Curso de Mestrado em Filosofia
UNIDADE CURRICULAR:
A NATUREZA NA SABEDORIA DO ORIENTE
6 ECTS
2011/2012
DOCENTE RESPONSÁVEL:
CARLOS H. DO C. SILVA
2.º Semestre
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
Título: «A EXPRESSÃO DO TODO E A SUA NATUREZA CONSCIENTE»
1. INTRODUÇÃO: Comparação da Estética da Natureza na Filosofia ocidental com as formas do
“sentir” e “estar cônscio predominantes nas grandes correntes do Pensamento oriental. As
principais diferenças linguístico-categoriais, a integração ‘holística’ (ou no Sagrado) e as valências
iluminativas.
2. A ‘NATUREZA VISÍVEL’: Do signo no pictórico (e musical) da estética «naturalista» chinesa.
‘Dialéctica’ do cheio e do vazio. Confronto entre a tradição ritual confuciana e o dinamismo do Todo
na ‘mística’ do sem forma do naturalismo taoísta.
3. O SIMBOLISMO DO ‘TODO’: A ‘metáfora’ hindu da Natureza primordial e o meta-psiquismo da
estética da unidade ideal na tradição clássica do brahmanismo e do Vedanta. A linguagem do
Absoluto e o universo expressivo da linguagem como sphota.
4. O ‘SABOR’ ESTÉSICO: Expressão mayávica da arte e graus da pedagogia do ‘ilusório’ segundo os
vários darsanas. Teoria da Natureza e fenomenismo dos rasa. O “jogo” ou lila cósmica, o teatro e a
poesia como meios do yoga com a natureza essencial
5. EXTINÇÃO DA NATUREZA E ILUMINAÇÃO: Valor icónico da arte budista e poética do nirvana,
como arte consciente e libertação. As doutrinas de prajña-paramitta sobre o “vazio” ou sunya e o
carácter anicca do fenomenismo universal.
OBJECTIVOS DA UNIDADE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR
Objectivos: Introduzir ao estudo comparado da temática estética ocidental com as concepções de
algumas principais correntes do Pensamento Oriental, por uma particular atenção ao tema da
‘Natureza’, numa perspectiva holística e ainda como Consciência e ‘arte de realização’.
Competências: Capacitar para uma reflexão desenvolta, prosseguindo linhas de investigação
personalizadas em temas adentro do temário programático, investigações essas que deverão ser
acompanhadas e sujeitas a uma análise crítica.
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
Nota prévia: As obras referidas destinam-se a apontar para várias linhas de possível investigação a
ser aprofundada monograficamente em trabalho final dos mestrandos relativo a este módulo.
1. Obras de carácter mais genérico e de introdução ao tema:
ANGOT, Michel, L’Inde classique, Paris, Belles Lettres, 2001, pp. 221 e segs. («Les arts»).
AUROBINDO, Sri, Les Fondements de la culture indienne, Paris, Buchet/ Chastel, 1997, pp. 280 e
segs. : «L’art indien».
BIARDEAU, Madeleine, L’Hindouisme – Anthropologie d’une civilisation, Paris, Flammarion, reed.
1995, pp. 199 e segs.
COOMARASWAMY, Ananda K., Christian and Oriental Philosophy of Art, N.Y., Dover, reed. 1956.
- , Selected Papers : Traditional Art and Symbolism, ed. R. Lipsey, Princeton, Univ. Pr., 1977.
GUÉNON, René, Symboles fondamentaux de la science sacrée, Paris, Gallimard, 1962.
KEYSERLING, Hermann, L’Inde – Journal de voyage d’un philosophe, trad. do alem., Paris, Belles
Lettres, 1980.
KLOSTERMAIER, Klaus, “Spirituality and Nature”, in : Krishna SIVARAMAN, (ed.), Hindu Spirituality
Vedas through Vedanta, N.Y., Crossroad, 1989, pp. 319-337.
KRAMRISCH, S., Manifestations of Shiva, Philadelphia, 1981.
LACOMBE, Olivier, «L’illusion cosmique et les thèmes apparentés dans la philosophie indienne», in :
Id., Indianité Études historiques et comparatives sur la pensée indienne, Paris, Belles Lettres,
1979, pp. 85-100
MASSON-OURSEL, WILLMAN-GRABOWSKA, H. de, e STERN, Philippe, L’Inde antique et le civilisation
indienne, Paris, Albin Michel, 1951, pp. 255 e segs. : «La vie esthétique…».
RENOU, Louis e FILLIOZAT, Jean, L’Inde classique Manuel des études indiennes, Paris, École
Française d’Extrême-Orient, reed. 1996, t. II, §§ 1556 e segs.
2. - Sobre a natureza e a estética no Extremo-Oriente:
BUSH, S. e MURCK, C., (eds.), Theories of the Arts in China, Princeton, Princeton Univ. Pr., 1983.
CHENG, Anne, Histoire de la pensée chinoise, Paris, Seuil, 1997.
CHENG, François, Vide et plein Le langage pictural chinois, Paris, Seuil, 1979.
COOPER, David E., (ed.), Aesthetics The Classical Readings, Oxford, Blackwell, 1997, pp. pp. 45-54:
Mo Tzu - «Against Music»; Hsun Tzu - «A discussion of music».
GOLDBERG, Stephen J., “Chinese aesthetics”, in: Eliot DEUTSCH e Ron BONTEKOE, (eds.), A
Companion to World Philosophies, Oxford, Blackwell, 1997, pp. 225-234.
GRANET, Marcel, La pensée chinoise, Paris, Albin Michel, 1934, (pp. 280-296).
