;
identification des défauts par crayon optique,
sans marquage physique ; placement selon les différentes qualités
de la peau ; découpe et déchargement automatiques.
RÉDUIRE LES COÛTS
AMÉLIORER LA
PRODUCTIVITÉ
DÉVELOPPER LA QUALITÉ
Ces solutions offrent une précision irréprochable,
la meilleure fiabilité et une parfaite répétabilité,
trois atouts démontrés dans le cadre de productions intensives.
Rossimoda (Italie)
Groupe Zodiac (France)
Groupe Zodiac compte parmi les leaders mondiaux des équipements pour les secteurs
aéronautiques et nautiques (notamment : bateaux pneumatiques, sièges d’avions et
équipement gonflables de sécurité, systèmes parachutes). Groupe Zodiac réalise un chiffre
d’affaires de près de € 1,5 milliards.
“Les entreprises du secteur nautique doivent faire face à un double défi :
répondre à des normes drastiques de qualité, garantes de sécurité, et réduire
leurs coûts de matières premières, importants dans cette industrie fortement
consommatrice de tissus techniques.
À ces contraintes générales, s’ajoutent nos problématiques spécifiques, inhérentes à la production de structures gonflables : étanchéité irréprochable et
grande résistance. L’intégration dans notre processus de production de
solutions de découpe alliant extrême précision et souplesse d’utilisation est
pour nous essentielle. En effet, leur capacité à adapter les plans de coupe
aux critères techniques de nos tissus, vérifiés systématiquement dans notre
laboratoire, permet d’assurer la parfaite qualité du produit fini.”
Pierre Valax, Directeur de l’usine Zodiac de Toulouse
Fondée en 1942, Rossimoda appartient au groupe LVMH.
Fabricant des chaussures de luxe pour de grandes marques telles
Yves Saint Laurent, Givenchy, Ungaro, Fendi, Calvin Klein ou encore
Loewe, elle produit annuellement plus de 500 000 paires.
“Préserver une qualité impeccable est l’un de
nos défis essentiels. Nous développons nos
modèles en trois dimensions et avons donc
besoin d’outils de design performants. Les
formes que nous découpons sont particulièrement
compliquées ; il est essentiel pour nous d’assurer
un trait de coupe net et propre, difficilement
réalisable à la main. Nous avons donc besoin
d’outils d’un haut niveau de précision nous permettant de maîtriser l’ensemble de notre processus industriel.”
Luigino Rossi,
Président Directeur Général, Rossimoda
Lectra 2003
Réduire les coûts
Améliorer la productivité
Développer la qualité
Maîtriser
et promouvoir l’image
et les marques
▲
▲
▲
Diminuer
le time-to-market
▲
FAIRE FACE
▲
▲
Répondre
à la demande
croissante
de mass customisation
FAIRE FACE
À LA MONDIALISATION
▲
24
Développer et sécuriser
les échanges
d’informations électroniques
À LA MONDIALISATION
Des solutions complètes pour relever
les défis de la mondialisation
ECCE (Groupe Deveaux) (France)
Détentrice de nombreuses licences de marques importantes, parmi lesquelles
Arrow, Gant, Kenzo, Montana, Azzaro, Scherrer, Givenchy, Eden Park,
ECCE est leader européen du prêt-à-porter masculin de haute qualité.
ECCE est filiale du groupe Deveaux, premier groupe français de tissus
destiné à l’habillement avec un chiffre d’affaires de plus de € 170 millions.
Le défi de la mondialisation se décline en nombreux challenges :
proposer des collections créatives au meilleur prix, améliorer
qualité, délais et coûts, fidéliser ses clients... Autant d’objectifs
stratégiques que les technologies Lectra de CFAO, de 3D, de
gestion de la couleur et d’Internet permettent d’atteindre.
“Avec des licences pour les plus grandes
marques de prêt-à-porter de luxe homme, nous
développons énormément de modèles. De nos
bureaux d’études, situés en France, nous
envoyons nos patronages et nos spécifications
techniques à plus de 30 façonniers, principalement en Europe de l’est ou au Maghreb et dans
nos usines, en France et au Maroc.
Communiquer de manière rapide et fiable, dans
plusieurs langues différentes et autant de spécificités locales, voilà un des principaux enjeux de
la mondialisation.”
Avec les logiciels de création Lectra, les entreprises acquièrent
une totale indépendance dans leur démarche créative. Même
répartis sur plusieurs continents, leurs stylistes et designers
créent directement à l’écran et communiquent entre eux
leurs tissus, leurs mailles ou leurs modèles.
Les solutions complètes d’industrialisation et de découpe
automatique Lectra facilitent la mutation
technologique de ses clients.
Elles leur permettent de trouver de nouveaux modes d’organisation.
Pour les petites comme pour les grandes séries,
pour les fabricants comme pour les sous-traitants,
pour les sites délocalisés ou proches de leurs marchés
de diffusion, elles optimisent les flux de production,
réduisent les délais non seulement entre création
et production, mais aussi entre production et distribution,
et améliorent la maîtrise de la qualité et des coûts.
Christian Rochery,
Directeur des Moyens Généraux, ECCE
DeCoro (Chine)
Fondée en 1997 par son Président Directeur Général
actuel, un entrepreneur italien, DeCoro s’est
rapidement imposée comme l’un des leaders mondiaux
de la production de meubles en cuir, avec un site
industriel de 185 000 m2 et 2 800 employés
inauguré en Chine, en 2003.
“Notre réussite se fonde sur une devise : proposer des produits de qualité
supérieure à des prix très attractifs. Nous réalisons nos produits avec les tissus les plus beaux, que nous recherchons auprès des fournisseurs les plus
spécialisés. Avec l'ouverture de la plus grande usine du monde, nous
sommes entrés dans une ère nouvelle de la fabrication des meubles rembourrés. Un facteur majeur de notre réussite est l'assurance constante d'un
haut niveau de qualité assortie à une amélioration continue de la productivité. Pour continuer à lancer les tendances et répondre efficacement aux
attentes de nos clients, nous avons développé des partenariats rapprochés avec
nos fournisseurs de technologie de manière à bénéficier du croisement de notre
expertise avec les leaders de l'automation.”
Luca Ricci,
Président Directeur Général, DeCoro
Lectra 2003
25
DÉVELOPPER ET SÉCURISER
LES ÉCHANGES
D’INFORMATIONS ÉLECTRONIQUES
Une communication
interactive et complète
Scott Mosteller
V.P. Supply Chain Athletic Group, Russell Corporation
Martin Thibodeau,
Vice-Président Technologies de l'Information, La Senza
Réduire les coûts
Améliorer la productivité
Développer la qualité
Maîtriser
et promouvoir l’image
et les marques
▲
▲
▲
Répondre
à la demande
croissante
de mass customisation
▲
“Pour un gros distributeur de vêtements, la circulation des
informations est essentielle. Il nous faut éviter impérativement
toute entrave à la communication. Intégrés dans un monde
largement globalisé, nous devons nous assurer que nos
collaborateurs échangent facilement, rapidement, en toute
sécurité et en temps réel. Car faciliter la communication, c’est
raccourcir le temps de développement des produits et réduire
les risques d’erreurs en fabrication.”
“Nous créons de nombreux modèles de lingerie féminine ou masculine dans nos bureaux canadiens à
Montréal. La production se fait ensuite en Asie.
Voilà pourquoi les échanges d'informations sont un
véritable enjeu pour notre entreprise. Les allersretours de données techniques ou de prototypes
entre les sites de design et de fabrication doivent
impérativement être limités pour réussir le lancement d'une nouvelle collection. Une communication
plus sûre et plus rapide nous permet de consacrer
davantage de temps au design de nos produits.”
▲
Russell Athletic, spécialisée dans la
création et la fabrication d’une très grande
variété de vêtements de sport pour
professionnels et amateurs, est l’une des
principales divisions du géant américain
du sportswear Russell Corporation.
Fondé en 1902 aux États-Unis,
le groupe réalise un chiffre d'affaires
de US $ 1,2 milliard.
Basée à Montréal, La Senza se classe parmi les chefs de file du commerce au
détail de lingerie au Canada, avec 300 magasins. La société réalise un chiffre
d’affaires de près de US$ 250 millions.
Diminuer
le time-to-market
Faire face
à la mondialisation
▲
Russell Athletic (États-Unis)
Les dessins virtuels et les placements des
formes à découper sont également transmissibles
d’un site à l’autre de manière électronique
au traceur, au métier à tisser, à l’imprimante
textile ou au découpeur automatique.
Sur l’ensemble de la chaîne, les solutions
Lectra de communication et de gestion des
couleurs garantissent leur intégrité
et une qualité optimale.
La Senza (Canada)
▲
Qu’ils soient bureaux de style, créateurs,
fabricants, sous-traitants ou distributeurs,
nos clients ont de plus en plus besoin de communiquer entre eux à distance, de manière
électronique. L’intégration des logiciels, des
équipements de CFAO et de la plate-forme
Internet de Lectra accroît l’interactivité et facilite ces échanges. La simulation des textures,
motifs et nuances, très réaliste notamment
grâce au respect des ombres et des déformations, permet d’échanger entre fournisseurs et
clients, de la manière la plus fiable possible,
idées et créations. Les déclinaisons de
matières, modèles, et couleurs peuvent ainsi
être validées rapidement et à distance, avant le
lancement de la fabrication.
DÉVELOPPER ET SÉCURISER
LES ÉCHANGES
D’INFORMATIONS ÉLECTRONIQUES
26
Lectra 2003
DIMINUER
LE TIME-TO-MARKET
Une accélération
des phases
de création,
production et distribution
Tout en augmentant la créativité
des stylistes et designers,
les logiciels de CAO Lectra accélèrent
les phases de création d’un produit.
Ils contribuent ainsi directement à réduire
de manière importante le time-to-market.
En outre, leur parfaite communication
électronique entre les différents acteurs
de la chaîne et avec les outils de production
(métiers à tisser, à tricoter, découpeurs
automatiques...) offre aux entreprises
une réactivité et une fiabilité optimale
pour répondre en temps réel
aux attentes de leurs clients.
Johnson Controls (États-Unis)
Fondée en 1885, Johnson Controls est le leader mondial
des intérieurs automobiles (sièges, électronique d’intérieur,
tableaux de bord, pavillons, portes, intérieurs intégrés).
Johnson Controls compte 500 sites dans le monde, avec 120 000
employés, et réalise un chiffre d’affaires de US$ 22,6 milliards.
“Il est essentiel pour une entreprise
comme Johnson Controls de pouvoir proposer plusieurs styles et modèles à nos
clients ainsi que de pouvoir anticiper les
modifications structurelles à apporter
aux produits avant même que ne soit
développé le moindre prototype physique. Toute possibilité de réduction du
cycle de développement de nos produits
devient un enjeu considérable, d’autant que
la réactivité est, dans le secteur de l’automobile, une qualité absolument stratégique pour tout équipementier.”
Daniel Navarro,
Coordinateur Projet,
Johnson Controls, France
Cette réactivité se trouve encore renforcée
par les technologies 3D, de gestion
de la couleur, de simulation des modèles
et de catalogue virtuel. Autant de solutions
Lectra permettant de limiter les besoins
d’échantillons et de prototypes physiques,
pour réduire davantage les délais
et faciliter les prises de décisions.
En permettant à leurs propres clients
de pouvoir choisir leurs produits et modèles
dès leur conception, les entreprises
peuvent vendre avant de produire
et optimiser leur modèle économique.
Lectra 2003
27
Youngone (Corée du Sud)
Producteur et premier exportateur coréen de vêtements et de
chaussures, Youngone compte notamment parmi ses clients
North Pole, Nike, Timberland, Aigle, Diesel. L’entreprise réalise
un chiffre d’affaires de US $ 500 millions.
Réduire les coûts
Améliorer la productivité
Développer la qualité
Maîtriser
et promouvoir l’image
et les marques
“De la Corée, où se trouvent
notre siège et nos équipes de
recherche et de création, nous
envoyons un nombre important d'informations à nos
usines au Bangladesh, en
Chine ou dans d'autres pays.
Nos clients, qui exploitent des
grandes marques de vêtements, de sacs à dos ou de
chaussures, exigent une réactivité croissante. C'est pourquoi
nous devons aujourd'hui
impérativement réduire notre
temps d'accès au marché. Cela
implique une amélioration du
cycle de développement de nos
produits, une optimisation de
la communication entre nos
différents sites et une réduction des délais de livraison.”
Kihak Sung,
Président, Youngone
▲
▲
▲
▲
▲
DIMINUER
LE TIME-TO-MARKET
Faire face
à la mondialisation
▲
Répondre
à la demande
croissante
de mass customisation
▲
Développer et sécuriser
les échanges
d’informations électroniques
Lectra 2003
Réduire les coûts
Améliorer la productivité
Développer la qualité
Maîtriser
et promouvoir l’image
et les marques
▲
▲
▲
▲
▲
RÉPONDRE
À LA DEMANDE
CROISSANTE
DE MASS CUSTOMISATION
Faire face
à la mondialisation
▲
▲
28
Diminuer
le time-to-market
Développer et sécuriser
les échanges
d’informations électroniques
R ÉPONDRE À LA DEMANDE
CROISSANTE DE MASS CUSTOMISATION
De la prise de mesures du corps humain en 3D
aux vêtements personnalisés
Pour une entreprise souhaitant développer une production de mass customisation, l’intégration des logiciels
et équipements Lectra de design, de gestion des mesures individuelles, de modélisme, de placement,
de matelassage automatique et de découpe unitaire est un gage de succès.
Les solutions Lectra spécialement dédiées à la mass customisation permettent de produire, dans un même site,
plusieurs milliers de modèles par jour aux mesures de leurs destinataires finaux.
Avec la Corée, la Chine est devenue pour Lectra le marché phare de la mass customisation, de la lingerie aux
uniformes de police. Pour répondre à une demande toujours croissante, les équipements y sont les plus avancés
de la planète et intègrent jusqu’à la prise de mesures par Body Scanner et la conception en 3D.
Cette tendance s’étend également à d’autres secteurs, notamment l’ameublement. Un domaine dans lequel
les produits sont souvent commandés au moment de la vente et personnalisés (choix du tissu ou du cuir…)
en fonction du choix du consommateur : leur production unitaire doit en conséquence associer
réactivité, rapidité, fiabilité et flexibilité, toutes qualités offertes par les technologies Lectra.
“Si nous sommes aujourd'hui leader en Chine sur le
marché des vêtements sur mesure, c'est avant tout
grâce à la qualité de nos produits. Pour faire face à la
demande, très forte dans ce pays, nous souhaitions
augmenter radicalement notre rythme de fabrication, et attendions des solutions parfaitement
adaptées à nos exigences de perfection ainsi qu'un
service de qualité.”
Zhou Jian Ping,
Président, Heilan Group
Heilan Group (Chine)
Moins de 25 ans après sa création, Heilan Group est l’un des leaders
mondiaux des costumes pour hommes, avec 13 000 employés
et un chiffre d’affaires de plus de US$ 200 millions. Heilan Group possède
une vingtaine de filiales, notamment à Paris, Milan et New York.
Lectra 2003
29
MAÎTRISER ET PROMOUVOIR
L’IMAGE ET LES MARQUES
Capitaliser en profondeur
sur la culture
et l’âme de la marque
“Création et innovation sont au cœur
de la marque Diesel. Son image
moderne ne peut se concevoir qu’en
se reposant sur des partenaires
technologiques avant-gardistes.
Les solutions de modélismes efficaces, soutenues par des services
de qualité doivent nous permettre
d’optimiser nos points forts : la
création et la qualité.”
Diesel
Diesel (Italie)
Créée en 1978, Diesel se positionne comme
l’une des marques les plus innovatrices du
monde dans le secteur du jean, du casual
clothing et des accessoires.
Présente dans plus de 80 pays, Diesel est
distribuée dans 10 000 points de vente et réalise
un chiffre d’affaires de plus de € 300 millions.
MAÎTRISER
ET PROMOUVOIR L’IMAGE
ET LES MARQUES
Réduire les coûts
Améliorer la productivité
Développer la qualité
▲
▲
▲
▲
Louis Vuitton est la première marque
mondiale de luxe avec 300 points de ventes
dans le monde. Louis Vuitton emploie
9 500 personnes et réalise un chiffre d’affaires
de US $ 3,8 milliards. LVMH Fashion Goup
rassemble les marques de mode
et de maroquinerie du groupe LVMH.
Ce processus nécessite l’intervention
de nombreux acteurs, internes et externes
à l’entreprise. Ceux-ci doivent associer leurs
talents créatifs, leurs compétences techniques
et leur force marketing tout en veillant
à préserver la cohérence des collections et
l’âme de la marque. Associée à la puissante
base de données virtuelles, la plate-forme
Internet Lectra contribue au succès de
cette collaboration.
Ces solutions permettent ainsi, d’une ligne
de produit à l’autre, année après année,
de préserver le patrimoine de nos clients,
en capitalisant en profondeur sur leurs
savoir-faire et la culture de leurs marques.
Faire face
à la mondialisation
▲
Diminuer
le time-to-market
Louis Vuitton (France)
▲
▲
Répondre
à la demande
croissante
de mass customisation
Des phases amont de création jusqu’à celles
de la distribution, les logiciels de design,
de gestion des collections et de merchandising
visuel sont une solution véritablement
performante pour gérer le cycle de vie complet
des produits de nos clients. Leur efficacité
et leur rapidité permettent de développer
et de gérer différentes collections en parallèle,
de les renouveler fréquemment, et ainsi
d’enrichir et de promouvoir au mieux l’image
et les marques de nos clients.
Développer et sécuriser
les échanges
d’informations électroniques
“Louis Vuitton est la première marque de luxe au monde. Son nom est le garant d'une
qualité irréprochable et d'une créativité sans cesse renouvelée.
L’artisanat et la technologie cohabitent partout avec le même souci de la qualité, garanti par le contrôle complet du processus industriel. Pour assurer cette qualité, la découpe de la célèbre toile monogram notamment doit être réalisée au dixième de millimètre
près et parfaitement reproductible.”
Jean-Paul Vivier,
Directeur Général Adjoint, LVMH Fashion Group
30
Lectra 2003
LECTRA EN BOURSE
Répartition du capital
(au 16 mars 2004)
en euros
Cours le plus haut
Cours le plus bas
Cours de clôture au 31 décembre
Capitaux propres par action au 31 décembre
Trésorerie nette par action au 31 décembre
Résultat net par action (1)
● Capital de base
● Capital dilué
Capitalisation boursière au 31 décembre (2)
Capitaux échangés (2) (3)
Volumes échangés (en millions de titres)(3)
2003
2002
2001
7,47
3,35
6,25
2,21
1,48
5,84
2,85
4,52
1,98
0,96
14,40
3,00
5,47
2,08
0,53
0,21
0,21
0,10
0,10
(0,09)
(0,09)
234,2
61,4
12,1
166,5
37,6
8,6
201,2
68,0
11,6
(1)
Le résultat par action sur le capital de base est calculé à partir du nombre d'actions pondéré ; le résultat par action dilué est calculé
selon la méthode IAS.
(2)
En millions d’euros.
(3)
Source Euronext Paris.
Le flottant est proche de 71 %.
Environ 50 % du capital sont détenus
par des investisseurs institutionnels
(dont près de 40 % par des investisseurs anglo-saxons et 10 % par des
investisseurs français), parmi lesquels
Harris Associates (États-Unis),
Fidelity Investments (États-Unis et
Royaume-Uni) et Northern Trust
(Royaume-Uni) (chacun plus de 5 %
et moins de 10 % du capital), et
Merrill Lynch, pour le compte de
leurs fonds d’investissement, de leurs
clients ou en qualité d’intermédiaire
inscrit. Le solde est réparti dans le
public. La société détient 1,8 million
de ses propres actions (soit près de 5 %
du capital).
Actions détenues par la société
5%
É v o l u t i o n d u c o u r s d e p u i s l e 1 er j a n v i e r 2 0 0 3
André et
Daniel Harari
en euros
29 %
8
Investisseurs
institutionnels
et public
65 %
7
Management
et salariés
1%
Capital : 37 465 698 actions
6
5
Répartition
du capital dilué
(au 16 mars 2004)
4
3
2003
LECTRA (Cours de clôture mensuels)
2004 (au 16 mars)
SBF 250 (base 31 décembre 2002)
Distribution d’un premier dividende
Compte tenu du résultat net de l’exercice 2003, de la trésorerie disponible et des perspectives à
moyen terme de la société, le Conseil d’Administration a proposé, pour la première fois depuis
l’introduction en Bourse de la société en 1987, de distribuer un dividende de € 0,12 par action(1)
au titre de l’exercice.
En développant une nouvelle politique de rémunération des actionnaires, tout en assurant le
financement de son développement futur, le Conseil d’Administration souhaite montrer sa
confiance dans l’avenir de l’entreprise.
(1)
Hors avoir fiscal. Le dividende pourra être assorti d’un avoir fiscal conformément aux dispositions législatives en vigueur.
Grâce à une politique de stock-options
motivante, qui a démontré son bien
fondé, le management (autre qu'André
et Daniel Harari) et les principaux
cadres du groupe, soit aujourd'hui 313
personnes, détiennent 12 % du capital
dilué. Le groupe entend poursuivre cette
politique d'association au capital. Le
nombre d'options exerçables représente
9,9 % du capital.
Actions détenues par la société
4%
André et
Daniel Harari
27 %
Investisseurs
institutionnels
et public
57 %
Management
et salariés
12 %
Capital potentiel : 42 662 829 actions
R APPORT F INANCIER 2003
32
Lectra 2003
Rapport de gestion
Chers Actionnaires,
Vous trouverez, ci-dessous, notre rapport sur l’activité du Groupe Lectra pour son trentième exercice clos le 31 décembre 2003.
1 – Synthèse de l’année 2003
La société avait annoncé en début d’année qu’elle anticipait, sauf événement exceptionnel ou dégradation de l’environnement
économique, une croissance de son chiffre d’affaires et de ses résultats en 2003.
2003 a été affectée par la persistance du faible niveau des investissements technologiques mondiaux, une conjoncture économique
et géopolitique mondiale dégradée, les effets du SRAS au premier semestre et la forte baisse du dollar, qui a clôturé l’année à
$ 1,26 / € 1 et dont le taux moyen par rapport à l’euro a baissé de plus de 16 % sur l’année. En deux ans, le dollar s’est ainsi déprécié
de près de 30 % par rapport à l’euro, affectant significativement le chiffre d’affaires et les résultats de la société.
Malgré ce contexte, Lectra a réalisé un chiffre d’affaires consolidé de € 184,7 millions, sensiblement égal à celui de 2002 (+ 8 %
à taux de change constants), doublé son bénéfice net (€ 7,4 millions) et dégagé un cash flow libre de € 13,4 millions.
Par ailleurs, la société a continué de renforcer sa compétitivité technologique et commerciale face à ses concurrents, grâce
notamment aux succès de ses nouveaux produits et des commandes significatives enregistrées auprès de grands comptes américains,
européens et asiatiques.
Modèle économique de la société
Le modèle économique de la société repose sur la double composante du chiffre d’affaires :
- les revenus des nouveaux systèmes (ventes de nouvelles licences de logiciels et d’équipements de CFAO, et de services associés),
moteur de la croissance de la société ;
- les revenus récurrents, composés d’une part des revenus des contrats récurrents (contrats d’évolution des logiciels, de maintenance
des équipements de CFAO et de support en ligne), d’autre part des autres revenus statistiquement récurrents sur la base
installée (ventes de pièces détachées et consommables, d’interventions ponctuelles de maintenance et de support, et de
formation), facteur essentiel de stabilité de l’entreprise et amortisseur en période de conjoncture économique difficile.
La société a, au cours des dernières années, amélioré tous ses grands équilibres d’exploitation : ses revenus récurrents ont
régulièrement progressé ; en cinq ans, la couverture des frais fixes par ces revenus récurrents est passée de 50 % en 1998 à 65 %
et la marge brute globale a augmenté de 5 points ; les actions de rigueur mises en place dès mars 2001 ont permis de réduire
significativement les frais généraux fixes ; en conséquence, le point mort a été très sensiblement abaissé.
Par ailleurs, elle a entrepris dès 2001, et poursuivi en 2002 et 2003, des actions pour réduire structurellement son besoin en
fonds de roulement et renforcer sa trésorerie. Parallèlement, le modèle économique de l’entreprise a permis, et devrait continuer
de permettre, de dégager un cash flow libre annuel supérieur au bénéfice net de l’exercice.
Ainsi, sur l’ensemble de la période 2001 – 2003, la trésorerie nette s’est accrue de près de € 30 millions, mettant la société à l’abri
des risques pesant sur les entreprises endettées, et lui donnant les moyens de saisir des opportunités de croissance externe.
Ces évolutions ont démontré tous leurs effets en 2003.
Forte progression des résultats
La part du chiffre d’affaires 2003 libellé en dollar, ou directement lié à cette devise, est de 38 %, alors que celle des dépenses
(frais généraux et coûts de revient des ventes) est de 25 %. Sur l’exercice 2003, la baisse du dollar a ainsi eu pour effet général
de réduire d’environ 8 % les différentes composantes du chiffre d’affaires, par rapport aux montants exprimés à taux de change
constants, et de 37 % le résultat d’exploitation. Afin de permettre une analyse pertinente de l’évolution de l’activité, les comparaisons
détaillées au chapitre 3 ci-après sont données à taux de change constants, celles à taux de change courants étant indiquées dans
l’annexe aux comptes consolidés.
Malgré ce contexte difficile, l’activité commerciale a été soutenue avec une progression des commandes de nouveaux systèmes
de 8 % à taux de change constants (la progression atteint 12 % si l’on ne considère que les seules commandes de nouvelles licences
de logiciels et d’équipements de CFAO, à l’exclusion des PC et périphériques, et des services associés).
Lectra 2003
Grâce à l’effet conjugué de la hausse des commandes, d’une nouvelle réduction des frais généraux et du maintien des marges –
à taux de change constants – et malgré la forte baisse du dollar, la société a réussi à dégager un résultat d’exploitation en
progression de 54 % et à multiplier par 2 son résultat net.
2 – Acquisitions et partenariats
La société n’a procédé à aucune acquisition au cours de l’exercice 2003 et n’a signé aucun nouvel accord de partenariat stratégique.
Elle a conclu, début 2004, l’acquisition de la société Investronica Sistemas (cf. chapitre 8 ci-après).
3 – Comptes consolidés
L’annexe aux états financiers consolidés donne toutes les précisions utiles sur les principes comptables et les méthodes d’évaluation,
ainsi que sur les principaux postes du bilan, du compte de résultat et du tableau des flux de trésorerie consolidés du groupe.
Les comptes sociaux et les comptes consolidés ont été arrêtés en appliquant les mêmes principes comptables et les mêmes
méthodes d’évaluation que ceux du précédent exercice (à l’exception, pour les comptes sociaux, compte tenu de l’évolution de
la réglementation comptable, de la reprise de la provision pour marge interne, sans incidence sur les comptes consolidés). Les
comptes consolidés respectent les dispositions du règlement 99-02 du Comité de la Réglementation Comptable du 29 avril 1999.
Ils sont à la fois conformes aux règles comptables généralement admises en France et aux normes comptables internationales
IAS/IFRS.
Les états financiers consolidés et leur annexe font partie intégrante du présent rapport.
Très forte croissance en Asie-Pacifique, progression en Amérique du Nord, recul en Europe
Le chiffre d’affaires de l’exercice 2003 s’élève à € 184,7 millions, stable par rapport à l’exercice précédent à taux de change courants ;
à taux de change constants, il progresse de 8 %.
Si l’on considère les zones géographiques :
- l’Asie-Pacifique progresse de 38 %, grâce notamment aux performances de la Chine, de la Corée du Sud et du Japon ;
- le chiffre d’affaires d’Amérique du Nord progresse de 5 % ;
- l’Europe recule, globalement, de 5 %. En Europe de l’Ouest, le Royaume-Uni et l’Allemagne continuent de dégager des
niveaux d’activité particulièrement bas, alors que la France, l’Espagne et le Portugal s’inscrivent en progression. Les pays
d’Europe de l’Est affichent toujours leur vitalité ;
- les pays du reste du monde voient, globalement, leur chiffre d’affaires progresser de 62 % – les principales performances
proviennent de Tunisie, du Maroc, d’Afrique du Sud et du Brésil.
L’Europe, l’Amérique du Nord et l’Asie-Pacifique représentent respectivement 51 %, 22 % et 20 % du chiffre d’affaires global
de 2003 (54 %, 25 % et 16 % en 2002). Représentant ensemble 27 % (contre 21 % en 2002), l’Asie-Pacifique et les pays du reste
du monde montrent ainsi leur dynamisme.
Depuis quelques années, les ventes transnationales se développent et représentent aujourd’hui une part non négligeable du chiffre
d’affaires, dans tous les marchés sectoriels de la société. Ainsi, dans l’automobile, le centre principal de décision se trouve par
exemple aux États-Unis, en Europe de l’Ouest, en Corée du Sud ou au Japon, mais les logiciels et équipements de CFAO sont
installés dans les usines d’Europe de l’Est, de Tunisie, du Mexique, du Bangladesh ou de Chine. Toutes ces ventes transnationales
impliquent les équipes commerciales et techniques de Lectra aux deux extrémités géographiques de la chaîne, ainsi que ses équipes
“corporate” : c’est l’une des forces essentielles de l’entreprise, notamment auprès de ses clients grands comptes.
La société réalise depuis la fin des années 1980 près de 90 % de son chiffre d’affaires hors de France. Avec son propre réseau
de 28 filiales commerciales, 78 bureaux et 770 spécialistes (marketing, vente, services) implantés dans 36 pays, elle réalise 93 %
de son chiffre d’affaires en direct (7 % à travers son réseau d’agents et distributeurs). Le réseau commercial et de services de
Lectra constitue la plus grande barrière à l’entrée pour tout nouvel acteur majeur sur le marché.
Forte progression dans l’automobile
Si l’on considère les marchés sectoriels, le textile, la mode, l’habillement et la distribution ont représenté 58 % du chiffre
d’affaires des nouveaux systèmes, le secteur automobile, aéronautique, nautique et des tissus industriels 25 % (avec une
progression remarquable des ventes de nouveaux systèmes de 18 % à devises constantes, à comparer à 5 – 6 % pour chacun des
autres marchés), l’ameublement 12 % et la chaussure, le bagage et la maroquinerie 5 % (contre respectivement 59 %, 23 %, 12 %
et 6 % en 2002).
33
34
Lectra 2003
Grâce aux nouvelles technologies de découpe couteau et laser dédiées aux sièges automobiles et aux airbags, la société a connu
en 2003 une très forte progression dans l’automobile, particulièrement dans les grands comptes internationaux, tirée par l’Asie,
suivie par l’Europe et les États-Unis.
Croissance soutenue du chiffre d’affaires des nouveaux systèmes
Le chiffre d’affaires des nouveaux systèmes (€ 105,2 millions) augmente de 14 %. Il représente 57 % du chiffre d’affaires total
(54 % en 2002), confirmant ainsi les prémices d’un retour à une dynamique de croissance.
Parallèlement, les revenus récurrents (€ 79,5 millions) progressent de 1 %. Ils représentent 43 % du chiffre d’affaires total (46 %
en 2002), dont 26 % pour les revenus des contrats récurrents et 17 % pour les autres revenus statistiquement récurrents sur la
base installée. Cette stabilité est le résultat de deux tendances inverses : les contrats d’évolution des logiciels et les ventes de pièces
détachées et consommables progressent fortement, alors que l’activité de maintenance des équipements de CFAO diminue pour
les raisons exposées ci-après.
Il convient de rappeler que, dans des conditions d’activité commerciale plus dynamiques, avec des ventes de nouveaux systèmes
plus importantes, le modèle économique de la société conduirait à un ratio de ventes de nouveaux systèmes d’environ 60 à 65 %,
les revenus récurrents représentant 35 à 40 %.
Les logiciels (€ 55,5 millions) représentent 30 % du chiffre d’affaires (même proportion qu’en 2002). Ils progressent de 10 %
globalement ainsi que pour chaque composante :
- nouvelles licences : € 30,7 millions ;
- contrats d’évolution des logiciels et de support en ligne à caractère récurrent : € 24,8 millions.
Les équipements de CFAO (€ 67,2 millions) représentent 36 % du chiffre d’affaires (33 % en 2002). A taux de change constants,
ils enregistrent une progression de 21 %. Cette performance confirme le succès de la nouvelle gamme de découpeurs couteaux
pour tissus et cuir et de découpeurs laser pour tissus industriels, notamment les airbags, lancée en 2002. Elle traduit également,
sur l’ensemble des marchés géographiques et sectoriels de la société, les premiers signes de reprise des investissements technologiques
de productivité – notamment des entreprises américaines, sud-coréennes et japonaises dans leur pays comme dans ceux de
sous-traitance – ainsi que la part croissante dans l’activité globale de la société des nouveaux pays producteurs tels que la Chine
et les pays d’Europe de l’Est.
L’activité de maintenance des équipements de CFAO (€ 26,2 millions) diminue de 10 %. Cette baisse s’explique pour
l’essentiel par l’arrêt, sur l’initiative de la société, de certains contrats (non rentables) portant sur des matériels anciens, et pour
le reste par la résiliation de contrats par des entreprises ayant cessé leur activité ou délocalisé leur production dans des pays où
la notion de services est moins développée. Si le chiffre d’affaires a diminué, la rentabilité de l’activité de maintenance s’est
accrue, grâce en particulier à la montée en puissance des trois Call Centers internationaux de Bordeaux, Atlanta et Hong Kong
(qui sera transféré à Shanghai dans les prochains mois) – ces plates-formes regroupent près de 60 experts Lectra et traitent
mensuellement plus de 25 000 appels.
Parallèlement, le chiffre d’affaires de pièces détachées et de consommables sur la base installée (€ 22,4 millions) progresse de
5 %. Celui de la formation et du conseil (€ 8,5 millions) diminue de 2 %.
Enfin, conformément à la politique de retrait progressif de la vente de PC et périphériques, à faible marge, adoptée depuis plusieurs
années, le chiffre d’affaires correspondant continue de diminuer (– 20 %). Il ne représente plus que 2 % du chiffre d’affaires,
contre 15 % au milieu des années 1990.
