UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Instituto de Ciências Básica da Saúde
Comissão de Graduação de Biomedicina
ASSINATURA GÊNICA DE RESISTÊNCIA À CISPLATINA ENVOLVE A
REDE DA COFILINA-1 EM CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO-PEQUENAS
CÉLULAS
MARCO ANTÔNIO DE BASTIANI
Trabalho de Conclusão do Curso em Biomedicina
Orientador: Dr. Fábio Klamt
PORTO ALEGRE
2012
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Agradecimentos
Agradeço a minha mãe e minhas irmãs pelo apoio e carinho durante esses
anos de graduação; por sempre me motivarem em minhas empreitadas e confiarem
em mim, quaisquer que sejam minhas decisões; por estarem presentes, apesar da
distância e das dificuldades. Também agradeço a meu cunhado Julio Niderauer pela
amizade e por ser uma pessoa em quem posso confiar e contar.
Agradeço ao pessoal do grupo do professor Fábio Carolina Muller, Liana
Marengo, Ricardo Rocha, Valeska Aguiar e demais pela amizade e ajuda durante
os quatro anos que estou no laboratório e com certeza após a graduação. Em especial,
preciso agradecer ao colega Matheus Becker por toda a ajuda e ensinamentos desde
que entrou no lab. até o TCC, e certamente por depois da graduação também. Ainda,
agradeço as colegas que recentemente deixaram o grupo para seguir outros caminhos
Fernanda Lopes e Giovana Londero pelas boas lembranças e amizade formada.
Também agradeço ao pessoal do laboratório 32 pelas boas lembranças e ao restante
do pessoal do laboratório 24 pela disposição e ajuda no dia a dia de trabalho.
Agradeço ao professor Fábio Klamt por ter me acolhido em seu grupo de
pesquisa; por confiar e investir em meus potenciais e permitir que os desenvolva; por
ser alguém em que posso aspirar como profissional e como pessoa; e pela amizade e
apoio.
Agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para minha formação
profissional e pessoal nesse tempo único da vida que é a graduação.
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Índice
Resumo .................................................................................................................................... 4
I. Introdução ........................................................................................................................ 6
1. Câncer de Pulmão ........................................................................................................ 6
2. Mecanismo de Ação da Cisplatina ............................................................................... 7
3. Mecanismos de Resistência à Cisplatina...................................................................... 8
3.1 Redução do Acúmulo Intracelular da Droga ........................................................ 8
3.2 Aumento da Inativação Intracelular da Droga por Moléculas Contendo Tióis .... 9
3.3 Aumento da Eficácia dos Mecanismos de Reparo ao DNA............................... 10
3.4 Outros Mecanismos de Resistência Propostos ................................................... 12
3.4.1 Aumento do Importe Nuclear de Proteínas ....................................................... 12
3.4.2 Cofilina-1 ........................................................................................................... 13
II. Artigo Científico ............................................................................................................ 14
III. Conclusões e Perspectivas .............................................................................................. 48
Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 49
Formatação da Revista Molecular Oncology ......................................................................... 52
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Resumo
O câncer de pulmão é a neoplasia maligna mais insidiosa da oncologia, sendo
responsável pelo maior número de mortes relacionadas a câncer no mundo. Este
câncer pode ser dividido em dois tipos: câncer de pulmão de células pequenas e
câncer de pulmão de não-pequenas células (CPNPC). A maioria dos tratamentos de
primeira linha atuais baseia-se em agentes alquilantes derivados de platina, como a
cisplatina e a carboplatina, utilizados sozinhos ou em conjunto com outras drogas
antineoplásicas. A ação antitumoral dos derivados de platina ocorre basicamente em
nível de DNA, provocando a formação ligações cruzadas principalmente intra-fitas.
Independentemente do regime utilizado, entretanto, é inevitável o surgimento de
resistência e, por ser o padrão ouro da terapêutica, a resistência a derivados de platina
é um fator importante no desenrolar do tratamento. Três são os principais
mecanismos descritos de resistência a esses compostos: aumento do efluxo, da
inativação intracelular da droga e aumento da taxa de reparo do DNA. Além disso,
outro mecanismo proposto é o aumento da expressão de carreadores da membrana
nuclear, que auxiliariam na entrada de proteínas de reparo. Trabalhos anteriores de
nosso grupo identificaram a proteína cofilina-1 como um possível biomarcador
candidato para CPNPC e esses trabalhos também demonstraram uma possível
relação entre os níveis de expressão da proteína cofilina-1 e resistência a agentes
alquilantes, onde células que possuem alta expressão (e imunoconteúdo) da proteína
possuem uma maior resistência a esses agentes quimioterápicos. Por esse motivo, o
objetivo deste trabalho é avaliar a rede de interação gênica da cofilina-1 com relação
aos principais mecanismos de resistência descritos pela literatura em um modelo in
silico utilizando dados de expressão gênica de microarranjos. Para isso, dados de
microarranjo de modelos celulares e biópsias foram extraídos do repositório público
Gene Expression Omnibus (GEO) e analisados no software ViaComplex. Esse
programa utiliza-se de redes de interação geradas na ferramenta Search Tool for the
Retrieval of Interacting Genes/Proteins (STRING) e do dado obtido a partir do
microarranjo para avaliar o padrão de expressão de grupos de genes. Além do
ViaComplex, também realizamos análises de correlação para investigar a relação de
nossos genes de interesse com o processo de resistência à droga. Nossos resultados
mostram que o grupo de genes relacionados à cofilina-1 comporta-se similarmente ao
grupo de genes relacionados ao reparo por NER na maioria das análises realizadas.
Ainda, nossas análises sugerem que o padrão de expressão dos genes das redes varia
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diferentemente dependendo do agente alquilante e do tipo histológico do tumor.
Finalmente, análises dos bancos de dados de biópsias reforçaram dados da literatura
que afirmam uma relação entre cofilina-1 e desfecho desfavorável para pacientes em
estágios iniciais de CPNPC.
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