HU-STERK, Florence, La beauté autrement Introduction à l’esthétique chinoise, Paris, Éd. You-Feng,
2004.
JULLIEN, François, Le Nu impossible, Paris, Seuil, 2000 e reed.
- , La grande image n’a pas de forme ou du non-objet par la peinture, Paris, Seuil, 2003.
- , L’ombre au tableau – Du mal ou du négatif, Paris, Seuil, 2004.
KERLAN-STEPHENS, Anne e SAKAI, Cécile, Du visible au lisible Texte et image en Chine et au Japon,
Arles, Philippe Picquier, 2006.
YU-LAN, Fung, A History of Chinese Philosophy, 2 vols., trad. do chinês, Princeton, Univ. Pr., 1973
reed.
3. - Sobre o naturalismo e as artes no Hinduismo:
ÂNANDAVARDHANA, Dhvanyâloka I principî dello dhvani, ed. e trad. V. Mazzarino, Torino, Einaudi,
1983.
BATTACHARYA, K. C., “The Concept of Rasa”, in: Philosophical Studies, I, (Calcutta), (1958), pp. 349-
363.
BIARDEAU, Madeleine, Théorie de la connaissance et philosophie de la parole dans le brahmanisme
classique, Paris/ La Haye, 1964 e reed.
CHARI, V. K., Rasa: Poetry and the Emotions.”, in: Sanskrit Criticism, Honolulu, Univ. of Hawaii Pr.,
1990, pp. 9-28 e 254-256.
CHAUDHURY, P. J., “Catharsis in the Light of Indian Aesthetics”, in: Journal of Aesthetics
DE, S.K., Sanskrit Poetics as a Study of Aesthetic, Berkeley/ Los Angeles, Univ. of California Pr., 1963.
- , Catharsis in the Light of Indian Aesthetics”, in Journal of Aesthetics and Art Criticism, 24
(1965), pp. 151-164.
ELGOOD, Heather, Hinduism and the Religious Arts, London/ N.Y., Cassell, 2000.
GEROW, Edwin, “Indian aesthetics: a philosophical survey”, in: Eliot DEUTSCH e Ron BONTEKOE,
(eds.), A Companion to World Philosophies, Oxford, Blackwell, 1997, pp. 304-323.
- , “Abhinavagupta’s Aesthetics as a Speculative Paradigm”, in: Journal of the American
Oriental Society, 114 (1994), pp. 186-208.
HIRIYANNA, M., “Indian Aesthetics 1.”, in: Art Experience, Mysore, Kavyalaya Publ., 1954, pp. 1-17;
- , “Art Experience – 2”, in: Art Experience, Mysore, Kavyalaya Publ., 1954, pp. 33-47.
KANE, P. V.., History of Sanskrit Poetics, Delhi, Motilal Banarsidass, 1961.
LEBASQUAIS, Elie, “Los principios del arte hindú”, in: Várs. Auts., La Tradición Hindú, Barcelona, Ed.
de la Tradición Unánime, 1988, pp. 55-70.
MUKERJEE, Subodhi Chandra, Le rasa Essai sur l’esthétique indienne, Paris, Alcan, 1926.
SHEARER, Alistair, The Hindu Vision Forms of the Formless, London, Thames and Hudson, 1993.
TRIPURARI, Swami B. V., Aesthetic Vedanta The Sacred Path of passionate love, Eugene (Oregon),
Mandala Publ. Group, 1998.
VATSYAYAN, Kapila, “Metaphors of Indian Art”, in: Journal of the Asiatic Society of Bombay, 71
(1996), pp, 176-196.
ZIMMER, Heinrich, Mythes et symboles dans l’art et la civilisation de l’Inde, ed. J. Campbell, trad. M.
S. Renou, Paris, Payoy, 1951, pp. 120 e segs.: «La joie cosmique de Çiva».
- , Maya, trad. do alem., Paris, Fayard, 1987, (pp. 57 e segs.)
4. - Sobre a temática estética no Budismo
DEUTSCHEN, Eliot, Comparative Aesthetics, Honolulu, Univ. of Hawaii Pr., 1975.
HISAMATSU, Shin’ichi, Zen and the Fine Arts, Tokyo, Kodansha, 1982.
LINROTH, Rob, Ruthless Compassion, Wrathful Deities in Early Indo-Tibetan Esoteric Buddhist Art,
London, Serindia Publ., 1999.
SWANSON, Paul L., “The Spirituality of Emptiness in Early Chinese Buddhism”, in: Takeuchi
YOSHINORI, (ed.), Buddhist Spirituality, N.Y., Crossroad, 1993, pp. 373-396.
METODOLOGIA DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA)
Ensino presencial Como seria desejável numa unidade lectiva do nível de Mestrado, chama-se a
atenção para a exigência de conhecimento básico suposto e uma atitude de investigação para
elaboração de um estudo no âmbito sugerido pela temática elencada no Programa.
Avaliação: A avaliação terá como base a elaboração de uma pequena monografia (c. 15-20 pp) de um
trabalho de pesquisa e de debate de problema, posição de Autor ou de tema à escolha do aluno
dentro da temática em questão.
Além disso será tida em conta a assiduidade, a participação e a orientação de cada aluno,
como condições regulamentares para acesso nesta unidade lectiva.
O trabalho final será objecto de crítica e discussão e representará a base indispensável para o
acesso nesta disciplina.
O prazo para entrega do trabalho, tendo embora em conta o calendário legal, deverá ser o
mais próximo possível do termo da leccionação.
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