La société a débuté l’année 2004 avec un carnet de commandes de nouveaux systèmes de € 17,1 millions, équivalent à son
niveau (€ 17,0 millions) au 1er janvier 2003. L’accroissement du carnet de commandes à taux de change constants est de € 1,4 million.
Les contrats récurrents annuels, quant à eux, qui ne sont pas compris dans les chiffres ci-dessus, sont connus en quasi-totalité
dès le début de l’année.
Stabilité du taux de marge brute à taux de change constants
La marge brute globale s’élève à € 121,7 millions, en diminution de € 3,7 millions par rapport à 2002 (– 3 %). A taux de change
constants, elle progresse de 8 % (la progression est identique à celle du chiffre d’affaires).
Le taux de marge brute global s’établit à 65,9 %. A taux de change constants, il aurait été de 67,8 %, en progression de 0,1 point
par rapport à l’exercice 2002 (67,7 %). Cette performance, qu’il convient de souligner tout particulièrement, est obtenue malgré
l’impact mécanique négatif de l’évolution du mix produits, la croissance du chiffre d’affaires d’équipements de CFAO ayant été
supérieure à celle des logiciels. Le taux de marge brute de chaque ligne de produits est resté stable ou a progressé par rapport
Lectra 2003
à l’exercice 2002. En réussissant à maintenir ou améliorer les marges sur chaque ligne de produits au cours de l’exercice 2003,
dans des conditions de marché difficile, Lectra démontre l’importance stratégique que revêt, pour elle, leur préservation.
Poursuite des actions de rigueur sur les frais généraux
La poursuite des actions de rigueur menées par la société depuis mars 2001 – dès sa prise de mesure de la dégradation de
l’économie mondiale – a permis de maintenir les frais généraux fixes, à taux de change constants, à un niveau inférieur à celui
de 2002 (année qui avait déjà enregistré les effets positifs du plan).
Les frais généraux s’élèvent, en effet, à € 110,6 millions, en diminution de € 7,5 millions (– 6 %) par rapport à 2002. Ils se
décomposent ainsi :
- € 98,2 millions de frais fixes, en diminution de € 7,6 millions (– 7 %) ;
- € 1,4 million de provisions, en diminution de € 0,9 million ;
- € 11 millions de frais variables, en augmentation de € 1,0 million.
A taux de change constants, les frais fixes et provisions auraient été de € 104,8 millions (– 3 %).
Continuation de la politique soutenue de recherche et de développement
Les dépenses de recherche et de développement, entièrement passées en charges de la période, sont comprises dans les frais
fixes indiqués ci-dessus. Elles s’élèvent à € 14,0 millions (€ 13,7 millions en 2002) et représentent 7,6 % du chiffre d’affaires
(7,4 % en 2002).
Avec 170 ingénieurs et techniciens, les effectifs de recherche et de développement (13 % de l’effectif total de la société) confirment
la priorité accordée par Lectra à l’innovation pour conforter son avance technologique.
Fort rebond de la rentabilité – Doublement du résultat net
Après une année 2001 déficitaire, du fait de la forte dégradation de la conjoncture mondiale, et un retour aux profits dès le troisième
trimestre 2002, la société réalise en 2003 un bénéfice d’exploitation de € 11,1 millions, en progression de 54 % par rapport à
2002 (€ 7,2 millions), malgré le fort impact négatif des devises. Il convient de noter que l’accroissement du résultat d’exploitation
de l’exercice 2003 est de € 3,9 millions, alors que le chiffre d’affaires et la marge brute globale diminuent respectivement de
€ 0,4 million et € 3,7 millions.
La marge opérationnelle de l’exercice s’établit ainsi à 6,0 %, contre 3,9 % en 2002.
A taux de change constants, le bénéfice d’exploitation aurait été de € 17,6 millions, soit une augmentation de € 10,4 millions
(+ 144 %) par rapport à 2002. La marge opérationnelle se serait établie à 8,8 %, soit une progression de 4,9 points par
rapport à 2002.
L’EBITDA s’élève à € 17,1 millions, contre € 14,7 millions en 2002. A taux de change constants, il serait de € 23,0 millions, en
augmentation de € 8,3 millions (+ 56 %).
Ces performances confirment à la fois l’amélioration des équilibres d’exploitation de la société, le fort impact positif sur sa
rentabilité d’une augmentation des ventes de nouveaux systèmes, ainsi que la sensibilité de ses résultats à la fluctuation des devises
et notamment à la parité euro/dollar.
Les produits financiers nets (intérêts perçus diminués des charges bancaires) sont positifs de € 0,5 million. Le résultat de change
est positif de € 0,5 million, provenant de la couverture de change contractée en début d’année sur le dollar américain.
Le résultat avant impôts est bénéficiaire de € 10,4 millions (€ 5,8 millions en 2002), soit une augmentation de € 4,6 millions.
Ce résultat intègre € 1,7 million d’amortissement des écarts d’acquisition (€ 1,8 million en 2002).
Compte tenu d’une charge fiscale de € 2,9 millions, le bénéfice net s’établit à € 7,4 millions. Il progresse de € 3,8 millions
(+ 110 %) par rapport à 2002 (€ 3,6 millions). Le bénéfice net avant amortissement des écarts d’acquisition progresse de 70 %
à € 9,2 millions (€ 5,4 millions en 2002).
Résultat par action
Après neutralisation du nombre moyen d’actions détenu en propre par la société, le nombre d’actions utilisé pour les calculs est
respectivement de 35 036 507 et de 35 399 568 pour 2003 et 2002, pour le résultat de base ; pour le résultat dilué, il est de
35 886 698 et de 35 910 796.
Sur ces bases, le résultat net par action est de € 0,21 (€ 0,10 en 2002) sur capital de base, et de € 0,21 (€ 0,10 en 2002) sur
capital dilué.
35
36
Lectra 2003
La société continue de dégager un cash flow libre élevé
Le cash flow libre de l’exercice 2003 s’élève à € 13,4 millions (€ 20,3 millions en 2002). Il est supérieur de € 6,0 millions au résultat
net, et résulte d’une capacité d’autofinancement d’exploitation de € 16,1 millions (€ 13,5 millions en 2002), d’une diminution
du besoin en fonds de roulement de € 0,7 million (€ 10,1 millions en 2002) et d’investissements de € 3,4 millions (identique à 2002).
Sur l’ensemble des deux derniers exercices, la société a dégagé un cash flow libre de € 33,7 millions, supérieur de € 22,7
millions au bénéfice net de la période. Cette performance reflète d’une part le résultat significatif des actions entreprises depuis
mars 2001 pour améliorer les différentes composantes du besoin en fonds de roulement (dont l’impact essentiel s’est traduit par
la diminution exceptionnelle de 2002), d’autre part l’effet du modèle économique de l’entreprise.
Une structure financière particulièrement solide et une trésorerie nette à son plus haut niveau
Au 31 décembre 2003, les capitaux propres s’élèvent à € 82,7 millions (€ 73,0 millions au 31 décembre 2002), après déduction
du montant des actions de la société détenues en propre, valorisées à leur prix d’acquisition, soit € 9,0 millions (€ 10,8 millions
au 31 décembre 2002). Le bilan comprend seulement € 3,3 millions d’immobilisations incorporelles nettes et € 9,1 millions
d’écarts d’acquisition nets.
Parallèlement, la trésorerie nette augmente de € 17,2 millions par rapport au 31 décembre 2002 et s’établit à € 52,4 millions.
Trésorerie
Dettes
38,8
Cash flow libre
13,4
13,4
1,9
1,9
Achat et vente par la société de ses propres actions(1)
Augmentation de capital
(2)
Variation de l’endettement
2,1
(0,6)
Effet de la variation des devises
(0,2)
Situation au 31 décembre 2003
55,4
(1)
(2)
(3,6)
Trésorerie nette
Situation au 31 décembre 2002
35,2
2,1
0,6
0,0
(3,0)
52,4
(0,2)
Y compris le contrat de liquidité confié à SG Securities (Société Générale).
Par exercice d’options de souscription d’actions (cf. chapitre 5 ci-après).
Les dettes financières de € 3,0 millions correspondent à des aides publiques au financement de programmes de recherche et de
développement et de prospection commerciale ne portant pas intérêt.
Actions de la société détenues en propre
Au cours de l’exercice 2003, dans le cadre du programme de rachat d’actions autorisé par l’Assemblée Générale, et en vue
d’optimiser la gestion financière de ses fonds propres, la société a opéré des achats et des ventes de ses propres actions en fonction
des situations du marché. Elle a ainsi – en dehors du contrat d’apporteur de liquidité confié à SG Securities (Société Générale)
– acheté pour son propre compte 1,3 million d’actions à un cours moyen de € 4,57 et vendu 1,5 million d’actions à un cours
moyen de € 5,03. Par ailleurs, au titre du contrat de liquidité, elle a acheté et vendu 0,4 million d’actions, à un cours moyen de € 5,21
et € 5,53 respectivement. Le résultat de ces opérations n’est pas comptabilisé dans le résultat de la période, mais directement
imputé sur les capitaux propres.
Au 31 décembre 2003, la société détient 1,9 million de ses propres actions à un cours moyen de € 4,77 (inférieur au cours de
Bourse du même jour de € 6,25). A titre indicatif, la cession de ces actions au cours de Bourse du 31 décembre dégagerait une
trésorerie supplémentaire de € 11,7 millions, augmentant de 22 % la trésorerie nette de la société en la portant à € 64,1 millions.
Engagements hors bilan
Instruments financiers de couverture de change
Les instruments financiers de couverture des risques de change au 31 décembre 2003 sont constitués :
- de ventes et d’achats à terme de dollars américains, de livres anglaises, de dollars de Hong Kong, de dollars australiens, de
dollars taiwanais et de yens japonais d’une contre-valeur nette totale de € 5,1 millions ;
- d’options de ventes de dollars américains (puts dollars), contractées au mois de décembre 2003, d’une valeur de $ 27 millions,
dont le prix d’exercice est de $ 1,25 / € 1. Cette couverture correspond à environ 85 % du montant estimé de l’exposition nette de
la société au risque de change sur le dollar américain pour l’ensemble de l’année 2004, avant l’acquisition d’Investronica
Sistemas et hors son exposition nette (cf. chapitre 9 ci-après).
Lectra 2003
Autres engagements hors bilan
La société a délivré des cautions auprès d’établissements financiers, en garantie de crédits accordés par ces derniers à ses filiales,
pour un montant total de € 2,7 millions. Les seuls autres engagements hors bilan concernent des contrats courants de location
de bureaux, d’automobiles et de matériels de bureaux, pouvant faire l’objet de résiliations selon des conditions contractuelles.
Acquisitions
Tous les compléments de prix liés aux acquisitions passées (la dernière ayant été conclue en 2000) ont été soldés en 2002.
Filiales non consolidées
Les 8 filiales non consolidées représentent au total, au 31 décembre 2003 (chiffres cumulés) :
- un chiffre d’affaires de € 5,9 millions ;
- un total de bilan de € 3,8 millions ;
- des dettes financières (hors groupe) de zéro ;
- des dettes envers la société mère Lectra de € 1,1 million.
Leurs seuls engagements hors bilan concernent des contrats courants de location de bureaux, d’automobiles et de matériels de
bureaux, pouvant faire l’objet de résiliations selon des conditions contractuelles.
4 – Distribution de dividendes
Compte tenu du résultat net de l’exercice 2003, de la trésorerie disponible et des perspectives à moyen terme ci-après exposées,
votre Conseil d’Administration a proposé à l’Assemblée Générale annuelle du 30 avril 2004, pour la première fois depuis
l’introduction en Bourse de la société en 1987, que la société distribue un dividende de € 0,12 par action (hors avoir fiscal - le
dividende pourra être assorti d’un avoir fiscal conformément aux dispositions législatives en vigueur) au titre de l’exercice.
En développant une nouvelle politique de rémunération des actionnaires, tout en assurant le financement de son développement
futur, le Conseil d’Administration souhaite ainsi montrer sa confiance dans l’avenir de l’entreprise.
5 – Actionnariat – Bourse
Évolution du capital
Au 31 décembre 2003, le capital social est de € 56 198 547, composé de 37 465 698 actions d’une valeur nominale de € 1,50. Il
a été augmenté de 636 656 actions par rapport au 31 décembre 2002, résultant de la levée d’options de souscription d’actions.
Le capital est réparti comme suit :
- André et Daniel Harari détiennent de concert 29,3 % du capital et 30,2 % des droits de vote ;
- Harris Associates L.P. (États-Unis) et la société Northern Trust (Royaume-Uni) agissant en tant qu’intermédiaire inscrit
détiennent chacun plus de 5 % (et moins de 10 %) du capital et des droits de vote ;
- la société détient 5 % de ses propres actions.
Les franchissements de seuils communiqués à la société au cours de 2003 sont les suivants :
Le 3 février 2003, la société Henderson Global Investors Limited (Royaume-Uni) a indiqué avoir franchi à la baisse le seuil de
5 % du capital et qu’elle ne détenait plus à cette date que 4,97 % du capital.
Le 31 mars 2003, Messieurs André et Daniel Harari ont informé le Conseil des Marchés Financiers qu’ils avaient constaté avoir
franchi passivement en hausse le seuil du tiers des droits de vote. Ce franchissement résultait de la diminution du nombre total
de droits de vote du fait de la privation des droits de vote attachés aux actions détenues en propre par la société.
Le 20 mai 2003, Messieurs André et Daniel Harari, agissant de concert, ont déclaré que, à la suite de la cession de 1 250 000
actions le 16 mai, ils avaient franchi en baisse le seuil du tiers des droits de vote de la société (avant cette date, ils détenaient
33,2 % du capital et 35,0 % des droits de vote). Ils ont indiqué à la société que cette opération était nécessaire afin de rembourser
intégralement des emprunts bancaires qu’ils avaient contractés depuis 2001 pour financer la charge exceptionnelle d’impôts sur
leurs revenus de 2000 résultant de la cession d’actions Lectra pour financer l’exercice de bons et d’options de souscription
d’actions de la société.
Le 13 mai 2003, la société Financière de l’Échiquier (France), agissant pour le compte de fonds dont elle assure la gestion, a déclaré
que, à la suite d’acquisitions d’actions Lectra sur le marché, elle avait franchi en hausse le seuil de 5 % du capital et qu’elle détenait
37
38
Lectra 2003
à cette date 5,003 % du capital. Le 4 novembre 2003, la société Financière de l’Échiquier a déclaré que, à la suite de cessions
d’actions sur le marché, elle avait franchi à la baisse le seuil de 5 % du capital et des droits de vote, et ne détenait plus que
4,68 % du capital.
Le 30 mai 2003, la société Northern Trust, agissant en sa qualité d’intermédiaire inscrit, a déclaré avoir franchi à la hausse,
le 22 mai 2003, le seuil de 5 % du capital de Lectra et détenir à cette date dans les comptes ouverts au nom de ses clients
5,8 % du capital.
Le 10 juillet 2003, JP Morgan Chase Investor Services (Royaume-Uni), agissant en qualité d’intermédiaire inscrit, a déclaré
avoir franchi en baisse le seuil de 5 % du capital de Lectra et détenir à cette date, dans les comptes ouverts au nom de ses clients,
4,85 % du capital. L’obligation pour les intermédiaires inscrits de déclarer les franchissements de seuils résulte du décret
d’application du 3 mai 2002 de la loi sur les Nouvelles Régulations Économiques du 15 mai 2001 ; ne s’appliquant qu’à partir
du 5 août 2002 pour les seuils franchis après cette date, JP Morgan Chase Investor Services n’avait pas eu à notifier à la société
son franchissement à la hausse du seuil de 5 % du capital.
Postérieurement à la clôture de l’exercice, par courrier du 12 février 2004, FMR Corp et Fidelity International Limited (FIL),
agissant pour le compte de fonds communs gérés par leurs filiales, ont déclaré que, le 9 février 2004, suite à l’achat en Bourse
d’actions Lectra, elles avaient franchi en hausse le seuil de 5 % du capital et détenaient désormais 5,02 % du capital.
Attribution d’options de souscription d’actions – Capital potentiel
Depuis 1991, votre Conseil d’Administration a utilisé à plusieurs reprises la faculté d’attribution d’options de souscription
d’actions qui lui avait été conférée par l’Assemblée Générale Extraordinaire des actionnaires au bénéfice des dirigeants et des
cadres de la société et de ses filiales. Cette politique d’association aux résultats et à la valorisation de la société est toujours
actuelle à un moment où, dans une conjoncture difficile, votre Conseil d’Administration a poursuivi sa politique stricte en matière
de rémunérations.
En 2003, le Conseil d’Administration a attribué 848 974 options au prix d’exercice de € 4,85 dans le cadre d’un nouveau plan
d’options visant tant des détenteurs d’options existantes que de nouveaux bénéficiaires.
Le prix d’exercice de ces options est supérieur à la moyenne des 20 cours de Bourse précédant la date d’attribution desdites
options par le Conseil d’Administration. L’acquisition définitive de leur droit d’exercice est généralement répartie sur quatre ans,
à compter du 1er janvier 2004, et fonction de la présence du bénéficiaire dans le groupe à l’issue de chaque période annuelle ;
elle est par ailleurs conditionnée, pour certains bénéficiaires, par la réalisation d’objectifs annuels.
Les options ont une durée de validité de 8 années à compter de leur date d’attribution.
Par ailleurs, 636 656 options des différents plans en vigueur au 31 décembre 2002 ont été exercées en 2003, et 429 798 options sont
devenues caduques en raison du départ des bénéficiaires ou de l’absence de réalisation des objectifs nécessaires à l’acquisition
définitive du droit d’exercice de certaines options.
Le nombre de bénéficiaires d’options en vigueur au 31 décembre 2003 est de 314 (330 au 31 décembre 2002). 28 nouveaux salariés
ont bénéficié, pour la première fois en 2003, d’un plan d’options.
Enfin, nous vous informons qu’aucun plan d’options de souscription ou d’achat d’actions n’a été ouvert par les filiales de la
société mère.
Au 31 décembre 2003, le nombre maximal d’actions susceptibles de composer le capital social, y compris les actions nouvelles
pouvant être émises par exercice de droits en vigueur donnant vocation à la souscription d’actions nouvelles, est de 42 686 424
et se décompose comme suit :
- capital social : 37 465 698 actions ;
- options de souscription d’actions : 5 220 726 options.
Chaque option donnant le droit de souscrire à une action nouvelle d’une valeur nominale de € 1,50, si toutes les options étaient
exercées, il en résulterait une augmentation totale du capital de € 7 831 089, assortie d’une prime d’émission totale de € 20 090 656.
L’annexe aux comptes consolidés donne toutes les précisions utiles sur les modalités, prix et dates d’exercice de l’ensemble des
options en vigueur au 31 décembre 2003.
Le rapport spécial du Conseil d’Administration, établi conformément à l’article L. 225-184 du Code de Commerce résultant de
la loi du 15 mai 2001 sur les Nouvelles Régulations Économiques, fait l’objet d’un document séparé.
Lectra 2003
Évolution du cours de Bourse et des volumes d’échange
Au 31 décembre 2003, le cours de Bourse de l’action Lectra était de € 6,25, affichant une hausse de 38,3 % par rapport au
31 décembre 2002 (€ 4,52). Le cours a affiché en 2003 un plus haut de € 7,47, le 4 novembre, et un plus bas de € 3,35, le 12 mars.
Sur la même période, le CAC 40, le SBF 250 et l’indice Next 150 affichaient respectivement une hausse de 16,1 %, 15,9 % et 32,6 %.
12,1 millions d’actions ont été échangées selon les statistiques d’Euronext, soit une augmentation de 41 % par rapport à 2002.
Parallèlement, le montant des capitaux échangés (€ 61,4 millions) augmente de 64 %.
L’action Lectra (code ISIN FR0000065484) fait partie des valeurs européennes composant l’indice Next 150 d’Euronext
(depuis le 2 janvier 2003) et des valeurs françaises composant les indices SBF 250, MIDCAC et du Second Marché d’Euronext Paris.
Adhésion au segment NextEconomy d’Euronext
Lectra a adhéré fin 2001 au segment NextEconomy d’Euronext, qui rassemble les sociétés des secteurs de la nouvelle technologie
s’engageant à respecter des règles précises en matière de communication financière et de liquidité. Il convient de souligner que
Lectra remplissait dès 2002 l’ensemble des obligations et recommandations correspondantes (y compris celles qui ne sont requises
qu’à compter du 1er janvier 2004). Ses comptes sont établis selon les normes IAS depuis plusieurs années ; elle publie des comptes
trimestriels, et tous ses documents financiers sont établis en langue française et anglaise depuis plus de cinq ans.
6 – Gouvernement d’Entreprise
La société a engagé depuis plusieurs années une série de mesures importantes pour répondre aux exigences du Gouvernement
d’Entreprise.
Suppression du droit de vote double
L’Assemblée Générale Extraordinaire du 3 mai 2001 a décidé que les actions dont l’inscription sous la forme nominative a été
demandée postérieurement au 15 mai 2001, ainsi que les actions acquises après cette date, ne peuvent plus bénéficier du
droit de vote double (sauf cas particuliers visés dans la résolution correspondante adoptée par ladite Assemblée Générale
Extraordinaire). Messieurs André et Daniel Harari ont procédé, à leur initiative, à l’annulation des droits de vote double qui
étaient attachés à leurs actions.
De ce fait, au 31 décembre 2003, seules 716 433 actions (soit 1,9 % du capital) bénéficiaient d’un droit de vote double.
Mise en place d’un Comité d’Audit et d’un Comité des Rémunérations
En 2001, la société a nommé un Comité d’Audit et un Comité des Rémunérations au sein de son Conseil d’Administration. Ces
comités comprennent trois administrateurs, dont deux sont indépendants au sens des règles du Gouvernement d’Entreprise, et
chacun est présidé par l’un de ces derniers.
Dissociation des fonctions de Président du Conseil d’Administration et de Directeur Général
Le Conseil d’Administration a décidé en 2002 de dissocier, comme le permet la nouvelle loi du 15 mai 2001 sur les Nouvelles
Régulations Économiques, les fonctions de Président du Conseil d’Administration de celles de Directeur Général.
Un tel mode d’exercice de la direction de la société lui est apparu en effet mieux adapté à sa taille, à sa structure mondiale et à
son fonctionnement opérationnel, et de nature à lui permettre d’aller plus loin dans sa pratique du Gouvernement d’Entreprise.
Par ailleurs, la nouvelle loi du 1er août 2003 sur la Sécurité Financière introduit deux nouveaux changements : d’une part, le
Président du Conseil d’Administration ne représente plus désormais le Conseil, d’autre part, il doit désormais présenter à
l’Assemblée Générale dans un rapport joint au rapport de gestion du Conseil d’Administration les conditions de préparation et
d’organisation des travaux du Conseil, ainsi que les procédures de contrôle internes mises en place par la société et les éventuelles
limitations que le Conseil apporte aux pouvoirs du Directeur Général. Les changements correspondants font l’objet de la
deuxième, troisième et cinquième résolutions de l’Assemblée Générale Extraordinaire, qui se réunira à l’issue de la présente
assemblée. Le rapport du Président du Conseil d’Administration au titre de l’exercice 2003 est joint au présent rapport.
Dans ce contexte et en application de la loi, le Conseil d’Administration détermine la stratégie et les orientations de l’activité de
la société, et veille à leur mise en œuvre. Le Président du Conseil d’Administration organise et dirige ses travaux dont il rend
compte à l’Assemblée Générale des actionnaires, et veille au bon fonctionnement des organes de direction de la société. Le
Directeur Général est investi des pouvoirs les plus étendus pour agir en toute circonstance au nom de la société ; il représente
39
40
Lectra 2003
la société dans ses rapports avec les tiers. Il peut être assisté d’un ou plusieurs Directeurs Généraux Délégués. Conformément
à la résolution votée par les actionnaires, le Directeur Général doit être membre du Conseil d’Administration.
Le Conseil d’Administration considère que cette organisation de la gestion et de l’administration de la société, appliquée depuis
maintenant deux ans, apporte un plus grand équilibre et une efficacité accrue dans le fonctionnement de ses organes. Elle permet
notamment au Directeur Général de consacrer tous ses efforts – dans une conjoncture économique encore difficile, mais dans
un contexte concurrentiel dans lequel la compétitivité de Lectra n’a jamais été aussi forte – à l’exécution des objectifs et du plan
d’action à court terme de la société, parallèlement à la mise en œuvre de son plan stratégique à moyen terme.
Nous vous rappelons que le Conseil d’Administration a nommé en 2002 :
- André Harari, Président du Conseil d’Administration ;
- Daniel Harari, Directeur Général ;
- Daniel Moreau, Directeur Général Délégué.
André Harari, Daniel Harari et Daniel Moreau étaient jusqu’à cette date respectivement Vice-Président du Conseil
d’Administration et Directeur Général, Président Directeur Général et Directeur Général de la société.
Rémunération des dirigeants et des administrateurs
La rémunération des dirigeants exerçant un mandat social comprend une partie fixe et une partie variable. Il n’existe aucune
forme d’attribution de bonus ou de primes.
La rémunération variable est déterminée en fonction de deux critères exprimés en objectifs annuels : le résultat consolidé avant
impôts (comptant pour 67 %) et le cash flow libre consolidé (comptant pour 33 %). Elle est égale à zéro en deçà de certains seuils.
A objectifs annuels atteints, elle était égale pour l’exercice 2003 à 50 % de la rémunération totale pour le Président du Conseil
d’Administration et le Directeur Général, à 30 % pour le Directeur Général Délégué, et à 25 % pour le Directeur e-company et
le Directeur Financier (ces pourcentages étaient respectivement en 2002 de 30 % pour le Président du Conseil d’Administration
et le Directeur Général, de 25 % pour le Directeur Général Délégué et le Directeur e-company, et de 24 % pour le Directeur
Financier). La rémunération variable peut atteindre un pourcentage supérieur en fonction du dépassement des objectifs.
Les objectifs annuels sont fixés par le Conseil d’Administration sur recommandations du Comité des Rémunérations. Le Comité
veille chaque année à la cohérence des règles de fixation de la part variable avec l’évaluation des performances des dirigeants
et avec la stratégie à moyen terme de l’entreprise. Il contrôle après la clôture de l’exercice l’application annuelle de ces règles et
le montant définitif des rémunérations variables sur la base des comptes audités.
En 2003, les objectifs annuels des deux critères ont été dépassés ; ils n’avaient été que partiellement atteints en 2002 (les objectifs
fixés en début d’année n’ont pas été ajustés en cours d’année pour tenir compte notamment de la chute du dollar américain).
Les rémunérations fixes et variables des dirigeants sociaux, allouées au titre des exercices 2003 et 2002, sont les suivantes (montants
bruts, avant déduction des cotisations salariales) :
Rémunération
fixe
Rémunération
variable
Rémunération
totale
Avantage
en nature ( 1 )
Jetons
de présence ( 2 )
252 655
59 128
442 655
204 431
15 639
12 530
14 000
14 000
190 000
145 303
252 655
59 128
442 655
204 431
8 988
7 451
14 000
14 000
Daniel Moreau
2003
2002
Directeur Général Délégué
206 341
209 465
119 678
65 138
326 019
274 603
5 520
6 443
Hervé Debache
2003
2002
Administrateur
Louis Faurre
2003
2002
Administrateur
(en euros)
Fonctions
André Harari
2003
2002
Président du Conseil d’Administration
190 000
145 303
Daniel Harari
2003
2002
Directeur Général
14 000
14 000
14 000
14 000
(1)
Les montants figurant en avantages en nature correspondent à la valorisation fiscale de l’usage de véhicules de fonction et aux versements effectués dans un contrat
d’assurance vie pour Daniel Harari (€ 5 744) et André Harari (€ 11 170).
(2)
Les jetons de présence au titre de l’exercice 2003 sont indiqués sous réserve de l’approbation de l’Assemblée Générale du 30 avril 2004.
Lectra 2003
La totalité de ces montants a été versée par Lectra SA ; les mandataires sociaux n’ont pas reçu de rémunération ou d’avantage
particulier de la part de sociétés contrôlées par Lectra SA au sens des dispositions de l’article L. 233-16 du Code de Commerce
(il est rappelé que Lectra SA n’est contrôlée par aucune société).
Les informations requises en application de l’article L. 225-102-1 du Code de Commerce, relatives au montant des rémunérations
et des avantages de toute nature versés durant l’exercice 2003 par Lectra SA à ses mandataires sociaux, figurent dans l’annexe
aux comptes sociaux. Les différences par rapport au tableau précédent résultent du décalage dans le versement de ces rémunérations :
la rémunération variable au titre d’un exercice est provisionnée dans les comptes dudit exercice, calculée définitivement après la
clôture des comptes annuels et versée au cours de l’exercice suivant.
Par ailleurs, 73 000 options de souscription d’actions ont été consenties à Monsieur Daniel Moreau en 2003 ; aucune option n’a
été consentie à Messieurs André Harari et Daniel Harari qui, possédant plus de 10 % du capital chacun depuis 2000, n’ont pas
droit à de nouveaux plans d’options dans le cadre de la législation française en vigueur.
Aucune option n’a été levée par un mandataire social au cours de l’exercice. Les plans d’options de souscription d’actions en
vigueur au 31 décembre 2003 sont détaillés dans les annexes aux comptes consolidés et aux comptes de la société mère (seuls
sont concernés Messieurs André Harari et Daniel Moreau).
Enfin, il convient de préciser que les mandataires sociaux ne bénéficient d’aucun dispositif particulier engageant la société à
leur verser une quelconque indemnité au moment de leur départ en retraite.
Mandats et autres fonctions d’administrateur exercés dans toute société par chacun des mandataires
sociaux durant l’exercice
Monsieur André Harari n’exerce pas de fonction d’administrateur ou de Direction Générale dans une société autre que la société
mère, Lectra SA.
Messieurs Daniel Harari et Daniel Moreau n’exercent pas de fonction d’administrateur ou de Direction Générale dans d’autres
sociétés que Lectra SA et ses filiales. Monsieur Daniel Harari est cogérant de Lectra Deutschland et administrateur de Lectra
Italia, Lectra UK et Lectra USA, filiales allemande, italienne, anglaise et américaine de la société mère. Monsieur Daniel
Moreau est gérant de Lectra Maroc, Président du Conseil d’Administration de Lectra Systems (Shanghai), administrateur et
Président de Lectra USA et de Lectra Mexico et administrateur de Lectra Italia, filiales marocaine, chinoise, américaine, mexicaine
et italienne de la société mère.
Monsieur Louis Faurre n’exerce pas de fonction d’administrateur ou de Direction Générale dans une autre société que Lectra
SA. Monsieur Hervé Debache est par ailleurs Administrateur et Directeur Général Délégué de la société AWF, spécialisée dans
l’ingénierie financière, les fusions et acquisitions et le capital-développement, et administrateur de la société de capital-risque
Cyber Capital, de la Sicav Atlante (groupe Compagnie Financière Edmond de Rothschild) et de la société Mets et Vins de
France ; ces mandats sont exercés en France.
Rémunérations des auditeurs du groupe
Le groupe Lectra a versé des honoraires globaux de € 538 000 au titre de la vérification des comptes de la société mère et de
l’ensemble de ses filiales, dont € 388 000 à PricewaterhouseCoopers et € 65 000 à KPMG. Elle a par ailleurs versé des honoraires
de € 121 000 à PricewaterhouseCoopers et € 2 000 à KPMG, essentiellement pour des missions d’assistance à l’élaboration des
déclarations fiscales des filiales étrangères.
7 – Autorisation pour la société d’opérer sur ses propres actions
L’Assemblée Générale des actionnaires du 30 avril 2003 a renouvelé le programme en vigueur et autorisé votre société à intervenir
sur ses propres actions pour une période de dix-huit mois à compter de la date de ladite assemblée.
Intervention de la société pour son propre compte
La société a poursuivi le mandat donné à SG Securities (Paris) (groupe Société Générale), pour intervenir dans l’achat et la
cession d’actions de la société pour son propre compte, selon les modalités du programme autorisé par l’assemblée. Du 1er janvier
au 31 décembre 2003, elle a ainsi acheté 1 337 433 actions au prix de revient moyen de € 4,57 et vendu 1 542 531 actions au
cours moyen de € 5,03. Ces opérations ont eu pour motif l’optimisation de la gestion financière des fonds propres de la société,
dans le respect des objectifs ci-dessous rappelés. Elles se sont traduites par une entrée nette de trésorerie de € 1,7 million. Au
31 décembre 2003, la société détenait 1 521 191 actions achetées au prix de revient moyen de € 4,66 par action.
41
42
Lectra 2003
Contrat d’apporteur de liquidité
Par ailleurs, dans le cadre du contrat d’apporteur de liquidité géré par SG Securities (Paris), le syndicat formé par Lectra et la
Société Générale a acheté 439 356 actions et vendu 446 456 actions en 2003, en réalisant une plus-value de € 0,4 million. Ces
opérations se sont traduites par une entrée nette de trésorerie de € 0,3 million. Au 31 décembre 2003, la société détenait
356 578 actions achetées au cours moyen de € 5,23 par action dans le cadre de ce contrat.
Au 31 décembre 2003, la société détenait au total, du fait de ces deux contrats, 1 877 769 actions, soit 5 % de ses propres actions,
au prix de revient moyen de € 4,77 contre 5,7 % au 31 décembre 2002.
Renouvellement du programme de rachat d’actions
Le Conseil d’Administration a proposé à l’Assemblée Générale du 30 avril 2004 d’autoriser le renouvellement du programme
de rachat d’actions de la société en application de l’article L. 225-209 du Code de Commerce. Les objectifs de ce programme,
qui s’inscrit dans la gestion des fonds propres de la société et serait réalisé par le Conseil d’Administration agissant par délégation,
demeurent (à l’exception de la possibilité de procéder à l’annulation d’actions) les mêmes que l’an passé, à savoir par ordre de
priorité :
- d’assurer la régularisation du cours de Bourse par intervention sur le marché, systématiquement en contre-tendance ;
- d’acheter ou vendre des actions en fonction des situations du marché ;
- d’utiliser tout ou partie des actions rachetées pour procéder à la remise d’actions à titre d’échange, de paiement ou autre, dans
le cadre d’opérations de croissance externe ;
- de remettre les actions de la société à l’occasion de l’exercice de droits attachés à des valeurs mobilières donnant droit par
remboursement, conversion, échange, présentation d’un bon ou de toute autre manière à l’attribution d’actions de la société ;
- de céder, de transférer ou de conserver lesdites actions.
Votre Conseil vous rappelle que, sur sa proposition, l’Assemblée Générale du 30 avril 2003 avait décidé de lui déléguer
également le pouvoir, s’il l’estimait utile, d’annuler les actions rachetées et de réduire le capital social à due concurrence de ces
annulations. En raison de la situation du marché boursier, une telle mesure s’inscrivait dans une gestion judicieuse des fonds
propres, d’autant que la structure financière de la société était renforcée et qu’elle disposait d’une trésorerie confortable.
Le Conseil d’Administration n’a pas fait usage à ce jour de cette délégation et considère, du fait notamment des volumes
d’achats disponibles pour l’application du programme et de l’évolution des cours et des volumes d’échange en Bourse, qu’une
telle autorisation n’est plus nécessaire.
Concernant le nouveau programme de rachat d’actions, la société se conformera aux obligations légales relatives à l’existence
de réserves suffisantes, à la mise sous forme nominative et à la suppression du droit de vote des actions détenues.
Ce programme portera, comme précédemment, sur un nombre variable d’actions, tel que la société ne vienne pas à détenir,
compte tenu des titres en stock, plus de 10 % du capital social actuel (représentant 3 746 569 actions à la date d’établissement
du présent rapport), ajusté en fonction des opérations l’affectant, le cas échéant, postérieurement à la date de l’assemblée du
30 avril 2004.
Les actions pourront être rachetées en tout ou partie par intervention sur le marché ou par achats de blocs de titres négociés
sur un marché réglementé ou de gré à gré.
Le Conseil d’Administration, dans son rapport à l’Assemblée Générale annuelle, donnera aux actionnaires les informations prévues
par l’article L. 225-211 du Code de Commerce.
Le Conseil d’Administration vous propose de fixer à :
- à quinze euros (€ 15) le prix maximum d’achat et à cinq euros (€ 5) le prix minimum de vente ou d’échange desdites actions ;
- à vingt millions d’euros (€ 20 000 000) le montant maximal autorisé des fonds pouvant être engagés dans le programme de
rachat d’actions.
Si la résolution proposée est accueillie favorablement, ce nouveau programme remplacera celui autorisé par votre Assemblée
Générale du 30 avril 2003 ; il aura une durée de 18 mois à compter de la date de la présente Assemblée Générale, soit jusqu’au
30 octobre 2005.
Lectra 2003
8 – Événements importants survenus depuis la clôture de l’exercice
Acquisition du numéro 3 mondial Investronica Sistemas, basé en Espagne
Lectra a annoncé le 5 janvier 2004 l’acquisition d’Investronica Sistemas.
Créée en 1980, Investronica Sistemas a été initialement fondée pour répondre aux besoins du groupe espagnol Induyco, l’une
des plus importantes sociétés d’habillement en Europe. Investronica Sistemas a très rapidement développé ses activités en
dehors du groupe et à l’échelle mondiale, bénéficiant d’une réputation solide pour ses technologies.
Avec un chiffre d’affaires de € 58 millions et un bénéfice net de € 0,7 million en 2002, Investronica Sistemas est aujourd’hui numéro 3
mondial, derrière Lectra (numéro 1) et la société américaine Gerber Technology (numéro 2). L’offre de produits d’Investronica
Sistemas s’adresse aux mêmes marchés sectoriels. Investronica Sistemas est fortement implantée en Espagne – son pays d’origine –
en Italie, en Europe de l’Est et en Amérique du Sud. Récemment, elle a aussi développé sa présence en Chine, Inde et Asie du
Sud-Est.
En près de vingt-cinq ans, Investronica Sistemas s’est dotée de solides références, avec plus de 6 000 clients et 20 000 systèmes de
CFAO installés dans le monde. Elle compte notamment, parmi ses références dans l’habillement : Aqua Marine, Armani,
Benetton, Canali, Christian Dior, Dolce & Gabanna, Ermenegildo Zegna, Gucci, Ittierre, La Perla, Levi’s, Loewe, Mango,
Mario Pucci, Ralph Lauren, Stefanelli et Vestebene ; dans le secteur des transports et des tissus industriels : Aerospatiale, Audi,
BMW, Daimler Benz, Daewoo, Delphi, Fiat, Ford, Gamesa, Lear, M.B.B, Mercedes, Nissan, Renault, Seat, Toyota et
Volkswagen.
Avec près de 200 personnes dont 60 % en Espagne, Investronica Sistemas a concentré, à l’inverse de Lectra, ses équipes
commerciales et de services principalement dans son pays d’origine et en Italie. Pour développer ses ventes dans les autres pays,
l’entreprise s’appuie sur un réseau d’agents et de distributeurs – celui-ci représente 25 % de son chiffre d’affaires global contre
7 % pour Lectra.
Conditions financières de l’acquisition
La réalisation définitive de l’opération interviendra dès que l’ensemble des conditions prévues auront été remplies.
Les modalités financières de l’opération comprennent l’acquisition de 100 % des actions d’Investronica Sistemas pour une
contrepartie de € 6 millions en numéraire et 1 million d’actions Lectra (soit un prix total d’environ € 12,25 millions sur la base
du cours de Bourse de l’action Lectra à la clôture du 31 décembre 2003), ainsi que le remboursement du prêt à long terme de
€ 39,2 millions consenti par Induyco à Investronica Sistemas. Hormis ce prêt, la trésorerie nette d’Investronica Sistemas est
légèrement positive. La partie en numéraire du prix d’achat et le montant du prêt à long terme seront ajustés le cas échéant en
fonction des comptes définitifs de l’exercice 2003 d’Investronica Sistemas. Cette acquisition ne donnera lieu à aucun complément
de prix futur.
Le montant global de la transaction (environ € 51,5 millions) sera payé en quatre versements sensiblement égaux (à la date de
réalisation définitive de l’opération et les 30 juin 2004, 2005, 2006). Il sera prélevé sur la trésorerie nette existante et les actions
Lectra détenues actuellement par la société en propre, sans financement bancaire et sans dilution pour les actionnaires de
Lectra.
Compte tenu des informations disponibles à ce jour, l’opération devrait se traduire par un écart d’acquisition d’environ
€ 30 millions (incluant les retraitements du bilan d’Investronica Sistemas par l’application des normes IAS/IFRS et des règles
de prudence comptable de Lectra, ainsi que les coûts inhérents à l’acquisition et à la fusion des deux sociétés). Cet écart
d’acquisition sera amorti sur 15 ans. De ce fait, l’amortissement global des écarts d’acquisition, en 2004, sera d’environ
€ 3,6 millions.
Synergies et développements futurs
Avec 1 500 personnes et 16 000 clients, une fois les deux entreprises regroupées, Lectra entend fortement développer les synergies
et effets de levier résultant des forces propres et des compétences des deux sociétés, dans tous les domaines opérationnels : la
R&D, la production, les ventes et les services.
L’association des équipes de R&D et des technologies existantes de Lectra et d’Investronica Sistemas va considérablement
renforcer le leadership technologique de Lectra, pour offrir à leurs clients une gamme de produits et de services sans égal.
En outre, Lectra rendra accessible aux clients d’Investronica Sistemas son organisation de services unique au monde, forte de
plus de 500 spécialistes et s’appuyant sur ses trois Call Centers internationaux ainsi que ses trois International Advanced
Technology Centers dédiés à la présentation de l’ensemble de ses solutions.
43
44
Lectra 2003
Grâce à cette acquisition et à sa propre croissance organique, Lectra représente désormais un chiffre d’affaires égal à près de
1,8 fois celui de son principal concurrent historique, Gerber Technology – une avance à comparer à celle actuelle de 33 % et de
4 % il y a seulement 18 mois. Lectra est désormais, de loin, le leader incontesté dans tous les grands pays européens. Elle est
particulièrement bien positionnée pour accélérer son développement en Europe de l’Est, en Inde, en Asie du Sud-Est et en
Grande Chine, les nouveaux relais de croissance de demain.
La société a mis en œuvre, pour chacun des domaines opérationnels, un plan d’intégration à 30, 90 et 300 jours, marquant les
principales étapes de leur réalisation. Il devrait donner son plein effet dès le début de l’année 2005.
9 – Évolution prévisible de l’activité et perspectives d’avenir
Dans le contexte actuel de persistance des incertitudes économiques et géopolitiques, et dans l’attente d’un retour à la croissance
de l’économie mondiale qui ne s’est pas concrétisé en 2003, les investissements technologiques restent faibles. En dehors de
l’Asie, les entreprises se montrent, pour la plupart, encore réticentes à lancer dans ce domaine des programmes importants.
Malgré les premiers signes positifs signalés depuis le troisième trimestre 2002, la société continue donc de rester prudente, mais
confiante.
Elle entend ainsi poursuivre ses actions de rigueur pour continuer de limiter ses frais généraux fixes (hors provisions) pour
l’exercice 2004 – hors impact d’Investronica Sistemas – à un niveau légèrement supérieur à 2003.
Les hypothèses préliminaires ci-dessous, communiquées par la société le 10 février 2004, supposent une parité moyenne de
$ 1,25 / € 1 en 2004, contre $ 1,13 / € 1 en 2003, qui de ce fait réduira mécaniquement le chiffre d’affaires et les résultats de la
société de 2004 par rapport à 2003.
En 2004, le chiffre d’affaires global de Lectra, compte tenu de l’intégration de l’activité d’Investronica Sistemas, devrait être
compris entre € 230 et € 250 millions (le chiffre d’affaires de Lectra seule devrait s’inscrire en croissance par rapport à 2003 ;
celui d’Investronica Sistemas pourrait être inférieur à 2003 si certains clients gelaient provisoirement leur décision d’achat avant
de mieux analyser les conséquences du rapprochement). Le résultat d’exploitation devrait se situer entre € 11 et € 15 millions.
Le résultat net devrait s’établir entre € 9 et € 12 millions avant amortissement des écarts d’acquisition, entre € 5,5 et € 8,5 millions
après amortissement. Les aléas sur le chiffre d’affaires et le résultat ci-dessus devraient probablement se faire sentir pour
l’essentiel au premier semestre 2004.
Ces hypothèses seront ajustées au cours de l’année lors de la publication des comptes trimestriels, une fois les impacts effectifs
de l’intégration d’Investronica Sistemas mieux déterminés.
Par ailleurs, l’intégration d’Investronica Sistemas aura pour effet à court terme de réduire le ratio de couverture des frais généraux
par les revenus récurrents de la société de 65 % à environ 60 %, la part des revenus récurrents de 43 % à environ 38 % (les
revenus récurrents d’Investronica Sistemas représentant une part moindre de son activité que Lectra), et une augmentation de
l’exposition nette de la société au dollar d’environ $ 6 millions.
A partir de 2005, la société anticipe un fort impact positif des synergies résultant de l’acquisition d’Investronica Sistemas :
celles-ci devraient commencer de montrer leur plein effet sur son activité, ses résultats et son cash flow libre.
Par ailleurs, une hausse moyenne de l’euro par rapport au dollar de $ 0,05 en 2004, au-delà de la parité de $ 1,25 / € 1, se
traduirait par une diminution mécanique du chiffre d’affaires d’environ € 3,0 millions et du résultat d’exploitation d’environ
€ 1,4 million. A l’inverse, une baisse de $ 0,05 se traduirait par une augmentation de même montant du chiffre d’affaires et du
résultat d’exploitation. La couverture de change mise en place permettra cependant de limiter la diminution mécanique du résultat
net en 2004 si la parité moyenne était supérieure à $ 1,25 / € 1.
Les modalités de paiement de l’acquisition d’Investronica Sistemas devraient permettre à Lectra de conserver une trésorerie
brute de l’ordre de € 40 à € 45 millions au 31 décembre 2004 (après règlement du dividende proposé au titre de l’exercice 2003).
Au-delà, le cash flow libre dégagé par la société – y compris la réduction attendue du besoin en fonds de roulement
d’Investronica Sistemas – devrait permettre d’autofinancer les deux dernières échéances de l’acquisition de cette dernière.
Lectra 2003
Un fort potentiel de rebond
Comme précédemment souligné, la société estime le besoin d’équipement technologique de ses clients, sur tous ses marchés
sectoriels, plus fort aujourd’hui qu’hier pour résoudre leurs grandes problématiques actuelles et futures. Les commandes enregistrées
auprès des grands clients américains, européens et asiatiques, ainsi que la forte progression des commandes de nouveaux systèmes
au cours des dix-huit mois écoulés confortent cette analyse.
Par ailleurs, si la baisse du dollar devait perdurer – continuant d’entraîner un effet mécanique négatif sur le chiffre d’affaires et
les résultats de la société – elle aurait pour effet économique positif de rétablir la compétitivité des entreprises américaines et,
plus généralement, de leurs grands sous-traitants du monde entier, particulièrement en Asie affectée jusque-là par un dollar fort.
Ceci devrait donc entraîner une hausse sensible de leur activité et favoriser un retour des investissements technologiques jusqu’ici
gelés. Inversement, la compétitivité des entreprises européennes serait affaiblie.
Depuis les premiers signes marqués de la dégradation de l’économie mondiale début 2001, Lectra a su apporter ses propres
réponses pour assurer son développement et sa rentabilité. Elle s’est à la fois adaptée au nouvel environnement macro-économique
en prenant les mesures drastiques qui s’imposaient pour renforcer ses grands équilibres d’exploitation et en poursuivant, à un
pas accéléré, les actions de fond lui permettant de se “réinventer”, sans pour autant adopter une stratégie défensive.
Parallèlement, la société est parvenue à un niveau de compétitivité sans précédent, en renforçant ses parts de marché et en développant
une offre technologique et de services sans égal, qui permet à ses clients de trouver de nouveaux modèles d’organisation, de
production et de distribution en répondant aux nouveaux challenges stratégiques auxquels ils sont confrontés – avec, en priorité,
la nécessité de réduire leurs coûts, de faire face à la concurrence mondiale, de gérer délocalisations et relocalisations en intégrant
les facteurs de sécurité et de stabilité géopolitique, de développer et sécuriser les échanges d’information électroniques.
Enfin, Lectra a développé des fondamentaux financiers particulièrement solides, encore renforcés en 2003, pour poursuivre, dès
le redémarrage de l’économie mondiale, le financement d’une croissance organique soutenue et durable tout en augmentant sa
marge opérationnelle afin de la porter à 15 % d’ici 2007, pour un chiffre d’affaires qui devrait dépasser € 300 millions. Une solidité
financière qui lui permet aujourd’hui, sans financement bancaire ni dilution pour ses actionnaires, d’acquérir le numéro 3 mondial
Investronica Sistemas.
Le cash flow libre que la société dégagera sur la période 2004-2007 devrait à la fois lui permettre de mettre en œuvre sa nouvelle
politique de distribution de dividendes et de conserver toute marge de manœuvre pour de nouvelles opérations de croissance
externe, désormais consacrées à des sociétés de niches technologiques ou géographiques, sur un marché appelé, à plus ou moins
long terme, à se réorganiser et se consolider. Lectra est, sans conteste, le partenaire privilégié pour conduire ces changements
stratégiques.
Lectra est ainsi armée pour une nouvelle stratégie de développement, axée autour des trois challenges stratégiques prioritaires
qu’elle s’est fixés : devenir numéro 1 aux États-Unis, renforcer son leadership en Chine et bénéficier de son fort potentiel
d’équipement technologique, accélérer son développement dans les grands comptes internationaux.
Le Conseil d’Administration
Le 16 mars 2004
45
46
Lectra 2003
Rapport du Président sur les conditions de préparation
et d’organisation des travaux du Conseil d’Administration
et sur les procédures de contrôle interne
Exercice clos le 31 décembre 2003 (article L. 225-37, alinéa 6 du Code de Commerce)
Mesdames, Messieurs,
La loi de sécurité financière du 1er août 2003, qui a apporté des modifications au régime applicable aux sociétés anonymes,
a notamment modifié l’article L. 225-37 du Code de Commerce et introduit l’obligation pour le président du Conseil
d’Administration d’une société anonyme de rendre compte, dans un rapport joint au rapport de gestion, des conditions de
préparation et d’organisation des travaux du Conseil, ainsi que des procédures de contrôle interne mises en place par la société.
Le présent rapport a donc pour objet de vous exposer d’une part les conditions de préparation et d’organisation des travaux du
Conseil d’Administration de la société au cours de l’exercice clos le 31 décembre 2003, d’autre part les procédures de contrôle
interne mises en place par la société.
1 – Conditions de préparation et d’organisation des travaux du Conseil d’Administration
Rôle et fonctionnement du Conseil d’Administration
Il est rappelé qu’en application de la loi, le Conseil d’Administration détermine la stratégie et les orientations de l’activité de la
société, et veille à leur mise en œuvre. Le Président du Conseil d’Administration organise et dirige ses travaux, dont il rend
compte à l’Assemblée Générale des actionnaires, et veille au bon fonctionnement des organes de direction de la société. Le
Directeur Général est investi des pouvoirs les plus étendus pour agir en toute circonstance au nom de la société ; il représente
la société dans ses rapports avec les tiers. Il peut être assisté d’un ou plusieurs Directeurs Généraux Délégués. Conformément
à la résolution votée par les actionnaires, le Directeur Général doit être membre du Conseil d’Administration.
Pour satisfaire aux règles de gouvernement d’entreprise, le Conseil d’Administration de la société doit comprendre au moins
deux administrateurs indépendants, étant précisé qu’un administrateur est indépendant de la direction de la société lorsqu’il
n’entretient aucune relation de quelque nature que ce soit avec la société, ou son groupe, qui puisse compromettre l’exercice de
sa liberté de jugement. Tel est le cas de deux des quatre membres du Conseil d’Administration, Messieurs Hervé Debache et
Louis Faurre.
En 2001, la société a nommé un Comité d’Audit et un Comité des Rémunérations au sein de son Conseil d’Administration. Ces
comités comprennent trois administrateurs, Messieurs Hervé Debache, Louis Faurre et André Harari, Président du Conseil
d’Administration. Le Comité d’Audit, présidé par Monsieur Hervé Debache, se réunit au minimum 4 fois dans l’année, préalablement
aux réunions du Conseil consacrées à l’examen des comptes trimestriels et annuels. Les Commissaires aux Comptes et le
Directeur Financier ont participé à toutes ces réunions. Il n’y a pas eu d’autre réunion du Comité d’Audit en 2003.
Le Comité d’Audit examine de manière constante la préparation des comptes de la société, les audits internes et les pratiques
de communication de l’information (“reporting”) ainsi que la qualité et la sincérité des rapports financiers de la société. Il s’appuie
dans sa mission sur le Directeur Financier, et passe en revue avec lui périodiquement les zones de risques éventuelles sur
lesquelles il doit être alerté ou qu’il doit examiner de manière plus approfondie. Il examine également avec lui les orientations
du programme de travail relatif au contrôle de gestion et au contrôle interne de l’exercice en cours.
Enfin, le Comité examine et discute avec les Commissaires aux Comptes de l’étendue de leur mission et du budget de leurs
honoraires, et s’assure que ceux-ci leur permettent un niveau de contrôle satisfaisant. Il s’informe auprès d’eux à chaque réunion
du programme de leur contrôle et des zones de risques nouvelles que leurs travaux pourraient avoir identifiées, et discute de la
qualité de l’information comptable. Une fois par an, il reçoit des Commissaires aux Comptes un rapport établi à sa seule attention,
rendant compte des conclusions de leur audit des comptes sociaux et consolidés pour l’exercice clos, confirmant l’indépendance
de leur cabinet conformément au Code de Déontologie professionnelle français et à la loi sur la Sécurité Financière du 1er août 2003.
Lectra 2003
Le Comité des Rémunérations, présidé par Monsieur Louis Faurre, se réunit avant chaque Conseil d’Administration dont
l’ordre du jour prévoit l’attribution de plans d’options de souscription d’actions ou la fixation de la rémunération et des avantages
annexes des dirigeants ; il passe également en revue une fois par an les rémunérations des principaux cadres du groupe. Le
Comité examine en détail tous les documents correspondants, préparés par le Directeur Général et le Directeur Financier, et
adresse ses recommandations au Conseil. Il s’est réuni 3 fois en 2003.
Les sujets dont l’examen est souhaité par le Président de chacun des Comités sont inscrits à l’ordre du jour. Lorsqu’une question
à l’ordre du jour du Conseil d’Administration est du ressort de l’examen préalable du Comité d’Audit ou du Comité des
Rémunérations, le Président du Comité intervient en séance plénière du Conseil pour communiquer les observations éventuelles
et les recommandations formulées par le Comité.
Calendrier et réunions du Conseil d’Administration
Le calendrier financier de la société indiquant les dates de publication des résultats annuels définitifs et des résultats trimestriels,
celles de l’Assemblée Générale et des deux réunions d’analystes annuelles, est établi avant la clôture d’un exercice pour l’exercice suivant, publié sur le site Internet de la société et communiqué à Euronext.
En application de ce calendrier, les dates de 5 réunions du Conseil d’Administration sont arrêtées : les jours des publications
des résultats trimestriels et annuels, et environ 45 jours avant l’Assemblée Générale pour l’examen des documents et décisions
qui lui seront soumis. Les Commissaires aux Comptes sont convoqués et assistent systématiquement à ces réunions. Par ailleurs,
le Conseil se réunit en dehors de ces dates en fonction des autres sujets dont l’approbation est de son ressort (par exemple tout
projet d’acquisition, ou l’examen du plan stratégique). Les membres du Comité Exécutif qui ne sont pas administrateurs sont
systématiquement invités et participent, sauf empêchement, à l’ensemble des réunions du Conseil.
Les deux représentants du Comité d’Entreprise utilisent le système de visio-conférence mis en place par la société à l’occasion
des réunions du Conseil.
Le Conseil d’Administration a tenu 7 réunions en 2003.
Organisation des travaux du Conseil – Information des administrateurs
L’ordre du jour est établi par le Président du Conseil d’Administration, après consultation du Directeur Général, du Directeur
Financier et, le cas échéant, des Présidents du Comité d’Audit et du Comité des Rémunérations, pour inclure tous les sujets
qu’ils souhaitent voir examiner par le prochain Conseil.
Le dossier du Conseil d’Administration est systématiquement adressé avant la réunion aux administrateurs, aux représentants
du Comité d’Entreprise et aux autres membres du Comité Exécutif, ainsi qu’aux Commissaires aux Comptes pour les 5 réunions
d’examen des comptes et de préparation de l’assemblée annuelle. Tous les points à l’ordre du jour font l’objet d’un document
écrit préparé par le Président du Conseil d’Administration, le Directeur Général ou le Directeur Financier selon le cas.
En 2003, comme les années précédentes, l’ensemble des documents devant être mis à disposition des administrateurs l’ont été
conformément à la réglementation. Par ailleurs, le Président demande régulièrement aux administrateurs s’ils souhaitent recevoir
d’autres documents ou rapports pour compléter leur information.
Un procès-verbal détaillé est établi à l’issue de chaque réunion et soumis à l’approbation du Conseil d’Administration, lors
d’une prochaine réunion.
Aucune décision relevant du Conseil d’Administration n’est prise en Comité d’Audit ou en Comité des Rémunérations. Toutes
les décisions relevant du Conseil d’Administration, en particulier la rémunération des dirigeants et l’attribution des plans d’options
des dirigeants et des salariés, ainsi que toute opération de croissance externe, sont examinées et approuvées en séance plénière.
Par ailleurs, tous les avis financiers publiés par la société sont préalablement soumis à l’examen du Conseil et des Commissaires
aux Comptes, et publiés le soir même après la clôture d’Euronext.
47
48
Lectra 2003
2 – Procédures de contrôle interne mises en place par la société
2.1 – Identification des risques
La définition de la politique de contrôle interne repose sur l’identification préalable des enjeux et des risques de la société. Les
risques auxquels Lectra est soumise sont de plusieurs natures.
Les risques économiques propres à l’activité de la société
Lectra conçoit, produit et distribue des solutions technologiques complètes – composées d’équipements, de logiciels, et de
services associés –, dédiées aux industries fortement utilisatrices de textiles, de cuir et de matériaux souples.
Cette activité exige un besoin permanent d’innovation. L’effort financier consenti par la société en matière de recherche et de
développement est très important. Les dépenses correspondantes sont intégralement passées en charges de l’exercice. Le corollaire
de cette politique est que la société doit à la fois éviter que ses innovations soient copiées et que les produits qu’elle conçoit
soient contrefaisants. Une équipe de propriété industrielle est donc dédiée à ce sujet et mène des actions à la fois offensives et
défensives en matière de brevets.
Une part importante de la fabrication des équipements est sous-traitée, Lectra n’assurant que la recherche, le développement,
l’assemblage final et le test des équipements qu’elle commercialise. Le choix d’un sous-traitant donne lieu à une évaluation
technologique, industrielle et financière de sa situation et de ses performances.
Le risque sur la valorisation des stocks est limité par des approvisionnements et des lancements de fabrication en flux tendus.
En matière de logiciels, le risque principal lié à cette activité repose sur le fait générateur de la reconnaissance de ce revenu
immatériel dans le chiffre d’affaires.
Les risques propres aux fluctuations de change
Une partie importante du chiffre d’affaires est libellée en différentes devises, dont les fluctuations par rapport à l’euro soumettent la
société à un risque de change. Ainsi, les effets mécaniques et concurrentiels des fluctuations de ces devises (et plus particulièrement
du dollar américain) par rapport à l’euro sont d’autant plus importants sur les comptes du groupe que son seul site de production
se situe en France et que son principal concurrent est américain.
Les risques juridiques et réglementaires
La société distribue ses produits dans près de 100 pays – dans lesquels elle compte plus de 10 000 clients – au travers
d’un réseau de 28 filiales commerciales, complété par des agents et des distributeurs dans les pays dans lesquels elle n’a pas de
présence directe. Elle est, de ce fait, soumise aux très nombreuses réglementations juridiques, douanières, fiscales et sociales de
ces pays.
Il existe par ailleurs de nombreux flux intragroupe qui rendent essentielle l’existence d’une politique de prix de transfert conforme
aux préconisations locales et internationales (OCDE en particulier). Une documentation adéquate a été mise en œuvre,
définissant la politique du groupe en la matière. Celle-ci a été examinée et n’a pas fait l’objet d’observation à l’occasion du
dernier contrôle fiscal de la société mère Lectra SA.
Enfin, la société est cotée en Bourse sur le Second Marché d’Euronext Paris. Elle est de ce fait soumise aux spécificités des
réglementations boursières (Autorité des Marchés Financiers française notamment).
2.2 – Objectifs du contrôle interne
Dans le contexte des enjeux et des risques définis ci-dessus, l’approche du contrôle interne mise en œuvre par Lectra répond
aux principaux objectifs suivants :
Fiabilité des informations financières
Parmi les dispositifs de contrôle interne mis en œuvre, un accent particulier est mis sur les procédures d’élaboration et de
traitement de l’information comptable et financière, visant à permettre d’assurer sa fiabilité, sa qualité et le fait qu’elle reflète
avec sincérité l’activité et la situation de la société. Ces procédures visent en outre à assurer la rapidité nécessaire à l’établissement
des comptes trimestriels et annuels, et leur publication 30 jours au plus après la clôture du trimestre et 45 jours au plus après
la clôture de l’exercice.
Ces dispositifs visent à permettre au groupe de s’assurer de la bonne réalisation et de l’intégrité de ses opérations, et de prévenir
les risques de fraude au sein de chacune des sociétés qui le composent.
Lectra 2003
Optimisation des performances
De nombreuses procédures de contrôle interne sont mises en place visant à permettre de s’assurer que la société atteint les
objectifs à court et à moyen terme qu’elle s’est fixés, relatifs en particulier à l’évolution de son chiffre d’affaires, de sa rentabilité
opérationnelle et de son cash flow libre.
Conformité aux lois et réglementations en vigueur
Les procédures de contrôle interne mises en œuvre visent à permettre de s’assurer que les opérations menées dans l’ensemble
des sociétés du groupe respectent les lois et réglementations en vigueur dans chacun des pays concernés.
2.3 – L’organisation du contrôle interne
Afin de mieux appréhender la pertinence des structures et le rôle des acteurs exerçant des activités de contrôle interne au sein
du groupe, il convient au préalable de comprendre son organisation.
2.3.1 – Organigramme fonctionnel
Le groupe Lectra dispose de directions centrales fonctionnelles et opérationnelles dont les différents responsables ont un lien
hiérarchique direct avec le Directeur Général :
- Direction Financière : elle regroupe les fonctions suivantes : trésorerie, comptabilité et consolidation, contrôle de gestion et
audit, ressources humaines, juridique, administration des ventes et achats ;
- Direction Commerciale et Services ;
- Direction Recherche et Développement ;
- Direction Marketing et Communication ;
- Direction des Systèmes d’Information ;
- Direction Fabrication et Logistique.
Il dispose également d’un réseau de 28 filiales, hors de France, qui assurent la commercialisation des logiciels et des équipements
conçus et produits par la société, ainsi que la prestation de services associés : maintenance technique, support, formation,
conseil, vente de consommables et de pièces détachées.
Les 3 membres composant actuellement le Comité Exécutif (le Directeur Général, le Directeur Général Délégué et le Directeur
Financier) sont basés au siège mondial de Paris, de même que le Directeur Marketing et Communication, et la Directrice des
Systèmes d’Information. Les Directeurs Recherche et Développement, Fabrication et Logistique sont basés au siège industriel
de la société à Bordeaux-Cestas. Les équipes de management des filiales sont locales et, pour certaines, dépendent hiérarchiquement
d’un Directeur de Région local.
2.3.2 – Processus de décision
Toutes les décisions importantes (stratégie commerciale, organisation, investissements, recrutements) relatives aux opérations
d’une région ou d’une filiale du groupe relèvent d’un “conseil d’administration” de la région ou de la filiale, aujourd’hui composé
des trois membres du Comité Exécutif. Ces “conseils d’administration”, présidés par le Directeur Général ou le Directeur Général
Délégué, se réunissent au moins une fois par trimestre, en présence des Directeurs de la région et des filiales la composant, et
de leurs équipes de management, qui présentent devant le “conseil” leurs plans d’action détaillés résultant des directives
stratégiques et budgétaires du groupe, et répondent de la bonne mise en place des décisions prises, ainsi que du suivi de leurs
activités et de leurs performances.
De nombreux acteurs interviennent dans le processus de contrôle interne. Les directions fonctionnelles se trouvent au centre
de son organisation. Elles élaborent les règles et les procédures, assurent le contrôle de leur application et, plus généralement,
doivent valider et autoriser de nombreuses décisions qui concernent les opérations des directions centrales opérationnelles
ou les filiales.
2.3.3 – L’organisation générale des contrôles
Compte tenu de la nature de ses activités, le groupe Lectra est amené à adapter son organisation, à chaque fois que nécessaire,
aux évolutions de ses marchés. Chaque modification de son organisation ou de son mode de fonctionnement s’accompagne d’une
réflexion destinée à s’assurer de la compatibilité de ce changement avec le maintien d’un environnement de contrôle interne
permettant la continuité du respect des objectifs mentionnés au chapitre 2.2 ci-dessus. Ainsi, les champs et la répartition des
compétences des personnes et des équipes, les rattachements hiérarchiques ainsi que les règles de délégation engageant la société
font l’objet, lors de toute évolution des organisations, d’une évaluation et des ajustements nécessaires.
49
50
Lectra 2003
Le groupe ne dispose pas spécifiquement d’un service d’audit interne, mais la Direction Financière – et en particulier les équipes
de trésorerie et de contrôle de gestion – sont au cœur du dispositif de contrôle interne. La totalité de l’information comptable
et financière de l’ensemble des sociétés du groupe, prévisionnelle et réelle, fait l’objet d’un contrôle mensuel systématique de
leur part (cf. paragraphe 2.3.4 ci-après).
Au sein de chacune des filiales, la personne assurant la responsabilité administrative et financière (qui regroupe généralement
la fonction juridique) joue également un rôle important dans l’organisation et les activités de contrôle interne. Cette personne,
rattachée par un lien fonctionnel à la Direction Financière du groupe, a pour principale mission d’assurer au sein de la filiale le
respect des règles et procédures élaborées par les directions fonctionnelles.
La Direction des Systèmes d’Information est le garant de l’intégrité des données traitées par les différents progiciels utilisés au
sein du groupe. Elle s’assure avec la Direction Financière que tous les traitements automatisés qui contribuent à l’élaboration
de l’information financière respectent les règles et procédures comptables. Elle contrôle également la qualité et l’exhaustivité
des transferts d’informations entre les différents progiciels. Elle assure enfin la sécurité des systèmes d’information.
La Direction Juridique et la Direction des Ressources Humaines du groupe interviennent pour assurer un contrôle juridique
et social sur chacune des filiales du groupe. Leur rôle consiste à assurer la conformité des opérations aux lois et autres
réglementations juridiques et sociales en vigueur dans les pays concernés. Ces directions interviennent également sur l’essentiel
des relations contractuelles qui engagent chacune des sociétés du groupe vis-à-vis de tiers ou de leurs employés. La Direction
Juridique s’appuie, lorsque nécessaire, sur un réseau d’avocats implantés dans les pays concernés et spécialisés dans les
sujets traités.
La gestion du risque de change est centralisée auprès du trésorier du groupe. L’exposition du groupe est couverte par différents
types d’instruments dérivés : les contrats à terme sont destinés à couvrir les positions bilantielles en devises ; les options de vente
(“puts”) sont destinées à couvrir l’impact net estimé des fluctuations de change de la période future visée. Les décisions sont prises
conjointement par le Directeur Financier et le Directeur Général.
Enfin, comme indiqué plus haut, la société dispose d’une équipe dédiée à la propriété intellectuelle et industrielle, qui travaille
en coordination avec la Direction Juridique. Elle intervient de façon préventive sur la protection des innovations et afin d’éviter
tout risque de contrefaçon.
2.3.4 – Système de production et de contrôle de l’information financière
Les procédures de reporting et de budget, puis d’élaboration et de contrôle des comptes consolidés, qui sont partie intégrante du
dispositif de contrôle interne et visent à assurer la qualité de l’information financière destinée aux équipes de management, aux
organes sociaux et aux actionnaires de la société, sont présentées ci-dessous :
a) Procédures de reporting et de budget
La société dispose d’un reporting complet qui couvre, de manière détaillée, toutes les composantes de l’activité de chaque filiale ou
de chaque service de la maison mère. Il repose sur un système d’information financière sophistiqué, construit autour d’un des
progiciels leaders du marché.
Les procédures de reporting reposent principalement sur le système de contrôle budgétaire mis en place par le groupe.
L’élaboration du budget annuel du groupe est réalisée de façon centralisée par les équipes de contrôle de gestion de la Direction
Financière. Ce travail, détaillé et exhaustif, consiste à analyser et chiffrer les objectifs budgétaires de chaque filiale ou service
du groupe pour un très grand nombre de rubriques du compte de résultat et de la trésorerie, ainsi que d’indicateurs spécifiques
à l’activité et à la structure des opérations. Ce système permet d’identifier très rapidement toute dérive dans les résultats réels
ou prévisionnels, et tout risque d’information financière erronée.
b) Procédures d’élaboration et de contrôle des comptes
Résultats mensuels
Tous les mois, les résultats réels de chacune des sociétés du groupe sont contrôlés et analysés, et les nouvelles prévisions du
trimestre en cours sont consolidées. Chaque écart est identifié et explicité afin d’en déterminer les causes, de vérifier que les
procédures ont été respectées et que l’information financière a été correctement élaborée. Cette approche vise à permettre
de s’assurer que la transcription comptable des transactions est en adéquation avec la réalité économique de l’activité et des
opérations du groupe.
Afin d’assurer la pertinence des résultats transmis mensuellement, des contrôles réguliers sont réalisés sur les postes d’actif et
de passif : inventaire physique des immobilisations et rapprochement avec la comptabilité, inventaire tournant des stocks (les
Lectra 2003
références les plus importantes sont inventoriées 4 fois par an), revue mensuelle exhaustive des créances échues avec le service
credit management (cf. paragraphe 2.4.2 ci-après), analyse mensuelle des provisions pour risques et charges et des provisions pour
dépréciation des stocks. Sur ce dernier point, les procédures prévoient un calcul algorithmique automatique qui tient compte de
la rotation des pièces, auquel s’ajoute une analyse manuelle complémentaire pour tenir compte d’éventuels risques d’obsolescence.
Consolidation trimestrielle
Une consolidation des comptes du groupe est réalisée tous les trimestres (bilan, compte de résultat, tableaux de variation des
flux de trésorerie et de variation des capitaux propres). Le processus d’élaboration des comptes consolidés donne lieu à de nombreux
contrôles sur la qualité des informations comptables transmises par chacune des sociétés consolidées, ainsi que sur le processus
de consolidation des comptes lui-même.
Pour assurer cette consolidation, le groupe dispose d’un modèle unique de liasse de consolidation utilisé par l’ensemble
des sociétés. La réconciliation systématique de l’ensemble des flux et des soldes “inter compagnie” par chacune des sociétés du
groupe est un pré-requis à tout envoi d’information. Par ailleurs, chacune des rubriques de la liasse fait l’objet d’un contrôle, à
partir d’une check-list type, par la personne responsable de son élaboration dans chaque société concernée. Cette liste vise
à permettre de s’assurer que tous les contrôles nécessaires ont été réalisés afin de garantir la réalité, l’exhaustivité et la
fiabilité des transactions prises en compte dans les résultats transmis aux équipes de la Direction Financière qui assurent la
consolidation des comptes.
Chaque contrôleur de gestion a ensuite la charge d’analyser la liasse de consolidation des filiales dont il assure la supervision.
Ainsi, il va rapprocher les résultats réels des prévisions reçues préalablement dans le cadre du reporting mensuel. Il contrôle et
analyse les écarts et, plus généralement, s’assure de la qualité de l’information transmise. Ce n’est qu’à l’issue de l’ensemble de
ces contrôles qu’il valide les documents et que l’information financière de la filiale est considérée comme définitive.
Une fois le processus de consolidation achevé, tous les postes du compte de résultat, du bilan et du tableau des flux de trésorerie
sont analysés et justifiés.
Les comptes ainsi obtenus sont ensuite analysés par le Directeur Général, puis présentés au Comité d’Audit, avant d’être
examinés et arrêtés par le Conseil d’Administration, et publiés par la Société.
Contrôle des Commissaires aux Comptes
Le contrôle de l’information comptable et financière est également assuré par les Commissaires aux Comptes du groupe, qui
rendent tous les ans leur rapport au Comité d’Audit ainsi que leurs rapports sur les comptes sociaux et consolidés à l’Assemblée
Générale Ordinaire des actionnaires appelée à statuer sur les comptes de l’exercice écoulé considéré. Les états financiers du
groupe font l’objet d’une revue limitée pour l’arrêté semestriel et d’un audit pour les comptes annuels par les Commissaires aux
Comptes. En complément, les opérations particulières éventuelles donnent lieu à une validation préalable de leur part. Ainsi,
ces échanges réguliers visent à permettre d’assurer la conformité des transactions et des comptes avec les principes comptables
généralement admis en France et le référentiel IAS/IFRS retenus par la société.
Parallèlement, chaque société du groupe fait l’objet d’un audit annuel réalisé dans la plupart des cas par les cabinets locaux
membres des réseaux des Commissaires aux Comptes, dont les conclusions sont transmises à la Direction Financière ainsi
qu’aux Commissaires aux Comptes du groupe. En complément, les principales filiales font l’objet d’une revue limitée de leurs
comptes semestriels.
2.4 – Description des procédures de contrôle interne
Les procédures de contrôle interne en vigueur au sein du groupe, relatives aux fonctions opérationnelles significatives sont les
suivantes :
2.4.1 – Ventes
Les ventes du groupe comprennent deux principales composantes : les ventes de nouveaux systèmes, les ventes de contrats et
autres prestations récurrentes.
L’essentiel des ventes récurrentes est régi par une relation contractuelle avec le client, sur la base d’un contrat dont les conditions
générales ont été élaborées par la société. La bonne application du contenu de ce contrat fait l’objet d’un contrôle par
l’administration des ventes de la société qui émet la facture. Elle est également auditée, de façon aléatoire, par les directions
fonctionnelles du groupe.
51
52
Lectra 2003
Pour sa part, le cycle de ventes de nouveaux systèmes fait l’objet de nombreux contrôles en raison de la centralisation du suivi
des opérations par le département de l’administration des ventes du groupe. Ainsi, les procédures en vigueur visent à permettre :
- le contrôle de la réalité de la commande et de son contenu : validation technique de la solution proposée ; respect des conditions
de ventes, des prix, des délégations en matière de taux de remise éventuelle et de pourcentage d’acompte ; existence d’éventuels
engagements (hors bilan) pris à l’égard des clients.
Les contrôles sont effectués localement dans chaque filiale, puis de façon centralisée par le département Administration des ventes
du groupe. Le Directeur Général passe en revue l’ensemble des commandes ;
- le contrôle de la livraison et de la facturation : ces opérations sont soumises à la validation préalable du département de
l’administration des ventes du groupe, qui ne délivre son autorisation qu’après confirmation du versement d’un acompte ou,
dans certains pays, de l’obtention d’une lettre de crédit irrévocable et confirmée ;
- enfin, toute émission d’avoir, au-delà d’un certain seuil, est soumise à une approbation préalable de la Direction Financière
du groupe.
2.4.2 – Crédit management
Le groupe dispose, au sein de sa Direction Financière, d’un service de credit management qui élabore, met à jour et s’assure, de
façon régulière, de la stricte application des procédures visant à permettre de limiter les risques de non recouvrement et de
réduire les délais d’encaissement des créances, et effectue un suivi de toutes les créances du groupe, au-delà d’un certain seuil.
Ces procédures prévoient à la fois un contrôle en amont, avant l’enregistrement de la commande, des conditions de règlement
contractuelles et de la solvabilité du client, ainsi que la mise en œuvre systématique et cadencée de tous les moyens de recouvrement,
de la simple relance à la procédure contentieuse, qui sont coordonnées par le service de credit management avec la Direction
Juridique.
Les impayés et les défaillances clients sont toutefois historiquement peu fréquents.
2.4.3 – Achats
Près de 60 % des achats des filiales sont réalisés auprès de la société mère. Les autres achats, effectués auprès de tiers, ne peuvent
être engagés que dans le respect des autorisations budgétaires. Les procédures de délégation de signature, les procédures
d’engagement de dépenses en vigueur dans l’ensemble du groupe, ainsi que le système de suivi budgétaire (cf. paragraphe 2.3.4
ci-dessus) constituent l’essentiel du dispositif de contrôle interne des achats réalisés dans les filiales.
Les achats et les investissements de la société mère, Lectra SA, représentent l’essentiel des volumes du groupe. Les engagements
de dépenses sont soumis à une procédure informatisée, pour l’ensemble des étapes du cycle, qui vise à permettre de respecter
le principe de séparation des tâches et d’assurer une vérification réciproque.
Pour les matières premières, la sous-traitance des éléments entrant dans la fabrication des équipements et des autres produits
destinés à la vente, une demande d’achat, signée par une personne autorisée, selon le montant de la commande, est émise
conformément au plan de production, ce dernier étant validé tous les mois par le Directeur Financier et le Directeur Général.
En ce qui concerne les frais généraux et les investissements, cette demande ne peut être émise que dans la limite des autorisations
budgétaires et, au-delà d’un certain seuil, doit être systématiquement co-signée par le Directeur Financier.
2.4.4 – Personnel
De manière générale, les effectifs de chacune des sociétés du groupe font l’objet annuellement d’une validation par le Comité
Exécutif lors de l’élaboration du budget. Par la suite, tous les mouvements de personnels, prévisionnels ou réels, sont communiqués
à la Direction des Ressources Humaines ; aucun recrutement ou licenciement ne peut être engagé sans son autorisation
préalable. Dans le cas d’un licenciement, elle doit systématiquement pratiquer une évaluation des coûts réels et prévisionnels
du licenciement et la transmettre à la Direction Financière, qui s’assurera que ce passif est pris en compte dans les comptes du
groupe.
La révision des rémunérations est réalisée une fois par an, et soumise à l’approbation du Directeur des Ressources Humaines
du groupe. Enfin, pour toute personne dont la rémunération annuelle est supérieure à € 90 000, la révision annuelle du salaire
ainsi que les modalités de fixation de sa partie variable sont soumises par le Comité Exécutif à l’approbation du Comité des
Rémunérations.
La rémunération de certaines personnes comprend une composante variable, dont l’obtention est fonction de l’atteinte d’objectifs
fixés par le Comité Exécutif et acceptés par les bénéficiaires lors de l’élaboration du budget. Les modalités de calcul sont ensuite
Lectra 2003
contrôlées et validées par la Direction Financière. Les paiements sont réalisés sur une base mensuelle, trimestrielle ou annuelle
selon les cas ; leurs montants définitifs sont soumis à l’autorisation préalable de la Direction des Ressources Humaines, le
Comité des Rémunérations validant les critères qui sont fonction des résultats et du cash flow libre du groupe, puis leur montant
définitif après la clôture des comptes de l’exercice.
2.4.5 – Trésorerie
Les procédures de contrôle interne mises en place par la société en matière de trésorerie concernent essentiellement les
rapprochements bancaires, la sécurisation des moyens de paiement, la délégation de signatures et le suivi du risque de change.
Les procédures de rapprochement bancaire sont systématiques et exhaustives. Elles concernent le contrôle de l’ensemble des
écritures passées par le service trésorerie, ainsi que les rapprochements entre les soldes de trésorerie et les comptes de banque
de la comptabilité.
Afin d’éviter ou de limiter toute fraude, la société a mis en place des moyens de paiement sécurisés. Des conventions de sécurisation
des chèques ont été signées avec chaque banque. L’étape suivante, qui permettra de sécuriser l’intégralité des moyens de paiement
(sous le protocole ETEBAC5), est en cours de finalisation.
Pour chacune des sociétés du groupe, les autorisations de signature bancaire sont réglementées par des procédures, révocables
à tout instant, émises par la Direction Générale du groupe. Les délégations ainsi mises en place sont communiquées aux
banques qui doivent en accuser réception.
Toutes les décisions relatives aux instruments de couverture de change, prises conjointement par le Directeur Général et le
Directeur Financier, sont mises en place par le Trésorier du groupe.
3 – Pouvoirs du Directeur Général
Le Directeur Général dispose des pouvoirs les plus étendus, auxquels il n’a été apporté aucune limitation.
53
54
Lectra 2003
Bilan consolidé
2003
BRUT
AU 31 DÉCEMBRE
(EN MILLIERS D’EUROS)
Actif
2002
NET
NET
(15 044)
3 356
3 973
Immobilisations incorporelles
note 1
18 400
Écarts d’acquisition
note 2
16 512
(7 392)
9 120
12 044
Immobilisations corporelles
note 3
37 718
(29 033)
8 685
9 580
Immobilisations financières
note 4
Total actif immobilisé
5 809
(3 481)
2 328
2 248
78 439
(54 950)
23 489
27 845
Impôts différés (net)
note 5.3
6 757
(1 909)
4 848
5 282
Stocks et en-cours
note 6
27 315
(8 891)
18 424
20 445
Clients et comptes rattachés
note 7
46 209
(4 065)
42 144
45 902
Autres créances
note 8
3 400
3 400
2 152
Valeurs mobilières de placement
39 719
39 719
24 382
Autres valeurs disponibles
15 676
15 676
14 451
119 363
107 332
1 486
1 544
149 186
142 003
Total actif circulant
Comptes de régularisation actif
132 319
note 9
TOTAL ACTIF
Passif
AMORTISSEMENTS
ET PROVISIONS
(12 956)
1 486
219 001
(69 815)
2003
2002
note 10
56 199
55 244
9 453
8 331
Actions détenues en propre
note 10.1
(8 951)
(10 839)
Réserves consolidées
note 11
25 726
21 993
Écarts de conversion
note 12
(7 154)
(5 307)
Capital social
Primes d’émission et de fusion
Résultat de l’exercice
Capitaux propres
Provisions pour risques et charges
note 13
Dettes financières à long terme
note 14.2
Fournisseurs et autres passifs à court terme
Dettes fiscales
Emprunts et dettes financièes à court terme
note 14.3
Total dettes à court terme
Produits constatés d’avance
note 15
TOTAL PASSIF
Les notes figurant aux pages 58 à 85 font partie intégrante des états financiers consolidés.
7 447
3 552
82 720
72 974
3 435
3 492
870
2 937
35 387
36 281
4 620
4 756
2 110
652
42 117
41 689
20 044
20 911
149 186
142 003
Lectra 2003
Compte de résultat consolidé
DU 1 E R JANVIER AU 31 DÉCEMBRE
(EN MILLIERS D’EUROS)
2003
2002
Chiffre d’affaires
notes 17 et 26
184 665
185 110
Coût des ventes
note 18
(62 980)
(59 735)
Marge brute
note 18
121 685
125 375
Frais de recherche et développement
note 19
(13 960)
(13 712)
Frais commerciaux, généraux et administratifs
note 20
(96 673)
(104 468)
Résultat d’exploitation
11 052
7 195
Charges et produits financiers
note 23
525
847
Résultat de change
note 24
486
(382)
Amortissement des écarts d’acquisition
note 2
Résultat avant impôts
Impôt sur les sociétés
note 5.1
RÉSULTAT NET
(1 704)
(1 849)
10 359
5 811
(2 912)
(2 259)
7 447
3 552
(EUROS)
Résultat par action
note 25
Résultat net :
- de base
0,21
0,10
- dilué
0,21
0,10
Nombre d’actions utilisé pour les calculs :
- résultat de base
35 036 507
35 399 568
- résultat dilué
35 886 698
35 910 796
Les notes figurant aux pages 58 à 85 font partie intégrante des états financiers consolidés.
55
56
Lectra 2003
Tableau des flux de trésorerie consolidé
DU 1 e r JANVIER AU 31 DÉCEMBRE
(EN MILLIERS D’EUROS)
I – FLUX
2003
2002
7 447
3 552
6 755
10 273
1 704
1 849
DE TRÉSORERIE LIÉS À L’ ACTIVITÉ
Résultat net consolidé
Amortissements et provisions d’exploitation
Amortissements des écarts d’acquisition
note 2
Autres ressources ou besoins opérationnels
note 29
Plus ou moins-values sur cession d’actifs
Variation de l’impôt différé
note 5.3
Capacité d’autofinancement d’exploitation
(806)
36
118
16 115
Variation des stocks
Variation des créances clients et comptes rattachés
(2)
93
835
note 30
1 151
(1 396)
13 508
(982)
2 210
Variation des fournisseurs et comptes rattachés
(339)
4 822
Variation des autres créances et des dettes fiscales
(995)
4 036
Variation du besoin en fonds de roulement d’exploitation
Flux nets de trésorerie générés par l’activité
II – FLUX
652
10 086
16 767
23 594
DE TRÉSORERIE LIÉS AUX OPÉRATIONS D ’ INVESTISSEMENT
Acquisition d’immobilisations incorporelles
note 1
(1 644)
(1 403)
Acquisition d’immobilisations corporelles
note 3
(1 679)
(1 733)
Coûts d’acquisition des sociétés rachetées,
nets de la trésorerie acquise
note 32
Variation des immobilisations financières
note 4
Cession d’actifs immobilisés
Flux nets de trésorerie liés aux opérations d’investissement
0
(93)
46
(318)
(94)
note 31
(3 371)
Augmentations de capital en numéraire
note 10
2 077
Ventes et achats d’actions détenues en propre,
nets des plus ou moins-values de cessions
note 10.1
1 851
Accroissement des dettes long terme et court terme
note 14
Remboursement des dettes long terme et court terme
note 14
Variation des découverts bancaires
note 14
III – FLUX
159
(3 388)
DE TRÉSORERIE LIÉS AUX OPÉRATIONS DE FINANCEMENT
Flux nets de trésorerie liés aux opérations de financement
Variation de la trésorerie
Incidence des variations de cours des devises
0
(612)
89
(5 610)
30
(745)
0
(437)
3 316
(6 673)
16 712
13 533
(150)
923
Trésorerie au 1er janvier
38 833
24 377
Variation de la trésorerie
16 712
13 533
Incidence des variations de cours des devises
(150)
Trésorerie au 31 décembre
Impôts payés nets
note 33
Intérêts payés
notes 14.4 et 23
Les notes figurant aux pages 58 à 85 font partie intégrante des états financiers consolidés.
923
55 395
38 833
2 376
759
0
59
Lectra 2003
Variation des capitaux propres consolidés
CAPITAL SOCIAL
(EN MILLIERS D’EUROS,
SAUF LA VALEUR NOMINALE
EXPRIMÉE EN EUROS)
Au 1er janvier 2002
Exercice d’options
de souscription d’actions
NOMBRE
D’ACTIONS
VALEUR
NOMINALE
CAPITAL
SOCIAL
PRIMES
D’ÉMISSION
ET DE FUSION
36 791 042
€ 1,50
55 187
8 299
57
32
38 000
Vente (achat) par la société
de ses propres actions
ACTIONS
PROPRES
(5 404)
RÉSERVES
CONSOLIDÉES
22 173
(5 435)
(175)
Résultat de l’exercice
€ 1,50
636 656
55 244
8 331
955
1 122
Vente (achat) par la société
de ses propres actions
(10 839)
(1 512)
25 545
(5 307)
72 974
3 552
2 077
1 888
Autres variations
(37)
1 851
218
Écarts de conversion
218
(1 847)
Résultat de l’exercice
Au 31 décembre 2003
(5)
(1 512)
3 552
36 829 042
7 447
37 465 698
€ 1,50
56 199
Les notes figurant aux pages 58 à 85 font partie intégrante des états financiers consolidés.
9 453
76 460
(5 610)
(5)
Écarts de conversion
Exercice d’options
de souscription d’actions
(3 795)
CAPITAUX
PROPRES
89
Autres variations
Au 31 décembre 2002
ÉCARTS DE
CONVERSION
(8 951)
33 173
(1 847)
7 447
(7 154)
82 720
57
58
Lectra 2003
Annexe aux comptes consolidés
Tous les montants des tableaux sont exprimés en milliers d’euros, sauf indications spécifiques.
Le Groupe Lectra, ci-après nommé le Groupe, désigne la société Lectra, ci-après nommée la société, et ses filiales.
Activité
du Groupe
Lectra, créée en 1973, cotée au Second Marché d’Euronext Paris depuis 1987, conçoit, produit et distribue des logiciels et des
équipements entièrement dédiés aux industries fortement utilisatrices de textiles, de cuir et de matériaux souples : industries de
la mode (habillement, chaussure, maroquinerie, bagage), de l’ameublement, du transport (automobile, aéronautique, nautique)
et toutes autres industries utilisant les textiles techniques.
Grâce à cette offre technologique globale, Lectra fournit à ses clients des solutions permettant de relier l’amont et l’aval de la
filière textile, allant de la création virtuelle de fils, de tissus et de produits finis (vêtements, sièges, etc.) à la gestion des collections
assistée par ordinateur, en passant par l’impression numérique sur tissu de prototypes, la découpe automatisée des tissus, du
cuir, des tissus industriels et des matériaux composites, et l’échange de données techniques informatisées, jusqu’au merchandising
visuel et à la production personnalisée ou “mass customisation”.
Les clients du Groupe sont aussi bien de grands groupes nationaux ou internationaux que des entreprises de taille moyenne.
Lectra contribue à la résolution de leurs enjeux stratégiques : réduire les coûts et améliorer la productivité, diminuer le “timeto-market”, faire face à la mondialisation, développer et sécuriser les échanges d’informations électroniques, développer la qualité,
répondre à la demande de “mass customisation”, et assurer la maîtrise et le développement de l’image et des marques. Le Groupe
commercialise des solutions complètes, associant la vente d’équipements et de logiciels à des prestations de services : maintenance
technique, support, formation, conseil, vente de consommables et de pièces détachées, ainsi qu’une plate-forme de communication
sécurisée à travers son site Internet, permettant l’échange de données entre les différents acteurs de la chaîne et offrant également
des applications et des services en ligne.
Les équipements et logiciels commercialisés sont pour la quasi-totalité – à l’exception des PC et périphériques, et de certains
produits pour lesquels la société a conclu des partenariats stratégiques à long terme – conçus et développés par la société. Les
équipements sont assemblés à partir de sous-ensembles fournis par un réseau international de sous-traitants, et testés sur le site
industriel de Bordeaux-Cestas. Les activités de recherche et développement sont réparties entre la France, les États-Unis et
Hong Kong.
Lectra s’appuie sur les compétences et l’expérience de près de 1 300 collaborateurs dans le monde, dont près de 60 % hors
de France, regroupant des équipes de recherche techniques et commerciales, expertes, connaissant parfaitement les domaines
d’activité de ses clients.
Lectra dispose, depuis le milieu des années 1980, d’une implantation mondiale d’envergure. Basée en France, Lectra est
présente dans 100 pays, à travers son réseau de filiales commerciales et de services, unique face à ses concurrents, qui réalise
93 % du chiffre d’affaires du Groupe, complété par des agents et des distributeurs dans certains pays. Ses trois Call Centers
internationaux couvrent l’Europe, les États-Unis et l’Asie, et l’ensemble de ses technologies sont présentées dans ses trois
International Advanced Technology Centers de Bordeaux-Cestas (France), Atlanta (États-Unis) et Shanghai (Chine). Lectra
offre ainsi à l’ensemble de ses clients une forte proximité géographique avec plus de 800 collaborateurs dédiés au marketing, à
la vente et aux services.
Les données ci-dessus n’intègrent pas la société Investronica Sistemas, acquise postérieurement à la clôture de l’exercice 2003.
Événements
postérieurs
à la clôture
Nouvelle acquisition
Lectra a annoncé le 5 janvier 2004 l’acquisition de la société espagnole Investronica Sistemas. Cette opération et ses conséquences
sur l’activité et les résultats futurs de la société sont détaillées dans le rapport de gestion du Conseil d’Administration sur l’exercice 2003.
Distribution de dividendes
Sous réserve de l’approbation de l’Assemblée Générale du 30 avril 2004, la société distribuera, pour la première fois depuis
l’introduction en Bourse de la société en 1987, un dividende de € 0,12 par action (hors avoir fiscal - le dividende pourra être
assorti d’un avoir fiscal conformément aux dispositions législatives en vigueur) au titre de l’exercice 2003.
Lectra 2003
Les comptes consolidés des exercices 2003 et 2002 respectent les dispositions du Règlement 99-02 du Comité de la
Réglementation Comptable du 29 avril 1999. Ils sont à la fois conformes aux règles comptables généralement admises en France
et aux normes comptables internationales IAS/IFRS.
La consolidation est effectuée sur la base des documents et comptes sociaux arrêtés dans chaque pays et retraités afin d’être mis
en harmonie avec les principes comptables ci-dessus mentionnés.
La consolidation porte sur les sociétés du Groupe référencées IG (Intégration Globale) dans le tableau des sociétés consolidées
ci-dessous. Les sociétés détenues directement ou indirectement par la société mère à plus de 99 % sont consolidées par
intégration globale. Certaines filiales commerciales non significatives ne sont pas consolidées. Elles sont indiquées NC (Non
Consolidé) dans le tableau. Une filiale commerciale est jugée significative pour être intégrée dans le périmètre de consolidation
si elle satisfait durant deux exercices consécutifs aux critères suivants : marge brute globale sur chiffre d’affaires réalisé avec
des tiers supérieure à 1,5 million d’euros et total du bilan supérieur à 1 million d’euros. Par ailleurs, une fois qu’une société a
intégré le périmètre de consolidation du Groupe, elle ne peut en sortir qu’en cas de cession, de fusion ou de liquidation.
Aucune variation de périmètre n’est intervenue en 2002, ni en 2003.
La filiale turque de Lectra, Lectra Systèmes CAD – CAM AS, va intégrer le périmètre de consolidation du Groupe à compter
du 1er janvier 2004, ayant rempli les conditions d’intégration ci-dessus mentionnées en 2002 et 2003.
59
Règles et
méthodes
comptables –
Périmètre de
consolidation
60
Lectra 2003
Annexe aux comptes consolidés
SOCIÉTÉ
% DE CONTRÔLE
2003
2002
VILLE
PAYS
Cestas
France
Lectra Deutschland GmbH
Ismaning
Allemagne
99,9
Lectra Australia Pty Ltd
Melbourne
Australie
Lectra Österreich GmbH
Vienne
Autriche
MÉTHODE DE
CONSOLIDATION ( 1 )
2003
2002
Société consolidante
Lectra SA
IG
IG
99,9
IG
IG
100,0
100,0
IG
IG
100,0
100,0
IG
IG
Filiales commerciales
Lectra Benelux NV
Gand
Belgique
99,9
99,9
IG
IG
Lectra Brasil Ltda
São Paulo
Brésil
100,0
100,0
IG
IG
Lectra Canada Inc.
Montréal
Canada
100,0
100,0
IG
IG
Lectra Systems (Shanghai) Co. Ltd
Shanghai
Chine
100,0
100,0
IG
IG
Lectra Hong Kong Ltd
Hong Kong
Chine
99,9
99,9
IG
IG
Pan Union International Ltd
Hong Kong
Chine
100,0
100,0
IG
IG
Prima Design Systems Ltd
Hong Kong
Chine
100,0
100,0
IG
IG
Lectra Danmark A/S
Ikast
Danemark
100,0
100,0
IG
IG
Lectra Sistemas Española SA
Madrid
Espagne
100,0
100,0
IG
IG
Lectra USA Inc.
Atlanta
États-Unis
100,0
100,0
IG
IG
Lectra Suomi Oy
Helsinki
Finlande
100,0
100,0
IG
IG
Cadvisio Oy
Helsinki
Finlande
100,0
100,0
IG
IG
Haute Tension SA
Cestas
France
100,0
100,0
IG
IG
Lectra Hellas EPE
Athènes
Grèce
99,9
99,9
IG
IG
Lectra Italia SpA
Milan
Italie
99,7
99,7
IG
IG
Lectra Japan Ltd
Osaka
Japon
100,0
100,0
IG
IG
Lectra Systèmes SA de CV
Mexico
Mexique
100,0
100,0
IG
IG
Lectra Portugal Lda
Matosinhos
Portugal
99,9
99,9
IG
IG
Lectra UK Ltd
Shipley
Royaume-Uni
99,9
99,9
IG
IG
Lectra Sverige AB
Borås
Suède
100,0
100,0
IG
IG
Lectra Taiwan Co. Ltd
Taipei
Taiwan
100,0
100,0
IG
IG
Lectra Systems Pty Ltd
Durban
Afrique du Sud
100,0
100,0
NC
NC
Lectra Chile SA
Santiago
Chili
99,9
99,9
NC
NC
Lectra Israel Ltd
Natanya
Israël
100,0
100,0
NC
NC
Lectra Maroc Sarl
Casablanca
Maroc
99,4
99,4
NC
NC
Lectra Philippines Inc.
Manille
Philippines
99,8
99,8
NC
NC
Lectra Singapore Pte Ltd
Singapour
Singapour
100,0
100,0
NC
NC
Lectra Systèmes Tunisie SA
Tunis
Tunisie
99,8
99,8
NC
NC
Lectra Systèmes CAD - CAM AS
Istanbul
Turquie
99,0
99,0
NC
NC
(1)
IG : Intégration Globale - NC : Non Consolidé.
Lectra 2003
Immobilisations incorporelles
Logiciels de gestion
Les logiciels de gestion acquis sont amortis linéairement sur trois ans, de même que les frais de développement internes ou
externes engagés pour leur mise en œuvre.
Brevets et marques
Les brevets, les marques et les frais s’y rapportant sont amortis linéairement sur trois à dix ans à compter de la date de dépôt.
Le Groupe n’est pas dépendant de brevets ou licences qui ne lui appartiendraient pas.
En matière de propriété industrielle :
- les brevets et autres droits de propriété industrielle détenus par le Groupe ne font pas, à l’heure actuelle, l’objet de concessions
de droits d’exploitation à des tiers. Les droits détenus par le Groupe, notamment dans le domaine des logiciels propres à son
activité de concepteur et d’éditeur de logiciels, font l’objet de concessions de droits d’utilisation à ses clients, dans le cadre de
son activité commerciale ;
- seuls les coûts directs supportés par le Groupe dans le domaine du dépôt et de la protection de ses marques dans différents
pays font l’objet d’une immobilisation au bilan.
Autres immobilisations incorporelles
Les autres immobilisations incorporelles sont amorties linéairement sur deux à cinq ans.
Écarts d’acquisition
La différence, à la date d’acquisition, entre le prix de base d’acquisition des titres, majoré de la meilleure estimation du
complément de prix éventuel prévu dans la convention d’acquisition, et l’actif net comptable de la société acquise est allouée
aux actifs corporels et incorporels, et aux passifs repris pour lesquels une valeur d’utilité peut être spécifiquement déterminée.
L’excédent du prix d’acquisition est enregistré en écart d’acquisition.
En règle générale, les écarts d’acquisition sont amortis sur une période de quinze ans compte tenu des effets positifs, à moyen
et long terme, attendus de ces acquisitions sur le développement des activités du Groupe. Seul est amorti sur une période de
sept ans l’écart d’acquisition relatif à une société qui avait été créée peu avant son acquisition par Lectra.
Les écarts d’acquisition font l’objet chaque année d’un test d’évaluation. Si la valeur nette résiduelle s’avère supérieure à la
valeur de marché ou à la valeur d’utilité, une dépréciation est constatée ; le cas échéant, la durée de vie résiduelle de l’écart
d’acquisition restant à amortir est réduite.
Immobilisations corporelles
Les immobilisations corporelles sont comptabilisées à leur coût d’acquisition. Les amortissements sont calculés selon la méthode
linéaire sur leur durée d’utilisation estimée :
- bâtiments et constructions : vingt ans ;
- agencements, aménagements des constructions : dix ans ;
- agencements des terrains : cinq à dix ans ;
- installations techniques, matériel et outillage : quatre à cinq ans ;
- matériel de bureau et informatique : trois à cinq ans ;
- mobilier de bureau : dix ans.
Les immobilisations corporelles financées par crédit-bail sont considérées comme des acquisitions et amorties dans les
comptes consolidés.
Immobilisations financières
Ce poste comprend essentiellement les titres de participation et les créances rattachées aux investissements financiers dans
les filiales créées par la société qui ne sont pas retenues dans le périmètre de consolidation. Les provisions sont constituées
sur la base d’une appréciation de la valeur d’inventaire fondée sur la situation financière de la filiale, sa rentabilité et ses
perspectives d’avenir.
61
62
Lectra 2003
Impôts différés
Les impôts différés sont calculés selon la méthode du report variable pour les différences temporaires existant entre les bases
comptables et les bases fiscales des actifs et des passifs figurant au bilan. Il en est de même pour les reports déficitaires. Les
impôts différés sont calculés aux taux d’impôts futurs arrêtés à la clôture de l’exercice. Les actifs d’impôts différés font l’objet
d’une provision lorsque leur réalisation est jugée plus improbable que probable.
Stocks et travaux en cours
Les stocks de matières premières sont valorisés selon la méthode du coût moyen pondéré, y compris les frais accessoires. Les
produits finis et les en-cours de production sont valorisés selon la méthode du prix de revient industriel standard, ajusté à la
date de clôture en fonction de l’évolution des coûts réellement supportés.
Des provisions sont constituées dans le cas où la valeur probable de réalisation est inférieure à la valeur d’inventaire. Les matériels
d’occasion et les matériels en démonstration depuis plus de six mois font l’objet de provisions complémentaires systématiques
(dépréciation sur trois ans).
Les provisions relatives aux stocks de pièces détachées et consommables sont calculées de manière homogène pour l’ensemble
des filiales sur la base d’une analyse spécifique de la rotation et de l’obsolescence des articles en stock, prenant en considération
l’écoulement des articles dans le cadre des activités de maintenance et de service après-vente, ainsi que l’évolution de la gamme
des produits commercialisés.
Clients et comptes rattachés
Les clients et comptes rattachés sont présentés à leur valeur nominale. Des provisions sont systématiquement constituées par
une appréciation au cas par cas du risque de recouvrement des créances en fonction de leur ancienneté, du résultat des relances
effectuées, des habitudes locales de règlement et des risques spécifiques à chaque pays.
Les ventes effectuées dans des pays à risque politique ou économique élevé sont, pour l’essentiel, garanties par des lettres de
crédit ou des garanties bancaires.
Valeurs mobilières de placement
Les valeurs mobilières de placement sont constituées de SICAV monétaires évaluées à leur valeur de marché à la clôture
de l’exercice.
Provisions pour risques et charges
Tous les risques connus à la date d’arrêté des comptes font l’objet d’un examen détaillé, et une provision est constituée si nécessaire.
Les provisions utilisées conformément à leur objet sont déduites des charges correspondantes.
Provision pour garantie
La provision pour garantie couvre les coûts engagés dans le cadre de la garantie accordée par le Groupe à ses clients lors de la vente
d’équipements de CFAO : coût de remplacement des pièces, frais liés aux déplacements des techniciens et coût de main-d’œuvre.
Cette provision est constituée au moment de la comptabilisation de la vente par la société.
Provisions pour avantages différés (dont indemnités de départ à la retraite)
Les provisions pour indemnités de départ (dans le cadre d’un départ à la retraite ou, pour certains pays, dans le cadre d’une
démission ou d’un licenciement), perçues par les salariés en application de la réglementation locale de chacun des pays ou
d’engagements contractuels, font l’objet d’une évaluation actuarielle selon la méthode prospective. Les hypothèses d’espérance
de vie et les projections de salaires tiennent compte des données économiques propres à chaque pays.
Chiffre d’affaires
Le chiffre d’affaires lié à la vente de matériels est reconnu lors du transfert de propriété, lui-même déterminé par les conditions
de vente contractuelles.
Lectra 2003
63
Le chiffre d’affaires lié à la vente de logiciels est reconnu lors du transfert de propriété du matériel, lorsque la société vend
également l’équipement informatique sur lequel est installé le logiciel. Dans le cas contraire, le chiffre d’affaires est reconnu
lorsque le logiciel a été installé sur l’ordinateur du client (par CD-ROM ou par téléchargement).
Le chiffre d’affaires lié aux contrats récurrents est pris en compte mensuellement tout au long de la période des contrats. Le revenu
lié à la facturation des services ne faisant pas l’objet de contrats récurrents est reconnu lors de la réalisation de la prestation.
Coût des ventes
Le coût des ventes comprend tous les achats de matières premières intégrés dans les coûts de production, les mouvements de
stocks, en valeur nette, tous les coûts de main-d’œuvre intégrés dans les coûts de production constituant la valeur ajoutée et liés
aux ventes d’équipements, les frais de distribution des équipements vendus et une quote-part des amortissements des moyens
de production.
Les charges et frais de personnel encourus dans le cadre des activités de service ne sont pas intégrés dans le coût des ventes,
mais sont constatés dans les frais commerciaux, généraux et administratifs.
Frais de recherche et développement
S’agissant de dépenses dont l’issue commerciale est incertaine, les frais de recherche et de développement sont intégralement
passés dans les charges de l’exercice.
Résultat par action
Le résultat net par action sur capital de base est calculé en divisant le résultat net attribuable aux actionnaires par le nombre
moyen pondéré d’actions en circulation au cours de la période, à l’exclusion des actions détenues en propre par la société.
Le résultat net par action sur capital dilué est calculé en divisant le résultat net attribuable aux actionnaires par le nombre
moyen pondéré d’actions composant le capital de base, augmenté des options qui auraient pu être exercées compte tenu de la
moyenne des cours de Bourse de l’action au cours de la période. Seules les options dont le prix d’exercice est inférieur à ce cours
de Bourse moyen sont prises en compte dans le calcul du nombre d’actions composant le capital potentiel.
Conversion des comptes des filiales
La conversion des comptes annuels des sociétés étrangères est effectuée de la manière suivante :
- les actifs et passifs sont convertis aux taux de clôture ;
- les postes de situation nette sont convertis aux taux historiques ;
- les postes du compte de résultat sont convertis aux taux moyens mensuels de l’exercice pour le chiffre d’affaires et le coût de
revient des ventes, et aux taux moyens de l’année pour tous les autres postes du compte de résultat ;
- les postes du tableau des flux de trésorerie sont convertis aux taux moyens de l’année. Les variations des actifs et passifs à
court terme ne peuvent donc se déduire de la simple variation bilantielle, les effets de conversion n’étant pas pris en compte à
ce niveau, mais dans la rubrique spécifique “Incidence des variations de cours des devises” ;
- les différences de conversion des situations nettes des sociétés étrangères intégrées dans le périmètre de consolidation, ainsi que
celles provenant de l’utilisation des taux moyens pour déterminer le résultat, figurent au poste “Écarts de conversion” dans les
capitaux propres et n’affectent donc pas le résultat, sauf dans le cas d’une cession éventuelle de tout ou partie de l’investissement
global. Elles sont réajustées pour tenir compte des différences de change latentes à long terme constatées sur les positions Groupe.
Conversion des postes du bilan libellés en devises
Positions hors Groupe
Les dettes et créances libellées en devises sont converties aux taux de change en vigueur le dernier jour de la période.
Les différences de change latentes dégagées à cette occasion sont comptabilisées dans le compte de résultat. Dans le cas où
il existe une couverture à terme, l’écart de change reflété dans le résultat est calculé en fonction du taux de change garanti
par le contrat à terme.
Méthodes de
conversion,
couverture des
risques de taux
de change et
d’intérêt
64
Lectra 2003
Positions internes au Groupe
Les positions court terme affectent le résultat de la même manière que les positions hors Groupe. Les différences de change
latentes relatives à des positions long terme sont portées au poste “ Écarts de conversion “ des capitaux propres et n’affectent
pas le résultat net.
Politique de couverture du risque de change
Les fluctuations de change ont un impact sur le compte de résultat du Groupe à trois niveaux :
Impact concurrentiel
Le Groupe vend sur des marchés mondiaux, essentiellement en concurrence avec son principal concurrent américain. Le niveau
des prix pratiqués est de ce fait généralement tributaire du dollar américain.
Impact d’exploitation
La consolidation des comptes s’effectue en euros. De ce fait, le chiffre d’affaires, la marge brute et la marge nette d’une filiale,
une fois convertis en euros, se trouvent affectés mécaniquement par les fluctuations de change.
Impact des positions bilantielles
L’impact des positions bilantielles concerne essentiellement les créances en devises, en particulier celles entre la maison
mère et ses filiales, et correspond à l’impact de la variation entre les taux de change à la date de l’encaissement et ceux
à la date de la facturation.
Le risque de change est assumé par la maison mère. La quasi-totalité de la facturation, par la société et ses filiales, des transactions
réalisées avec les clients situés en dehors de la zone euro, est effectuée en devises et représente 50 % du chiffre d’affaires
(cf. note 17). L’exposition nette du Groupe est suivie en temps réel.
Les décisions prises en matière de couverture éventuelle tiennent compte des risques et de la compensation des flux
d’échéance voisine, de même que de l’évolution des devises ayant un impact significatif sur la situation financière et
concurrentielle du Groupe.
Instruments financiers
Le risque de change est analysé par le Groupe selon les principes développés ci-dessus. Les seules opérations sur des instruments
financiers sont réalisées à des fins de couverture des flux passés (ventes à terme sur la base des positions bilantielles) ou futurs
(ventes à terme ou options sur la base du carnet de commandes et des prévisions d’activité et de résultats), mais ne sont toutefois
pas toujours considérées comme telles selon les conditions édictées par la norme comptable IAS 39.
Les profits et pertes sur les contrats de change à terme destinés à la couverture de positions bilantielles sont enregistrés dans le
compte de résultat, de même que les positions couvertes.
Les profits et pertes sur les contrats de change à terme destinés à la couverture de flux futurs sont également enregistrés dans
le compte de résultat.
Les primes relatives à la couverture du risque de change sur les transactions commerciales futures par des options sur devises
sont comptabilisées au bilan. Leur revalorisation à la clôture de l’exercice est effectuée par rapport aux estimations réalisées par
les établissements financiers tiers à la même date ; celle-ci est enregistrée dans le compte de résultat ou dans les capitaux propres,
conformément à la norme comptable IAS 39.
Lectra 2003
Tableau des taux de change
(CONTRE-VALEUR DE 1 EURO CONTRE LES PRINCIPALES DEVISES)
2003
2002
2001
Cours moyen de l’exercice
1,13
0,94
0,90
Cours de clôture
1,26
1,05
0,88
Cours moyen de l’exercice
1,31
1,18
1,09
Cours de clôture
1,35
1,24
1,15
Cours moyen de l’exercice
0,69
0,63
0,62
Cours de clôture
0,70
0,65
0,61
Dollar américain
Yen japonais (100)
Livre anglaise
Politique de couverture du risque de taux d’intérêt
Le Groupe n’a eu recours à aucun instrument de couverture du risque de taux d’intérêt en 2003, comme au cours des années
antérieures, compte tenu du faible coût de son endettement financier (cf. note 14.4).
Par ailleurs, les placements de la trésorerie disponible sont effectués dans des SICAV monétaires.
Risque de contrepartie
Le Groupe est exposé au risque de crédit en cas de défaillance d’une contrepartie. Il gère son exposition en sélectionnant les
tiers et en s’assurant de l’existence de garanties avant l’acceptation de leur commande.
L’exposition du Groupe est limitée et ce dernier considère qu’il n’existe aucune concentration importante de risque avec une
contrepartie. Il ne prévoit aucune défaillance de tiers pouvant avoir un impact important sur les états financiers du Groupe.
65
66
Lectra 2003
Notes sur le bilan consolidé
Note 1 – Immobilisations incorporelles
LOGICIELS
DE GESTION
BREVETS
ET MARQUES
AUTRES
IMMOBILISATIONS
INCORPORELLES
TOTAL
8 555
1 703
5 232
15 490
Acquisitions externes
845
177
0
1 022
Développements internes
381
0
0
381
2002
Valeur brute au 1er janvier 2002
Sorties
Transferts
Écarts de conversion
Valeur brute au 31 décembre 2002
Amortissements au 31 décembre 2002
Valeur nette au 31 décembre 2002
0
0
(12)
(12)
94
0
(94)
0
(38)
0
(12)
(50)
9 837
1 880
5 114
16 831
(6 913)
(1 523)
(4 422)
(12 858)
2 924
357
692
3 973
LOGICIELS
DE GESTION
BREVETS
ET MARQUES
AUTRES
IMMOBILISATIONS
INCORPORELLES
TOTAL
Valeur brute au 1 janvier 2003
9 837
1 880
5 114
16 831
Acquisitions externes
1 061
137
42
1 240
2003
er
Développements internes
404
0
0
404
Sorties
(17)
0
0
(17)
Transferts
(15)
0
15
0
Écarts de conversion
(54)
0
(4)
(58)
Valeur brute au 31 décembre 2003
11 216
2 017
5 167
18 400
Amortissements au 31 décembre 2003
(8 367)
(1 659)
(5 018)
(15 044)
Valeur nette au 31 décembre 2003
2 849
358
149
LOGICIELS
DE GESTION
BREVETS
ET MARQUES
AUTRES
IMMOBILISATIONS
INCORPORELLES
3 356
Les amortissements ont évolué comme suit :
2003
TOTAL
Amortissements au 1er janvier 2003
(6 913)
(1 523)
(4 422)
(12 858)
Dotations aux amortissements
(1 574)
(136)
(596)
(2 306)
Reprises sur amortissements
Écarts de conversion
Amortissements au 31 décembre 2003
97
23
(8 367)
0
0
(1 659)
0
0
(5 018)
97
23
(15 044)
Logiciels de gestion
Dans le cadre de l’évolution et de l’amélioration constantes de ses systèmes d’information, le Groupe a acquis en 2002 et 2003
les licences de nouveaux logiciels de gestion, ainsi que de nouvelles licences de logiciels qu’il utilise afin d’en augmenter le nombre
d’utilisateurs. Les investissements concernent les coûts d’acquisition de licences, de développement et de paramétrage de ces logiciels.
Lectra 2003
Note 2 – Écarts d’acquisition
Les écarts d’acquisition proviennent des acquisitions de sociétés menées sur la période 1998-2000. Les derniers compléments
de prix liés à ces acquisitions ont été soldés en 2002. Aucune acquisition n’est intervenue entre 2001 et 2003.
Valeur brute au 1er janvier
2003
2002
18 419
20 445
Ajustements des compléments de prix
0
89
Écarts de conversion
(1 907)
(2 115)
Valeur brute au 31 décembre
16 512
18 419
Amortissements au 1er janvier
(6 375)
(5 143)
Dotations aux amortissements
(1 704)
(1 849)
Écarts de conversion
687
Amortissements au 31 décembre
617
(7 392)
(6 375)
9 120
12 044
Valeur nette au 31 décembre
L’analyse pratiquée sur les écarts d’acquisition avait conduit la société, en 2002, à raccourcir la durée de vie résiduelle pour ceux
de deux sociétés acquises, dont la valeur brute s’élève à 1 598 milliers d’euros, et la valeur nette à 454 milliers d’euros au
31 décembre 2003. Leur amortissement avait été ramené à une période de cinq ans, au lieu des quinze ans initialement prévus.
Les tests de valeur réalisés en 2003 n’ont pas révélé d’indices de perte de valeur.
Note 3 – Immobilisations corporelles
2002
Valeur brute au 1 janvier 2002
er
Investissements
TERRAINS
ET CONSTRUCTIONS
AGENCEMENTS
ET AMÉNAGEMENTS
MATÉRIELS
ET AUTRES
TOTAL
9 796
8 110
20 691
38 597
42
282
1 409
1 733
Mises au rebut/Cessions
0
(41)
(858)
(899)
Écarts de conversion
0
(205)
(1 223)
(1 428)
Valeur brute au 31 décembre 2002
Amortissements au 31 décembre 2002
Valeur nette au 31 décembre 2002
2003
Valeur brute au 1er janvier 2003
9 838
8 146
20 019
38 003
(7 338)
(3 837)
(17 248)
(28 423)
2 500
4 309
2 771
9 580
TERRAINS
ET CONSTRUCTIONS
AGENCEMENTS
ET AMÉNAGEMENTS
MATÉRIELS
ET AUTRES
TOTAL
9 838
8 146
20 019
38 003
1 577
1 679
(832)
(948)
Investissements
4
98
Mises au rebut/Cessions
0
(116)
Transfert
0
44
(44)
Écarts de conversion
0
(158)
(858)
Valeur brute au 31 décembre 2003
Amortissements au 31 décembre 2003
Valeur nette au 31 décembre 2003
0
(1 016)
9 842
8 014
19 862
37 718
(7 419)
(4 186)
(17 428)
(29 033)
2 423
3 828
2 434
8 685
67
68
Lectra 2003
Les amortissements ont évolué comme suit :
TERRAINS
ET CONSTRUCTIONS
2003
Amortissements au 1 janvier 2003
er
Dotations aux amortissements
AGENCEMENTS
ET AMÉNAGEMENTS
MATÉRIELS
ET AUTRES
TOTAL
(7 338)
(3 837)
(17 248)
(28 423)
(81)
(537)
(1 646)
(2 264)
Reprises sur amortissements
0
74
778
852
Écarts de conversion
0
114
688
802
Amortissements au 31 décembre 2003
(7 419)
(4 186)
(17 428)
(29 033)
Les terrains et constructions concernent uniquement l’ensemble du site industriel de Bordeaux-Cestas (France) pour un montant
brut, après déduction des subventions d’investissements perçues, de 9 842 milliers d’euros. Le site s’étend sur une superficie de
11,4 hectares et les bâtiments représentent une surface au sol de 27 300 m2. Ces terrains et constructions avaient été acquis pour
partie en bien propre par la société, et pour partie par crédit-bail.
La partie acquise en bien propre (hors agencements et aménagements) représente une valeur brute totale de 4 317 milliers d’euros,
entièrement payée, et amortie à hauteur de 2 142 milliers d’euros.
Les biens (y compris leurs agencements et aménagements) correspondant à la partie financée par crédit-bail sont immobilisés
à leur valeur d’acquisition et amortis dans les comptes consolidés ; ils représentent une valeur brute totale de 5 815 milliers d’euros,
dont 473 milliers d’euros pour le terrain et 5 342 milliers d’euros pour les constructions, amortis en totalité. La société est devenue
propriétaire de l’ensemble du site industriel de Bordeaux-Cestas, après paiement de la dernière échéance de 97 milliers d’euros
d’octobre 2002.
Il n’y a pas eu de nouveaux investissements financés par crédit-bail en 2002 et 2003.
Les acquisitions d’autres immobilisations corporelles réalisées en 2002 et 2003 concernent essentiellement du mobilier, du matériel
informatique, et des moules et outillages de production pour le site industriel de Bordeaux-Cestas.
Note 4 – Immobilisations financières
2002
Valeur brute au 1er janvier 2002
PRÊTS
TITRES
AUTRES
IMMOBILISATIONS
FINANCIÈRES
307
4 552
3 369
0
0
(32)
0
Augmentations
Diminutions
Écarts de conversion
Valeur brute au 31 décembre 2002
Provisions au 31 décembre 2002
0
0
275
4 552
(275)
(3 364)
Valeur nette au 31 décembre 2002
2003
Valeur brute au 1er janvier 2003
0
Provisions au 31 décembre 2003
Valeur nette au 31 décembre 2003
(50)
641
(2 823)
(109)
5 937
(3 689)
1 060
2 248
PRÊTS
TITRES
AUTRES
IMMOBILISATIONS
FINANCIÈRES
TOTAL
275
4 552
1 110
5 937
0
0
131
131
(42)
0
(135)
(177)
Écarts de conversion
Valeur brute au 31 décembre 2003
(109)
1 110
8 228
1 188
Augmentations
Diminutions
641
(2 791)
TOTAL
0
0
233
4 552
(82)
(170)
(3 261)
(50)
(3 481)
63
1 291
974
2 328
1 024
(82)
5 809
Les prêts et titres concernent exclusivement les filiales non consolidées.
Au 1er janvier 2002, les autres immobilisations financières incluaient, pour un montant de 2 502 milliers d’euros, des participations
dans des sociétés tierces, qui provenaient de la fusion-absorption, en 1998, de la Compagnie Financière du Scribe. Ces participations
Lectra 2003
étaient entièrement dépréciées. Les sociétés ayant été liquidées, ce montant ne figure plus au bilan au 31 décembre 2002. Les
autres immobilisations financières au 31 décembre 2003 sont essentiellement composées de dépôts et de cautionnements.
Informations sur les transactions avec les parties liées ( 1 )
Les montants ci-dessous concernent l’exercice 2003 ou le 31 décembre 2003, selon le cas.
TYPE DE
TRANSACTION
POSTE CONCERNÉ DANS LES
ÉTATS FINANCIERS CONSOLIDÉS
FILIALES NON CONSOLIDÉES
CONCERNÉES
MONTANTS
Prêts
Immobilisations financières
Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour)
233
Créances
Clients et comptes rattachés
Lectra Maroc Sarl (Maroc)
404
Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour)
203
Lectra Systèmes Tunisie SA (Tunisie)
220
Lectra Systems Pty Ltd (Afrique du Sud)
137
Autres filiales non consolidées
Dettes
Fournisseurs et autres passifs à court terme
Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour)
Lectra Systèmes Tunisie SA (Tunisie)
31
Autres filiales non consolidées
39
Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour)
Ventes
Chiffre d’affaires
Lectra Systèmes CAD-CAM AS (Turquie)
Intérêts financiers
(1)
Frais commerciaux, généraux et administratifs
Charges et produits financiers
(73)
1 238
Lectra Systems Pty Ltd (Afrique du Sud)
281
Lectra Systèmes Tunisie SA (Tunisie)
307
Lectra Israel Ltd (Israël)
124
Lectra Chile SA (Chili)
91
Autres filiales non consolidées
86
Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour)
(244)
Lectra Systèmes CAD-CAM AS (Turquie)
(151)
Autres filiales non consolidées
Personnel facturé
100
84
Fournisseurs et autres passifs à court terme
Frais commerciaux, généraux et administratifs
38
Lectra Systèmes CAD-CAM AS (Turquie)
Avances
Commissions
82
Lectra Chile SA (Chili)
Lectra Singapore Pte Ltd (Singapour)
(53)
(415)
Lectra Systèmes CAD-CAM AS (Turquie)
(88)
Lectra Systems Pty Ltd (Afrique du Sud)
(88)
Toutes filiales
35
Le Groupe n’est lié qu’avec ses filiales non consolidées.
Les 8 filiales non consolidées représentent au total, au 31 décembre 2003 (chiffres cumulés) :
- un chiffre d’affaires de 5 900 milliers d’euros ;
- un total de bilan de 3 800 milliers d’euros ;
- des dettes financières (hors Groupe) de zéro ;
- des dettes envers la société mère Lectra de 1 100 milliers d’euros.
Leurs seuls engagements hors bilan concernent des contrats courants de location de bureaux, d’automobiles et de matériels de
bureaux, pouvant faire l’objet de résiliations selon des conditions contractuelles.
Les transactions avec les filiales non consolidées du Groupe concernent exclusivement des opérations courantes.
Les transactions avec le Président du Conseil d’Administration, le Directeur Général et les autres membres du Comité Exécutif
sont détaillées dans les notes 21.4 (“Rémunération des dirigeants”) et 10.4 (“Options de souscription d’actions”).
69
70
Lectra 2003
Note 5 – Impôts
Note 5.1 – Impôts de l’exercice
2003
Impôts courants
(2 794)
Impôts différés
(118)
Charge nette
(2 912)
2002
(3 655)
1 396
(2 259)
Note 5.2 – Taux effectif d’impôts
2003
2002
Taux courant d’impôts applicable en France(1)
34,33 %
34,33 %
Effet des provisions sur impôts différés actifs
(10,41) %
(14,15) %
0,23 %
1,80 %
Effet des différences de taux des pays étrangers
Effet des différences permanentes
(2)
Autres
Effet des contrôles fiscaux(3)
Taux effectif d’impôts
2,65 %
6,56 %
(2,09) %
2,94 %
3,40 %
7,39 %
28,11 %
38,87 %
(1)
Par convention, le signe positif indique une charge fiscale, et le signe négatif un crédit d’impôt. Au 31 décembre 2003, le résultat avant impôts étant un gain de
10 359 milliers d’euros, le taux théorique d’impôts est positif.
(2)
Correspond principalement aux charges de l’exercice non déductibles fiscalement et à la neutralisation fiscale de certaines écritures de consolidation.
(3)
Comprend un paiement d’un montant de 306 milliers d’euros (ayant un impact sur le taux effectif d’impôts de 5,27 %) en 2002, au titre du règlement d’un litige qui
opposait la société aux autorités fiscales du pays d’une de ses filiales. En 2002 et en 2003, ce poste inclut également les montants provisionnés au titre du redressement
fiscal de la société mère, dont l’impact net intégralement comptabilisé au 31 décembre 2003 est peu significatif (cf. note 16.4).
Note 5.3 – Impôts différés
2003
2002
Déficits fiscaux
3 176
6 109
Autres (décalages temporaires, écritures de consolidation)
3 581
3 857
(1 909)
(4 684)
4 848
5 282
Provision
Total net(1)
(1)
L’utilisation des impôts différés nets devrait intervenir dans un délai de un à cinq ans.
Au 31 décembre 2002, la société avait maintenu une provision à 75 % des pertes fiscales reportables de sa filiale américaine. Au
31 décembre 2003, cette provision a été ramenée à 50 %, compte tenu de l’amélioration des perspectives bénéficiaires à court
terme de cette filiale. A cette date, le montant des impôts différés de la filiale américaine, Lectra Inc., s’élève à 2 632 milliers d’euros,
provisionnés à hauteur de 1 316 milliers d’euros.
A l’inverse, compte tenu de la faible probabilité de réalisation des actifs d’impôts différés de Lectra Taiwan Co. Ltd, ces derniers,
d’un montant de 101 milliers d’euros, ont été provisionnés à 100 % au 31 décembre 2003.
En raison de l’instabilité économique et monétaire du pays, les déficits reportables de Lectra Brasil Ltda n’ont toujours pas été
comptabilisés à l’actif du bilan.
Lectra 2003
Note 6 – Stocks et travaux en cours
2003
2002
Stocks de matières premières
14 734
16 831
Produits finis et travaux en cours(1)
12 581
12 960
Valeur brute
27 315
29 791
Stocks de matières premières
(3 678)
(4 218)
Produits finis et travaux en cours
(5 213)
(5 128)
Dépréciations
(8 891)
(9 346)
Stocks de matières premières
11 056
12 613
7 368
7 832
18 424
20 445
(1)
Produits finis et travaux en cours(1)
Valeur nette
(1)
Y compris matériels de démonstration et d’occasion.
Au cours de l’exercice 2003, 1 301 milliers d’euros de stocks dépréciés à 100 % au 1er janvier 2003 ont été mis au rebut, diminuant
de ce fait la valeur brute et les dépréciations de ce même montant.
Note 7 – Clients et comptes rattachés
2003
2002
Créances hors prestations facturées d’avance
23 559
27 158
Contrats récurrents facturés d’avance
18 747
19 473
Autres prestations facturées d’avance
1 297
1 332
TVA sur contrats, prestations et matériels facturés d’avance
Total clients et comptes rattachés, brut
2 606
2 705
46 209
50 668
Provisions pour dépréciation
(4 065)
(4 766)
Total clients et comptes rattachés, net
42 144
45 902
Les comptes clients au 31 décembre 2003 intègrent 20 044 milliers d’euros hors taxes de contrats récurrents, autres prestations
et matériels facturés d’avance, et relatifs à l’exercice 2004 (20 806 milliers d’euros hors taxes au 31 décembre 2002 relatifs à
l’exercice 2003). La contrepartie est enregistrée dans les produits constatés d’avance (cf. note 15).
Note 8 – Autres créances
Autres créances à caractère fiscal
Avances accordées au personnel
2003
2002
1 161
1 201
476
184
Divers
1 763
767
Total autres créances, net
3 400
2 152
Au 31 décembre 2003, les autres créances à caractère fiscal comprennent essentiellement la TVA récupérable pour un montant
de 745 milliers d’euros (809 milliers d’euros au 31 décembre 2002). La variation du poste “Divers” s’explique, d’une part, par
la comptabilisation d’un crédit d’impôt d’un montant de 401 milliers d’euros consécutif au versement de dividendes de la filiale
italienne à la société mère, d’autre part, par la comptabilisation des primes payées en 2003 sur des options de change destinées
à couvrir le risque de change du Groupe en 2004 pour un montant de 752 milliers d’euros (cf. note 16.3).
Note 9 – Comptes de régularisation actif
2003
2002
Frais de loyers et d’assurance
534
594
Frais de salons et de publicité
109
64
Frais de location de matériel informatique
413
422
Autres charges constatées d’avance
430
464
1 486
1 544
Total comptes de régularisation actif
71
72
Lectra 2003
Note 10 – Capital
Le capital social au 31 décembre 2003 s’élève à 56 198 547 euros, composé de 37 465 698 actions d’une valeur nominale de 1,50 euro.
Les mouvements sur le capital social sont détaillés dans le tableau de variation des capitaux propres, page 57.
Note 10.1 – Actions détenues en propre
L’Assemblée Générale Ordinaire des actionnaires du 30 avril 2003 a renouvelé le programme de rachat d’actions de la société
en vigueur et autorisé le Conseil d’Administration à intervenir sur ses propres actions. Les objectifs de ce programme, qui s’inscrit
dans la gestion des fonds propres de la société, sont, par ordre de priorité :
- assurer la régularisation du cours de Bourse par intervention sur le marché, systématiquement en contre-tendance ;
- opérer des achats ou ventes en fonction des situations du marché, si nécessaire ;
- procéder à la remise d’actions à titre d’échange, de paiement ou autre dans le cadre d’opérations de croissance externe ;
- céder ou conserver lesdits titres ;
- annuler les actions détenues,
dans la limite d’un nombre d’actions détenues en propre par elle égal à 10 % du capital. Ce programme a fait l’objet d’une note
d’information qui a reçu le visa de la Commission des Opérations de Bourse (visa COB n° 03-263 du 11 avril 2003).
Le Conseil d’Administration n’a pas fait usage de la délégation d’annulation d’actions, qui lui avait été donnée pour la première
fois en 2003.
Dans le cadre de la réglementation boursière, la société a poursuivi le contrat d’apporteur de liquidité géré par SG Securities
(Paris) (groupe Société Générale), destiné à améliorer la liquidité du titre Lectra en Bourse, et procédé, par l’intermédiaire du
syndicat qu’elle a constitué avec la Société Générale, à des transactions sur ses propres actions.
Par ailleurs, la société a poursuivi le mandat donné à SG Securities (Paris) pour intervenir pour son propre compte dans
l’achat et la cession de ses actions, selon les modalités du programme autorisé par l’Assemblée.
Au total, la société détenait au 31 décembre 2003, du fait de ces deux contrats, 5 % du capital (5,7 % au 31 décembre 2002)
pour un montant total de 8 951 milliers d’euros (10 839 milliers d’euros au 31 décembre 2002), soit un prix de revient moyen de 4,77
euros par action. Ce montant a été déduit des capitaux propres.
2003
NOMBRE
D’ACTIONS
2002
COURS MOYEN
PAR ACTION
MONTANT
(EN EUROS)
NOMBRE
D’ACTIONS
MONTANT
275 294
1 617
COURS MOYEN
PAR ACTION
(EN EUROS)
Actions détenues en propre au 1er janvier
Contrat d’apporteur de liquidité
363 678
1 686
4,64
5,87
Intervention de la société
pour son propre compte
1 726 289
9 153
5,30
438 722
3 787
8,63
Total au 1er janvier (en valeur historique)
2 089 967
10 839
5,19
714 016
5 404
7,57
439 356
2 290
5,21
381 831
1 671
4,38
(446 456)
(2 469)
5,53
(293 447)
(1 365)
4,65
(7 100)
(179)
Contrat d’apporteur de liquidité
Achats (au cours d’achat)
Ventes (au cours de réalisation)
Flux net de trésorerie
Plus ou moins-values de cession
88 384
356
306
(237)
Intervention de la société
pour son propre compte
Achats (au cours d’achat)
Ventes (au cours de réalisation)
Flux net de trésorerie
1 337 433
6 113
4,57
(1 542 531)
(7 765)
5,03
(205 098)
(1 652)
Moins-values de cession
1 295 085
(7 518)
1 287 567
(413)
5 430
(38)
4,19
5,12
5 392
(26)
Actions détenues en propre au 31 décembre
Contrat d’apporteur de liquidité
356 578
1 863
5,22
363 678
1 686
4,64
Intervention de la société
pour son propre compte
1 521 191
7 088
4,66
1 726 289
9 153
5,30
Total au 31 décembre (en valeur historique)
1 877 769
8 951
4,77
2 089 967
10 839
5,19
Lectra 2003
Synthèse des mouvements de l’exercice
2003
Actions détenues en propre au 1 janvier (en valeur historique)
er
Actions détenues en propre au 31 décembre (en valeur historique)
Mouvements bruts de l’exercice (en valeur historique)
Moins-values de cession
Crédit d’impôt
Mouvements nets de l’exercice
2002
10 839
5 404
8 951
10 839
(1 888)
5 435
(56)
19
(1 851)
(263)
88
5 610
Note 10.2 – Droits de vote
Le droit de vote attaché aux actions est proportionnel au capital qu’elles représentent.
Toutefois, un droit de vote double existait, selon certaines conditions, jusqu’au 3 mai 2001.
L’Assemblée Générale Extraordinaire du 3 mai 2001 a décidé que les actions dont l’inscription sous la forme nominative a été
demandée postérieurement au 15 mai 2001, ainsi que les actions acquises après cette date, ne peuvent plus bénéficier du droit
de vote double (sauf cas particuliers visés dans la résolution correspondante, adoptée par ladite Assemblée Générale
Extraordinaire). Messieurs André et Daniel Harari ont procédé, à leur initiative, à l’annulation des droits de vote double qui
étaient attachés à leurs actions.
De ce fait, au 31 décembre 2003, 34 871 486 actions sont assorties d’un droit de vote simple et seules 716 433 actions (soit 1,9 %
du capital) bénéficient d’un droit de vote double. Par ailleurs, 10 679 actions sont susceptibles de bénéficier à terme du droit de
vote double.
Le nombre total des droits de vote au 31 décembre 2003 est en principe de 38 182 131 ; il est réduit à 36 304 352 en raison des
actions auto-détenues à cette date qui sont privées du droit de vote.
Note 10.3 – Franchissements de seuils statutaires
En dehors des seuils prévus par la loi, il n’y a pas d’obligation statutaire particulière en matière de franchissements de seuils.
Note 10.4 – Options de souscription d’actions
Au 31 décembre 2003, les dirigeants et les salariés du Groupe détiennent 5 220 726 options de souscription d’actions, donnant
chacune le droit de souscrire une action nouvelle de la société mère Lectra SA d’une valeur nominale de 1,50 euro.
Au cas où toutes ces options seraient exercées, 5 220 726 actions nouvelles seraient créées, et le capital social serait augmenté
de 7 831 089 euros (auxquels s’ajouterait une prime d’émission globale de 20 090 656 euros). Le capital de la société se trouverait
ainsi porté à 64 029 636 euros, divisé en 42 686 424 actions d’une valeur nominale de 1,50 euro chacune.
Tous les plans sont émis au-dessus de la moyenne des cours de Bourse des 20 séances précédant leur attribution. Il n’y a donc
pas d’avantage consenti aux bénéficiaires lors de l’émission des plans.
Compte tenu des règlements des plans d’options de la société, révisés après la publication de la loi du 27 décembre 1996, et
acceptés par l’ensemble des bénéficiaires concernés, le Groupe n’est pas exposé au risque relatif à l’assujettissement aux charges
sociales des plus-values de cession de titres qui interviendraient dans le délai de cinq ans suivant l’attribution des options (délai
ramené à quatre ans pour les options attribuées postérieurement à l’entrée en vigueur des dispositions de la loi du 15 mai 2001
sur les Nouvelles Régulations Économiques).
Le nombre de bénéficiaires est passé de 330 au 31 décembre 2002 à 314 au 31 décembre 2003 (soit 24 % des effectifs du Groupe
à cette date) ; ce nombre tient compte du départ de certains bénéficiaires et de l’attribution d’options à 28 nouveaux bénéficiaires.
Aucun plan d’options de souscription ou d’achat d’actions n’a été ouvert par les filiales de la société.
73
74
Lectra 2003
Note 10.4.1 – Options en vigueur : attributions, exercice et annulations au cours de l’année
2003
2002
5 438 206
5 324 413
Options attribuées au cours de l’exercice
848 974
345 251
Options exercées au cours de l’exercice
(636 656)
(38 000)
Options en vigueur au 1er janvier
Options devenues caduques et/ou annulées au cours de l’exercice
(429 798)
Options en vigueur au 31 décembre
5 220 726
5 438 206
(193 458)
- dont options exerçables
3 650 752
3 415 434
- dont options dont le droit d’exercice reste à acquérir
1 569 974
2 022 772
Les modalités d’acquisition du droit d’exercice des options sont définies par tranches annuelles, sur une période généralement
comprise entre quatre et cinq ans, et sont fonction, selon les bénéficiaires, d’un ou plusieurs des critères suivants :
- présence dans le Groupe au 31 décembre de l’année écoulée ;
- résultats du Groupe ;
- résultats du département ou de la filiale dont le bénéficiaire a la responsabilité.
Note 10.4.2 – Répartition des options en vigueur au 31 décembre 2003 par catégorie de bénéficiaires
DONT OPTIONS
DONT LE DROIT
D’EXERCICE RESTE
À ACQUÉRIR
NOMBRE DE
BÉNÉFICIAIRES
NOMBRE
D’OPTIONS
%
DONT
OPTIONS
EXERÇABLES
4
1 381 989
26 %
1 073 185
308 804
Équipe de management
13
920 305
18 %
665 136
255 169
Autres cadres supérieurs
31
900 277
17 %
571 664
328 613
Comité Exécutif et mandataires sociaux(1)
Autres salariés
266
2 018 155
39 %
1 340 767
677 388
Total
314
5 220 726
100 %
3 650 752
1 569 974
(1)
Les mandataires sociaux sont : André Harari, Président du Conseil d’Administration, Daniel Harari, Directeur Général, et Daniel Moreau, Directeur Général Délégué
(cf. note 10.4.5). Daniel Harari ne dispose pas d’options. Les autres membres du Comité Exécutif sont Jérôme Viala, Directeur Financier, et Jean-Luc Bilhou-Nabéra,
Directeur e-company (qui a quitté la société en janvier 2004).
Note 10.4.3 – Répartition des options en vigueur au 31 décembre 2003 par échéance et prix d’exercice
ÉCHÉANCE
PRIX D’EXERCICE (EN EUROS)
NOMBRE
6 juillet 2005
3,05
6 juillet 2005
3,43
66 666
6 juillet 2005
3,81
275 000
6 juillet 2005
6,10
95 237
6 juillet 2005
6,75
20 812
31 octobre 2006
6,10
418 643
31 octobre 2006
6,75
227 184
31 octobre 2006
666 277
7,25
5 898
16,50
347 540
27 novembre 2009
4,30
1 891 968
4 juin 2010
5,20
250 516
10 septembre 2010
4,30
106 278
10 septembre 2010
5,20
45 726
27 mai 2011
4,85
22 juin 2008
Total
802 981
5 220 726
Lectra 2003
Note 10.4.4 – Répartition des droits d’exercice restant à acquérir postérieurement au 31 décembre 2003 par les bénéficiaires d’options
ANNÉE
NOMBRE
2004
933 252
2005
447 647
2006
189 075
Total
1 569 974
Note 10.4.5 – Plan d’options des mandataires sociaux en vigueur au 31 décembre 2003
DATE
D’ATTRIBUTION
OPTIONS
EN VIGUEUR
AU 31 DÉCEMBRE 2003
DONT
OPTIONS
EXERÇABLES
PRIX
D’EXERCICE
EN EUROS
DATES
D’ÉCHÉANCE
André Harari
30 janvier 1998
275 000
André Harari
22 juin 2000
334 000
275 000
3,81
6 juillet 2005
264 000
16,50
22 juin 2008
Daniel Moreau
6 mai 1997
81 756
81 756
3,05
6 juillet 2005
Daniel Moreau
Daniel Moreau
30 avril 1998
68 571
68 571
6,10
6 juillet 2005
30 avril 1998
9 429
9 429
6,10
31 octobre 2006
Daniel Moreau
27 novembre 2001
174 370
118 852
4,30
27 novembre 2009
Daniel Moreau
27 mai 2003
73 000
18 250
4,85
27 mai 2011
1 016 126
835 858
Total
Messieurs André Harari et Daniel Harari, détenant chacun plus de 10 % du capital de la société, ne peuvent se voir attribuer de
nouvelles options de souscription d’actions dans le cadre de la loi française.
Note 10.4.6 – Nombre d’options consenties en 2003 aux dix principaux bénéficiaires du Groupe
Le nombre total et le prix de souscription des options consenties au cours de l’exercice par la société aux dix dirigeants et salariés
de la société et de toute société comprise dans son périmètre, dont le nombre ainsi consenti est le plus élevé, sont :
NOMBRE D’OPTIONS
CONSENTIES
PRIX DE SOUSCRITION
PAR ACTION
362 181
4,85
NOMBRE D’OPTIONS
EXERÇÉES
PRIX DE SOUSCRITION
PAR ACTION
Plan d’options du 30 juin 1995
111 000
1,98
Plan d’options du 18 décembre 1996
235 000
2,29
Plan d’options du 6 mai 1997
94 950
3,05
Plan d’options du 30 janvier 1998
28 150
3,81
104 034
6,10
27 760
4,30
(EN EUROS)
Plan d’options du 27 mai 2003
Note 10.4.7 – Options exercées en 2003
30 salariés du Groupe ont exercé des options en 2003, ventilées comme suit :
(EN EUROS)
Plan d’options du 30 avril 1998
Plan d’options du 27 novembre 2001
Plan d’options du 4 juin 2002
Plan d’options du 10 septembre 2002
Plan d’options du 10 septembre 2002
Plan d’options du 27 mai 2003
Total
4 000
5,20
12 269
4,30
1 000
5,20
18 493
4,85
636 656
75
76
Lectra 2003
Note 11 – Réserves consolidées
Les mouvements sur les réserves consolidées sont détaillés dans le tableau de variation des capitaux propres, page 57.
Les réserves distribuables de la société s’élèvent à 23 970 milliers d’euros. En cas de distribution intégrale de ces réserves, la
société devrait s’acquitter d’un impôt de distribution (“précompte”) de 4 049 milliers d’euros. Le dividende de 0,12 euros (hors
avoir fiscal) qui sera distribué en 2004 au titre de l’exercice 2003, sous réserve de l’approbation de l’Assemblée Générale annuelle
du 30 avril 2004, ne donnera pas lieu à l’acquittement de cet impôt.
Aucun dividende n’a été distribué depuis l’introduction en Bourse de la société en 1987.
Note 12 – Écarts de conversion
Les variations constatées en 2002 et 2003 s’expliquent, pour l’essentiel, comme suit :
2003
Écarts de conversion au 1er janvier
Retraitements des écarts de conversion latents
long terme de la société mère sur les positions Groupe
Écart sur la conversion du résultat des filiales
2002
(5 307)
(3 795)
(288)
(398)
(222)
165
Autres variations (dont maintien des réserves des filiales au taux historique)
(1 337)
(1 279)
Écarts de conversion au 31 décembre
(7 154)
(5 307)
Note 13 – Provisions pour risques et charges
Provisions pour risques et charges
Provision pour garantie
2003
2002
409
487
544
815
Provisions pour avantages différés(1)
2 482
2 190
Total
3 435
3 492
Les provisions pour avantages différés sont composées exclusivement des indemnités dues lors d’un départ à la retraite, ou, dans certains pays selon la législation
locale, dans le cadre d’une démission ou d’un licenciement. Ces provisions sont constituées selon la réglementation qui s’applique à la société et à ses filiales.
(1)
La diminution de la provision pour garantie donnée par la société à ses clients lors de la vente de produits résulte d’une étude
interne qui a démontré que les coûts encourus pendant la période de garantie avaient diminué du fait de l’amélioration de la
fiabilité des équipements commercialisés.
Note 14 – Emprunts et dettes financières
Note 14.1 – Répartition par devise de l’endettement financier
Aux 31 décembre 2003 et 2002, l’euro représente 99 % de l’endettement financier de la société.
Note 14.2 – Dettes financières à long terme
Au 31 décembre 2003, le détail et l’échéancier des emprunts à plus d’un an sont les suivants :
AIDES AU FINANCEMENT DES PROGRAMMES
DE RECHERCHE ET DÉVELOPPEMENT
EMPRUNTS DIVERS
2005
276
29
305
2006
250
0
250
TOTAL
2007
315
0
315
Total
841
29
870
La société a perçu au cours des dernières années des aides publiques au financement des programmes de recherche et développement,
dont 841 milliers d’euros restent à rembourser à partir de 2005. La totalité de ces aides publiques ne porte pas intérêts.
Lectra 2003
Note 14.3 – Emprunts et dettes financières à court terme
Autres emprunts à moins d’un an
2003
2002
2 110
652
Soldes créditeurs de banque
Total
0
0
2 110
652
Les autres emprunts à moins d’un an correspondent à la fraction remboursable en 2004 des aides publiques reçues dans le cadre
de programmes de recherche et de développement, et d’un contrat d’assurance prospection commerciale.
Note 14.4 – Intérêts
Compte tenu de la nature de l’endettement du Groupe et de l’absence de soldes créditeurs en banque (cf. note 14.3), le taux
d’intérêt moyen constaté sur les emprunts et dettes financières est nul en 2003 comme en 2002.
Note 14.5 – Trésorerie nette
2003
2002
Valeurs mobilières de placement
39 719
24 382
Autres valeurs disponibles
15 676
14 451
Emprunts et dettes financières
(2 980)
(3 589)
Trésorerie nette
52 415
35 244
Note 15 – Produits constatés d’avance
Contrats récurrents facturés d’avance(1)
Autres revenus différés(2)
2003
2002
18 747
19 409
1 297
1 397
0
105
20 044
20 911
Subventions perçues d’avance
Total
(1)
(2)
Cf. note 26.3.
Les autres revenus différés correspondent principalement à des prestations facturées, mais non réalisées à la clôture de l’exercice.
La contrepartie des montants relatifs aux contrats récurrents facturés d’avance et aux autres revenus différés figure (TTC) dans
le poste “Clients et comptes rattachés” de l’actif du bilan (cf. note 7).
Note 16 – Engagements hors bilan
Note 16.1 – Engagements reçus
La société ne bénéficie d’aucun engagement reçu.
Note 16.2 – Engagements donnés (hors instruments financiers)
PAIEMENTS DUS PAR PÉRIODE
OBLIGATIONS
CONTRACTUELLES
À MOINS
D’UN AN
DE UN
À CINQ ANS
À PLUS
DE CINQ ANS
TOTAL
Contrats de location simple : bureaux
4 228
7 349
602
12 179
Contrats de location simple : autres(1)
2 591
2 670
9
5 270
Garanties : cautions(2)
3 356
507
0
3 863
10 175
10 526
611
21 312
Total
Ces contrats incluent essentiellement du matériel informatique et de bureau.
Il s’agit essentiellement de cautions délivrées par les banques pour le compte de la société, ou délivrées par la société auprès d’établissements financiers en garantie
de crédits accordés par ces derniers à ses filiales.
(1)
(2)
Les engagements envers les salariés du Groupe et les mandataires sociaux en matière d’options de souscription d’actions font
l’objet d’une information détaillée dans la note 10.4.
77
78
Lectra 2003
Note 16.3 – Instruments financiers de couverture de change
Lectra utilise principalement des ventes et des achats de devises à terme pour couvrir ses positions bilantielles en devises à
chaque fin de mois. Les devises habituellement concernées sont le dollar américain, le dollar de Hong Kong, le dollar australien,
le dollar canadien, le dollar taiwanais, le yen japonais, la livre anglaise.
Les opérations à terme contractées par la société pour couvrir des positions en devises aux bilans des 31 décembre 2002 et 2003
se décomposent comme suit :
2003
2002
VALEUR CONTRE-VALEUR
EN DEVISES
(EN MILLIERS
(EN MILLIERS)
D’EUROS) (1)
VARIATION
DE VALEUR (EN
MILLIERS D’EUROS) (2)
VALEUR
EN DEVISES
(EN MILLIERS)
CONTRE-VALEUR
VARIATION
(EN MILLIERS
DE VALEUR (EN
D’EUROS) (1) MILLIERS D’EUROS) (2)
Ventes à terme de
USD contre EUR
9 098
7 203
253
5 825
5 554
223
AUD contre EUR
275
164
1
650
350
13
CAD contre EUR
289
178
3
75
45
3
GBP contre EUR
1 550
2 199
9
1 820
2 798
56
HKD contre EUR
3 158
322
8
7 751
948
50
JPY contre EUR
30 443
225
8
0
0
0
TWD contre EUR
29 111
678
30
0
0
0
Achats à terme de
USD contre EUR
(2 161)
(1 711)
(61)
(505)
(482)
(10)
AUD contre EUR
(729)
(434)
(2)
(261)
(141)
0
CAD contre EUR
(1)
(2)
0
0
HKD contre EUR
(886)
0
(90)
(2)
JPY contre EUR
(325 027)
(2 407)
(69)
(75)
(45)
(2)
(5 277)
(645)
(8)
0
0
0
Calculée au taux de clôture.
Écart entre le cours à terme contractuel et la contre-valeur au taux de clôture du 31 décembre.
Les opérations à terme non utilisées pour la couverture de position en devises au bilan du 31 décembre 2003 sont détaillées ci- dessous :
2003
VALEUR
EN DEVISES
(EN MILLIERS)
2002
CONTRE-VALEUR
(EN MILLIERS
D’EUROS) (1)
VARIATION
DE VALEUR (EN
MILLIERS D’EUROS) (2)
VALEUR
EN DEVISES
(EN MILLIERS)
CONTRE-VALEUR
VARIATION
(EN MILLIERS
DE VALEUR (EN
(1)
D’EUROS)
MILLIERS D’EUROS) (2)
Ventes à terme de
USD contre EUR
330
261
1
0
0
0
Achats à terme de
(1)
(2)
AUD contre EUR
(146)
(87)
(1)
0
0
0
CAD contre EUR
(168)
(1 039)
(67)
0
0
0
JPY contre EUR
(48 442)
(359)
(11)
0
0
0
Calculée au taux de clôture.
Écart entre le cours à terme contractuel et la contre-valeur au taux de clôture du 31 décembre.
Par ailleurs, la société peut être amenée à utiliser des options de change destinées à couvrir son exposition au risque de change. Ces
options ont généralement une durée de vie inférieure à un an.
2003
VALEUR
EN DEVISES
(EN MILLIERS)
Achats de puts
(options européennes) USD
(1)
27 000
CONTRE-VALEUR
(EN MILLIERS
D’EUROS) ( 1 )
21 378
2002
PRIX
D’EXERCICE
1,25
VALEUR CONTRE-VALEUR
EN DEVISES
(EN MILLIERS
(EN MILLIERS)
D’EUROS) ( 1 )
0
0
PRIX
D’EXERCICE
na
Calculée au taux de clôture.
Le total des primes payées en 2003 sur ces options, qui sont destinées à couvrir son exposition au risque de change en 2004,
s’élève à 462 milliers d’euros. Conformément à la norme comptable IAS 39, ces options ont été revalorisées à leur valeur de marché
Lectra 2003
(752 milliers d’euros) au 31 décembre 2003. La différence avec leur coût historique a été comptabilisée pour partie dans les réserves
au 31 décembre 2003 (222 milliers d’euros) et pour partie dans le résultat de change de l’exercice 2003 (68 milliers d’euros).
Note 16.4 – Passifs éventuels
Le contrôle fiscal des exercices 2000 et 2001, en cours au 31 décembre 2002, sur la société mère Lectra SA s’est achevé en 2003.
Il s’est soldé par un redressement de 402 milliers d’euros, figurant en dettes fiscales au 31 décembre 2003.
L’essentiel de ce montant (334 milliers d’euros) est relatif au crédit d’impôt recherche, et lié à la méthode de calcul antérieurement
retenue. La nouvelle méthode retenue par l’administration a, en contrepartie, conduit la société à constater un crédit d’impôt
recherche de 263 milliers d’euros au titre de l’exercice 2003.
Au total, les conséquences nettes de ce contrôle fiscal sont de 139 milliers d’euros, dont 50 milliers d’euros avaient été provisionnés
au 31 décembre 2002 dans le compte “Provisions pour risques et charges” (cf. note 13).
Il n’y a pas de passif éventuel connu au 31 décembre 2003.
Note 16.5 – Risques environnementaux
Compte tenu de la nature même de ses activités, le Groupe n’est pas confronté à des risques environnementaux.
NOTES SUR LE COMPTE DE RÉSULTAT CONSOLIDÉ
Note 17 – Chiffre d’affaires
Aucun client ne représente plus de 3 % du chiffre d’affaires annuel.
Ventilation du chiffre d’affaires par devise
2003
2002
Euro
50 %
47 %
Dollar américain
33 %
33 %
Livre anglaise
4%
4%
Yen japonais
6%
5%
Dollar de Hong Kong
2%
3%
Autres devises
(1)
Total
(1)
5%
8%
100 %
100 %
Aucune autre devise ne représente plus de 2 % du chiffre d’affaires total.
La ventilation du chiffre d’affaires par région géographique et par ligne de produits figure en notes 26.1 et 26.2. Celle détaillant
la part récurrente du chiffre d’affaires figure en note 26.3.
Note 18 – Marge brute et coût des ventes
2003
2002
Chiffre d’affaires
184 665
185 110
Coût des ventes, dont :
(62 980)
(59 735)
(52 716)
(51 621)
(1 621)
(644)
Achats
Variation de stocks (valeur nette)
Valeur ajoutée industrielle et frais de distribution
Marge brute
(en % du chiffre d’affaires)
(8 643)
(7 830)
121 685
125 375
65,9 %
67,7 %
79
80
Lectra 2003
Note 19 – Frais de recherche et développement
2003
Charges de personnel fixes
(11 368)
Charges de personnel variables
Autres charges d’exploitation
Subventions
(137)
(331)
(2 154)
(2 099)
(7)
Dotations aux amortissements
(294)
Dotations nettes aux provisions d’exploitation
2002
(10 907)
0
59
(427)
(7)
Total
(13 960)
(13 712)
(en % du chiffre d’affaires)
7,56 %
7,41 %
2003
2002
Note 20 – Frais commerciaux, généraux et administratifs
Charges de personnel fixes
(49 813)
(54 108)
(7 796)
(6 911)
Autres charges d’exploitation
(33 899)
(35 738)
Dotations aux amortissements
(3 698)
(5 287)
Charges de personnel variables
(1 467)
(2 424)
Total(1)
Dotations nettes aux provisions d’exploitation
(96 673)
(104 468)
(en % du chiffre d’affaires)
52,35 %
56,44 %
(1)
Les frais commerciaux, généraux et administratifs n’incluent pas les charges intégrées dans le coût des ventes (cf. note 18) d’un montant de 5 333 milliers d’euros
en 2003 (5 128 milliers d’euros en 2002).
Rémunérations des auditeurs du Groupe
Les autres charges d’exploitation comprennent 538 milliers d’euros au titre de la vérification des comptes de la société
Lectra SA et de ses filiales, dont 388 milliers d’euros versés à PricewaterhouseCoopers et 65 milliers d’euros à KPMG. Elles
comprennent par ailleurs des honoraires versés à PricewaterhouseCoopers (121 milliers d’euros) et KPMG (2 milliers d’euros),
essentiellement pour des missions d’assistance à l’élaboration des déclarations fiscales des filiales étrangères.
Note 21 – Personnel
Note 21.1 – Total des frais de personnel
Le tableau suivant regroupe la totalité des frais de personnel, fixes et variables, du Groupe.
2003
2002
Recherche et développement
(11 505)
(11 238)
Commercial, général et administratif
(57 609)
(61 019)
Fabrication, logistique et achats
(1)
Total
(1)
(3 796)
(3 452)
(72 910)
(75 709)
Les frais de personnel de la rubrique “Fabrication, logistique et achats” sont intégrés dans le coût des ventes.
Note 21.2 – Effectifs employés au 31 décembre
2003
2002
584
582
Filiales(1), dont
711
774
Europe
296
330
Amérique du Nord
169
192
Asie-Pacifique
154
155
Maison mère
Reste du monde
Total
(1)
Les filiales comprennent l’ensemble des sociétés du Groupe, qu’elles soient consolidées ou non.
92
97
1 295
1 356
Lectra 2003
Répartition des effectifs par fonction
Administration, finance, systèmes d’information
2003
2002
246
242
Recherche et développement
169
181
Production, logistique, achats
109
112
Marketing, vente
304
312
Formation, conseil
101
121
Call Centers, maintenance technique, support
Total
366
388
1 295
1 356
Note 21.3 – Participation et intéressement des salariés
a) Participation
Un avenant à l’accord de participation d’octobre 1984 a été signé en octobre 2000. Applicable aux salariés de la société mère
exclusivement, il prévoit qu’une partie de la réserve spéciale de participation dégagée annuellement puisse être placée en valeurs
mobilières (quatre types de fonds, dont un, composé uniquement d’actions de la société), suivant le choix personnel des bénéficiaires.
Il n’y a pas eu de participation au titre de 2002 et de 2003, du fait du résultat fiscal déficitaire de la société mère.
b) Intéressement
Un contrat d’intéressement collectif aux résultats, applicable aux salariés de la société mère exclusivement, a été signé pour la
première fois en septembre 1984.
L’intéressement au titre de l’exercice 2003 s’élève à 963 milliers d’euros. Il était de 551 milliers d’euros en 2002.
Note 21.4 – Rémunération des dirigeants
La rémunération du Président du Conseil d’Administration et des quatre membres du Comité Exécutif comprend une partie
fixe et une partie variable.
La rémunération variable est déterminée en fonction de deux critères : le résultat consolidé avant impôts (comptant pour 67 %)
et le cash flow libre consolidé (comptant pour 33 %). Elle est égale à zéro en deçà d’un certain seuil.
A objectifs annuels atteints, elle était égale, pour l’exercice 2003, à 50 % de la rémunération totale pour le Président du Conseil
d’Administration et le Directeur Général, à 30 % pour le Directeur Général Délégué et à 25 % pour le Directeur e-company et
le Directeur Financier (ces pourcentages étaient respectivement en 2002 de 30 % pour le Président du Conseil d’Administration
et le Directeur Général, de 25 % pour le Directeur Général Délégué et le Directeur e-company et de 24 % pour le Directeur
Financier). La rémunération variable peut atteindre un pourcentage supérieur en fonction du dépassement des objectifs.
Les objectifs annuels sont fixés par le Conseil d’Administration sur recommandations du Comité des Rémunérations.
La rémunération globale (hors jetons de présence des administrateurs) allouée au Président du Conseil d’Administration et aux
quatre membres du Comité Exécutif, au titre de 2003, s’est élevée à 1 700 milliers d’euros, dont 936 milliers d’euros de rémunération
fixe et 764 milliers d’euros de rémunération variable. Au titre de 2002, leur rémunération globale était de 1 111 milliers d’euros
(dont 269 milliers d’euros de rémunération variable).
A l’exception du Président du Conseil d’Administration et du Directeur Général, les 3 autres membres du Comité Exécutif ont
bénéficié d’une nouvelle attribution d’options de souscription d’actions en 2003. Les plans d’options des mandataires sociaux,
en vigueur au 31 décembre 2003, sont détaillés dans la note 10.4.5.
Note 21.5 – Jetons de présence des administrateurs
Sous réserve de l’approbation de l’Assemblée Générale annuelle du 30 avril 2004, il sera attribué aux quatre membres du
Conseil d’Administration, au titre de l’exercice 2003, des jetons de présence d’un montant de 56 milliers d’euros (56 milliers
d’euros en 2002), répartis de manière égale entre eux.
Note 21.6 – Cotisations aux régimes de retraite
Les cotisations aux régimes de retraite obligatoires ou contractuels sont prises en charges dans le compte de résultat au cours
de la période à laquelle elles se rapportent.
81
82
Lectra 2003
Note 22 – Dotations aux amortissements
Le tableau suivant regroupe la totalité des amortissements des immobilisations corporelles et incorporelles (hors écarts
d’acquisition) et leur affectation aux différents postes du compte de résultat :
2003
Recherche et développement
Commercial, général et administratif
Fabrication, logistique et achats(1)
Total
(1)
2002
(294)
(427)
(3 698)
(5 287)
(578)
(594)
(4 570)
(6 308)
Les amortissements de la rubrique “Fabrication, logistique et achats” sont intégrés dans le coût des ventes.
Note 23 – Charges et produits financiers
2003
2002
876
876
Plus-values sur valeurs mobilières de placement
691
680
Autres produits financiers
185
196
(443)
(500)
(422)
(428)
Produits financiers, dont :
Charges financières, dont :
Commissions et services bancaires
Autres charges financières
Variation des provisions pour dépréciation des titres et prêts
Frais financiers relatifs aux contrats de crédit-bail
Total
(21)
(72)
92
479
0
(8)
525
847
Note 24 – Résultat de change
La mise à la valeur du marché des instruments dérivés à la clôture de l’exercice s’est traduite par un gain de change de
68 milliers d’euros (cf. note 16.3).
Note 25 – Nombre d’actions utilisé pour le calcul du résultat par action
En application de la norme IAS 33 révisée, le résultat par action est calculé selon la méthode dite du rachat d’actions.
2003
2002
- utilisé pour le calcul du résultat de base(1)
35 036 507
35 399 568
- utilisé pour le calcul du résultat dilué
35 886 698
35 910 796
Nombre d’actions
Au cours de l’exercice 2003, 636 656 options de souscription d’actions ont été exercées (cf. note 10.4). Le nombre d’actions ainsi créées a été pris en compte
prorata temporis dans la base de calcul du résultat par action. Au 31 décembre 2003, 1 877 769 actions sont détenues en propre par la société (cf. note 10.1)
dans le cadre du contrat de liquidité géré par SG Securities et de l’autorisation obtenue par la société d’acquérir en Bourse ses propres actions. Le nombre
moyen d’actions ainsi détenues au cours de l’exercice a été déduit de la base de calcul du résultat par action.
(1)
Note 26 – Information sectorielle
Le Groupe n’opère que sur un seul secteur d’activité. Il conçoit, produit et distribue des logiciels, des équipements et des services
dédiés aux industries fortement utilisatrices de textiles, cuir et autres matériaux souples. A l’intérieur de ce secteur unique, le
Groupe analyse ses ventes selon deux axes principaux : par pays ou région géographique et par ligne de produits.
Les ressources et les moyens mis en œuvre (y compris les actifs) pour assurer la conception, la fabrication et la commercialisation
de ses produits et de ses services sont généralement globaux et communs. La société considère qu’il n’est ni possible ni pertinent
d’évaluer les performances du Groupe pour une ligne de produits, un marché sectoriel ou une région géographique donnés.
Lectra 2003
Note 26.1 – Chiffre d’affaires par région géographique
2003
%
2002
%
VARIATION
À TAUX REELS
%
France
22 044
12 %
21 183
11 %
+4%
22 044
+4%
Autres pays d’Europe
71 583
39 %
78 373
43 %
–9%
72 247
–8%
Amérique du Nord
41 425
22 %
46 201
25 %
– 10 %
48 736
+5%
Asie-Pacifique
36 486
20 %
30 590
16 %
+ 19 %
42 348
+ 38 %
Reste du monde
13 127
7%
8 763
5%
+ 50 %
14 212
+ 62 %
184 665
100 %
185 110
100 %
0%
199 587
+8%
2003 À TAUX
2002
VARIATION
À TAUX CONSTANTS
%
Total
2003 À TAUX
2002
VARIATION
À TAUX CONSTANTS
%
Note 26.2 – Chiffre d’affaires par ligne de produits
2003
%
2002
%
VARIATION
À TAUX REELS
%
55 453
30 %
54 735
30 %
+1%
60 225
+ 10 %
Nouvelles licences
30 697
17 %
30 519
17 %
+1%
33 494
+ 10 %
Contrats d’évolution
logiciels et Remote Expertise, et autres revenus
récurrents logiciel
Logiciels, dont :
24 756
13 %
24 216
13 %
+2%
26 731
+ 10 %
Équipements de CFAO
67 214
36 %
60 625
33 %
+ 11 %
73 163
+ 21 %
Maintenance hardware
26 209
14 %
31 054
17 %
– 16 %
27 904
– 10 %
Pièces détachées
et consommables
22 360
12 %
22 836
12 %
–2%
24 052
+5%
8 502
5%
9 289
5%
–8%
9 065
–2%
742
0%
1 103
1%
ns
779
– 29 %
180 480
98 %
179 641
97 %
0%
195 188
+9%
4 185
2%
5 469
3%
– 23 %
4 399
– 20 %
184 665
100 %
185 110
100 %
0%
199 587
+8%
Formation, audit, conseil
Divers
Produits et prestations
à valeur ajoutée
PC et périphériques
Total
Note 26.3 – Répartition du chiffre d’affaires entre les ventes de nouveaux systèmes
et les revenus récurrents
2003 À TAUX
2002
VARIATION
À TAUX CONSTANTS
%
2003
%
2002
105 202
57 %
100 553
54 %
+5%
114 184
+ 14 %
Revenus récurrents(2), dont : 79 463
43 %
84 557
46 %
–6%
85 403
+1%
26 %
52 457
28 %
–7%
52 993
+1%
Chiffre d’affaires
des nouveaux systèmes(1)
Contrats récurrents
Autres revenus récurrents
sur la base installée
Total
48 847
%
VARIATION
À TAUX REELS
%
30 616
17 %
32 100
18 %
–5%
32 410
+1%
184 665
100 %
185 110
100 %
0%
199 587
+8%
Le chiffre d’affaires des nouveaux systèmes comprend les ventes de nouvelles licences de logiciels, d’équipements de CFAO, de PC et périphériques, et de services
associés.
Les revenus récurrents sont de deux natures et comprennent :
- les contrats d’évolution des logiciels, de maintenance hardware, de support en ligne et d’abonnement à la plate-forme d’échange Internet LectraOnline Exchange,
renouvelables annuellement ;
- le chiffre d’affaires des pièces détachées et des consommables, de formation, de conseil et d’interventions ponctuelles, réalisé sur la base installée, statistiquement
récurrent.
(1)
(2)
83
84
Lectra 2003
Note 27 – Compte de résultat à taux de change constants
Chiffre d’affaires
2003
2003
À TAUX 2002
2002
VARIATION
À TAUX RÉELS
VARIATION
À TAUX CONSTANTS
184 665
199 588
185 110
0%
+8%
Coût des ventes
(62 980)
(64 306)
(59 735)
+5%
+8%
Marge brute
121 685
135 282
125 375
–3%
+8%
Frais de recherche et développement
(13 960)
(14 323)
(13 712)
+2%
+4%
Frais commerciaux, généraux et administratifs
(96 673)
(103 372)
(104 468)
–7%
–1%
11 052
17 587
+ 53 %
+ 144 %
Résultat d’exploitation
7 195
Note 28 – Compte de résultat par trimestre (non audité)
2003 : TRIMESTRE CLOS LE
Chiffre d’affaires
Coût des ventes
Marge brute
Frais de recherche et développement
Frais commerciaux, généraux et administratifs
Résultat d’exploitation
Résultat net
2002 : TRIMESTRE CLOS LE
Chiffre d’affaires
Coût des ventes
Marge brute
Frais de recherche et développement
Frais commerciaux, généraux et administratifs
Résultat d’exploitation
Résultat net
31 MARS
30 JUIN
30 SEPT.
31 DÉC.
2003
45 207
44 934
43 954
50 570
184 665
(15 292)
(14 984)
(14 552)
(18 152)
29 915
29 950
29 402
32 418
(62 980)
121 685
(3 597)
(3 577)
(3 157)
(3 629)
(13 960)
(24 557)
(24 201)
(22 693)
(25 222)
(96 673)
1 761
2 172
3 552
3 567
11 052
994
1 514
2 284
2 655
7 447
31 MARS
30 JUIN
30 SEPT.
31 DÉC.
2002
41 860
43 555
45 544
54 151
185 110
(13 056)
(13 991)
(15 105)
(17 583)
28 804
29 564
30 439
36 568
(59 735)
125 375
(3 633)
(3 429)
(3 122)
(3 528)
(13 712)
(25 840)
(26 380)
(24 572)
(27 676)
(104 468)
(669)
(245)
2 745
5 364
7 195
(1 136)
(575)
1 887
3 376
3 552
Lectra 2003
NOTES SUR LE TABLEAU DES FLUX DE TRÉSORERIE CONSOLIDÉS
Note 29 – Autres ressources et besoins opérationnels
En 2003, le poste “Autres ressources et besoins opérationnels” est composé des écarts de conversion latents sur les positions
bilantielles court terme affectant le résultat de change (cf. note relative à la conversion des postes du bilan libellés en devises,
page 63) pour un montant positif de 208 milliers d’euros (contre un montant négatif de 316 milliers d’euros en 2002) et de dotations
aux provisions financières pour un montant négatif de 210 milliers d’euros (contre un montant négatif de 490 milliers d’euros
en 2002). Aucun flux monétaire n’est associé à ces transactions.
Note 30 – Variation des créances clients et comptes rattachés
La diminution du chiffre d’affaires au cours du dernier trimestre 2003 par rapport à la même période de 2002 étant proportionnellement
inférieure à la diminution du montant des créances clients et comptes rattachés, le ratio de rotation des créances clients a été
amélioré (23 jours nets de chiffre d’affaires TTC à fin 2003 contre 25 jours à fin 2002). Cette amélioration permet de dégager
en 2003 un flux de trésorerie positif de 1 151 milliers d’euros.
Note 31 – Cash flow libre
Le cash flow libre s’obtient par l’addition des flux nets de trésorerie générés par l’activité et des flux nets de trésorerie liés aux
opérations d’investissement, déduction faite des montants consacrés à l’acquisition de sociétés, nets de la trésorerie acquise.
2003
2002
Flux nets de trésorerie générés par l’activité
16 767
23 594
Flux nets de trésorerie liés aux opérations d’investissement
(3 371)
(3 388)
Déduction des coûts d’acquisition de sociétés consolidées
Cash flow libre
0
93
13 396
20 299
Les flux nets de trésorerie générés par l’activité se décomposent en une capacité d’autofinancement de 16 115 milliers d’euros
en 2003, en progression de 2 607 milliers d’euros par rapport à 2002 (13 508 milliers d’euros) et une diminution du besoin en
fonds de roulement de 652 milliers d’euros. En 2002, la diminution du besoin en fonds de roulement avait été, exceptionnellement,
de 10 086 milliers d’euros à la suite, principalement, des mesures prises en 2001 et du remboursement d’acomptes versés en 2001
au titre de l’impôt courant (cf. note 33).
Note 32 – Coût d’acquisition des sociétés rachetées, net de la trésorerie acquise
En 2002, ce poste (93 milliers d’euros) correspondait essentiellement au dernier complément de prix payé pour l’acquisition de
la société Haute Tension SA. Tous les compléments de prix des acquisitions réalisées par la société ont été soldés
au 31 décembre 2002.
Note 33 – Impôts payés, nets
En 2002, le Groupe avait perçu le remboursement de versements d’acomptes effectués en 2001 pour 1 979 milliers d’euros, dont
1 953 milliers d’euros concernant la société mère.
85
86
Lectra 2003
Rapport des Commissaires aux Comptes
sur les comptes consolidés
(Exercice clos le 31 décembre 2003)
À Mesdames et Messieurs les Actionnaires de Lectra SA
Mesdames, Messieurs,
En exécution de la mission qui nous a été confiée par votre Assemblée Générale, nous avons procédé au contrôle des comptes
consolidés de la société Lectra SA relatifs à l’exercice clos le 31 décembre 2003, tels qu’ils sont joints au présent rapport.
Les comptes consolidés ont été arrêtés par le Conseil d’Administration. Il nous appartient, sur la base de notre audit, d’exprimer
une opinion sur ces comptes.
Opinion sur les comptes consolidés
Nous avons effectué notre audit selon les normes professionnelles applicables en France ; ces normes requièrent la mise en œuvre
de diligences permettant d’obtenir l’assurance raisonnable que les comptes consolidés ne comportent pas d’anomalies significatives.
Un audit consiste à examiner, par sondages, les éléments probants justifiant les données contenues dans ces comptes. Il consiste
également à apprécier les principes comptables suivis et les estimations significatives retenues pour l’arrêté des comptes et à
apprécier leur présentation d’ensemble. Nous estimons que nos contrôles fournissent une base raisonnable à l’opinion exprimée
ci-après.
Nous certifions que les comptes consolidés sont réguliers et sincères et donnent une image fidèle du patrimoine, de la situation
financière, ainsi que du résultat de l’ensemble constitué par les entreprises comprises dans la consolidation conformément aux
principes comptables décrits dans la note Règles et Méthodes Comptables de l’annexe aux comptes consolidés.
Justification de nos appréciations
En application des dispositions de l’article L. 225-235 du Code de Commerce relatives à la justification de nos appréciations,
qui s’appliquent pour la première fois à cet exercice, nous portons à votre connaissance les éléments suivants :
Votre société est conduite à effectuer des estimations et à formuler des hypothèses relatives en particulier à l’évaluation des
écarts d’acquisitions et des impôts différés comme indiqué respectivement dans les notes 2 et 5.3. de l’annexe aux comptes
consolidés. Nos travaux ont consisté à apprécier les données et les hypothèses sur lesquelles se fondent ces estimations, à revoir
les calculs effectués par la société, à comparer les estimations des périodes précédentes avec les réalisations correspondantes et
à examiner les procédures d’approbation de ces estimations par la direction. Dans le cadre de nos appréciations, nous nous sommes
assurés du caractère raisonnable de ces estimations.
Les appréciations que nous avons portées sur ces éléments s’inscrivent dans le cadre de notre démarche d’audit qui porte sur
les comptes consolidés pris dans leur ensemble et ont donc contribué à la formation de l’opinion exprimée dans la première
partie de ce rapport.
Vérification spécifique
Par ailleurs, nous avons également procédé à la vérification des informations données dans le rapport sur la gestion du Groupe.
Nous n’avons pas d’observation à formuler sur leur sincérité et leur concordance avec les comptes consolidés.
Paris et Bordeaux, le 16 mars 2004
Les Commissaires aux Comptes
PricewaterhouseCoopers Audit
KPMG Entreprises
Département de KPMG SA
Marc Ghiliotti
Jean-Pierre Raud
Lectra 2003
Rapport des Commissaires aux Comptes, établi en application
du dernier alinéa de l’article L. 225-235 du Code de Commerce,
sur le rapport du Président du Conseil d’Administration
de la société Lectra SA décrivant les procédures de contrôle
interne relatives à l’élaboration et au traitement
de l’information comptable et financière
À Mesdames et Messieurs les Actionnaires de Lectra SA
Mesdames, Messieurs les actionnaires,
En notre qualité de Commissaires aux Comptes de la société Lectra SA et en application des dispositions du dernier alinéa de
l’article L. 225-235 du Code de Commerce, nous vous présentons notre rapport sur le rapport établi par le Président de votre
société conformément aux dispositions de l’article L. 225-37 du Code de Commerce au titre de l’exercice clos le 31 décembre 2003.
Sous la responsabilité du Conseil d’Administration, il revient à la direction de définir et de mettre en œuvre des procédures de
contrôle interne adéquates et efficaces. Il appartient au Président de rendre compte, dans son rapport, notamment des conditions
de préparation et d’organisation des travaux du Conseil d’Administration et des procédures de contrôle interne mises en place
au sein de la société.
Il nous appartient de vous communiquer les observations qu’appellent de notre part les informations et déclarations contenues dans
le rapport du Président concernant les procédures de contrôle interne relatives à l’élaboration et au traitement de l’information
comptable et financière.
Nous avons, conformément à la doctrine professionnelle applicable en France, pris connaissance des objectifs et de l’organisation
générale du contrôle interne, ainsi que des procédures de contrôle interne relatives à l’élaboration et au traitement de l’information
comptable et financière, présentés dans le rapport du Président.
Sur la base de nos travaux, nous n’avons pas d’observation à formuler sur la description des procédures de contrôle interne de
la société relatives à l’élaboration et au traitement de l’information comptable et financière, contenues dans le rapport du Président
du Conseil d’Administration, établi en application des dispositions du dernier alinéa de l’article L. 225-37 du Code de Commerce.
Paris et Bordeaux, le 16 mars 2004
Les Commissaires aux Comptes
PricewaterhouseCoopers Audit
KPMG Entreprises
Département de KPMG SA
Marc Ghiliotti
Jean-Pierre Raud
87
88
Lectra 2003
Biographie des Administrateurs et des membres
de la Direction du Groupe
André Harari
André Harari, 60 ans, est Président du Conseil d’Administration de Lectra depuis le 3 mai 2002. Il était Vice-Président du
Conseil d’Administration de Lectra depuis 1991 et Vice-Président-Directeur Général depuis 1998. De 1978 à 1990, il a été membre
du Conseil de Surveillance de Lectra, dont la Compagnie Financière du Scribe était l’un des actionnaires minoritaires historiques,
avant d’en prendre le contrôle fin 1990. André Harari n’occupe aucun mandat d’administrateur en dehors de la société.
André Harari a été Président-Directeur Général de la Compagnie Financière du Scribe, société de capital-risque spécialisée
dans les entreprises technologiques, qu’il a fondée en 1975 et dont il était avec Daniel Harari le principal actionnaire, jusqu’à
sa fusion-absorption par Lectra le 30 avril 1998. Il a débuté sa carrière dans la division consulting d’Arthur Andersen
(Paris, 1970-1975).
André Harari est ancien élève de l’École Polytechnique et de l’École Nationale de la Statistique et de l’Administration Économique,
et Docteur ès Sciences de Gestion (Université Paris-Dauphine).
Daniel Harari
Daniel Harari, 50 ans, est Directeur Général depuis le 3 mai 2002. Il était Président-Directeur Général de Lectra depuis 1991,
après sa prise de contrôle par la Compagnie Financière du Scribe fin 1990. Il n’occupe aucun mandat d’administrateur en
dehors de la société et de ses filiales.
Daniel Harari a été administrateur (depuis 1981) et Directeur Général (depuis 1986) de la Compagnie Financière du Scribe,
société de capital-risque spécialisée dans les entreprises technologiques, dont il était avec André Harari le principal actionnaire,
jusqu’à sa fusion-absorption par Lectra le 30 avril 1998. Il a débuté sa carrière comme Directeur de la Société d’Études et de
Gestion Financière Meeschaert, spécialisée dans la gestion de patrimoines (1980-1983), puis il a été Président-Directeur
Général de La Solution Informatique (1984-1990), société de distribution et de services micro-informatiques, et d’Interleaf
France (1986-1989), filiale de la société américaine d’édition de logiciels, qu’il a fondées.
Daniel Harari est ancien élève de l’École Polytechnique et diplômé de l’Institut Supérieur des Affaires (deuxième année du
programme MBA à Stanford Business School - États-Unis).
Hervé Debache
Hervé Debache, 58 ans, est administrateur de Lectra depuis 1998.
Hervé Debache est administrateur et Directeur Général Délégué de la société AWF, spécialisée dans l’ingénierie financière, les
fusions et acquisitions et le capital-développement, depuis que celle-ci a fusionné, en 2002, avec la société Tertiaire
Développement, dont il était le fondateur et le Président-Directeur Général depuis 1991. Il est par ailleurs administrateur de la
société de capital-risque Cyber Capital (Paris), spécialisée dans l’audiovisuel et les médias, de la Sicav Atlante (groupe
Compagnie Financière Edmond de Rothschild, Paris) et de la société Mets et Vins de France.
Hervé Debache a débuté sa carrière comme Auditeur et Consultant chez Price Waterhouse (Paris, 1967-1981) avant de rejoindre
SEMA Group comme Directeur Général de la filiale consulting (1982-1988), puis de co fonder la Compagnie Financière
JP Elkan, banque d’affaires spécialisée dans les fusions et acquisitions et le capital-développement, dont il était Directeur.
Hervé Debache est expert-comptable, diplômé de HEC (Paris) et de la Harvard Business School (International Teachers
Program - États-Unis).
Lectra 2003
Louis Faurre
Louis Faurre, 70 ans, est administrateur de Lectra depuis 1991. Il n’occupe aucun mandat d’administrateur en dehors de la
société.
Actuellement retraité, Louis Faurre a été Président-Directeur Général de la société Sagem-Sat-Service (1983-1995), spécialisée
dans les équipements d’informatique et de bureautique. Il a commencé sa carrière comme Ingénieur (1964-1970) à la Sagem,
dont il devient Directeur de la Division Informatique (1970-1983). Louis Faurre était par ailleurs administrateur de la
Compagnie Financière du Scribe (depuis 1981) jusqu’à sa fusion-absorption par Lectra le 30 avril 1998.
Louis Faurre est diplômé de l’École Polytechnique et Ingénieur de l’École Nationale Supérieure des Télécommunications.
Daniel Moreau
Daniel Moreau, 51 ans, est Directeur Général Délégué de Lectra depuis le 3 mai 2002 et Directeur de l’Amérique du Nord
depuis novembre 2003. Il était Directeur Général de Lectra depuis 1997. Il a rejoint Lectra en 1988 pour prendre la direction
de la filiale belge, puis a été successivement Directeur de l’Europe du Nord, Directeur de la Division Produits (recherche développement et production) de 1993 à 1996, avant de prendre la Direction des Opérations (direction des filiales commerciales
et de services). Depuis le 1er octobre 2001, il est responsable de la mise en œuvre de la nouvelle stratégie commerciale et des
ventes de l’ensemble du Groupe.
Daniel Moreau a débuté sa carrière comme Directeur du secteur bancaire chez Hewlett Packard Belgique (1983-1984), puis il
a été successivement Directeur de la société de services informatiques Sages Benelux (1984-1988) et Directeur Marketing de
Burroughs Belgique (1977-1983).
Daniel Moreau est licencié en sciences physiques (Université de Bruxelles).
Jérôme Viala
Jérôme Viala, 42 ans, est Directeur Financier de Lectra depuis 1994 et a la responsabilité de l’ensemble des fonctions financières,
juridiques et des ressources humaines. Il a rejoint Lectra en 1985, au service financier, puis a successivement occupé les fonctions
de Contrôleur de Gestion pour l’Europe et l’Amérique du Nord (1988-1991), de Directeur Financier de la Division France
(1992-1993) et de Directeur Financier de la Division Produits (1993-1994).
Jérôme Viala a débuté sa carrière comme Analyste Crédit chez Esso (France).
Jérôme Viala est diplômé de l’École Supérieure de Commerce de Bordeaux.
89
90
Lectra 2003
Adresses des filiales, bureaux, agents et distributeurs
SIÈGE MONDIAL
16-18, rue Chalgrin
75016 Paris, France
Tél. : + 33 (0)1 53 64 42 00
Fax : + 33 (0)1 53 64 43 00
www.lectra.com
Site Industriel
23, chemin de Marticot
33610 Bordeaux Cestas,
France
Tél. : + 33 (0)5 57 97 80 00
Fax : + 33 (0)5 57 97 82 07
CALL CENTERS
Call Center Europe
Tél. : + 00 800 00 LECTRA
+ 00 800 00 53 2872
(appel gratuit)
Fax : + 33 (0)5 57 97 82 13
Call Center Asie-Pacifique
Tél. : + 852 3406 1333
Fax : + 852 2375 3305
Call Center Amérique
Tél. : + 1 877 453 2872
Fax : + 1 800 746 8760
INTERNATIONAL
ADVANCED TECHNOLOGY CENTERS
Lectra
23, Chemin de Marticot
33610 Cestas, France
Tél. : + 33 (0)5 57 97 80 00
Fax : + 33 (0)5 57 97 82 07
Lectra
889 Franklin Road, SE
Marietta, GA 30067-7945
USA
Tél. : + 1 770 422 8050
Fax : + 1 770 422 1503
Lectra
1F, 60# Building, No. 461
Hong Cao Road
200233 Shanghai, Chine
Tél. : + 86 21 5450 0050
Fax : + 86 21 6495 7233
AFRIQUE DU SUD
AUSTRALIE
CANADA
Lectra
46 Henwood Road
Morningside – Durban 4001
Tél. : + 27 (31) 303 1203
Fax : + 27 (31) 303 1247
Lectra
20 Duerdin Street, Clayton
North
3168 Melbourne – Victoria
Tél. : + 61 3 9558 6206
Fax : + 61 3 9558 6294
Lectra
Bur. 200
50 Bd Cremazie Ouest
Montréal (Québec) H2P1A2
Tél. : + 1 514 383 4613
Fax : + 1 514 383 5270
Lectra
Unit 4, 36 Ralph Street
Alexandria
2015 Sydney
New South Wales
Tél. : + 61 2 8338 0575
Fax : + 61 2 8338 0684
Lectra
1120, Finch Avenue West
Suite 506
Toronto (Ontario) M3J 3H7
Tél. : + 1 416 661 5544
Fax : + 1 416 661 5549
Lectra
1, East Gate Lane Bedfordview
Johannesbourg 2001
Tél. : + 27 (11) 622 2714
Fax : + 27 (11) 622 2490
Lectra
P.O. Box 38763 – Pinelands
Le Cap 7430
Tél. : + 27 (21) 696 0600
Fax : + 27 (21) 696 0606
ALLEMAGNE
Lectra
Adalperostrasse 29
85737 Ismaning
Tél. : + 49 89 996 26 0
Fax : + 49 89 996 26 199
Lectra
Friedensstrasse 118
51145 Cologne
Tél. : + 49 2203 920 700
Fax : + 49 2203 920 70 700
Lectra
Süd West Park 60
90449 Nuremberg
Tél. : + 49 91 19 67 98 66
Fax : + 49 91 19 67 98 67
ARGENTINE
AYS*
Casilla de Correo 56
Haedro Pcia, De Buenos Aires
1706 Buenos Aires
Tél. : + 54 11 4650 5458
Fax : + 54 11 4650 5458
Casa Waldman*
Av. R. Scalabrini Ortiz 334
1414 Buenos Aires
Tél. : + 54 11 4855 0123
Fax : + 54 11 4854 8014
CHILI
Lectra
Löwengasse 3
1030 Vienne
Tél. : + 43 1 480 15 240
Fax : + 43 1 480 19 01
Lectra
Av. Santos Dumont 267
51121 Correo Central
Recoleta – Santiago du Chili
Tél. : + 56 2 735 6137
Fax : + 56 2 735 5787
BANGLADESH
CHINE
Texas Resources Ltd.*
BTA Tower (10th Floor)
29, Kemal Ataturk Avenue
Banani Commercial Area
1213 Dhaka
Tél. : + 880 2 988 5801
Fax : + 880 2 882 3587
Lectra
Room 905-907, Metro Tower
30 Tian Yao Qiao Road
Shanghai 200030
Tél. : + 86 21 6426 7288
Fax : + 86 21 6426 7224
AUTRICHE
BELGIQUE
Lectra
Dendermondesteenweg 636
9070 Destelbergen – Gand
Tél. : + 32 9 222 20 26
Fax : + 32 9 222 50 06
BRÉSIL
Lectra
Avenida Bosque da Saùde, 1574
Bairro : Saùde
04142-082 São Paulo – SP
Tél. : + 55 11 5581 3362
Fax : + 55 11 5584 9510
Lectra
Rua São Francisco
63 Vila Nova
89035-220 Blumenau – SC
Tél. : + 55 47 322 1222
Fax : + 55 47 322 3675
Lectra
Suite 1901-5A, Tower 6
33, Canton Road
Tsimshatsui
Kowloon – Hong Kong
Tél. : + 852 2722 5687
Fax : + 852 2723 4664
Lectra
Room 706, Hao Yuan
Building B, Jia 88, Cai Hu
Ying East Street, Fengtai
District, Beijing 100054
Tél. : + 86 10 6333 1885
Fax : + 86 10 6333 1890
Lectra
11th floor, Jin He Da Sha
183 Xiao Bei Road
Guangzhou 510045
Tél. : + 86 20 8355 6899
Fax : + 86 20 8355 1407
Lectra 2003
Lectra
Qingdao (Shandong Province)
6-2-1701, Guihe Garden
20 Fuzhou Road (South)
266071 Qingdao, Shandong
Tél. : + 86 532 575 8655
Fax : + 86 532 575 8652
Lectra
Shishi (Fujian Province)
North Plaza, Shi Quan Road
362700 Shishi, Fujian
Tél. : + 86 595 858 2233
Fax : + 86 595 858 5533
Lectra
Wuhan (Hubei Province)
Hankou Development Center
Room 402 – JiangBei
National Private-owned
Science Tech. Park
430023 Wuhan
Tél. : + 86 27 8356 0557
Fax : + 86 27 8394 9321
CORÉE DU SUD
ESTONIE
Charmetech Systems Co. Ltd*
#705 Sinsong Building
25-4 Yoido-Dong,
Youngdeungpo-ku – Séoul
Tél. : + 82 2 784 9292
Fax : + 82 2 784 5657
Lectra
Paldiski mnt 29
10621 Tallinn
Tél. : + 372 661 0141
Fax : + 372 661 0156
ÉTATS-UNIS
DANEMARK
Lectra
Nygade 95 A – 7430 Ikast
Tél. : + 45 97 15 49 66
Fax : + 45 97 15 48 99
ÉGYPTE
Ghabour International*
21-24 Emad El Din Street
Le Caire
Tél. : + 202 57 48 025 / 026
/ 027 / 028
Fax : + 202 57 44 193
ÉMIRATS ARABES UNIS
Nicholson C. & Sons Ltd*
Nikodimou, Milona 9
1511 Leykosia
Tél. : + 357 22 757 770
Fax : + 357 22 751 472
Star Sewing Machine
Trading Co.Ltd*
P.O. Box 53-54
Al-Qusais Industrial Area
Dubai
Tél. : + 971 42 67 94 44
Fax : + 971 42 67 94 45
COLOMBIE
ESPAGNE
Mad Ingenieros*
Calle 13 # 69B – 10 – Bogota
Tél. : + 57 1 292 4615
Fax : + 57 1 405 3155
Lectra
Avenida de Burgos, 12
2ndo Derecha
28036 Madrid
Tél. : + 34 902 102 150
Fax : + 34 902 102 160
CHYPRE
Procostura Del Valle*
Carrera 10 n°9-30 – Cali
Tél. : + 57 2 884 3430
Fax : + 57 2 884 4804
Sericom S.A.*
Calle 23, 43 A
Centro d’Automotriz Local-150
133 Medellin
Tél. : + 57 4 262 2700
Fax : + 57 4 262 2700
Lectra
Via Augusta 13-15, Of. 308
08006 Barcelone
Tél. : + 34 902 102 150
Fax : + 34 902 102 160
Lectra
889 Franklin Road, SE
Marietta, GA 30067-7945
Tél. : + 1 770 422 8050
Fax : + 1 770 422 1503
Lectra
10200 Pioneer Blvd., Suite 500
Santa Fe Springs, CA 90670
Tél. : + 1 562 903 1340
Fax : + 1 562 903 1346
Lectra
2880 East Beltline NE
Upper level – Grand Rapids
MI 49525-9476
Tél. : + 1 616 361 1139
Fax : + 1 616 361 5679
Lectra
119 West 40th Street – 3rd Floor
New York, NY 10018
Tél. : + 1 212 704 4004
Fax : + 1 212 704 0751
Lectra
204 East Woodlawn Road
Building 3, Suite 110
Charlotte, NC 28217
Tél. : + 1 704 529 0094
Fax : + 1 704 529 0096
FINLANDE
Lectra
Sahaajankatu 24
00880 Helsinki
Tél. : + 358 9 759 44 30
Fax : + 358 9 755 48 50
FRANCE
Lectra
95, Boulevard de Sébastopol
75002 Paris
Tél. : + 33 (0)1 40 13 59 59
Fax : + 33 (0)1 40 13 59 58
Lectra
Espace Performance – Bât. A
1, Place Michel-Ange
49300 Cholet
Tél. : + 33 (0)2 41 49 18 70
Fax : + 33 (0)2 41 49 18 79
Lectra
Z.I. La Pilaterie – Acticlub n°2
Rue des Champs
59650 Villeneuve D’Ascq
Tél. : + 33 (0)3 20 66 28 80
Fax : + 33 (0)3 20 66 28 88
Lectra
Le Polaris
45, Rue Ste Geneviève
69006 Lyon
Tél. : + 33 (0)4 72 83 84 10
Fax : + 33 (0)4 72 83 84 20
Lectra
ZAC de la Plaine – Bât. B
5, Avenue Marcel Dassault
31500 Toulouse
Tél. : + 33 (0)5 57 97 81 00
Fax : + 33 (0)5 62 71 65 85
GRÈCE
Lectra
Kefalinias 46 & Patission
112 51 Athènes
Tél : + 30 210 866 3512 / 15
30 210 866 8529 / 30
Fax : + 30 210 866 3445
Lec Hellas A.E.*
31 Salaminios & Ethnikis
Adistaseos
Nea Chalkidona
143 43 Atilcis
Tél. : + 30 210 258 9040
Fax : + 30 210 258 7080
INDE
Magnum Solutions Pvt. Ltd.*
3rd Floor, 3, Community Centre
Saket
110017 New Delhi
Tél. : + 91 11 5163 6223
Fax : + 91 11 5163 7122
91
92
Lectra 2003
Adresses des filiales, bureaux, agents et distributeurs
INDONÉSIE
PT-Fratekindo
Jaya Gemilang*
Jalan Hadji Junaedi n°16
Cipete Dalam
Jakarta 12410
Tél. : + 62 21 765 4108
Fax : + 62 21 751 2840
ISRAËL
Lectra
5 Arye Regev St.
P.O. Box 8309
New Industrial Area
Natanya 42504
Tél. : + 972 9 835 52 27
Fax : + 972 9 835 52 28
Neel Agencies and
Development*
148 Menachem Begin Road
Tel Aviv 64921
Tél. : + 972 3 609 6060
Fax : + 972 3 696 7777
ITALIE
Lectra
Via Gaetano Crespi, 12
20134 Milan (MI)
Tél. : + 39 0 221 04 71
Fax : + 39 0 226 410 417
Lectra
Strada Vecchia del
Pinocchio, 26/B
60100 Ancone (AN)
Tél. : + 39 0 712 865 021
Fax : + 39 0 712 866 146
Lectra
Via Nicolò Paganini, 15 E
70017 Putignano (BA)
Tél. : + 39 0 804 054 955
Fax : + 39 0 804 054 955
Lectra
Via Porini, 16
40069 Zola Predosa (BO)
Tél. / Fax : + 39 051 75 03 76
Lectra
Via Torta, 70
Localita Osmannoro
50019 Sesto Fiorentino (FI)
Tél. : + 39 0 55 319 349
Fax : + 39 0 55 319 349
Lectra
1-11-15-112, Jiromaru
Sawara-Ku
Fukuoka 814-0165
Tél. : + 81 (92) 871 6731
Fax : + 81 (92) 871 6733
Lectra
Via Ponchielli, 27
10024 Moncalieri (TO)
Tél. : + 39 0 116 821 141
Fax : + 39 0 116 821 429
Lectra
Kitakanto Service Center
2-24-30-105, Daishin
Kooriyama
Fukushima 963-8852
Tél. : + 81 (0) 24 925 1495
Fax : + 81 (0) 24 925 1496
Lectra
Centro Commerciale
Multicenter
SS11 Padana Superiore
verso Verona n°303
36100 Vicence (VI)
Tél. : + 39 0 444 340 465
Fax : + 39 0 444 340 381
Protek*
Via E. De Nicola, 37
80059 Torre Del Greco (NA)
Tél. : + 39 0 818 814 859
Fax : + 39 0 818 470 291
JAPON
Lectra
Rena Tenmabashi Bldg. 3F
1-6-6, Funakoshi-cho, Chuo-ku
Osaka 540-0036
Tél. : + 81 (6) 6946 1248
Fax : + 81 (6) 6946 1244
Lectra
156-1 Nakago Nakamachi
Toyota-Shi
Aichi 473-0904
Tél. : + 81 (565) 53 9901
Fax : + 81 (565) 53 9902
Lectra
19-1, Doïjiri Ogama-Aza
Takisawa-Mura, Iwate-gun
Iwate 020-0151
Tél. : + 81 (19) 699-1210
Fax : + 81 (19) 699-1211
Lectra
Kurosuta Tamashima
1643-6 Tamashima Kurashiki
Okayama 710-0252
Tél. : + 81 (86) 525 0830
Fax : + 81 (86) 525 0834
Lectra
Nishi-shinbashi Rea Bldg. 1F
3-13-7, Nishi-shinbashi
Minato-ku
Tokyo 105-0003
Tél. : + 81 (3) 5776 6081
Fax : + 81 (3) 5776 6083
MADAGASCAR
ATS Madagascar Sarl*
Bâtiment C2 - Village des Jeux
Ankorondrano
Antananarivo
Tél. : + 261 20 22 477 01 / 02
Fax : + 261 20 22 468 34
MAROC
Lectra
29, rue Ibnou Habbous
(2e étage)
Maarif Extension
Casablanca
Tél. : + 212 22 25 59 80
Fax : + 212 22 23 00 44
MAURICE
ATS*
19, Poivre Street
Port Louis
Tél. : + 230 202 7600
Fax : + 230 202 7601
MEXIQUE
Lectra
Cincinatti 40-505 Colonia
Nochebuena
03710 Mexico D.F.
Tél. : + 52 55 55 63 91 91
Fax : + 52 55 55 63 91 92
NORVÈGE
Advanced Cutting
Technology AS*
P.O. Box 405, Nesttun
5853 Bergen
Tél. : + 47 55 92 41 70
Fax : + 47 55 92 41 71
PAKISTAN
Paracha Industrial Sewing
Machines Co.*
11 Shaheen Towers, Block 6
Shahrah-E Faisal
Karachi 75400
Tél. : + 92 21 453 5487
Fax : + 92 21 453 5489
PAYS-BAS
Lectra
Keulschevaart 22a
3621 MX Breukelen
Tél. : + 31 (0) 346 259 900
Fax : + 31 (0) 346 259 989
Lectra 2003
PÉROU
ROUMANIE
SUÈDE
TURQUIE
A. Morante Y Cia SA*
Las Agatas, 189
Lima 13
Tél. : + 51 1 472 28 72
Fax : + 51 1 470 74 95
Lectra
Calea Dorobantilor 38/1
3400 Cluj Napoca
Tél. : + 40 264 593 268
Fax : + 40 264 439 033
Lectra
Varbergsvägen 48
P.O.Box 974
50110 Boras
Tél. : + 46 33 23 78 70
Fax : + 46 33 23 78 78
PHILIPPINES
ROYAUME-UNI
Lectra
3/F Unit 35
The Columbia Tower
Ortigas Avenue
Mandaluyong City 1550
Tél. : + 632 725 8693
Fax : + 632 724 4023
Lectra
Thomas Duggan House
Manor Lane
Shipley BD18 3RB
West Yorkshire
Tél. : + 44 1 274 580 990
Fax : + 44 1 274 531 119
Lectra
Polat Is Merkezi
C Blok Kat : 4
Daire : 10 Basin Ekspress
Yolu
Gunesli-Istanbul
Tél. : + 90 212 656 90 09
Fax : + 90 212 656 71 95
Unix Industrial Corp.*
5865 Zobel Roxas, Corner
Bautista Street
Makati City
Tél. : + 632 551 6217
Fax : + 632 551 1052
Lectra
15 Hay’s Mews
Londres W1J 5PX
Tél. : + 44 2 070 167 600
Fax : + 44 2 070 167 601
SINGAPOUR
POLOGNE
Lectra
Oddzialu w Warszawie
Ul. Smolenskiego 4/2
01-698 Varsovie
Tél. : + 48 228 33 08 86
Fax : + 48 228 33 09 48
PORTUGAL
Lectra
Av. Dr. Antunes Guimarães, 521
4450-621 Leça da Palmeira
Tél. : + 351 22 999 10 00
Fax : + 351 22 999 10 01 / 09 19
Lectra
Rua da Corredoura
Lote 20 R/C Esq. Posterior
6300-825 Guarda
Tél. : + 351 271 23 72 10
Fax : + 351 271 23 72 10
Lectra
101 Thomson Road
#09-01 United Square
Singapour 307591
Tél. : + 65 6353 9788
Fax : + 65 6352 5355
Adstra Systems*
60 Martin Road
Trademart Singapore #07-11
Singapour 239065
Tél. : + 65 736 0368
Fax : + 65 733 3564
SRI LANKA
Apparel Technology (Pvt) Ltd*
104, Galle Road
Mont Lavinia
Colombo
Tél. : + 941 12 735 391
Fax : + 941 12 735 390
Lectra
Edificio Terraços do Bugio
Av. Dr. Francisco Sà
Carmeiro n° 5-4C
2780-241 Oeiras (Lisbonne)
Tél. : + 351 21 446 24 80
Fax : + 351 21 446 24 81
SYRIE
Zero One*
Kassa - Anwar Attar Street
P.O.Box 12340
Damas
Tél. : + 963 11 446 1955/6
Fax : + 963 11 441 9583
TAIWAN
Lectra
5th Floor, Shinn-Fu Building
9-16 Nan Kan Hsia
Lu-Chu Hsiang
Tao Yuan County - 33807
Tél. : + 886 3 326 7210
Fax : + 886 3 326 1049
THAÏLANDE
KMCC Co. Ltd*
39/6 Moo 9 Soi Sukhumvit
105 (Lasalle) Srinakarin Road
Bangna, Bangna
Bangkok 10260
Tél. : + 662 745 8555
Fax : + 662 745 8566
TUNISIE
Lectra
Résidence El Amen
Rue du Lac Turkhana
2045 Les Berges du Lac
Tél. : + 216 71 965 533
/ 963 524
Fax : + 216 71 965 660
Lectra
Avenue Habib Bourguiba
5070 Ksar Hellal
Tél. : + 216 73 454 580
Fax : + 216 73 454 206
*Les agents et distributeurs mentionnés dans cette liste le sont à la date de publication du présent rapport annuel.
Cette liste est indicative et non contractuelle.
VENEZUELA
Textil Computer C.A.*
Av. Guaicaipuro
Res. Tibisay Apto 23
El Llanito – Caracas
Tél. : + 58 212 257 2028
Fax : + 58 212 257 2028
VIETNAM
Viet Tien Tung Shing Corp.*
719 Tran Hung Dao St.
Dist.5, Ho Chi Minh Ville
Tél. : + 84 8 838 0330
Fax : + 84 8 838 032
93
94
Lectra 2003
Conseil d’Administration et Direction
Conseil d’Administration
André Harari, Président
Daniel Harari, Directeur Général
Hervé Debache, Administrateur
Louis Faurre, Administrateur
Comité d’Audit
Hervé Debache, Président
Louis Faurre
André Harari
Comité des Rémunérations
Louis Faurre, Président
Hervé Debache
André Harari
Direction du Groupe
Comité Exécutif
Daniel Harari, Directeur Général, Président
Daniel Moreau, Directeur Général Délégué
Jérôme Viala, Directeur Financier
Amérique du Nord
Daniel Moreau, Directeur Amérique du Nord
Asie-Pacifique
Jean-Luc Aubert, Directeur Asie-Pacifique
Europe et autres pays
Philippe Albert, Directeur Royaume-Uni
Luciano Cerioni, Directeur Italie
Michel Cohen-Hadria, Directeur France, Espagne, Portugal, Afrique du Nord
Christian Duddek, Directeur Allemagne
Christophe Vanackère, Directeur Europe du Nord et de l’Est, Proche Orient, Amérique du Sud, Afrique du Sud
Commissaires aux Comptes
Commissaires aux Comptes titulaires
PricewaterhouseCoopers Audit
Représenté par Marc Ghiliotti
34, place des Corolles – Tour AIG
92908 Paris-la-Défense 2
KPMG Entreprises
Département de KPMG SA
Représenté par Jean-Pierre Raud
64, rue François-Marceau
33200 Bordeaux
Commissaires aux Comptes suppléants
Jacques Denizeau
Franck Cournut
34, place des Corolles – Tour AIG
64, rue François-Marceau
92908 Paris-la-Défense 2
33200 Bordeaux
Les curriculum vitae des administrateurs et des membres du Comité Exécutif figurent en pages 88 et 89.
Photographies : Lectra remercie les sociétés qui ont bien voulu prêter leurs concours pour la réalisation de ce rapport : Autoliv,
Charles Jourdan, DeCoro, Ecce, GoodBaby, Heilan Group, Johnson Controls, Louis Vuitton , La Senza, Newman, Rossimoda,
Russell Athletic, Sam Moore, Youngone, Groupe Zodiac. Lectra remercie également les collaborateurs Lectra photographiés
dans ce rapport.
Conception et réalisation : L’Agence Synelog, 41, rue Greneta – 75002 Paris – France
Crédits photo : Studio Twin photographie, 112, rue Lecoq – 33000 Bordeaux – France
Cotation
Répartition
du chiffre d’affaires
P A R
Un
Services
Équipements de CFAO
Logiciels
PC et périphériques
métier
P A R
A C T I V I T É
32
36
30
2
%
%
%
%
P A R
R É G I O N
Europe
Amérique du Nord
Asie-Pacifique
Autres pays
51
22
20
7
%
%
%
%
M A R C H É
Lectra est cotée au Second Marché d’Euronext Paris (segment NextEconomy).
S E C T O R I E L
Habillement, textile, distribution
Automobile, aéronautique, nautique
Ameublement
Chaussure, bagage, maroquinerie
58
25
12
5
L’action Lectra fait partie des valeurs européennes composant l’indice Next 150 d’Euronext, et des valeurs
françaises composant les indices SBF 250, Midcac et du Second Marché d’Euronext Paris.
%
%
%
%
Classification FTSE : secteur 977 Technologies de l’information – Logiciels
Code ISIN : FR 00000 65484
Contrat d'apporteur de liquidité : SG Securities (Société Générale)
et une
expertise
Information financière
uniques
Lectra établit ses comptes selon les normes comptables IAS/IFRS et publie ses résultats trimestriellement.
Le rapport annuel de la société ainsi que toutes ses publications financières sont
également disponibles en anglais.
Numéro un mondial, Lectra conçoit, produit et distribue des logiciels et des équipements dédiés
aux industries fortement utilisatrices de textiles, cuir et matériaux souples. Cette offre technologique
est complétée par un ensemble de services associés et se décline en solutions globales, permettant
de concevoir le design d’un produit, de le fabriquer et de le distribuer.
Chiffres-clés consolidés
en millions d’euros
(1)
2003
Chiffre d’affaires
2002
2001
2000
1999
184,7
185,1
194,5
228,7
200,5
Résultat d’exploitation
11,1
7,2
(0,7)
22,8
18,7
Résultat avant impôts
10,4
5,8
(2,9)
17,5
15,9
7,4
3,6
(3,2)
14,1
14,1
• Capital de base
0,21
0,10
(0,09)
0,42
0,48
• Capital dilué
0,21
0,10
(0,09)
0,37
0,39
Cash flow libre
13,4
20,3
0,4
9,7
9,4
82,7
73,0
76,5
80,3
58,5
52,4
35,2
19,6
22,8
7,8
14,0
13,8
16,4
16,6
13,9
3,4
3,1
6,6
5,1
8,7
1 295
1 356
1 425
1 517
1 502
Résultat net
Résultat net par action
Capitaux propres
Trésorerie nette
(2)
(2)
Recherche et développement
Investissements
Effectifs totaux
(1)
(2)
(2)
sauf pour le résultat par action, qui figure en euros
au 31 décembre
Des solutions pour un
ensemble de grands marchés
Une offre technologique
et de services globale
Une culture d’entreprise
riche et fédératrice
Les solutions déployées par Lectra répondent
aux besoins d’un ensemble de grands marchés
mondiaux : mode, habillement et distribution ;
maroquinerie et bagage ; chaussure ;
ameublement ; transport (automobile,
aéronautique, nautique) ; autres industries
traitant les tissus industriels et les
matériaux composites.
Depuis 30 ans, l’offre de logiciels
et d’équipements de CFAO est le cœur du
métier de l’entreprise. En constante évolution,
cette offre allie les technologies les plus
avancées. Elle s’est enrichie des technologies
du virtuel, notamment de la 3D,
d’Internet et de nouvelles applications.
La plate-forme Internet LectraOnline
Exchange permet l’échange sécurisé
de données. Quant aux services,
ils s’étendent de l’assistance et la maintenance
des équipements sur site ou à distance,
par télé-intervention,
à la formation et au conseil.
Les clients de Lectra bénéficient des compétences et de l’expérience de ses 1 300
collaborateurs, dont près de 60 % hors de France.
Ces équipes de recherche, techniques
ou commerciales, sont expertes des métiers
de leurs clients. Elles partagent, partout dans
le monde, la même culture d’entreprise,
guidée par cinq valeurs-clés : leadership,
entrepreneurship, excellence, innovation,
customer care.
Une vocation :
permettre à chaque client
de résoudre
ses challenges stratégiques
Avec chacun de ses 10 000 clients
dans le monde, Lectra construit de véritables
partenariats. Groupes internationaux,
moyennes ou petites entreprises,
ces clients créent, fabriquent,
sous-traitent ou distribuent.
Lectra contribue à leur succès dans l’atteinte
de leurs enjeux stratégiques :
réduire les coûts, améliorer la productivité,
et développer la qualité, faire face
à la mondialisation, développer et sécuriser
les échanges d’informations électroniques,
diminuer le time-to-market, répondre
à la demande croissante de mass customisation,
maîtriser et promouvoir l’image et les marques...
Une implantation mondiale
Lectra est une entreprise mondiale, présente
dans 100 pays : près de 90 % de son chiffre
d’affaires sont réalisés hors de France. Son
propre réseau de filiales commerciales et de
service contribue à hauteur de 93 % du
chiffre d’affaires – une organisation unique,
complétée par des agents et distributeurs
dans certains pays. Trois Call Centers
couvrent l’Europe, les États-Unis et l’Asie.
Forte de près de 800 spécialistes du marketing,
de la vente et des services, Lectra offre à
chaque client, partout dans le monde, les
avantages d’une proximité optimale.
Une structure du capital simple,
des fondamentaux financiers solides
29 % du capital sont détenus directement
par les deux principaux dirigeants de la société,
André et Daniel Harari.
Le flottant est de 71 %.
Avec des capitaux propres de € 82,7 millions
et une trésorerie nette de € 52,4 millions,
Lectra dispose de fondamentaux
financiers solides. Ceux-ci lui permettent
de poursuivre le financement d’une croissance
organique soutenue et durable, et de saisir
toute opportunité de croissance externe.
L’action Lectra est cotée au Second Marché
d’Euronext Paris.
Ces données n’intègrent pas la société Investronica Sistemas
acquise début 2004.
2 1973-2003 :
30 ans de défis
et d’inovations
pour Lectra
6 Stratégie 1
1 1 Va l e u r s c l é s
1 2 C h i ff re s - c l é s
1
1
14 Lectra dans le monde
1 6 M a rc h é s , s o l u t i o n s ,
services
30 Bourse
31 Rapport financier
9 4 D i re c t i o n
Les comptes de la société mère de l'exercice 2003 et leur annexe, le texte intégral du rapport de gestion du
Conseil d'Administration à l'Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004, le rapport spécial du Conseil
d’Administration sur les options de souscription d’actions consenties ou levées en 2003, le rapport du Conseil
d’Administration à l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, les rapports général et spécial des
Commissaires aux comptes sur les comptes sociaux, les rapport spéciaux des Commissaires aux comptes à
l’Assemblée Générale Extraordinaire du 30 avril 2004, et les résolutions soumises à ces deux assemblées figurent
dans un document séparé. La note d’information relative au programme de rachat d’actions soumis à
l’Assemblée Générale Ordinaire du 30 avril 2004 a reçu de l’Autorité des Marchés Financiers (AMF) le visa
n° 04-258 en date du 7 avril 2004.
Ces documents ainsi que toute l’information financière de la société peuvent être consultés sur le site Internet
www.lectra.com, ou obtenus sur simple demande auprès du service Relations investisseurs.
Calendrier financier 2004
Communication des résultats trimestriels et annuels (après la clôture d’Euronext Paris)
Résultats du 1er trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 avril 2004
Résultats du 2ème trimestre2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 juillet 2004
Résultats du 3ème trimestre 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 octobre 2004
Résultats annuels 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 février 2005
● Assemblée Générale - Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 avril 2004
● Réunions d'analystes
Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 février 2004
Paris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 septembre 2004
●
Ce calendrier est tenu à jour sur www.lectra.com
Suivi de la valeur
Les départements d'analyse des établissements financiers suivants assurent un suivi de la valeur :
CDC IXIS-LCF Rothschild Midcaps, Crédit Agricole Indosuez Cheuvreux, Exane, Gilbert Dupont, HSBC CCF
Securities, Oddo Securities, SG Securities (Société Générale).
Relations investisseurs
Lectra, 16-18, rue Chalgrin - 75016 Paris - France
Tél. : + 33 (0) 1 53 64 42 00 - Fax : + 33 (0) 1 53 64 43 12
e-mail : [email protected]
Lectra, société anonyme au capital de 56 198 547 euros
RCS Bordeaux B 300 702 305
Siège social : 23, chemin de Marticot - 33610 Cestas - France
Tél. : +33 (0) 5 57 97 80 00 - Fax : +33 (0) 5 57 97 82 00
www.lectra.com
LECTRA - RAPPORT ANNUEL 2003
R APPORT
30
ANS DE DÉFIS ET D ’ INNOVATIONS
ANNUEL
2003
PLUS DE 10 000 CLIENTS DANS 100 PAYS FONT CONFIANCE À LECTRA
TEXTILE - A M E R I C A N P H I L T E X T I L E S (CHINE), A R C O T Ê X T E I S (PORTUGAL), A R G O PA N T E S (INDONÉSIE), B O U S S A C (FRANCE), C A R D O N
T R A D I L I N G E (F R A N C E ), E M M A N U E L L A N G (F R A N C E ), F Á B R I C A T Ê X T I L R I O P E L E (P O RT U G A L), F L E X I T E X (P O RT U G A L), F O N TA N E L (F R A N C E ),
G U I L L A U M O N D (F R A N C E ), H E N I T E X I N T E R N AT I O N A L (F R A N C E ), J . P E R E I R A F E R N A N D E S (P O RT U G A L), L A M E I R I N H O (P O RT U G A L), M I N TAY
(TURQUIE) , M U L L I E Z (F R A N C E ), P E T T E N AT I (B R É S IL), S A N T I S TA T Ê X T I L (B R É S IL), S I AT (F R A N C E ), S O C I E D A D E T Ê X T I L A F L O R D O C A M P O
( P O RT U G A L ) , S O U L E I A D O ( F R A N C E ) , TA I A N A ( I TA L I E ) , T I S S A G E T E X T I L E D E P I C A R D I E ( F R A N C E ) , T I S S A G E S B O N VA L L E T ( F R A N C E ) ,
T Ê X T E I S P E N E D O (P O RT U G A L), T M G FA B R I C S (P O RT U G A L), T R O U I L L E T (F R A N C E ), VA N D E R S C H O O T E N (F R A N C E ), W I T TA M E R - H E N R I S T
( B E L G I Q U E ) … M O D E , H A B I L L E M E N T, D I S T R I B U T I O N - A C E S T Y L E ( C H I N E ) , A L B E R TA F E R R E T T I ( A E F F E ) ( I TA L I E ) , A L L A S I A ( C H I N E ) ,
A L L E G R I ( D I S M I 9 2 ) (ITA LIE ), A M B I A N C E B E L G I Q U E (B E LG IQ U E ), A M M A (P O RT U G A L), A N I M A L E (IN D O N É S IE ), A RT H A G L O RY (IN D O N É S IE ),
AV E N T (S LO VA Q U IE ), B E R C E L (P O RT U G A L), B E R M O FA S H I O N (PAY S - B A S ) , B E T I (S LO V É N IE ), B E T S E Y J O H N S O N (É TAT S - U N IS ), B I N B I N
K N I T T I N G (M A LA IS IE ) , B O RT E X (M A LT E ) , B O S S I N I (C H IN E ), B R A I C O N F (R O U M A N IE ), B R I N K M A N N G R U P P E (A LLE M A G N E ) , C A L I D A (S U IS S E ) ,
C A LV I N K L E I N (É TAT S - U N IS ), C A L Z E D O N I A (ITA LIE ), C A N D E R FA S H I O N (C H IN E ), C A R A M E L O (E S PA G N E ), C A RT E R H A R R I S (A F R IQ U E D U S U D ),
C A R V I T E X (P O RT U G A L), C AT I M I N I (F R A N C E ), C H A N C H O O S I N G (M A LA IS IE ) , C H A N T E L L E (F R A N C E ), C H I C C O ( A RT S A N A ) (ITA LIE ), C H R I S T I A N
D I O R (F R A N C E ), C H R I S T I A N L A C R O I X (F R A N C E ), C H R I S T I N A A M E R I C A (C A N A D A ) , C M T (ILE M A U R IC E ), C L I P S ( WA N D A M O D E ) (ITA LIE ),
C O L U M B I A S P O RT S W E A R (É TAT S - U N IS ), C O M P L I C E S (F R A N C E ), C O R I (B R É S IL), C O R N E L I A N I (ITA LIE ), C . P. C O M PA N Y (ITA LIE ), C R I S M I N A
G A R M E N T S (P H ILIP P IN E S ) , C RY S TA L G R O U P (C H IN E ), D A I N E S E (ITA LIE ), D A N I E R L E AT H E R (C A N A D A ) , D E LTA (IS R A Ë L) , D E VA N L AY L A C O S T E
(F R A N C E ), D E V E R N O I S (F R A N C E ), D I E S E L (ITA LIE ), D I N I Z & C R U Z (P O RT U G A L), D U G U Y (F R A N C E ), D U R B A N C L O T H I N G (A F R IQ U E D U S U D ), E C C E
(F R A N C E ), E D D I E B A U E R (É TAT S - U N IS ), E L E G A N C E I N D U S T R I A L (C H IN E ), E M I N E N C E (F R A N C E ), E S P R I T (A LLE M A G N E ) , E U R O B R O O K S ( PAY S B A S ) , E V E R G L O RY G R O U P (C H IN E ), E Y B L (A U T R IC H E ), FA M O RY G R O U P (C H IN E ), F L O R D A M O D A (P O RT U G A L), F O R U M (B R É S IL), F O R M O S TA R
G A R M E N T (P H ILIP P IN E S ) , F O S P (F É D É R AT IO N D E R U S S IE ), F R U I T O F T H E L O O M (É TAT S - U N IS ), G A L E R I E S L A FAY E T T E (F R A N C E ), G A P I N C .
(É TAT S - U N IS ), G A S ( G R O T T O ) (ITA LIE ), G H I M L I FA S H I O N (S IN G A P O U R ), G I N K A N A (E S PA G N E ), G I S T E X (IN D O N É S IE ), G I V E N C H Y (F R A N C E ),
G L O R I O U S S U N E N T E R P R I S E S (C H IN E ), G O D S K E (D A N E M A R K ) , G R E AT R I V E R (IN D O N É S IE ), G R O U P E Z A N N I E R (F R A N C E ), G R U P P O L A P E R L A
(ITA LIE ), G U C C I (ITA LIE ), G U S TAV D I G E L (A LLE M A G N E ) , H A B I T E X (R O U M A N IE ), H & M (S U È D E ), H E I L A N G R O U P (C H IN E ), H E N RY C O T T O N ( P E P P E R
I N D U S T R I E S ) (ITA LIE ), H I T K O G Y O (JA P O N ) , H E R M È S (F R A N C E ), H U G O B O S S (A LLE M A G N E ) , I M P E T U S (P O RT U G A L), I N T I M I S S I M I ( C A L Z E D O N I A )
(ITA LIE ), J A B A G A R M I N D O (IN D O N É S IE ), J A C A D I (F R A N C E ), J A F F (A F R IQ U E D U S U D ), J & R E N T E R P R I S E S (R O U M A N IE ), J B G (T U N IS IE ), J C P E N N E Y
( É TAT S - U N I S ) , J E A N N E L A N V I N ( F R A N C E ) , J I A N G S U C H E N F E N G G R O U P ( C H I N E ) , J I C H O D O ( J A P O N ) , J I T E X ( R É P U B L I Q U E T C H È Q U E ) ,
J O B A R R O S (P O RT U G A L), J O L I D O N (R O U M A N IE ), J P C (IN D E ), K A H AT E X (IN D O N É S IE ), K A P PA H L (S U È D E ), K AY L E E FA S H I O N (P H ILIP P IN E S ) ,
K E N Z O (F R A N C E ), K I A B I (F R A N C E ), K O O K A I (F R A N C E ), L A B O D (S LO V É N IE ), L A F U M A (F R A N C E ), L A R E D O U T E (F R A N C E ), L A S E N Z A (C A N A D A ) ,
L E S L I E FAY (É TAT S - U N IS ), L E S 3 S U I S S E S (F R A N C E ), L I M AT Ê X T I L (P O RT U G A L), L I N D A L U N D S T R O M (C A N A D A ) , L I N E A M A S ( M A S G R O U P ) (SRI
LA N K A ) , L I O N A P PA R E L (É TAT S - U N IS ), L I S C A (S LO V É N IE ), L I S E C H A R M E L (F R A N C E ), L I Z C L A I B O R N E (É TAT S - U N IS ), L I & F U N G (C H IN E ),
L Ö F F L E R (A U T R IC H E ), L O O K (JA P O N ), L U I S A S PA G N O L I (ITA LIE ), L U M I K (C R O AT IE ), M A C O N D E (P O RT U G A L), M A LW E E (B R É S IL), M A N D E R L E Y
FA S H I O N (PAY S - B A S ) , M A RYA N B E A C H W E A R G R O U P (A LLE M A G N E ) , M A R I M E K K O (F IN LA N D E ), M A R I S O L (B R É S IL), M A RT I N G R E E N F I E L D
C L O T H I E R (É TAT S - U N IS ), M A S I C O M PA N Y (F IN LA N D E ), M A X A B R A M (PAY S - B A S ) , M AY E R L I N E (B E LG IQ U E ), M E T R O G A R M I N G R O U P (IN D O N É S IE ),
M I S I R L I (TURQUIE) , M O A R A (P O RT U G A L), M O D E L A M A E X P O RT S (IN D E ), M O D E & C O M PA G N I E (F R A N C E ), M O N O P R I X (F R A N C E ), M O R I T E X
(P O RT U G A L), M T P - M A FA L D A T E I X E I R A P I N T O (P O RT U G A L), M U LT I P L E S (F R A N C E ), M U S TA N G B E K L E I D U N G S W E R K E (A LLE M A G N E ) , N A N S O
(F IN LA N D E ), N E W M A N (F R A N C E ), N O RT O N M C N A U G H T O N (É TAT S - U N IS ), O C E N S K Y (S IN G A P O U R ), O R G A N T E X (P O RT U G A L), O R J I N D E R I
(TURQUIE) , O R I E N T C R A F T (IN D E ), O R I E N T F O R E S T (C H IN E ), O RW E L L B Y G I A C O M O B E K K L E I D U N G (A LLE M A G N E ) , O X B O W (F R A N C E ), O Z E TA
(S LO VA Q U IE ), O Z E X (S LO VA Q U IE ), O Z K N (S LO VA Q U IE ), PA C I F I C D U N L O P (A U S T R A LIE ), PA L S C L O T H I N G (A F R IQ U E D U S U D ), PA N C A T U N G G A L
(IN D O N É S IE ), P C M (B E LG IQ U E ), P E R RY E L L I S I N T E R N AT I O N A L (É TAT S - U N IS ), P E T R AT E X (P O RT U G A L), P E T T E N AT I (B R É S IL), P H I L L I P S - VA N
H E U S E N (É TAT S - U N IS ), P I N K O ( C R I S C O N F E Z I O N I ) (ITA LIE ), S A R A L E E B R A N D E D A P PA R E L ( L O VA B L E , P L AY T E X , D I M , B A L I , H A N E S ) (É TAT S U N IS , E U R O P E ), P & R T Ê X T E I S (P O RT U G A L), P R É N ATA L (E S PA G N E ) , P R I N C E S S E TA M - TA M (F R A N C E ), P R O M O D (F R A N C E ), P T S A N D A N G A S I A
M A J U A B A D I (IN D O N É S IE ), Q U I K S I LV E R (É TAT S - U N IS ), R E D C O L L A R G R O U P (C H IN E ), R E N O W N L O O K (JA P O N ) , R E P L AY K I D S ( FA S H I O N T O Y S )
(ITA LIE ), R I P C U R L (A U S T R A LIE ), R O O H S I N G G A R M E N T (TA ÏWA N ), R U S S E L L AT H L E T I C (É TAT S - U N IS ), S A B R I N A G R O U P (TA ÏWA N ), S A K S (ÉTAT SU N IS ), S A R A L E E C O U RTA U L D S (R O YA U M E U N I), S C A N D A L E (F R A N C E ), S C H I E S S E R (A LLE M A G N E ) , S E A R S , R O E B U C K & C O . (É TAT S - U N IS ),
S E C U I A N A ( R O U M A N I E ) , S E L M A R K ( E S PA G N E ) , S E R G I O TA C C H I N I ( I TA L I E ) , S H I VA M ( I N D E ) , S I C O L ( T U N I S I E ) , S I D I ( P O RT U G A L ) , S I L S A
C O N F E C Ç Õ E S (P O RT U G A L), S I M O N E P É R È L E (F R A N C E ), S I M O R R A (E S PA G N E ) , M O S C H I N O J E A N S ( S I N V S PA ) (ITA LIE ), S O N I A RY K I E L (F R A N C E ),
SOPORCOL - SOCIEDADE PORTUGUESA DE CONFECÇÕES
(P O RT U G A L), S O R S T E (R O U M A N IE ), S O S A K U YA (JA P O N ) , S O V I E T
( A F R I Q U E D U S U D ) , S P E E D O ( A F R I Q U E D U S U D ) , S P O R TA L M
(A U T R IC H E ), S P O RT M A S K A (C A N A D A ) , S T. J O H N K N I T S (ÉTAT SU N I S ) , S TA E L S B O R C O ( B E L G I Q U E ) , S T R E L L S O N ( S U I S S E ) ,
S U N H I N G S H I N G (C H IN E ), TA RT I N E E T C H O C O L AT (F R A N C E ),
T H E C H I L D R E N ’ S P L A C E ( É TAT S - U N I S ) , T H I E R R Y M U G L E R
( F R A N C E ) , T H R E E L A D I E S C O M PA N Y ( B E L G I Q U E ) , T O K Y O
TRIAL
(PORTUGAL),
TRUMPF (ALLEMAGNE), TYPHONTEX
C L O T H I N G (JAPON), T O R P O (POLOGNE), T O R R E (PORTUGAL),
(INDONÉSIE), U N I C O N (HONGRIE), VA L I N D O (PORTUGAL),
VA L I S È R E (B R É S IL), VA N W I J N S B E R G H E FA S H I O N (BELGIQUE) ,
VAN WINKEL FASHION (PAYS-BAS), VARELA & MACEDO (PORTUGAL),
VA RT E K S ( C R O AT I E ) , V E G O T E X I N T E R N AT I O N A L ( B E L G I Q U E ) ,
V E R C AT E X ( B E L G I Q U E ) , V E R S A C E ( A L I A S ) ( I TA L I E ) , V I C T O R I A’ S
S E C R E T ( É TAT S - U N I S ) , V I L A R O M A N A ( B R É S I L ) , V I VA R T E
( F R A N C E ) , V T L ( T U N I S I E ) , W A L - M A R T ( É TAT S - U N I S ) , W E I L L
(FRANCE),
WINALL
(CHINE),
WINDSOR
(ALLEMAGNE),
W I T TA M E R - H E N R I S T D E R E N A I X ( B E L G I Q U E ) , W O L F F ( A U T R I C H E ) , YA G I C R E AT I O N ( J A P O N ) , YA R G I C I ( T U R Q U I E ) , Y O U N G O N E ( C O R É E D U
SUD), YOUNGOR GROUP (CHINE), YVES SAINT LAURENT (FRANCE), ZINS (FRANCE)… CHAUSSURE, BAGAGE, MAROQUINERIE - AÉROSOL
( K A & K A ) ( I TA L I E ) , A I G L E ( F R A N C E ) , A K U ( I TA L I E ) , A L B E R T O P I E L ( E S PA G N E ) , A L PA R G ATA S ( B R É S I L ) , A S I C S ( J A P O N ) , B A L LY ( S U I S S E ) ,
B ATA ( PAY S - B A S ) , B I D E G A I N ( F R A N C E ) , B R I C ' S ( I TA L I E ) , C H A R L E S J O U R D A N ( F R A N C E ) , C O C C I N E L L E ( I TA L I E ) , D E S I G N E R L E O N O V I
( I TA L I E ) , D I V E R ( I TA L I E ) , D U C C I O D E L D U C A ( O R E G O N ) ( I TA L I E ) , E A G L E C R E E K ( É TAT S - U N I S ) , E L C O ( B E L G I Q U E ) , E V E R I T E ( TA Ï WA N ) , F E L I X
F O R M A S ( B R É S I L ) , F E N D I ( I TA L I E ) , F E N TAY ( TA Ï WA N ) , F E R R A G A M O ( I TA L I E ) , F R A U ( I TA L I E ) , G O L D E N C H A N G ( C H I N E ) , H E N R I C H ( B R É S I L ) ,
I B I Z A ( J A P O N ) , I N D O E LY S A B E T H ( I N D O N É S I E ) , I R I S ( I TA L I E ) , J O N E S & V I N I N G ( É TAT S - U N I S ) , K 2 K O R E A ( C O R É E D U S U D ) , L O E W E
( E S PA G N E ) , L O U I S V U I T T O N ( F R A N C E ) , M A I D E ( B R É S I L ) , M A R Q U E T ( F R A N C E ) , M E P H I S T O ( F R A N C E ) , M E R A M E C ( É TAT S - U N I S ) , M I T S U S H I B A
I N T E R N AT I O N A L ( TA Ï WA N ) , M U L B E R R Y ( R O YA U M E U N I ) , N E W B A L A N C E AT H L E T I C S H O E S ( É TAT S - U N I S ) , N I K E ( É TAT S - U N I S ) , R E D W I N G
S H O E S ( É TAT S - U N I S ) , R E G A L C O R P O R AT I O N ( J A P O N ) , R E N AT O C O R T I ( I TA L I E ) , R O S S I M O D A ( I TA L I E ) , S A M S O N I T E ( B E L G I Q U E ) , S E V E N
I N D U S T R I E S ( I TA L I E ) , S H A M I O R ( J A P O N ) , S O L I D E A ( I TA L I E ) , T E X I E R ( F R A N C E ) , T H E A . R . T C O M PA G N Y B & S ( E S PA G N E ) , T R A D E W I N D S
G R O U P ( É TAT S - U N I S - C H I N E ) , T W U H U O L O N G ( C H I N E ) , U C H I D A S E I K A ( J A P O N ) , V U L C A B R A S ( B R É S I L ) , W A L - M A R T ( É TAT S - U N I S ) ,
Y O U N G O N E ( C O R É E D U S U D ) , Z C R E AT E ( J A P O N ) … A U T O M O B I L E , A É R O N A U T I Q U E , I N D U S T R I E S N A U T I Q U E S , T I S S U S I N D U S T R I E L S A E R A Z U R ( F R A N C E ) , A E R M A C C H I ( I TA L I E ) , A I R C R U I S E R S ( G R O U P E Z O D I A C ) ( É TAT S - U N I S ) , A L B A N Y I N T E R N AT I O N A L ( A U S T R A L I E ) ,
A R A C O ( J A P O N ) , A S T R A M O T O R S ( I N D O N É S I E ) , A U T O L I V ( É TAT S - U N I S ) , A Z I M U T ( I TA L I E ) , B A R ( R O YA U M E U N I ) , B E R C E L L A ( I TA L I E ) ,
B E S T- H A L L O Y ( F I N L A N D E ) , B O E I N G ( É TAT S - U N I S ) , B R O O K H O U S E PA X F O R D ( R O YA U M E U N I ) , B S T ( A L L E M A G N E ) , C E S S N A A I R C R A F T
(ÉTATS-UNIS), C O AT E X (BELGIQUE), C O I N D U (PORTUGAL), C O N T E Y O R M U LT I B A G (BELGIQUE), C R A N C H I (ITALIE), D O R O (FRANCE), A P M M O T O R S
( I N D O N É S I E ) , D E L P H I ( É TAT S - U N I S ) , D O R O ( F R A N C E ) , E A D S S O C ATA ( F R A N C E ) , E D S C H A ( A L L E M A G N E ) , E L A N M A R I N E ( I TA L I E ) , E L C O
( B E L G I Q U E ) , E M B R A E R ( B R É S I L ) , E R A B E S C H I C H T U N G ( A L L E M A G N E ) , E U R O C O P T E R ( F R A N C E ) , E U R O M A N C H E T T E N ( PAY S - B A S ) , E V O B U S
( A L L E M A G N E ) , FA C C ( A U T R I C H E ) , FA P O M E D ( P O R T U G A L ) , FA U R E C I A ( F R A N C E ) , F E R R E T T I P E R S H I N G ( A C T G R O U P ) ( I TA L I E ) , F LY N T A M T E X
( É TAT S - U N I S ) , F U K U S H I M A G O M U ( J A P O N ) , G E N M A R ( É TAT S - U N I S ) , G K N ( É TAT S - U N I S ) , G O O D B A B Y ( C H I N E ) , G R O U P E Z O D I A C ( F R A N C E ) ,
I S R A Ë L A I R C R A F T I N D U S T R I E S ( I S R A Ë L ) , J O H N S O N C O N T R O L S ( É TAT S - U N I S ) , J U N K E R F I LT E R ( A L L E M A G N E ) , L A N D R O V E R ( R O YA U M E
U N I ) , L E A R C O R P O R AT I O N ( É TAT S - U N I S ) , L I M B U R G S I S O L E E R B E D R I J F ( PAY S - B A S ) , L M G L A S F I B E R ( D A N E M A R K ) , L O C K H E E D ( É TAT S U N I S ) , L O L A I N T E R N AT I O N A L ( R O YA U M E U N I ) , M A G N A I N T E R I O R S Y S T E M S ( É TAT S - U N I S ) , M A N U T E X ( F R A N C E ) , M I L L I K E N / A M E R I C A N
B A G ( É TAT S - U N I S ) , M O A S A ( E S PA G N E ) , O G M A ( P O R T U G A L ) , P E U G E O T ( F R A N C E ) , P H I L I P P I N E C A R P E T S ( P H I L I P P I N E S ) , P I L O T E ( F R A N C E ) ,
R E C A R O ( J A P O N ) , R E F R A S C H I N I ( I TA L I E ) , R E N A U LT F 1 ( R O YA U M E U N I ) , S E A R AY B O AT S ( É TAT S - U N I S ) , S E I R E N A U C U S ( J A P O N ) , S I D I J K
L U C H T K U S S E N FA B R I E K & T E N T M A K E R I J ( PAY S - B A S ) , S I O E N N O R D I FA ( B E L G I Q U E ) , S O N A C A ( B E L G I Q U E ) , S PA R C O ( I TA L I E ) , S T O R K
F O K K E R ( PAY S - B A S ) , S V E N S K A I R B A G ( S U È D E ) , TA K ATA ( P H I L I P P I N E S ) , U N I O N A U T O PA R T S ( TA Ï W A N ) , V E S TA S ( D A N E M A R K ) …
A M E U B L E M E N T - A D R I A N A ( P O L O G N E ) , A R K E T I P O ( I TA L I E ) , A S H L E Y F U R N I T U R E ( É TAT S - U N I S ) , B & B ( I TA L I E ) , B . M A R LY ( F R A N C E ) ,
B A R C A L O U N G E R ( É TAT S - U N I S ) , C A P D E V I E L L E ( F R A N C E ) , C A S S I N A ( I TA L I E ) , C E N T U R Y F U R N I T U R E ( É TAT S - U N I S ) , C H R I S T I E T Y L E R
C O N T I N E N TA L ( R O YA U M E U N I ) , C O R S I T Z M Ö B E L ( A L L E M A G N E ) , C R A F T M A S T E R ( É TAT S - U N I S ) , D E C O R O ( C H I N E ) , D E S E D E ( S U I S S E ) , D F M
(POLOGNE), D U M E S T E (FRANCE), E C H E V E R R I A (FRANCE), E B I S U K A S E I (JAPON), E S T O F O S A Q U I N O S (PORTUGAL), E U R O L I N E (POLOGNE),
E U R O P O L / P O L I P O L ( A L L E M A G N E / P O L O G N E ) , F U R N I T U R E B R A N D S I N T E R N AT I O N A L ( H E N R E D O N , H I C K O R Y C H A I R , P E A R S O N ) ( É TAT S UNIS), H I M O L L A (ALLEMAGNE), I K E A (SUÈDE), I S T I K B A L G R O U P (TURQUIE), K I N N A R P S S K I L L I N G A RY (SUÈDE), K R A M E X (POLOGNE),
L A - Z - B O Y ( A L E X V A L E P E N N S Y LV A N I A H O U S E , C L AY T O N M A R C U S , A M E R I C A N O F M A R T I N S V I L L E , S A M M O O R E , E N G L A N D C O R S A I R )
( É TAT S - U N I S ) , L E E I N D U S T R I E S ( É TAT S - U N I S ) , L E L E U B U R O V ( F R A N C E ) , L I F E S T Y L E - F U R N I S H I N G S ( L E X I N G T O N ) ( É TAT S - U N I S ) , L I N D S
M Ö B L E R ( D A N E M A R K ) , M A N - W A H ( C H I N E ) , M A N N E S ( B R É S I L ) , M E U B I T R E N D ( PAY S - B A S ) , N O R W A L K ( É TAT S - U N I S ) , PA R K E R K N O L L
( R O YA U M E U N I ) , P O LT R O N E S O F À ( I TA L I E ) , R O L F B E N Z ( A L L E M A G N E ) , R O W E F U R N I T U R E ( M I T C H E L L G O L D ) ( É TAT S - U N I S ) , S H E L B Y
W I L L I A M S ( É TAT S - U N I S ) , S I È G E S C O N T E M P O R A I N S D U V I V I E R ( F R A N C E ) , TA P I Z A D O S FA M A ( E S PA G N E ) , W I E S N E R H A G E R ( A U T R I C H E ) . . .
Téléchargement